Novos arranjos para a organização da congregação
Conforme anunciado nas reuniões especiais realizadas com os anciãos, em junho e julho, haverá alguns arranjos novos na organização da congregação. Todos os anciãos deverão ler cuidadosamente esta informação, que se baseia nos discursos proferidos nas reuniões especiais, e pô-la em prática.
SECRETÁRIOS EM BENEFÍCIO DO REBANHO DE DEUS
1 Nestes tempos modernos, quando a obra do Reino está bem estabelecida, com mais de quarenta mil congregações das Testemunhas de Jeová em todo o mundo, é necessário manter certos registros em benefício da congregação. Isto está em harmonia com o princípio bíblico declarado em 1 Coríntios 14:40: “Que todas as coisas ocorram decentemente e por arranjo.”
2 Portanto, cada congregação será beneficiada por ter um Secretário designado, para assumir a responsabilidade de cuidar das comunicações e dos registros importantes da congregação. Durante os próximos seis meses (quando houver a visita do superintendente de circuito), o corpo de anciãos, em cada congregação, recomendará um dos anciãos, a fim de que seja designado para Secretário da congregação. Deve ser um irmão que tem a habilidade de cuidar devidamente dos registros e dos arquivos da congregação, e que é capaz de escrever bem as comunicações. Alguns irmãos estão melhor habilitados para tal trabalho do que outros. (1 Cor. 12:28-30) Por isso, os anciãos devem examinar com cuidado as qualificações do irmão a ser recomendado, tomando em consideração os deveres de que deverá cuidar e o seu espírito disposto, de querer servir seus irmãos. Em algumas congregações talvez haja vários habilitados. Visto que apenas um pode ser designado para este serviço, os anciãos terão de escolher apenas um para recomendar. Terão também em mente que, quando o Secretário for designado, ele não sairá em rodízio desta designação secretarial, mas servirá continuamente, de ano em ano, até que o corpo de anciãos ache apropriado recomendar uma mudança. — Veja 2 Reis 12:10, 11 e 22:3.
3 O Secretário deve ser recomendado pelo corpo local de anciãos durante a primeira visita do superintendente de circuito, após o dia 1.º de setembro. Esta recomendação será feita quando se enviarem as costumeiras recomendações para a designação de anciãos e servos ministeriais. A palavra “Secretário” deve ser escrita na margem do formulário de recomendação (S-2) antes do nome da pessoa, sob as recomendações de anciãos.
4 Deve-se incluir na recomendação no formulário S-29 o nome e o endereço completos do Secretário. Os superintendentes de circuito possuem um estoque deste formulário. O endereço do Secretário tornar-se-á o endereço permanente de correspondência da congregação. Toda a correspondência do Corpo Governante ou da Sociedade para a congregação será enviada a este endereço.
5 O irmão que for designado para Secretário da congregação deve ser regular em assistir às reuniões e deve tornar os registros congregacionais disponíveis aos outros anciãos, em benefício da congregação. Se ele alguma vez souber que estará ausente da região, por qualquer motivo, então ele deverá fazer arranjos para que outro irmão assuma temporariamente seus deveres e cuide da correspondência ou de comunicações que venham ao seu endereço.
6 Requerer-se-á que o Secretário guarde os registros vitais da congregação de modo ordeiro inclusive as designações de anciãos e de servos ministeriais, todas as cartas da Sociedade aos anciãos e à congregação as cópias dos relatórios dos superintendentes viajantes, de pedidos e de remessas de dinheiro à Sociedade, os registros a respeito da propriedade do Salão do Reino ou de outros bens da congregação, informação sobre empréstimos, seguro, escrituras e outros documentos referentes ao Salão do Reino. Também há registros sobre casos de desassociação tratados pelas comissões judicativas, que devem ser guardados nos arquivos da congregação.
7 O Secretário deve ser pessoa pontual, atento às datas em que se precisa cuidar das necessidades da congregação. Se a congregação tiver constituído uma pessoa jurídica, para realizar seu serviço a Jeová, o Secretário deverá saber o que o governo exige em matéria de relatórios às repartições governamentais, de reuniões anuais, da guarda das atas das reuniões e da publicação de anúncios exigidos por lei a respeito da sua sociedade. Ele deve guardar os arquivos da pessoa jurídica e cuidar de que o responsável pela preparação das atas as tenha em ordem.
8 Se a congregação for proprietária dum Salão do Reino ou de outros bens, o Secretário precisa certificar-se de que se satisfaçam as exigências governamentais, locais, para garantir o recebimento de qualquer isenção de impostos que talvez esteja disponível na localidade. Caso se recebam quaisquer notificações oficiais, ele cuidará de que estas sejam trazidas à atenção do corpo de anciãos e recebam pronta atenção por parte da congregação.
9 O Secretário estará interessado em coordenar as transações da congregação, tais como o pronto pagamento das contas de água e luz, etc., de prêmios de seguros, quando vencerem, do pagamento de quaisquer empréstimos, bem como de impostos que houver, o envio antecipado do pedido de convites para a Comemoração e a remessa dos relatórios no tempo devido.
10 Ele enviará as comunicações ao escritório da Sociedade, inclusive os formulários de pedidos e de remessa de dinheiro, preparados por outros irmãos que servem na congregação. Será da sua responsabilidade verificar que estes sejam legíveis e que os algarismos estejam certos.
11 Sempre que se recebam da Sociedade cartas dirigidas a todos os anciãos, ele as fará circular entre todos os anciãos, fazendo que cada ancião aponha suas iniciais ou sua rubrica nas cartas, para mostrar que as leu. Cuidará do andamento dessas cartas e as recolherá depois de todos os anciãos as terem lido e manejado, arquivando-as então.
12 O Secretário guardará os cartões de registro de publicador e compilará os relatórios de serviço de campo da congregação. Em algumas congregações, o corpo de anciãos talvez queira designar um ancião (se estiver disponível) ou um servo ministerial habilitado para ajudar o Secretário a cuidar de alguns destes registros.
13 Não se espera que esses deveres ocupem todo o tempo do Secretário, mas os designados para Secretário poderão participar em dirigir estudos de livro de congregação e em tomar a dianteira no serviço de campo, em conexão com esses grupos de estudo, bem como servir como qualquer outro ancião com a congregação, cuidando de partes nas reuniões, como membro duma comissão judicativa, e assim por diante.
14 Nas congregações grandes, onde há um bom número de anciãos designados, a recomendação pode significar que alguém que agora serve num cargo em que está muito atarefado, tal como o de superintendente dos estudos bíblicos ou o de superintendente do campo, talvez seja recomendado como Secretário. Neste caso, o corpo de anciãos talvez deseje providenciar que outro ancião assuma tal serviço, quando o Secretário for designado para seu novo trabalho. Nas congregações pequenas, o Secretário talvez possa servir também em outros cargos.
15 Cremos firmemente que a designação dum Secretário para cada congregação satisfaça uma necessidade agora existente nas congregações, resultando em benefícios adicionais, ao passo que o corpo de superintendentes dá atenção a todos os do rebanho de Deus. — Atos 20:28.
“TODOS ELES SERÃO ENSINADOS POR JEOVÁ”
16 Os cristãos, nestes últimos dias, continuam sendo pessoas “ensinadas por Jeová”. (Isa. 54:13) Apreciam também a provisão de terem “dádivas em homens”, os quais, entre outras coisas, têm a responsabilidade de ensinar. (Efé. 4:11-13) Sobre este ponto, o discípulo Tiago escreveu: “Não muitos de vós deviam tornar-se instrutores, meus irmãos, sabendo que havemos de receber um julgamento mais pesado.” (Tia. 3:1) Por isso, os anciãos procuram constantemente melhorar seu ensino. Alguns são eficientes, no nível individual ou em proferir discursos. Outros são bons instrutores no campo e em ajudar os novatos. Há anciãos especialmente bem sucedidos em ajudar outros a progredir espiritualmente por dirigirem instrutivos estudos da Sentinela ou a Escola Teocrática. As aptidões variam, mas, não importa qual o dom que alguém tenha, é exortado a usá-lo em benefício dos outros. — 1 Ped. 4:10, 11.
17 Conforme soubemos nas reuniões com os anciãos, fizeram-se alguns ajustes que afetarão a supervisão de duas reuniões congregacionais. Após o rodízio anual, em setembro de 1977, dois dos cinco cargos de serviço dos anciãos não estarão mais sujeitos ao rodízio depois disso. Serão o de (1) dirigente do estudo da Sentinela, e o do (2) superintendente da Escola Teocrática. O corpo de anciãos deve considerar quem dentre eles serviria especialmente bem nestes dois cargos. Os anciãos que passaram por rodízio para estes cargos, em setembro, servirão temporariamente até a próxima visita do superintendente de circuito à congregação.
18 Ao fazer suas escolhas definitivas, o corpo de anciãos pode ser ajudado pelas sugestões do superintendente de circuito na sua próxima visita. Entende-se que as designações reais para estes dois cargos serão feitas pelo corpo de anciãos, não pelo superintendente de circuito. Não se precisará, nestes casos, nenhuma carta de designação por parte do escritório da Sociedade. Todavia, para que haja algum registro a que a Sociedade possa recorrer, o superintendente de circuito poderá fazer a devida anotação no verso do formulário de recomendação (S-2). À esquerda dos nomes na lista de todos os anciãos designados da congregação, ele indicará qual o ancião que foi designado para cuidar do estudo da Sentinela e qual o ancião que cuidará da Escola Teocrática. Ele usará respectivamente as abreviaturas “DES” e “SET”. Deste modo, tanto o escritório da Sociedade como a congregação local terão um registro sobre quem foi designado para servir continuamente nestes dois cargos.
19 Além de designarem os anciãos que superintenderão cada um destes dois cargos, o corpo de anciãos, junto com o superintendente de circuito, designará outros anciãos, especialmente bons em ensinar, para estas duas reuniões a fim de ajudarem o dirigente do estudo da Sentinela e o superintendente da Escola Teocrática. Dependendo das circunstâncias locais, o dirigente do estudo da Sentinela acolheria bem que outros anciãos o ajudassem em dirigir os estudos semanais da Sentinela, por períodos de um mês por vez. O dirigente do estudo da Sentinela será responsável por programar tais anciãos adicionais para o estudo da Sentinela. O mesmo se dará com o superintendente da Escola Teocrática, que terá prazer na ajuda de outros anciãos em dirigir uma ou mais escolas da congregação, usualmente por períodos de dois meses. O superintendente da Escola Teocrática será responsável pela programação deles.
20 Conforme já indicado, estes dois anciãos ficarão nos seus cargos de ensino por um período indefinido. Se numa ocasião futura o corpo de anciãos, junto com o superintendente de circuito, visitante, achar isso aconselhável, poderão ser feitas mudanças. Este arranjo melhorado de ensino habilitará os irmãos a servirem segundo a sua melhor aptidão. Nas congregações em que há poucos anciãos será necessário fazer a melhor adaptação possível pelo uso do único ou dos dois homens escolhidos, embora a presidência continue em rodízio anual.
21 VISITA DO SUPERINTENDENTE DE CIRCUITO: Os superintendentes viajantes do povo de Jeová já por muito tempo servem as congregações como instrutores designados. Satisfazem as qualificações bíblicas para instruir na congregação. Contribuem muito, nas suas visitas, para o contínuo esclarecimento das congregações.
22 Até agora, as reuniões congregacionais têm sido realizadas em quatro dias durante sua visita, além de uma reunião com anciãos e servos ministeriais, uma reunião com os anciãos e uma reunião com os pioneiros. Tal horário tem sido apertado para os membros da congregação, bem como para o superintendente de circuito.
23 A partir de setembro de 1977, entra em vigor um programa reajustado para a semana. As reuniões congregacionais serão realizadas apenas em três dias durante a visita.
24 Recomenda-se que a Escola Teocrática e a reunião de serviço sejam realizadas na terça-feira durante a sua visita. A Escola Teocrática regular e uma reunião de serviço de 30 minutos serão seguidas por um discurso de serviço de encerramento proferido pelo superintendente de circuito, numa sessão total de duas horas, incluindo os cânticos e as orações.
25 A congregação inteira reunir-se-á de novo no Salão do Reino, preferivelmente numa noite regular de reunião, talvez na quinta ou na sexta-feira; o corpo de anciãos escolherá um do seu meio para dirigir um só grande estudo de livro naquela noite. O estudo de livro ficará reduzido a 45 minutos, mas ainda assim se deve fazer empenho de abranger a parte designada para aquela semana.
26 Depois do estudo de livro, o superintendente de circuito apresentará, com a participação da assistência uma parte a ser chamada: ‘Continue nas Coisas Que Aprendeu.’ (2 Tim. 3:14) Esta parte pode incluir informações sobre quaisquer pontos que o superintendente de circuito achar úteis para a congregação. Talvez ache apropriado abranger matéria não só das recentes Sentinelas, mas também do livro Organização, de Nosso Serviço do Reino e de outras publicações. Esta parte de 30 minutos será seguida por um discurso concludente de serviço do superintendente de circuito. Ao todo, esta reunião no meio da semana durará uma hora e 45 minutos, incluindo os cânticos e as orações.
27 A programação de domingo, para a visita, também será ajustada para duas horas, incluindo os cânticos e as orações. O superintendente de circuito proferirá um discurso público por 55 minutos. A mudança é na forma e na duração do estudo da Sentinela, que será dirigido sem a leitura dos parágrafos. Devotar-se-ão trinta minutos à participação da assistência em responder às perguntas. A isto seguir-se-á o discurso concludente do superintendente de circuito.
28 Acredita-se que este horário ajustado apresentará um programa mais equilibrado para a semana. Eliminará uma noite adicional de reunião, tempo que os irmãos poderão usar para outra atividade. Devem-se fazer planos para maior esforço no serviço de campo durante esta semana especial. Desta maneira, todos na congregação participarão em brilhar como luz coletiva na sua localidade.
29 ESCOLA DO MINISTÉRIO DO REINO: Os anciãos expressaram grande apreço pelo treinamento provido na Escola do Ministério do Reino. De fato, muitos deles perguntaram se podiam ter mais uma oportunidade para cursá-la e manter-se em dia. Com os ajustes organizacionais feitos no decorrer dos anos, parece aconselhável que todos os anciãos recebam treinamento adicional. Quando diversos anciãos cursam a escola ao mesmo tempo, a congregação parece derivar disso maiores benefícios.
30 Por este motivo, o curso foi revisado e ajustado para satisfazer as atuais necessidades das congregações cristãs. Preparou-se matéria revisada num compêndio.
A ADMINISTRAÇÃO DA LEI DE DEUS NA CONGREGAÇÃO
31 O arranjo da administração da lei de Deus na congregação cristã hoje é similar ao que existiu no primeiro século de nossa Era Comum, entre os primitivos cristãos. Em cooperação com o “escravo fiel e discreto”, há um corpo governante ou central de anciãos, que tem a responsabilidade especial de dirigir a administração das leis de Deus entre as testemunhas cristãs de Jeová. Os anciãos congregacionais e também os superintendentes viajantes têm o poder de agir como juízes em nome da congregação. Estes administradores são apreciados como provisão amorosa de Jeová e são encarados com respeito, por causa de seu trabalho. (1 Tes. 5:12, 13; 1 Tim. 5:17) Para instruírem outros e defenderem os requisitos de Deus, esses homens precisam estar bem familiarizados com as leis da Bíblia. Reconhecem que o julgar não é apenas ouvir casos. A administração da lei de Deus, por eles, envolve observá-la e ensiná-la, exortando à obediência a ela e usando-a como base para o julgamento, quando atuam na qualidade judicativa.
32 Há atualmente necessidade tanto de conselheiros qualificados, como de juízes. (Isa. 1:26) Na maioria das situações na vida, quando surgem problemas, os conselheiros são deveras apreciados quando ajudam a resolver questões ou problemas que lhes são apresentados. Portanto, quando alguém comete algo de errado, “antes de se aperceber disso”, usualmente dois ou mais anciãos poderão dar ajuda amorosa. Isto se faz no “espírito de brandura”, ao passo que aconselham e reajustam o errante. (Gál. 6:1, 2) Quando os anciãos observam que alguém começa um proceder que está em conflito direto com a lei divina, devem fazer empenho diligente para ajudá-lo, dando-lhe repetida admoestação, conforme necessário. (Tito 3:10, 11) Sendo misericordiosos, talvez consigam ‘arrebatá-lo do fogo’, poupando-o a um julgamento severo. (Judas 23) Casos flagrantes requerem que os anciãos ‘repreendam com severidade’, a fim de restabelecer a fé salutar. Para que se derive o devido benefício dos pastores congregacionais, todos os casos sérios devem ser trazidos à sua atenção, para que possam aplicar as leis de Deus, conforme for necessário.
33 No atual arranjo, o superintendente presidente, o superintendente do campo e o superintendente dos estudos bíblicos têm servido como comissão judicativa. Mas, estes irmãos já têm muitas responsabilidades. Além disso, são necessários experiência e tempo para cuidar de assuntos judicativos e para tratar de casos sérios de transgressão, os quais amiúde ficam complexos e exigem cuidadosa deliberação, discussão, e conselho e repreensão bíblicos, ou a ação da desassociação, quando não há arrependimento. Às vezes há mais de um caso pendente e em necessidade de atenção urgente. Se certos casos forem adiados ou prolongados desnecessariamente, alguns poderão ficar perturbados e achar que não se faz nada, ou que se negligencia a proteção da congregação. Embora todos os anciãos servindo na congregação tenham um senso de responsabilidade, os fatos mostram que aqueles que automaticamente têm assumido funções de comissão judicativa nem sempre têm estado preparados ou experientes ao ponto requerido pela administração cuidadosa da lei de Deus dentro da congregação.
34 Quando assuntos sérios, que exigem ação judicativa, são trazidos à atenção dos anciãos, como se iniciará doravante o processo da escolha duma comissão judicativa? Em alguns casos, aqueles que são culpados de séria transgressão, ou os que souberem definitivamente de tal transgressão, poderão chegar-se a qualquer ancião com quem queiram falar. Este, por sua vez, poderá pedir que o presidente convoque uma reunião de anciãos. Na ausência do presidente, o assunto pode ser apresentado a alguém que por ele foi designado para servir temporariamente, e este preside então a essa reunião. O ancião que primeiro soube do problema relatará brevemente a natureza do caso ao inteiro corpo de anciãos presente. Isto não significa entrar em pormenores desnecessários, mas significa relatar simplesmente o nome da pessoa ou das pessoas envolvidas e a natureza do problema, quer seja imoralidade, fraude, bebedice, o vício das drogas, ou outro erro sério. O corpo de anciãos considerará se o problema envolve uma pessoa solteira ou casada, a juventude ou outra caraterística, que possa habilitá-los a fazer uma escolha apropriada de anciãos. Por exemplo, se o assunto envolver uma controvérsia com a acusação de fraude, talvez queiram selecionar anciãos experientes, cuja formação os torna mais aptos a servir como comissão judicativa, para investigar tal acusação.
35 O que for considerado nesta reunião inicial não deve ser discutido com outros que não têm o direito de saber. Os anciãos têm a responsabilidade de manter as coisas confidenciais. Podem-se criar problemas por conversa indiscreta ou pela violação da confidência por parte de um ancião ou de membros da comissão judicativa. Provérbios 25:9 diz: “Pleiteia a tua própria causa com o teu próximo e não reveles a palestra confidencial de outrem.” A sabedoria dessas palavras deve ser considerada de perto. Os anciãos devem reconhecer que, se houver violação da confidência, isso pode pôr em dúvida a validez de seu critério e a profundidade de seu amor aos outros, que talvez estejam envolvidos. — Pro. 10:19; 11:13.
36 Pode haver ocasiões em que surgem mais de um caso sério. Talvez seja necessário escolher duas comissões judicativas para cuidar de casos diferentes, desde que haja suficientes anciãos qualificados. Do contrário, deverão resolver qual a maneira mais adequada para satisfazer as necessidades da situação. Quando houver menos de três anciãos numa congregação, então se pode convidar anciãos qualificados de uma congregação vizinha para servir, se estiverem disponíveis. Se uma congregação estiver numa região isolada e não for conveniente que anciãos dum lugar distante se reúnam com os membros da comissão judicativa local, então pode-se escolher um servo ministerial bem qualificado para completar a comissão judicativa. Ou, caso se aproxime a visita do superintendente de circuito dentro de uma ou duas semanas, os anciãos locais talvez decidam esperar a sua visita e poderão pedir que ele sirva junto com eles. Onde não for possível que mais de dois anciãos estejam presentes, então apenas os dois cuidarão do caso. (Mat. 18:19) Se discordarem sobre a ação a tomar no assunto, cada um deles poderá apresentar seu relatório ao escritório da Sociedade. Se nenhuma dessas alternativas for possível, em regiões muito isoladas, o ancião local, ou o responsável para servir como superintendente substituto, poderá escrever ao escritório da Sociedade, pedindo orientação.
37 A comissão judicativa não precisa ser limitada a três membros. As Escrituras não indicam nenhum número específico de anciãos como cuidando de casos de transgressão na primitiva congregação cristã. Os anciãos que serviam na comunidade durante a história de Israel talvez tenham ouvido os casos segundo a sua disponibilidade no portão da cidade. Por exemplo, Boaz escolheu dez dos anciãos da cidade, para ouvirem o assunto que tinha para apresentar. (Rute 4:1, 2) No entanto, todos na comunidade estavam naquele tempo sob o arranjo do pacto da Lei, e isto aumentava o número daqueles pelos quais os anciãos eram responsáveis. Hoje, em cada congregação, o número não seria tão grande, na maioria dos casos, de modo que usualmente três bastariam para uma comissão judicativa. Quando a gravidade do assunto justifica que haja quatro ou até mesmo cinco homens experientes servindo, pode-se arranjar isso.
38 Não há necessidade de que aquele que tem um problema se preocupe demais com quem são os diversos anciãos com os quais se reunirá. Os cristãos, sujeitando-se aos que os pastoreiam, podem confiar em que os subpastores desejam o melhor para o rebanho. (Heb. 13:17) Devem respeitar o critério daqueles que são designados para atuar na administração dos princípios justos de Deus e para indicar o que a Sua Palavra diz, do mesmo modo como se esperava isso no antigo Israel. (Deu. 17:10-13) Caso o corpo de anciãos saiba que o transgressor ou o acusado tem fortes sentimentos a respeito de alguém de seu grupo, deverá tomar isso em consideração e usar de bom senso na escolha. Se agirem com consideração para com todos os envolvidos, obterão destes a mais plena cooperação na própria audiência.
39 Pode haver raras ocasiões em que um ou mais dos envolvidos afirmem que um membro da comissão judicativa é parcial. Se isso acontecer antes da própria audiência, o corpo de anciãos examinará se há alguma base para tal afirmação. Provérbios 24:33 diz: “Mostrar parcialidade no julgamento não é bom.” Portanto cabe ao corpo local de anciãos decidir se é necessário uma mudança na composição da comissão, ou não. Os anciãos aparentados com o acusado ou que têm sido sócios nos negócios, ou que têm tido amizade especial, normalmente não serviriam numa comissão judicativa se houver outros irmãos qualificados disponíveis. Cada um deve conscienciosamente sentir que pode servir sem parcialidade.
40 Deve ser esclarecido que não há “arranjo de rodízio” envolvido na escolha de tais comissões. Em vista do fato de haver muitos anciãos recém-designados, que ainda não tiveram experiência em cuidar de casos judicativos, o corpo de anciãos poderá convidar um deles para servir junto com uma comissão que trata de assuntos não muito complexos. Desta maneira, os anciãos inexperientes terão a oportunidade de aprender, ao acompanharem a comissão judicativa que trata dum caso real.
41 Uma vez que uma comissão judicativa começa a tratar dum caso, há ainda outros fatores que precisam ser lembrados. Em vez de apenas se procurarem regras rígidas, para governar a maneira em que o caso deve ser tratado, é preciso decidir se realmente houve violação duma lei básica de Deus. Os princípios bíblicos, as circunstâncias envolvidas, bem como a gravidade do pecado cometido, são fatores que precisam todos ser tomados em consideração. E que dizer da atitude da pessoa? Esta também é importante. Por tratarem os assuntos desta maneira e por serem cabais, as comissões judicativas evitarão a precipitação em repreender ou desassociar alguém, quando não há base suficiente para tal ação. (Pro. 25:8) De modo inverso, não serão lenientes demais em lidar com aqueles que realmente não mostram genuíno arrependimento. Lembramo-nos de como Paulo exortou os cristãos coríntios a receberam de volta, no seu meio um homem desassociado que se havia arrependido. Contudo, na mesma segunda carta, ele se referiu a outros que continuaram impenitentes na sua transgressão. — 2 Cor. 12:21.
42 Haver homens realmente espirituais servindo num cargo judicativo, imparcial, dentro da congregação é uma provisão amorosa para o nosso bem. A obediência à lei de Deus e o respeito pelos que a administram trazem muitos benefícios. Não somente somos ajudados a entender e a aplicar os princípios justos da Bíblia, o que já em si mesmo nos protege e nos mantém limpos, mas a administração da lei de Deus também serve para nos disciplinar, endireitar e restabelecer, sempre que isso se torne necessário. Somos assim habilitados a manter uma condição aprovada perante Jeová, a qual é essencial para a vida na sua vindoura nova ordem. — Sal. 19:7-11.
Corpo Governante das Testemunhas de Jeová