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Acabou uma longa buscaA Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1976
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Acabou uma longa busca
JESUS CRISTO disse em certa ocasião: “Persisti em buscar, e achareis.” (Mat. 7:7) Portanto, quem sincera e diligentemente procurar entrar numa relação aprovada com o Criador será bem sucedido nisso. Às vezes, porém, isso poderá exigir muita perseverança, em não se desistir da busca da verdade.
Isso foi ilustrado no caso duma senhora que vive num país predominantemente muçulmano, do Oriente Médio. Como menina, Melek (Anjo) foi ensinada que Deus proveu quatro livros para instruir a humanidade sobre sua vontade. Estes livros seriam Tevrat (a Lei ou os cinco livros de Moisés), Zebur (os Profetas e os Hagiógrafos), Incil (o Novo Testamento ou as Escrituras Gregas Cristãs) e o Alcorão. Visto que o instrutor lhe despertou a curiosidade em conhecer Tevrat, Zebur e Incil, Melek perguntou-lhe por que só se usava o Alcorão embora os outros três livros também procedessem de Deus. Ele a exortou a não se preocupar com esses, salientando que o Alcorão foi dado por último, e, por isso, sobrepunha-se a Tevrat, Zebur e Incil. Melek, porém, não ficou satisfeita com esta resposta.
Seguindo seus estudos na escola, Melek interrogou outros instrutores religiosos sobre Tevrat, Zebur e Incil. A resposta foi sempre a mesma: ‘Estes livros são desnecessários.’ Ao terminar a escola, Melek mudou-se para uma cidade grande. Ali perguntou em várias livrarias sobre Tevrat, Zebur e Incil, mas toda a sua busca foi em vão.
Embora se passassem muitos anos, não diminuiu o desejo de Melek, de achar os outros três livros sagrados mencionados pelo seu instrutor. Tardinho, certa noite, ela se chegou a três moças que esperavam no ponto do ônibus. “O que é que vocês três moças estão fazendo tão tarde à noite aqui fora?” perguntou ela. “Estamos vindo dum estudo dos livros sagrados”, responderam elas. Esperançosa, Melek perguntou: “Que livros sagrados?” Embora já tivesse então sessenta anos de idade, ficou muitíssimo alegre quando responderam: “Ora, Tevrat, Zebur e Incil.” “Estes são os livros que tenho procurado por quase cinqüenta anos!” exclamou.
Mas a felicidade de Melek transformou-se depressa em consternação. Exatamente então chegou o ônibus e as moças tiveram de partir. Não houve tempo para anotarem endereços ou mesmo nomes.
Depois de ter procurado por tanto tempo, porém, Melek não ia desistir tão facilmente. Durante as semanas seguintes, ia ao mesmo ponto de ônibus, na mesma noite, esperando e esperando, na expectativa de se encontrar novamente com as moças. Mas os seus esforços foram infrutíferos.
Daí, certo dia, Melek entrou na loja dum alfaiate. E quem estava sentado ali defronte dela? Ora, uma das três moças! Melek correu para ela, abraçou-a, beijou-a e disse: “Você é uma daquelas que têm os três livros sagrados. Quer me fazer o favor de dá-los a mim?” A jovem, uma das testemunhas de Jeová, respondeu que tanto lhe daria como os estudaria com ela. Acabada assim a busca durante toda uma vida, a própria Melek ajuda agora outros a tirar proveito dos três livros sagrados que constituem a Bíblia inteira.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1976
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Perguntas dos Leitores
● Como se pode harmonizar Atos 7:16, que atribui a Abraão a compra dum túmulo em Siquém, com Gênesis 23:15-19?
Pode parecer que haja ali uma contradição, sendo que Atos 7:16 diz que Abraão comprou um túmulo em Siquém, mas Gênesis 23:15-19 relata que comprou tal lote em Macpela, perto de Hébron. Existem diversas explicações possíveis. Vejamos alguns dos pormenores.
Pouco depois de Abraão entrar na Terra da Promessa (1943 A. E. C.), morou algum tempo em Siquém, que se encontrava na região setentrional onde mais tarde foi construída Samaria. (Gên. 12:6-8) Posteriormente, ao falecer a esposa de Abraão, Sara (1881 A. E. C.), ele comprou como lugar de sepultamento o campo e a caverna de Macpela, que estava perto de Hébron, ao sul de Jerusalém. “Abraão enterrou Sara, sua esposa, na caverna do campo de Macpela, defronte de Manre, quer dizer, Hébron, na terra de Canaã.” (Gên. 23:15-19) Com o tempo, Abraão, Isaque, Rebeca e Léia também foram enterrados ali. — Gên. 25:9; 49:29-32.
Jacó, neto de Abraão, também morou por um tempo perto de Siquém, e ele comprou ali um lote e construiu um altar. (Gên. 33:18-20) Quando estava à morte, no Egito, Jacó ordenou aos seus filhos que fosse enterrado, não em Siquém, mas com seus pais, no lote que Abraão havia comprado perto de Hébron. (Gên. 49:29-32; 50:12, 13) Quanto a um enterro em Siquém, Josué 24:32 diz que os israelitas, depois de entrarem na Terra da Promessa, enterraram os ossos de José “em Siquém no pedaço de campo que Jacó havia adquirido”, que passou a estar no território de Manassés, filho de José.
Com esta história em mente, podemos observar Atos 7:15, 16. Na sua defesa magistral, o discípulo cristão Estêvão disse: “Jacó desceu ao Egito. E ele faleceu; e assim também os nossos antepassados, e [os “antepassados”] foram transferidos para Siquém e colocados no túmulo que Abraão havia comprado por certo preço, com dinheiro de prata dos filhos de Emor, em Siquém.” De modo que parece que Estêvão estava dizendo que Abraão, em vez de Jacó, havia comprado terreno em Siquém. No entanto, Gênesis 23:17, 18, nos diz que Abraão comprou uma sepultura em Macpela, perto de Hébron.
Certos eruditos acreditam que, além da compra dum terreno em Hébron, Abraão também pode ter adquirido terreno em Siquém, onde Jeová lhe aparecera e onde construíra um altar. (Gên. 12:7) Neste caso, pode tratar-se do mesmo terreno que Gênesis 33:18, 19, menciona como comprado por Jacó daqueles que o controlavam naquele tempo. Este conceito eliminaria qualquer problema aparente com Atos 7:16.
Outra maneira de encarar isso é que Estêvão talvez simplesmente condensasse duas narrativas, combinando a transação de Abraão, em Gênesis 23:15-19, com a compra feita por Jacó, mencionada em Gênesis 33:18, 19. O que dá algum peso a esta possibilidade é o fato de que, em Atos 7:7, Estêvão evidentemente combinou numa só declaração algo que Deus disse a Abraão e algo que Ele disse a Moisés. (Gên. 15:14; Êxo. 3:12) De modo que Atos 7:16 pode ser simplesmente uma declaração condensada ou elíptica, que bastava para o objetivo de Estêvão, assim como Atos 7:7.
Pode-se considerar ainda outra solução possível. Abraão era avô de Jacó. Portanto, embora Gênesis 33:18, 19, diga que Jacó comprou terreno em Siquém, Estêvão pode ter atribuído a compra a Abraão, o chefe patriarcal. O que leva a crer nisso são outros casos na Bíblia, em que os nomes de antepassados foram aplicados aos descendentes e usados em lugar deles. — Osé. 11:1, 3, 12; Mat. 2:15-18.
Cada uma destas possibilidades pode ser a solução do aparente conflito entre Atos 7:16 e Gênesis 23:15-19. O fato de haver disponíveis várias explicações plausíveis salienta quão desarrazoado é quando alguém, atualmente, sem saber de todos os fatos, chega à conclusão de que Estêvão estava errado.
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Qual a solução para um mundo dilacerado pela violência?A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1976
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