Mantenha o conceito correto sobre a pregação do Reino
“Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mat. 24:14
1. Que atitude tiveram os primitivos cristãos para com a sua fé, e, por isso, a que se sentiram induzidos?
OS PRIMITIVOS cristãos não pensavam que a sua religião fosse apenas mais uma, de sua preferência pessoal. De modo algum! Criam firmemente que tinham a verdade a respeito de Jeová Deus e seus propósitos e que outros precisavam deste conhecimento para a sua salvação. (João 17:3) A sua convicção os induziu a uma vigorosa atividade de pregação. O registro bíblico inspirado diz: “Cada dia, no templo e de casa em casa, continuavam sem cessar a ensinar e a declarar as boas novas a respeito do Cristo, Jesus.” (Atos 5:42) Professa também ser cristão? Neste caso, demonstra este mesmo zelo e entusiasmo de participar na obra de pregação? É a pregação do Reino realmente uma atividade que se exige dos verdadeiros cristãos?
2, 3. Como mostrou Jesus o modo em que ele considerava a obra da pregação?
2 O fundador do cristianismo, Jesus Cristo, teve este conceito da obra de pregação; de fato, considerava-a o motivo primário de ter vindo à terra. Explicou aos seus seguidores: “Vamos a outro lugar, às vilas vizinhas, para que eu pregue também ali, pois é com este objetivo que saí.” (Mar. 1:38) E ele disse, mostrando claramente que mensagem veio pregar: “Tenho de declarar as boas novas do reino de Deus também a outras cidades, porque fui enviado para isso.” — Luc. 4:43; 8:1.
3 Sim, a pregação do Reino era a obra primária de Jesus; era o propósito de Deus que anunciasse este governo celestial, o qual por fim livrará a terra de toda a injustiça e cuidará de que se faça aqui a vontade de Deus. (Mat. 6:9, 10) E Jesus sempre demonstrou ter o conceito correto sobre a obra que seu Pai lhe deu para fazer. Em certa ocasião, Jesus ilustrou a sua importância para ele, dizendo: “Meu alimento é eu fazer a vontade daquele que me enviou e terminar a sua obra.” — João 4:34.
4, 5. (a) Como demonstrou Jesus claramente que também seus seguidores tinham de ser pregadores do Reino? (b) Quão eficiente foi a pregação dos primitivos cristãos?
4 A obra de Jesus incluía o treinamento de seus seguidores para a participação na pregação do Reino. Esta também havia de ser a obra primária deles. Jesus indicou isto quando instruiu doze deles, aos quais dava treinamento especial: “Ao irdes, pregai, dizendo: ‘O reino dos céus se tem aproximado.’” Podia dizer-se que o Reino se havia “aproximado” porque o rei designado do reino celestial de Deus, Jesus Cristo, se achava então no seu meio. Por isso Jesus disse aos seus discípulos que fossem diretamente aos lares das pessoas com esta mensagem vital. Explicou-lhes até mesmo como deviam cumprimentar a família e apresentar a mensagem do Reino. Mais tarde, ele enviou setenta discípulos treinados com instruções similares. (Mat. 10:5-7, 11-14; Luc. 10:1-11) Mesmo após a sua morte e ressurreição, Jesus apareceu aos seus seguidores para exortá-los a continuar a pregação.
5 Jesus disse “a mais de quinhentos irmãos”, os quais evidentemente se haviam reunido na ocasião de uma aparição dele após a ressurreição, na Galiléia: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações . . . ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei.” (1 Cor. 15:6; Mat. 28:10, 19, 20) E, por fim, disse aos discípulos que presenciavam a sua partida para o céu: “Sereis testemunhas de mim . . . até à parte mais distante da terra.” (Atos 1:8) Como estavam cheios de fervor e entusiasmo estes primitivos cristãos depois de terem sido animados pelo ressuscitado Cristo! Tinham o conceito correto sobre a obra, e sua zelosa pregação do Reino produziu notáveis resultados. O historiador Edward Gibbon, que não era amigo do cristianismo, admitiu: O “zelo dos cristãos . . . os espalhou através de toda província em quase cada cidade do império [romano]”.a
A ATUAL PREGAÇÃO DO REINO
6. Que perguntas se fazem com relação à obra atual de pregação?
6 Mas que dizer da atualidade? Têm os cristãos que vivem agora também a obrigação de serem pregadores do Reino? Existe uma provisão para seu treinamento para a obra da pregação, assim como havia no primeiro século? Estabelecerá o reino de Deus realmente condições justas na terra?
7. Quais são algumas das evidências que haviam de assinalar a vinda de Cristo na glória do Reino?
7 Há dezenove séculos, Jesus Cristo indicou a sua segunda presença invisível na glória do Reino e a “terminação do sistema de coisas”. Entre outras coisas, ele predisse: “Nação se levantará contra nação e reino contra reino, e haverá escassez de víveres e terremotos num lugar após outro. Todas estas coisas são um princípio das dores de aflição.” (Mat. 24:3-13) Guerra sem paralelo no alcance e na magnitude, seguida de escassez de víveres, terremotos, aumento do que é contra a lei, e assim por diante, estavam entre as evidências que indicariam a segunda presença celestial de Cristo e o tempo do fim deste sistema de coisas.
8. (a) Que prova há de que entramos no tempo da segunda presença de Cristo e nos “últimos dias” deste sistema? (b) Que obra importante precisa ser feita antes de vir “o fim”?
8 Já entramos no tempo momentoso da história, de que Jesus falou? Já vimos nos nossos dias as coisas que ele predisse marcariam a sua segunda presença na glória do Reino? Sim, já entramos e vimos! Os acontecimentos da geração desde 1914 são os que Jesus e seus discípulos profetizaram que ocorreriam. A ocorrência de todas estas coisas em tal quantidade sem precedentes prova além de dúvida de que vivemos agora durante a segunda presença de Cristo e nos “últimos dias” deste sistema de coisas. (2 Tim. 3:1-5; 2 Ped. 3:3, 4) Portanto, é preciso pregar agora a mensagem importante a respeito do reino de Deus, conforme Jesus predisse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” E “estas boas novas” estão sendo pregadas. — Mat. 24:14.
9. Quais são as “boas novas” a respeito do reino de Deus que precisam ser pregadas agora?
9 As atuais “boas novas” a respeito do reino de Deus são que este já foi estabelecido no céu, na geração atual; sim, que Jesus Cristo já foi entronizado lá, e está regendo no meio dos seus inimigos. Isto significa que Satanás, o Diabo, foi lançado do céu para a vizinhança da terra, e que ele em breve será lançado num abismo e todo o seu sistema iníquo de coisas será destruído. Que boas novas! (Sal. 110:1, 2; Rev. 12:7-12; 20:1-3) Inclui-se também nas “boas novas” que os que servem a Deus sobreviverão ao fim deste sistema e usufruirão vida eterna e paz sob a regência do Reino. (1 João 2:17; Sal. 37:9-11, 29) Chegamos felizmente aos dias dos quais a profecia bíblica diz: “Nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. . . . Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempo indefinido.” — Dan. 2:44.
10. (a) Qual é o conceito correto para com a pregação do Reino? (b) Como demonstraram as testemunhas de Jeová ter tal conceito correto?
10 Crê que chegamos aos dias do cumprimento destas profecias bíblicas? Crê realmente que o fim da iniqüidade e o estabelecimento dum novo sistema de coisas debaixo do reino de Deus estão próximos? Aguarda com confiança o cumprimento das promessas bíblicas a respeito do fim da doença, do sofrimento e da morte? (Rev. 21:3, 4) Aguarda isso? Pois bem, então, certamente desejará contar “estas boas novas” a outros! Deveras, o conceito correto é que não há nenhuma obra mais importante na terra que se poderia fazer. A pregação do Reino é a obra que Jeová Deus, o Criador do homem, ordenou que se fizesse. Por este motivo, as testemunhas de Jeová estão devotadas a esta atividade; mais de 1.250.000 delas participam agora regularmente em falar ‘destas boas novas’ em 203 terras. E assim como os primitivos cristãos, estão preparadas a treinar outros e a ajudá-los a pregar a mensagem do Reino. Suas reuniões congregacionais se destinam a este fim.
OBSTÁCULOS A MANTER O CONCEITO CORRETO
11, 12. (a) Por que acharam alguns difícil continuar na obra de pregação? (b) Depois de considerarmos a resposta de muitos à pregação de Jesus, devemos ficar desanimados quando recebemos uma resposta indiferente?
11 No entanto, alguns dos que começaram a pregação do Reino acharam difícil continuar. Surgiram obstáculos a manterem um conceito correto. ‘De que adianta?’ pensaram alguns. ‘Ninguém quer escutar a mensagem do reino de Deus.’ A indiferença das pessoas para com as “boas novas” os desanima. Sente-se também alguma vez desanimado porque os moradores não aceitam a mensagem do Reino? Mas, devia esperar que fosse diferente? É costumeiro que a maioria aceite favoravelmente a mensagem levada pelos ministros de Deus?
12 Por exemplo, qual foi a atitude do povo para com a mensagem do Reino nos dias de Jesus? Ora, a grande maioria era indiferente, embora o próprio Jesus lhes falasse das boas novas. De fato, Jesus disse: “Pois o coração deste povo tem ficado embotado e seus ouvidos têm ouvido com aborrecimento, e eles têm fechado os olhos; para que nunca vissem com os olhos, nem ouvissem com os ouvidos, nem entendessem com os corações e se voltassem, e eu os sarasse.” (Mat. 13:15) Todavia, apesar da resposta indiferente da maioria, Jesus manteve o seu zelo pela obra que seu Pai lhe designara. Era da vontade de Deus que pregasse a mensagem do Reino; por isso, Jesus estava decidido a prosseguir, não importando qual fosse a aceitação do povo. Precisamos cultivar o mesmo conceito correto tido por Jesus. Mesmo que ninguém a quem pregamos se torne verdadeiro discípulo, não significa que nosso ministério seja um fracasso ou que Deus se desagrade de nós.
13. Como demonstrou Jeremias ter o conceito correto para com a sua designação de pregar, e o que podemos aprender de seu exemplo?
13 Considere o ministério do profeta Jeremias. Jeová Deus o havia comissionado a pregar aos seus patrícios rebeldes, de dura cerviz, que se haviam desviado da adoração verdadeira de Deus. Jeová disse: “Tens de falar-lhes todas estas palavras, mas não te escutarão; e tens de chamá-los, mas não te responderão.” (Jer. 7:27) De fato, poderia ser alguém mais indiferente entre os a quem pregamos? Todavia, embora aqueles israelitas fossem extremamente frios para com Deus, Jeremias continuou a pregar fielmente a eles por uns quarenta anos. É verdade que ficava desanimado. (Jer. 20:9) Não obstante, manteve o conceito correto sobre a importância da pregação, e Jeová se agradou de sua perseverança fiel. Jeová Deus tem agora o propósito de que se dê um “testemunho a todas as nações” antes de vir o fim, e por isso Ele também se agrada de continuarmos a pregar em obediência à sua ordem.
14, 15. (a) Que outro obstáculo se pode interpor ao conceito correto sobre a pregação do Reino, e, em resultado disso, que se poderia pensar erroneamente quanto ao conceito que Deus forma do seu serviço? (b) O que exige Deus de seus servos, e, portanto qual é o conceito correto?
14 Entretanto, uma reação fria e indiferente não é a única coisa que faz que alguns dos que se iniciaram na obra diminuam o passo ou até mesmo deixem de pregar “estas boas novas do reino”. Outros obstáculos também se podem interpor a se manter o conceito correto da importância da pregação do Reino. Um deles pode ser simplesmente o fardo aumentado daquilo que Jesus chamou de “ansiedades da vida”. — Luc. 21:34.
15 Na sociedade altamente competidora da atualidade talvez sinta responsabilidades maiores e cada vez mais demandas sobre o seu tempo. Talvez seu empregador exerça mais pressão sobre a sua pessoa. Também, pode haver despesas inesperadas, e a ansiedade de procurar arcar com todas elas. Talvez a fraca saúde e energia acentuem as pressões. Portanto, em vista de tudo isso, talvez pense que Deus não se agrada do pouco tempo e esforço que lhe sobra para devotar ao serviço de Deus. Todavia, isto não se dá. Jeová Deus não exige mais dos seus servos do que eles podem dar. Ele se agrada muito do ‘óbolo da viúva’ quando ele é tudo o que se pode oferecer. (Luc. 21:1-4; Mat. 11:28, 29) Portanto, o conceito correto é que o cristão deve fazer o que pode na obra de pregação. Isto é tudo o que Deus exige.
16. Quais são ainda outros obstáculos que se interpõem a manter a pessoa o conceito correto sobre a pregação do Reino?
16 A pregação do Reino é a obra mais vital hoje na terra, mas há ainda outros obstáculos que se podem interpor a se manter este conceito correto. Por exemplo, desejos e empenhos materialistas podem mostrar-se verdadeiro impedimento. Isto se dava com o companheiro missionário de Paulo, Demas, que abandonou a Paulo “porque amava o atual sistema de coisas”. (2 Tim. 4:10) É possível, também, que alguma coisa ou alguém se ingeriu na sua vida com atrativo tão forte, que acha que simplesmente não pode resistir. (1 João 2:15-17) Por outro lado, o obstáculo a se manter o conceito correto pode ser a oposição de parentes ou amigos na forma de zombaria ou isolamento. (Mat. 10:33-38) Ou pode ser a ameaça de sérios maus tratos físicos e de perseguição que o induzem a perder de vista a importância de continuar fiel na obra de pregação. (2 Tim. 3:12) Ou o obstáculo a manter o conceito correto talvez seja que se sente pessoalmente ofendido com algo que alguém disse ou fez. Em vez de endireitar a dificuldade da maneira prescrita pela Bíblia, o ofendido deixa a questão tornar-se tão grande na sua mente, que ele não mantém o conceito correto sobre a pregação do Reino. — Mat. 8:15-17; Sal. 119:165.
ORIGEM DOS CONCEITOS ERRÔNEOS
17. Por que é tão difícil manter um conceito correto sobre a obra de pregação?
17 Por que há tantos impedimentos a se manter um conceito correto sobre esta obra de máxima importância na terra? Um fator destacado são as nossas imperfeições e fraquezas inatas. Estas são contrárias a fazermos obedientemente a vontade de Deus. (Sal. 51:5; Rom. 7:18-21) Há também forças bem reais e poderosas cujo objetivo é fazer-nos criar o conceito errado e abandonar a pregação do reino de Deus. O apóstolo Paulo, descrevendo estes inimigos, escreveu aos cristãos: “[Mantende-vos] firmes contra as maquinações do Diabo; porque temos uma luta, não contra sangue e carne, mas contra . . . os governantes mundiais desta escuridão, contra as forças espirituais iníquas nos lugares celestiais.” (Efé. 6:11, 12) Trata-se de verdadeiras pessoas espirituais! Além disso, foram expulsas do céu pelo rei de Deus, Jesus Cristo, nesta mesma geração desde 1914, e travam agora contra nós uma luta vingativa de última trincheira. A profecia bíblica indicou esta mesma geração e disse: “Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um curto período de tempo.” — Rev. 12:9, 12.
18. Que atitude devemos ter corretamente para com os esforços do Diabo de impedir a nossa pregação?
18 Portanto, o que vai fazer? Desistir e parar? Sucumbirá diante dos esforços do Diabo e dos seus demônios, de impedi-lo de pregar? Ou lutará contra eles com tudo o que tem, não deixando nada impedi-lo de continuar na obra mais importante que há hoje na terra? O apóstolo Paulo disse que os cristãos precisam travar uma árdua guerra espiritual, “demolindo raciocínios e toda coisa altiva levantada contra o conhecimento de Deus”. (2 Cor. 10:3-5) Não podemos permitir que quaisquer conceitos errôneos engendrados pelo Diabo nos façam diminuir o passo ou nos impeçam de fazer a vontade de Deus.
19. Como nos deve afetar o conhecimento de que nossos irmãos permanecem fiéis apesar de tudo o que o Diabo lança contra eles?
19 O apóstolo Pedro salientou também que o Diabo é verdadeiro inimigo e disse: “Tomai vossa posição contra ele, sólidos na fé, sabendo que as mesmas coisas, em matéria de sofrimentos, estão sendo efetuadas na associação inteira dos vossos irmãos no mundo.” (1 Ped. 5:8, 9) Como o afeta este conhecimento de que seus irmãos em todo o mundo enfrentam as mesmas dificuldades que também enfrenta, e permanecem fiéis? Não é isto um verdadeiro encorajamento? Não é isso também uma garantia de que poderá continuar fiel na pregação, apesar dos obstáculos que talvez tenha de transpor? Sim, se eles podem permanecer fiéis na prova, então poderá fazer o mesmo!
COMO MANTER O CONCEITO CORRETO
20, 21. Embora se passe por provações e dificuldades, como ajudará o conceito correto sobre a dedicação a Deus a ter felicidade na pregação?
20 Mas, talvez pergunte como se pode encontrar felicidade e contentamento na obra de pregação quando se passa por provações e dificuldades. O caso talvez não seja que haja muita oposição real, mas apenas muita apatia no território em que trabalha, e por isso se sente desanimado. Em tais circunstâncias, como se pode manter o conceito correto?
21 O que lhe ajudará é considerar por que faz a pregação. Dedicou a sua vida a uma obra, passando pelo batismo em água em símbolo de sua dedicação à obra da pregação do Reino? Ou dedicou, em vez disso, a sua vida a uma pessoa, À Pessoa, Jeová Deus, para fazer a vontade dele, qualquer que fosse? Ora, naturalmente, dedicou a sua vida a Jeová e prega porque é a vontade de Deus que a mensagem do seu reino estabelecido seja agora proclamada em toda a terra. (Mat. 24:14) Não ajuda isso a colocar a questão na perspectiva correta? Sim, pois, por mantermos bem em mente nossa relação preciosa com Jeová, podemos encontrar verdadeiro prazer em fazer o que Ele diz. É natural gostar de fazer o que agrada e beneficia alguém a quem amamos. E visto que Jeová Deus é aquele a quem amamos muito, podemos achar prazer na pregação do reino que vindicará o nome e os propósitos dele.
22. Além da pregação fiel das boas novas do Reino, o que mais é necessário para se ter o agrado de Jeová?
22 Pensarmos na nossa dedicação a Jeová nos faz lembrar também que há muito mais envolvido em agradar a Ele do que apenas a pregação. É também necessário que moldemos nossa vida segundo o exemplo perfeito de Deus. Isto significa cultivar os frutos do Seu espírito, inclusive amor, benignidade, brandura e autodomínio, exercendo-os sempre nos nossos tratos com outros. (Gál. 5:22, 23) Precisamos também levar uma vida de boa moral, não cometendo fornicação ou adultério, nem ficando embriagado, nem mentir ou roubar, porque Jeová odeia todas estas práticas. (1 Cor. 6:9, 10) Portanto, embora a pregação do Reino seja a obra mais importante na terra, reconhecemos, em resultado do conceito correto sobre a nossa dedicação, que a participação nela não é de valor aos olhos de Deus se não preservarmos nossa relação pessoal íntima com ele por obedecermos também aos seus outros requisitos.
23, 24. Como nos poderá ajudar a consideração da relação marital a reconhecer a importância relativa entre a obra da pregação do Reino e a nossa relação dedicada com Jeová Deus?
23 De modo que é vital mantermos a obra de pregação e nossa preciosa relação dedicada com Jeová Deus na perspectiva correta. Uma ilustração poderá ajudar-nos a reconhecer a importância relativa entre a relação e a obra. Pense no seguinte: Quando uma mulher madura entra na relação marital, ela sabe que a aguarda um trabalho importante e bastante dele no cuidado do lar e na criação dos filhos. Mas ela tem prazer no trabalho, não necessariamente por causa do próprio trabalho, mas porque reconhece que seu desempenho fiel tem um papel importante na preservação e no fortalecimento do vínculo íntimo entre ela e seu marido.
24 Assim também nós podemos ter prazer na obra da pregação do Reino, por razões similares. O prazer, naturalmente, não resulta da reação apática, grosseira ou maldosa que às vezes encontramos no ministério. Antes, é porque sabemos que a obediência à ordem de Jeová de pregar edifica e fortalece nossa relação íntima com Ele. Portanto, por sempre prezarmos nossa preciosa relação dedicada com Jeová, manteremos um conceito maduro sobre a obra de pregação. Empenhar-nos-emos nela zelosamente com a motivação correta, porque realmente amamos a Jeová e desejamos enaltecer o seu nome. — 1 João 5:2, 3.
25. (a) Como pode Jesus deleitar-se em fazer a vontade de Deus, embora isso envolvesse terríveis sofrimentos para ele? (b) Que grandioso privilégio temos hoje em dia?
25 Sim, o que nos ajudará a manter o conceito correto sobre a pregação do Reino é considerar esta obra como oportunidade para provarmos nosso amor e nossa devoção a Jeová Deus. É assim que Jesus encarava o assunto. Ele disse: “Agradei-me em fazer a tua vontade, ó meu Deus.” (Sal. 40:7, 8; Heb. 10:5-10) Jesus disse isso embora fazer a vontade de Deus significasse para ele zombaria, vitupério e finalmente a morte numa estaca de tortura. (Sal. 22:7, 8, 16; Isa. 53:5, 7) Deleitava-se na obra de pregação, porque ela lhe dava a oportunidade de provar seu amor inquebrantável a Deus, e também porque, por fazer esta obra fielmente, ele podia prover a seu Pai uma resposta à zombaria de Satanás, de que os homens não servem voluntariamente a Deus por eles o amarem. (Pro. 27:11; Jó, capítulos 1 e 2) Nós também nos podemos deleitar em fazer a vontade de Deus, pelos mesmos motivos. É deveras um privilégio participar na vindicação do nome de Deus, e empenhar-se na obra que deveras lhe alegra o coração!
26. Como pode o amor genuíno ao próximo ajudar-nos a manter o conceito correto sobre a pregação do Reino?
26 Outra coisa que nos ajudará a manter o conceito correto sobre a pregação do reino é mantermos genuíno amor pelos nossos próximos, e lembrarmos como eles podem ser beneficiados pelo nosso trabalho. Imagine só! Pela nossa pregação fiel podemos ser usados como instrumentos para salvar pessoas da morte certa, no fim deste sistema de coisas que rapidamente se aproxima, assim como o provérbio bíblico exorta: “Livra os que estão sendo levados para a morte; e os que cambaleiam para a chacina, oh! que tu os refreies!” (Pro. 24:11) Também o apóstolo Paulo salientou a natureza salvadora de vida de nossa obra, dizendo: “Presta constante atenção a ti mesmo e ao teu ensino. Permanece nestas coisas, pois, por fazeres isso, salvarás tanto a ti mesmo como aos que te escutam.” (1 Tim. 4:16) Servir de instrumento na salvação de outros homens certamente é um modo maravilhoso de se poder mostrar amor!
27. Que benefícios recebemos, tanto agora como no futuro, por servirmos fielmente a Deus e pregarmos as boas novas do Seu reino?
27 Deveras, poder participar na pregação do Reino é o privilégio mais grandioso que se pode ter neste tempo. Mantermo-nos ocupados nela servirá de verdadeira proteção para nós. Nossa mente se fixará em Deus e em fazer a sua vontade, e assim não nos desviaremos para atividades condenadas por Deus. (Gál. 5:19-21) Além disso, cooperaremos intimamente com Deus na Sua obra, e isto é um grande privilégio! (1 Cor. 3:5-9) E lembre-se também da grandiosa recompensa com que Jeová Deus abençoará todos os seus servos fiéis. A bênção que ele prometeu é a sobrevivência ao fim deste sistema de coisas e a vida eterna com saúde perfeita na Sua nova ordem justa. (1 João 2:17; 2 Ped. 3:13; Rev. 21:3, 4) De fato, há todo motivo para se querer servir a Jeová e cumprir a sua vontade de pregar estas boas novas do Seu reino antes de vir “o fim”. — Mat. 24:14.
[Nota(s) de rodapé]
a The Decline and Fall of the Roman Empire, Edward Gibbon, Modern Library Edition, Vol. 1, c. 16, p. 451.
[Foto na página 559]
As testemunhas de Jeová pregam as boas novas do reino de Deus em 203 terras.