Pode livrar-se do hábito de fumar
POR QUE é que milhões de pessoas fumam quando há evidência sobrepujante de que isso é prejudicial para a saúde? Por que é que muitos expressam o desejo de parar de fumar, mas ainda continuam? Conforme observado num número recente de Science World, é porque o fumo ‘vicia’. E ainda assim, apesar do aumento no número dos fumantes, há pessoas que estão notavelmente livres do hábito de fumar.
Estas pessoas são as testemunhas de Jeová. Uma notícia no jornal Courier de Evansville, Indiana, E. U. A., observou a respeito duma assembléia delas naquela cidade: “Talvez tenha sido a primeira vez na história do estádio em que 6.000 ou 7.000 pessoas ocuparam suas cadeiras sem que a fumaça de cigarros obscurecesse o orador.”
Por que é comum observar-se a ausência do fumo entre as testemunhas de Jeová? É porque os que se tornam testemunhas de Jeová nunca estavam viciados com os cigarros?
De modo algum. Os que se tornam testemunhas de Jeová vêm da população geral, a respeito da qual observou o Guardian Weekly: “Dois dentre cada três homens são fumantes, embora apenas uma mulher dentre quatro.” Por isso é razoável presumir-se que aproximadamente a mesma porcentagem de testemunhas de Jeová fumava antes.
Foi fácil para estas dezenas de milhares de Testemunhas deixar de fumar? Como puderam fazer isso? Se você, leitor, for alguém que quer livrar-se do hábito de fumar, talvez as experiências delas lhe ajudem.
FUMANTES AFETADOS DE MODOS DIFERENTES
Nem todo fumante tem muita dificuldade em parar de fumar. Alguns fumam comparativamente pouco e fazem isso mormente para ser sociáveis. Assim, segundo um estudo, 10,2 milhões de estadunidenses deixaram de fumar, num recente período de quatro anos. A maioria deles talvez fosse de pessoas que não acharam muito difícil de parar.
Típico de tais fumantes é o universitário de Harvard que, depois de fumar moderadamente por vários anos, finalmente decidiu renunciar a este hábito imundo. Ele simplesmente jogou fora seus cigarros e nunca mais fumou. Para ele, foi relativamente fácil; não sentiu nenhum desconforto real, e depois de um pouco de tempo, nenhum anseio de fumar, se é que sentiu. Mas outros casos são admitidamente bem diferentes.
Um anterior fumante, de Saskatchewan, Canadá, explicou: “Livrar meu corpo da nicotina foi para mim uma prova indescritivelmente difícil. As vezes, meu peito se sentia muito apertado, como se os músculos estivessem presos num nó. . . . Outras vezes, a dificuldade era tão severa, que eu pensava que talvez morresse.” Um forte fumante da Virgínia Ocidental, disse que, quando parou de fumar, ficou tão doente e fraco, que teve de ficar de cama por dois dias. Tais experiências de desconforto e doença ao se afastar da nicotina não são incomuns. Convém que os que se querem livrar do hábito de fumar se dêem conta disso.
VENCER A BATALHA
Talvez seja alguém que lutou por muitos anos para deixar de fumar, mas sem êxito, e talvez se sinta muito desanimado. Não desista! Outros igualmente viciados pela nicotina venceram este vício.
Um médico e cirurgião de cinqüenta e seis anos de idade observou recentemente: “Lembro-me do dia em que parei. Foi na segunda-feira, 15 de maio de 1950, em Santa Bárbara, Califórnia. Este acontecimento me deu confiança. Pois, desde então, quando confrontado com problemas ou situações desafiadores, costumo pensar: ‘Se eu pude parar de fumar, posso também fazer isso.’ A vitória sobre o fumo tinha tal significado para mim, visto que eu falhara muitas vezes.
“Depois de cada decisão de parar, eu acabava procurando pela casa tocos de cigarros. Ou eu me vestia à noite e saía para comprar alguns. Depois eu ficava aborrecido comigo mesmo por ter falhado novamente.
“Por volta deste tempo, comecei a estudar a Bíblia com as testemunhas de Jeová. Pude ver logo que aquilo que aprendia não se harmonizava com o hábito de fumar. Ainda assim, continuava fumando. Durante as reuniões, eu ia furtivamente a uma drug store para fumar um cigarro. ‘Quão tolo’, pensava eu, ‘que um homem adulto ande furtivamente como um garotinho, fumando às escondidas’. Eu simplesmente não podia continuar a viver assim como hipócrita. Desde que eu estava convencido de que as testemunhas de Jeová tinham a verdade da Palavra de Deus, dava-me conta de que tinha de fazer uma escolha — ou renunciar ao fumo, ou então à verdade.
“Lembro-me daquele domingo em 1950 — como de costume, fumei durante o intervalo da reunião. Mas, naquela noite, já se fora meu último cigarro, e eu votei nunca mais levar outro para casa. Mas, eu guardava cigarros no meu consultório na cidade. Quando cheguei lá na manhã seguinte, achei alguns sobrando, fumei-os, acabando por volta das onze horas. Mas eu me havia decidido a nunca mais fumar outro, e nunca mais fumei.”
CONFIANÇA EM JEOVÁ
Este médico não despercebeu o valor da oração. (Sal. 55:22) E com a ajuda de Jeová, o verdadeiro Deus, você, leitor, também poderá ser bem sucedido em vencer o hábito de fumar. O apóstolo Paulo disse: “Para todas as coisas tenho força em virtude daquele que me confere poder.” (Fil. 4:13) O que aconteceu com um homem que havia começado a fumar como menino de seis anos de idade, na Dakota do Sul, ilustra bem como este poder da parte de Jeová Deus basta para ajudar alguém a vencer o hábito de fumar. Ele explicou recentemente:
“Eu costumava fumar dois maços por dia e consumir uma caixa de cinqüenta charutos por semana. Minhas mãos, meus dentes, meu hálito — todo o meu eu — estava contaminado pela nicotina. Eu não podia acabar uma refeição sem parar para fumar um cigarro. A última coisa que fazia antes de ir dormir era fumar; acordava durante a noite para fumar um cigarro; e a primeira coisa que fazia de manhã era fumar.
“Minha mãe ficou preocupada comigo. Portanto, quando eu tinha cerca de vinte e um anos de idade, ela apostou 1.000 dólares que eu não podia parar de fumar por dois dias. Eu lhe disse que não queria parar e que não tinha nenhuma intenção de renunciar a algo que me dava tanto prazer.
“Mais tarde, comecei a assistir às reuniões das testemunhas de Jeová e decidi que, para agradar a Deus e a seu povo, eu devia deixar de fumar. Mas não podia. Sempre quebrava a minha resolução. Lembro-me de perguntar a uma Testemunha sobre isso. Ele indagou: ‘Já orou pedindo ajuda?’ Eu lhe disse que certamente havia feito isso.
“Ele perguntou: ‘Quando ora?’ Eu disse que à noite, antes de ir dormir, de manhã ao me levantar, e que depois de eu enfraquecer e fumar eu digo a Jeová que estou arrependido com o que havia feito.
“Ele disse: ‘Não é a ocasião em que realmente precisa da ajuda de Deus o momento em que estende a mão para fumar? Esta é a ocasião em que deve orar a Jeová para que o fortaleça.’
“Daquele momento em diante, foi exatamente o que fiz, e Jeová me fortaleceu. Pude parar de fumar, embora o desejo permanecesse comigo durante anos.”
O fumante, igual ao viciado com heroína, cria no seu organismo uma ‘necessidade’ da nicotina. Depois de passar um pouco de tempo sem fumar, passa a sentir-se desconfortável, às vezes até mesmo passando de repente a transpirar frio, quando privado por muito tempo. Assim, por causa do alívio que traz, fumar é agradável para o fumante, e renunciar a isso pode ser uma enorme luta. Isto é ilustrado pelo caso duma jovem senhora, criada na Dinamarca, que agora mora na cidade de Nova Iorque. Ela começou a fumar à idade de quatorze anos e finalmente parou em 28 de novembro de 1970. Havia tentado por meses, mas cada vez recaía. Ela diz:
“Eu orava sobre o assunto, mas não era inteiramente sincera. Dizia a Jeová que não gostava de fumar, e por isso queria parar. Mas o fato era que eu gostava. Por isso, finalmente reconheci em oração a Jeová que realmente gostava de fumar, mas queria desistir disso para agradar a Ele. Daí, por fixar a mente sempre em agradar a Deus, por fim me livrei do vício.
PODE SER FEITO!
Se temer que não possa deixar de fumar, sabe que não está sozinho. Uma dona-de-casa de Brooklyn, Nova Iorque, que fumava três ou quatro maços por dia, sentia-se assim. Ela havia continuado a fumar embora em 1968 fosse batizada pelas testemunhas de Jeová. Ela explica:
“Certo dia, meu marido disse-me: ‘Por que não pára de fumar?’ Eu retruquei: ‘Como me pode pedir uma coisa dessas? Pede-me que eu renuncie à minha vida.’ Quando me dei conta do que havia dito, fiquei chocada e envergonhada. E sabia que não podia hipocritamente continuar a afirmar ser Testemunha e persistir em fumar. Por isso, no dia seguinte, eu disse a meu marido que ia parar — mas dentro de um mês, no último sábado de fevereiro de 1971.
“Naquele sábado, fumei todo o dia e toda a noite. A semana seguinte foi um pesadelo. Minhas mãos tremiam. Eu chorava quase que constantemente. Estava doente; o anseio era agonizante. Mas eu me havia decidido, e com a ajuda de Jeová fiquei firme. Estou agora convencida de que os que não são bem sucedidos apenas não desejam realmente desistir. Ainda amam o fumar mais do que amam a Jeová.”
Por certo, se amar mesmo a Jeová Deus, poderá vencer o hábito de fumar. É interessante que um residente de Synanon, uma comunidade californiana fundada para tratar os viciados em entorpecentes e os alcoólatras, onde o fumo foi proibido em 1970, observou: “Se nós, refugo da sociedade, podemos deixar de fumar, então lá fora, no chamado mundo são, que se mata com a mais perigosa de todas as drogas [o fumo], pessoas de responsabilidade podem tomar uma atitude firme.”
Mostre que realmente ama a Jeová e seus princípios justos. Livre-se desde já da escravização ao fumo! Poderá fazer isso.