Alegria o dia inteiro
“Eis que meus próprios servos se regozijarão . . . eis que meus próprios servos clamarão com alegria.” — Isa. 65:13, 14.
1. Que condições infelizes, atualmente, tornam questionável que se fale a respeito de ficar alegre?
Quem ousa falar de a pessoa se sentir alegre o dia inteiro, quando as condições estão no pé em questão? Todo mundo sabe que esta situação em que vivemos não é nenhum paraíso de delícias do tolo, nenhuma terra encantada de divertimento dum livro de histórias. Ao invés de sermos vãos sonhadores, habitando num mundo imaginário de filme ‘hollywoodiano’, nós temos de enfrentar as tristes realidades deste mundo trágico. Os tempos cruéis em que vivemos enchem o coração e a mente dos homens continuamente de dúvidas, temores, desconfiança e ódios, e estes, por sua vez, produzem a contenda, a violência, a doença mental e o suicídio que tiram a alegria, em escala anteriormente desconhecida. Na verdade, este sistema de coisas está em condição infelicíssima e os poderosos políticos, clérigos e cientistas se unem ao clamor do povo comum, lamentando estas condições desalentadoras.
2. Como é que os líderes políticos e religiosos consideram as atuais condições do mundo?
2 Por exemplo, não faz muito tempo, Sir Anthony Eden disse, segundo relatado pelo The Observer (de Londres, de 11 de setembro de 1960): “O mundo livre está confuso e corre considerável perigo, maior perigo, creio eu, que em qualquer época desde 1939.” John Sutherland Bonnell, famoso ministro da Igreja Presbiteriana da Quinta Avenida, na cidade de Nova Iorque, quando falava perante mais de 3.500 pessoas que assistiam ao conselho geral da Igreja Unida do Canadá, declarou: “O mundo moderno está desgovernado e desalentado, fica desnorteado e não tem alvos claramente definidos, nenhum propósito e nenhum centro espiritual de Deus. A alma está vazia e desiludida nesta era atômica.” — Leader-Post, de Regina, de 19 de setembro de 1960.
3. E como parecem estar as condições, aos olhos de alguns cientistas?
3 Ouvem-se também os cientistas chorar junto com os demais. Sob o atemorizante cabeçalho; “O Homem Encara a Extinção, Diz Professor”, o Daily Telegraph and Morning Post (de Londres, de 31 de agosto de 1961), noticiou: “Solene aviso que a humanidade encara o perigo da extinção foi dado hoje à noite pelo Prof. Sir Wilfrid Le Gros Clark, no seu discurso de presidente na abertura, em Norwich, da 123.a reunião anual da Associação Britânica Para o Progresso da Ciência.” este jornal então citou diretamente Sir Wilfrid: “A questão atemorizante está começando agora a se apresentar, se a civilização que a humanidade construiu, vagarosa e laboriosamente, durante um período de muitos milhares de anos, pode evitar a dissolução desastrosa como resultado de contendas incontroláveis, ou, de qualquer forma, não controladas, para o poder político ou a superioridade econômica. . . . Esta não deve ser considerada uma declaração melodramática. Expressa a verdade que é bem evidente a qualquer pessoa que tiver o cuidado de ler os sinais dos tempos. . . . Os perigos que agora ameaçam a unidade da humanidade são deveras formidáveis. E o tempo está-se abreviando muito.” Por certo, atualmente o tempo é mais curto do que quando estes cavalheiros expressaram as declarações acima de temor e de angústia.
4, 5. Apesar destas condições, por que devemos dar consideração ao assunto da alegria?
4 Por que, então nesta noite escura de angústia e tristeza globais, deve-se dar consideração ao assunto da alegria, assunto que parece completamente inoportuno e imprático? É porque o grande Jeová, o único Deus vivo e verdadeiro, o Criador do céu e da terra, predisse que aqui, no próprio meio desta condição calamitosa, haveria grande clamor de alegria. Em realidade, este exato Previsor do futuro disse que haveria duas classes de pessoas que viveriam neste mesmo período da história humana. Uma classe seria composta dos que estão em grande angústia e tristeza; a outra estaria radiante de júbilo. Leia as próprias palavras proféticas de Jeová, conforme registradas pelo seu servo Isaías, no capitulo 65, versículos 13, 14:
5 “Eis que meus próprios servos se regozijarão, mas vós sofrereis vergonha. Eis que meus próprios servos clamarão de alegria, por causa da condição boa do coração, mas vós fareis clamores por causa da dor de coração, e vós uivareis de simples desespero de espírito.”
6. Qual é a diferença entre ficar despreocupado com risadas e possuir a verdadeira alegria?
6 Por certo, este velho sistema está cheio de artistas, comediantes e palhaços de toda a sorte, não se mencionando os promotores das chamadas “pílulas de alegria”, todos os quais induzem muita risada leve entre aqueles que são “mais amantes de prazeres do que amantes de Deus”. (2 Tim. 3:4) Mas, queira notar a diferença e a distinção entre a felicidade e a verdadeira alegria. A pessoa pode estar feliz, contente, despreocupada e rir-se muito em companhia de certos companheiros, ou em virtude das circunstâncias imediatas. Os beberrões com freqüência riem a valer, de modo barulhento. Mas, será que tais pessoas são realmente alegres? Não, de jeito nenhum. Pois a alegria tem suas raízes muito mais profundas do que em mero espasmo de aturdimento ou no estado momentâneo de gaiatice e de encher-se de risadas barulhentas. A alegria tem sido definida como emoção arrebatada de raízes profundas. Diz Webster’s New International Dictionary, Segunda Edição, página 1888: “A alegria é mais profundamente arraigada que o deleite, mais radiante ou demonstrativa do que o júbilo.” Não se baseia em circunstâncias imediatas e mutáveis, mas em princípios básicos de verdade, em sólidas razões inabaláveis. A verdadeira alegria dá à pessoa a calma, paz e contentamento íntimos, o sentido de confiança e de poder suficientemente fortes para sustentar a pessoa até mesmo no meio da tempestade violenta das circunstâncias adversas.
7. Será que as pessoas e os líderes do mundo tem a verdadeira alegria?
7 Obviamente os políticos, os clérigos e os cientistas deste sistema de coisas ruim e satânico, e todos os que os apóiam e seguem, não têm esta verdadeira alegria, mas, conforme observado acima, acham-se entre os que ‘sofrem vergonha’, que ‘clamam por causa da dor de coração’ e que ‘uivam de simples desespero de espírito’. Jesus também descreveu exatamente esta classe sem alegria em sua grande profecia a respeito dos nossos dias, dizendo que os homens ficariam “desalentados de temor e na expectativa das coisas que vêm sobre a terra habitada”. — Luc. 21:26.
8. Quem, então são os únicos que têm alegria o dia inteiro?
8 Quem, então, se destaca neste mundo triste, em nítido contraste por sua demonstração de alegria o dia inteiro? O próprio Jeová os identifica como sendo “meus próprios servos”, isto é os adoradores e as testemunhas de Jeová que estão dedicados a seu serviço. O leitor, também, seja quem for e onde quer que viva, pode reconhecer facilmente estas pessoas alegres, as testemunhas ungidas de Jeová e seus companheiros, pois elas estão espalhadas através da terra habitada em mais de 194 países e ilhas do mar, falando mais de 162 idiomas. Estes servos de Jeová são os únicos que podem demonstrar este sinal de identificação, pois esta alegria genuína é parte de sua herança que vem de Jeová.
9. Será a demonstração de alegria assunto opcional por parte dos servos de Jeová?
9 Manifestar alegria o dia inteiro não é algo discrecionário da parte destas pessoas. Antes, é requisito obrigatório para todos os servos públicos de Jeová. Escrevendo sob inspiração, o apóstolo Paulo ordena: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Mais uma vez direi: Alegraivos!” “Estai sempre alegres.” (Fil. 4:4; 1 Tes. 5:16) A alegria, tem de lembrar-se o leitor, é um dos frutos do espírito de Deus que se exige que os cristãos produzam, assim como a fé, o amor, a benignidade, a paz, a longanimidade, a bondade, a brandura e o autodomínio. “Tens de regozijar-te diante de Jeová, teu Deus, em cada empreendimento teu.” — Deu. 12:18; Gál. 5:22, 23.
RAZÕES PARA ALEGRIA
10. Qual é uma das razões pelas quais o povo de Jeová está sempre se regozijando?
10 Além de se lhes ordenar que se regozijem “sempre”, “em cada empreendimento”, há pelo menos oito razões distintas pelas quais os servos de Jeová estão alegres todo o tempo. A primeira delas é o seu conhecimento da verdade, conforme contida na Bíblia Sagrada. Têm conhecimento do nome sagrado de Jeová, conhecimento dos atributos dele, de seus propósitos, de seus princípios, de suas leis e de sua vontade para suas criaturas. Este conhecimento da Verdade liberta o Seu povo de quaisquer apreensões e dúvidas. Liberta-o das muitas mentiras, superstições e temores prejudiciais que assolam a humanidade em geral. Por certo, é razão mui obrigatória para o regozijo! — João 8:32; 17:3, 17.
11. Dêem outra razão pela qual as testemunhas de Jeová têm contínua alegria.
11 Uma segunda razão convincente pela qual o povo de Jeová tem continuamente alegria é que podem ter perdoados os seus pecados. Tal perdão de pecados se dá à base e pelo mérito do precioso sacrifício de resgate de Jesus, e se torna disponível a eles por causa de sua fé, dedicação e orações constantes. Como poderiam ter alegria e, ao mesmo tempo, estar empenhados na fútil luta contra o pecado, e com a consciência culpada constantemente os afligindo? Antes, com gratidão alegre, unem-se a Paulo em dizer: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, pois . . . mediante ele temos o livramento por meio de resgate, por intermédio do sangue desse [Jesus Cristo], sim, o perdão de nossas falhas, segundo as riquezas de sua benignidade imerecida.” — Efé. 1:3, 7.
12. Qual é a terceira causa desta alegria?
12 Uma terceira razão pela qual as testemunhas de Jeová e seus companheiros, em contraste com todos os demais, estão alegres no meio das atuais condições, é que aceitam os eventos históricos dos cinqüenta anos passados como evidência sobrepujante e prova convincente de que o reino de Deus, pelo qual muito se orara, foi estabelecido nos céus em 1914. É até mesmo mais verídico quanto a estes cristãos dos dias modernos do que era quanto aos cristãos do primeiro século, de quem Jesus disse: “Muitos profetas e homens justos desejaram ver o que vós estais observando e não o viram, e ouvir as coisas que vós estais ouvindo e não as ouviram”. Assim, o tempo maravilhoso em que vivemos é outra causa para alegria. — Mat. 13:17.
13. O que é “o escravo fiel e discreto” e como tem feito com que se regozije o povo do Senhor?
13 Jeová tem dado a seus servos, nestes tempos atribulados, uma quarta razão de regozijo, pois seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, suscitou “o escravo fiel e discreto” e o designou sobre todos os seus pertences. (Mat. 24:45-47) Esta classe ‘escrava’ serve como um canal terrestre de comunicações para o povo de Deus, provendo-o do entendimento dos propósitos de Jeová e dando-lhe orientação quanto a fazer a Sua vontade. Dispondo de tal orientação, sentem-se esclarecidos, fortalecidos e estão unidos em sua adoração ao único Deus vivo e verdadeiro. Sem este meio de comunicações, estariam espalhados e perdidos.
14. Em que mais encontra o povo de Deus uma fonte de regozijo?
14 Outra, a quinta razão para a alegria, é a afável associação que o povo de Jeová usufrui, uns com os outros, não só em suas congregações locais, mas também em suas assembléias maiores de circuito, de distrito, nacionais e internacionais. Constituem uma genuína sociedade cristã, pois demonstram autêntico amor, uns para com os outros, ao procurarem o bem e o bem-estar de seus irmãos. A respeito delas, está escrito: “Oh! Quão bom e quão agradável é que irmãos habitem juntos em união!” — Sal. 133:1; 1 Cor. 10:24.
15. Expliquem como a obra de testemunho do povo de Jeová é outra fonte de alegria.
15 A atividade dinâmica das testemunhas de Jeová provê uma sexta fonte de alegria, a de falar aos outros as boas novas a respeito do reino de Deus e das bênçãos que o mesmo oferece a toda a humanidade. Partilhar estas boas novas com outros traz grande alegria, tanto para as Testemunhas, como para seus ouvintes. Até mesmo o mundano Mark Twain reconheceu este princípio, quando escreveu: “A tristeza cuida de si mesma, mas para obter pleno proveito duma alegria, é preciso que se tenha alguém com quem dividi-la.”
16. De que prosperidade tripla usufruem as testemunhas de Jeová?
16 A grande prosperidade da sociedade cristã de testemunhas de Jeová, a sétima razão para o seu contínuo cântico de alegria, é realmente tripla. Não só estão gozando os raios solares dum paraíso espiritual, em virtude da luz da Verdade que brilha cada vez com maior brilho, não só se regozijam com a prosperidade numérica de mais de um milhão de ministros ativos no campo, mas elas estão também jubilosas com a prosperidade material que Jeová tem dado a seu povo, na forma de novos escritórios-filiais, novo equipamento de impressão e bonitos e novos Salões do Reino, que estão surgindo em volta de todo o mundo!
17. (a) Qual é a oitava razão para que as Testemunhas se regozijem o dia inteiro? (b) Acha-se alguém impedido de partilhar deste privilégio e desta alegria?
17 A oitava, e, em alguns respeitos, a mais importante de todas, todavia, uma razão que se baseia nas outras sete razões para a alegria, é o privilégio que as testemunhas de Jeová e seus companheiros têm de participar na vindicação e na santificação do maior e do mais sagrado nome de todo o universo, o nome de Jeová! O seu privilégio neste respeito é de manterem integridade, tanto pela sua conduta como pelo seu ministério de pregação e ensino. Que privilégio isto constitui! Pense nisso, o privilégio de alegrar o coração do grande Jeová por seguir um proceder sábio de obediência, e assim provar mentiroso o Diabo. Se não puderem fazer nada mais, por causa de velhice ou enfermidades, ou encarceramento cruel, ainda assim os servos dedicados de Jeová encontram a mais profunda alegria no grandioso privilégio de manterem a fidelidade até mesmo ao ponto de serem mortas! — Pro. 27:11.
18. (a) Expliquem a razão pela qual os maus tratamentos impostos às Testemunhas não acabaram com sua alegria. (b) Neste sentido, o que disseram Jesus, Paulo e Tiago?
18 Nos anos recentes, milhares de testemunhas de Jeová têm sido diabòlicamente torturadas até à morte nos países ditatoriais, por causa de recusarem-se a transigir quanto à sua fidelidade a Jeová. Por assim provarem-se íntegras sob a pressão satânica, elas alegram o coração de Jeová. Por sua vez, isto tem dado ao povo de Deus profunda alegria íntima, que é realmente o segredo de seu vigor. Os seus inimigos, por certo, não podem entender como “a alegria de Jeová” poderia provar-se tamanha torre de vigor e impregnável fortaleza. (Nee. 8:10) Os que amam a Bíblia, contudo, estão bem a par desta grande verdade. Sabem que foi esta mesma alegria que foi colocada diante da Testemunha Fiel e Verdadeira, Jesus, e que o habilitou a suportar a vergonha e o sofrimento da morte numa estaca de tortura. (Heb. 12:2) Em seu Sermão do Monte, este grande íntegro prometeu que seus seguidores fiéis partilhariam igualmente desta alegria. “Felizes os que têm sido perseguidos por causa da justiça, porque a eles pertence o reino dos céus. Felizes sois quando vos vituperarem e perseguirem, e, mentindo, disserem toda sorte de coisas iníquas contra vós, por minha causa. Alegrai-vos e pulai de alegria, porque a vossa recompensa é grande nos céus; pois assim perseguiram os profetas antes de vós.” A isto, o escritor Tiago acrescenta: “Considerai tudo com alegria, meus irmãos, ao enfrentardes diversas provações. Feliz o homem que estiver perseverando em provação, porque, ao ser aprovado, receberá a coroa da vida, que Jeová prometeu aos que continuarem a amá-lo.” — Mat. 5:10-12; Heb. 10:34; Tia. 1:2, 12.
EVITE OS PERIGOS DE PERDER A ALEGRIA
19. Digam como alguns, nos tempos passados, perderam sua alegria.
19 Quando Caim viu seu irmão, Abel, ser mais preferido do que ele mesmo, perdeu sua alegria. Deus o avisou, mas Caim despercebeu o aviso. Coré, Miriam e outros, no deserto, deixaram que a inveja lhes roubasse a alegria, e isso para próprio prejuízo seu. Judas Iscariotes, por causa da má condição de coração, também permitiu que a alegria fugisse dele, e, por fim, terminou sendo suicida.
20. (a) Como pode a fé impedir que percamos a alegria? (b) De que depende a fé, em ampla medida?
20 A fim de mantermos nossa alegria, precisamos de fé. A fé depende, em escala nada pequena, do estudo bíblico pessoal, bem como da freqüência regular às reuniões congregacionais do povo de Jeová. A fé nos ajudará a vencer um dos maiores obstáculos para a alegria, a saber, a preocupação. Ao invés de ficarmos preocupados, façamos o que pudermos para corrigir os assuntos, e, se não houver nada mais que possamos fazer, oremos sobre isso e deixemos então o assunto entregue nas mãos hábeis de Jeová.
21. Como pode a apreciação do que Deus tem feito pela pessoa demonstrar ser uma salvaguarda contra a perda da fé?
21 Temos de ter apreciação, também, apreciação do que Deus tem feito por nós, se havemos de permanecer alegres. Com tal apreciação, não permitiremos que nenhuma forma de injustiça, tal como a discriminação ou parcialidade, nos tire a alegria. Ao invés de permitir que o mal nos endureça, deixaremos que nos amaine. Será que sofremos discriminação por causa de nacionalidade, cultura, instrução ou cor da pele? Então, lembremo-nos de que, com todo este desequilíbrio, ainda estamos em muito melhor situação que as pessoas que não sofrem discriminação, mas não têm a Verdade nem o conhecimento dos propósitos de Jeová; assim como, nos dias de Jesus, o escravo que era cristão era bem mais abençoado que a pessoa livre que não era crente. Se o leitor for pessoa introvertida e inclinada a sentir pena de si mesma, por causa de não ser compreendida, não permita que tal disposição lhe retire a alegria. Ao invés, tente apreciar as razões pelas quais não é entendido, e, se não puder, lembre-se de que Jeová compreende.
22. Como podemos impedir que a doença física ou mental nos tire a alegria?
22 Ou, será que seu problema é de doença, ou de empecilhos físicos ou mentais? Não permita que tais coisas lhe roubem a alegria. É melhor a sorte dos cegos fisicamente do que a dos cegos espiritualmente! É pobre em bens materiais? Lembre-se do que Jesus disse sobre o óbulo da viúva. Paulo também escreveu que nossas contribuições para a causa de Deus são aceitáveis segundo o que temos e não segundo o que não temos. Se dermos 100 por cento, então, não importa quão pouco seja isso, estamos contribuindo para a vindicação do nome de Jeová in totum, e teremos a aprovação de Jeová e ganharemos a vida interminável em sua nova ordem de coisas. Portanto, não permita que o sofrimento por empecilhos físicos ou econômicos lhe roube a alegria! “Recomendamo-nos de todo modo como ministros de Deus, . . . como pesarosos, mas sempre alegres, como pobres, mas enriquecendo a muitos, como não tendo nada, e ainda assim possuindo todas as coisas.” Portanto, regozije-se, com ações de graças, de que seus empecilhos não são espirituais! — 2 Cor. 6:4, 10; Luc. 21:1, 2.
23. Que incentivo prestimoso dá-nos o apóstolo Paulo neste sentido?
23 Ou, talvez aconteça que tenhamos fraquezas da carne que tendem a nos roubar a alegria. No entanto, não permita que estas coisas o desanimem. Lembre-se de como o apóstolo Paulo teve de lutar contra as fraquezas da carne. “O bem que quero, não faço, mas o mal que não quero, este é o que pratico. . . . quando quero fazer o que é direito, está presente em mim aquilo que é mau. Homem miserável que eu sou!” Todavia, isto não tirou de Paulo a sua alegria! Pois, continua: “Quem me resgatará do corpo que é submetido a esta morte? Graças a Deus, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor!” A coisa a fazer é não abandonar a luta, mas, antes, continuar castigando o corpo e conduzindo-o qual escravo da vontade de Deus. — Rom. 7:19, 21, 24, 25; 1 Cor. 9:27.
24. Sob a pressão dos tempos, que outras sugestões são oferecidas como preventivo contra a perda da alegria?
24 Além das sugestões acima, também será de ajuda, no sentido de permanecermos alegres o dia inteiro, exercermos bom juízo, fazermos os planos apropriados, e termos domínio próprio em executar tais planos. Faça um inventário do que tem à sua disposição no sentido de tempo, de energia, de dinheiro e de influência pessoal. Considere, junto com oração, o que pode fazer no sentido de estudo particular, bem como no serviço ministerial de campo. Então, faça um orçamento e determine no coração apegar-se a ele. No mesmo tempo, não seja fanático nem extremista. As pessoas que jamais ficam satisfeitas com o que fazem e que são superconscienciosas amiúde acabam tendo um colapso nervoso, e isto certamente não é o meio de ficar alegre o dia inteiro. Use o espírito de mente sã. Seja moderado nos hábitos. — 1 Tim. 3:2, 11; 2 Tim. 1:7.
25. Expliquem como o contentamento pode impedir a pessoa de perder a alegria.
25 Para que nossa alegria perdure, também precisamos ter contentamento. Temos não só de apreciar o que temos, mas também temos de ficar contentes sem ter coisas. Paulo aprendeu esta lição, dizendo: “Aprendi a ser auto-suficiente em qualquer circunstância em que esteja.” “Tendo sustento e com que nos cobrir, estaremos contentes com estas coisas.” A devoção piedosa, junto com a auto-suficiência, fornece a doce alegria do contentamento, livre de ansiedades. ‘Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.’ — Fil. 4:11; 1 Tim. 6:6, 8; 1 Ped. 5:7.
26. O que mais é necessário, se a pessoa há de permanecer alegre?
26 Outro fator importante para se reter a alegria é a humildade e a submissão à regra teocrática. Se acharmos que nos passaram por alto ou nos ignoraram, no tocante a certo privilégio de serviço, não deixemos que o desapontamento nos roube a alegria. Jamais se esqueça de que Jeová está dirigindo sua organização, e é Ele quem põe os membros em seus lugares, conforme agrada ao Criador, não à criatura. A promoção não vem de nenhuma outra fonte a não ser de Jeová. (1 Cor. 12:15-30; Sal. 75:6, 7) Portanto, certifique-se de que não tenha espírito de rebelião, pois os rebeldes jamais são felizes. É melhor dar graças e alegrar-se com os privilégios de serviço que a pessoa tenha, não importa quão aparentemente pequenos possam parecer. Os humildes filhos do levita Coré declaram: “Prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade.” — Sal. 84:10, ALA.
27. Contra que outros perigos devemos estar vigilantes, se havemos de permanecer alegres?
27 Temos também de cuidar-nos de não deixar que a má vontade ou o ressentimento ache abrigo em nosso coração, pois simplesmente não podemos guardar rancor ou abrigar maus sentimentos e, ao mesmo tempo, ser alegres. Antes, cultive a afeição fraternal. Não permita que ninguém lhe roube a alegria, não importa o que diga ou faça. Conforme está escrito: “Não te apresses no teu espírito em ficar ofendido, pois sentir-se ofendido é o que repousa no seio dos estúpidos.” — Ecl. 7:9.
28. Em contraste com o mundo da humanidade, qual é a porção abençoada das testemunhas de Jeová, e por quê?
28 Certamente, o hodierno mundo da humanidade não tem alegria por causa de abandonar a Jeová e às Suas justas leis. Por outro lado, a alegria dos servos de Jeová é extraordinariamente imensa, tudo porque têm forte fé, mostram profunda apreciação, usam bom juízo em planejar sua atividade, são auto-suficientes e contentes com a sua porção na vida, são mansos, e humildes e submissos, e mostram amor fraternal e terna afeição uns para com os outros.
29. Em recapitulação, quais são algumas das coisas principais que motivam os servos de Deus a regozijar-se?
29 Jeová, por sua vez, dá a seus servos muitas coisas em razão das quais eles se alegram o dia inteiro. Têm a verdade, a verdade acerca de Jeová e de seus propósitos e de sua vontade para eles. Vêem o cumprimento das profecias bíblicas e têm a brilhante esperança do Reino. Têm a provisão do sacrifício de resgate de Cristo. Têm o escravo fiel e discreto qual corpo governante. Gozam de grande prosperidade e de grandes privilégios de serviço em associação com a sociedade do Novo Mundo. Acima de tudo, estão participando no raro privilégio de contribuírem para a santificação e a vindicação do precioso nome de Jeová.
30. Por que razão preponderante se regozijam as testemunhas de Jeová, conforme predito há multo?
30 Em suma, os servos de Jeová se regozijam e estão cheios de exultação o dia inteiro porque Jeová está com eles, em seu próprio meio, para abençoá-los e mantê-los em sua fidelidade e integridade. Isto é exatamente conforme disse o profeta Sofonias que aconteceria entre os servos de Jeová, neste tempo do fim. “Alegra-te e rejubila-te de todo o teu coração”, pois “O Senhor [Jeová] teu Deus está no meio de ti . . . Ele anda em transportes de alegria por causa de ti, . . . ele exulta de alegria a teu respeito.” — Sof. 3:14, 17, CBC.