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Tira proveito da história religiosa?A Sentinela — 1987 | 15 de setembro
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É de Proveito a História Religiosa?
Certamente que sim. Grandes porções da Bíblia contêm proveitosa história religiosa. (Romanos 15:4) Os Evangelhos mostram como Jesus ensinou a verdade a respeito de Deus e de Seus propósitos para com a terra. Os seguidores de Jesus deviam esperar pelo Reino celestial que resolverá os problemas terrestres. “Portanto, mantende-vos vigilantes, porque não sabeis nem o dia nem a hora”, disse Jesus. — Mateus 6:9, 10; 25:1-13.
A história religiosa confirma o surgimento dos preditos cristãos de imitação, que estabeleceram o seu próprio reino terrestre. A Reforma mudou a face do mundo, mas não restaurou os puros ensinos bíblicos. A história também aponta para a existência de modernos cristãos que ‘mantêm-se vigilantes’, que “não fazem parte do mundo” e que dão prioridade ao Reino de Deus. (João 17:16) Estas informações têm ajudado a muitas pessoas a identificar os verdadeiros seguidores de Jesus hoje.
Bárbara, mencionada no início do artigo, é uma dos mais de 3.000.000 de ativas Testemunhas de Jeová no mundo inteiro, que tentam alcançar pessoas honestas com o “puro ensino do Evangelho”. Um certo conhecimento a respeito da história religiosa tem sido proveitoso para esses proclamadores do Reino também.
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Os perigos da riqueza e da pobrezaA Sentinela — 1987 | 15 de setembro
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Os perigos da riqueza e da pobreza
SERÁ que a Bíblia rebaixa a riqueza e incentiva a pobreza? Muitos pensam assim. Mas, dois provérbios relacionados ajudam a esclarecer isso.
Provérbios 10:15 diz: “As coisas valiosas dum rico são a sua vila fortificada. A ruína dos de condição humilde é a sua pobreza.” Daí o versículo 16 de Pr 10 acrescenta: “A atividade do justo resulta em vida; o produto do iníquo resulta em pecado.” Note como esses dois provérbios complementam um ao outro.
O Pr 10 versículo 15 atesta que a riqueza tem as suas vantagens e a pobreza as suas desvantagens. As riquezas podem proteger a pessoa de algumas das incertezas da vida. A pessoa pobre, porém, talvez tenha problemas adicionais por ser financeiramente incapaz de enfrentar situações inesperadas. A Bíblia é realística quanto a isto. — Eclesiastes 7:12. Contudo, o Pr 10 versículo 15 pode também ser entendido como se referindo a um perigo que envolve a riqueza ou a pobreza. Muitos ricos depositam sua completa confiança no seu dinheiro; acham que ele representa toda a proteção de que necessitam. (Provérbios 18:11) Todavia, as riquezas não os podem ajudar a granjear um bom nome junto a Deus, ou assegurar-lhes a felicidade duradoura. De fato, as riquezas podem tornar isso mais difícil. A ilustração de Jesus a respeito do homem rico que construiu celeiros maiores, mas que não era rico para com Deus, traz este ponto à tona. (Lucas 12:16-21; 18:24, 25) Por outro lado, muitos pobres erroneamente adotam o conceito de que a sua pobreza torna o seu futuro sem esperança.
Note como o versículo 16 de Pr 10 completa o assunto. Quer um justo tenha muito, quer pouco, em sentido financeiro, o seu trabalho pode dar-lhe prazer. Ele não permite que o ganho financeiro de seu labor interfira em sua boa posição perante Deus. Em vez disso, os empenhos do justo na vida lhe dão, em adição à felicidade agora, a firme perspectiva de vida eterna no futuro. (Jó 42:10-13) O iníquo, contudo, não se beneficia mesmo se ganhar muito dinheiro. Em vez de apreciar o valor protetor do dinheiro e viver em harmonia com a vontade de Deus, ele usa as suas riquezas para promover uma vida de pecado.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1987 | 15 de setembro
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Perguntas dos Leitores
◼ O que é a “descendência de Deus” mencionada em Malaquias 2:15?
Este intricado texto reza, em parte: “E houve um que não o fez, visto que tinha o que restava do espírito. E o que procurava este um? A descendência de Deus.” “A descendência” evidentemente se refere à nação do antigo Israel, que na época em que o versículo foi escrito corria perigo de contaminação religiosa.
Malaquias profetizou durante um período de decadência moral nacional. Alguns israelitas não somente tomavam ‘a filha de um deus estrangeiro como noiva’, como também se divorciavam de sua esposa judia original, a ‘esposa de sua mocidade’, para tomar talvez uma esposa pagã mais jovem. Todavia, nem todos os varões israelitas fizeram tal “coisa detestável”. (Malaquias 2:11, 13, 14; Deuteronômio 7:3, 4) Evidentemente referindo-se a pessoas que se recusaram a quebrar o seu acordo matrimonial com um co-adorador de Jeová, Malaquias escreveu: “E houve um que não o fez, visto que tinha o que restava do espírito.”
O “espírito” é o espírito santo de Deus, que ele derramara sobre a nação. Contudo, os israelitas desobedientes resistiam e, assim, entristeciam esse espírito. (Isaías 63:10; Atos 7:51-53; compare com Efésios 4:30.) Alguns judeus individuais eram leais às leis de Deus e, por sua obediência, haviam retido o que “restava do espírito”. Estes adoradores fiéis não procuravam o seu próprio prazer egoísta. A respeito de um indivíduo assim, Malaquias escreveu: “O que procurava este um? A descendência de Deus.” Esta “descendência” era a nação do antigo Israel, que Malaquias disse fora ‘criada por Deus’. Esta ‘criação’ ocorreu quando Jeová incluiu os israelitas no pacto com ele no Monte Sinai, fazendo deles Sua “propriedade especial” e “uma nação santa”. A verdadeira ‘descendência’ de Abraão, que abençoaria pessoas de toda a terra havia de vir através dessa nação. — Malaquias 2:10; Êxodo 19:5, 6; Gênesis 22:18.
Contudo, os israelitas tinham de se manter religiosamente puros por não se casarem com pessoas das nações que não adoravam a Jeová. A impiedade dessas pessoas seria corrompedora, como se pode ver da situação existente nos dias de Esdras. Naquele tempo, os israelitas “aceitaram algumas das suas filhas [de nações vizinhas] para si e para os seus filhos; e eles, a descendência santa, [vieram a ficar] misturados com os povos das terras”. (Esdras 9:2) Esta mesma “grande maldade” ocorreu durante os dias de Neemias, contemporâneo de Malaquias. Varões judeus leais a Deus viram o claro perigo espiritual para si mesmos e para os filhos nascidos de tal união. Havia o perigo de serem desviados da adoração de Jeová por uma esposa não devotada a Ele. Neemias até mesmo relatou que entre aqueles judeus que se casaram com mulheres estrangeiras, nenhum de seus filhos sabia falar judaico’. — Neemias 13:23-27.
Os judeus desleais buscavam o seu próprio prazer, sem se importarem com o detrator impacto religioso sobre a sua nação, “a descendência de Deus”. Não é de admirar que Malaquias admoestasse: “E vós tereis de guardar-vos quanto ao vosso espírito, e que nenhum de vós aja traiçoeiramente com a esposa da sua mocidade”! (Malaquias 2:15) Os judeus fiéis guardaram o seu espírito, ou atitude, no que diz respeito a permanecerem leais a sua esposa judia. Esses homens tinham em alta estima a pureza religiosa de sua “nação santa”. Desejavam que seus filhos lessem a Palavra de Deus e viessem a amar a Jeová, contribuindo para a força religiosa da nação.
Cristãos dedicados hoje precisam exercer a mesma diligência sobre o seu espírito, ou atitude dominante. Se casados, devem evitar divorciar-se traiçoeiramente de seu cônjuge. E o cristão solteiro deve acatar o conselho do apóstolo Paulo de casar-se “somente no Senhor”, contraindo núpcias apenas com outra testemunha dedicada e batizada de Jeová. — 1 Coríntios 7:39.
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