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O que o sábio queria dizer?A Sentinela — 1978 | 15 de abril
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porque ele não tem temor de Deus.” — Ecl. 8:11-13.
Conforme Salomão salienta aqui, a justiça humana pode ser relapsa e os tribunais humanos talvez sejam penosamente vagarosos ou até mesmo negligentes na execução da sentença contra obras más. Os iníquos, por não serem logo punidos pela sua iniqüidade, pensam que conseguem safar-se com algo, e, assim, ficam firmemente determinados no seu proceder mau. Mas, a sua maldade não lhes traz nenhuma recompensa. Sua vida passa depressa, “como uma sombra”, e nenhuma trama deles pode prolongá-la. Por outro lado, os justos realmente não ficam em permanente desvantagem. É verdade que os outros talvez lhes dificultem as coisas. Não obstante, ter alguém respeito sadio ou “temor” do Criador ainda resulta em benefício para ele. O justo preserva uma consciência limpa, acha contentamento e satisfação em fazer o que sabe ser direito, e, se morrer como servo aprovado de Deus, tem a esperança de ser ressuscitado dentre os mortos. Assim, por fim, tudo ‘resulta em bem’ para aquele que teme a Jeová Deus.
Se ele tiver confiança em que o Altíssimo recompensará os que o temem, não ficará amargurado quando presencia o que Salomão descreve a seguir: “Há uma vaidade que se realiza na terra, que há justos a quem acontece como que pelo trabalho dos iníquos e há iníquos a quem acontece como que pelo trabalho dos justos. Eu disse que também isto é vaidade.” (Ecl. 8:14) Não cabe a Jeová Deus a culpa por tal injustiça. Ela é “vaidade que se realiza na terra” — algo pelo qual os humanos imperfeitos são responsáveis. Às vezes, isto se deve à corrução oficial, e em outras ocasiões simplesmente se deve a falta de conhecimento ou de apreço das excelentes normas que Deus estabeleceu na sua Palavra.
Quem teme a Deus não permite que as iniqüidades do mundo lhe estraguem o usufruto da vida. Ele dá-se conta de que simplesmente não pode mudar o que Deus tem tolerado até agora entre os homens, e, portanto, age em harmonia com as palavras de Salomão: “Eu mesmo gabei a alegria, porque a humanidade não tem nada melhor debaixo do sol do que comer, e beber, e alegrar-se, e que isto os acompanhe no seu trabalho árduo pelos dias da sua vida, que o verdadeiro Deus lhes deu debaixo do sol.” (Ecl. 8:15) Sim, o melhor proceder na vida é manter o devido temor do Criador, enquanto se tem satisfação no trabalho e no usufruto sadio da comida e da bebida. Preocupar-se e atormentar-se por causa de todos os males do atual sistema apenas seria frustrador e reduziria o usufruto da vida. Arruinaria a própria espiritualidade e felicidade. Atormentar-se ou queixar-se não apressará o alívio que virá por Deus eliminar a atual ordem e substituí-la por uma nova ordem justa. — Sal. 37:5-7.
Além disso, nada se ganha por se tentar descobrir alguma regra ou fórmula que possa explicar em plenos e exatos pormenores por que as coisas acontecem assim como se dá neste mundo. O sábio Rei Salomão, e outros, há muito fizeram uma cuidadosa investigação dos assuntos humanos. Contudo, não descobriram tal regra precisa pela qual se possa determinar o que se pode esperar em cada caso. Salomão observou: “De acordo com isto, empenhei meu coração em conhecer a sabedoria e em ver a ocupação em que se trabalha na terra, porque há um que não vê sono com os seus olhos, quer de dia quer de noite. E eu vi todo o trabalho do verdadeiro Deus, que a humanidade não é capaz de descobrir o trabalho que se fez debaixo do sol; por mais que a humanidade trabalhe arduamente para procurar, ainda assim não o descobre. E mesmo que dissessem que são bastante sábios para saber, não seriam capazes de o descobrir.” — Ecl. 8:16, 17.
Note que Salomão refere-se às coisas que ocorrem entre a humanidade como sendo “o trabalho do verdadeiro Deus”. Pode-se dizer isso porque tudo ocorre com a sua permissão ou tolerância, mas não porque Deus inicie, apóie ou aprove tudo o que se faz. Mesmo que alguém sacrifique seu sono, ele simplesmente não poderá descobrir o pleno alcance do que Deus faz e tolera na conseqüente realização de seu grandioso propósito. Esta é a idéia transmitida pela tradução de Moffatt, em inglês, das palavras do Rei Salomão: “Quando apliquei a mente ao estudo da sabedoria, para estudar toda a vida atarefada do mundo, verifiquei que o homem não é capaz de compreender a verdade de tudo o que Deus está fazendo neste mundo; ele pode labutar nos seus esforços de o conseguir, no afã dele, sem sono, dia e noite, mas nunca o descobrirá; o sábio talvez pense que está descobrindo o segredo, mas nem mesmo ele o descobrirá.” — Ecl. 8:16, 17.
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Lembra-se?A Sentinela — 1978 | 15 de abril
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Lembra-se?
Leu cuidadosamente os números recentes de A Sentinela? Em caso afirmativo, sem dúvida lembrar-se-á dos seguintes pontos:
● Por que é o celibato, por escolha, deveras recompensador?
O celibato é recompensador quando o motivo dele é espiritual, o desejo de ter mais tempo para se devotar a servir outros e ajudá-los a ganhar a grandiosa recompensa da vida eterna. — P. 649.a
● Em Ezequiel 31:4, o que é representado pelas ‘águas que fizeram com que o simbólico cedro do Líbano se tornasse grande’?
Nas Escrituras, águas representam ‘povos, multidões e nações’. (Rev. 17:1, 15) Portanto, as águas representam os povos ou recursos humanos dos quais o simbólico cedro deriva apoio. — Pp. 689, 694.
● Por que disse o profeta Habacuque que podia esperar uma repreensão da parte de Jeová? (Hab. 2:1)
Habacuque achou difícil de entender como Jeová Deus podia usar os impiedosos e idólatras caldeus para executar Seu julgamento no reino de Judá. Visto que ele questionava o uso dos caldeus pelo Altíssimo, os quais encaravam os homens como meros peixes e coisas rastejantes, a ser capturados e subjugados, o profeta reconheceu que precisava ser ajudado para ver este assunto na perspectiva correta. Portanto, aguardava uma Revelação adicional da parte de Jeová, a fim de ser endireitado. — P. 733.
● Como deve influir em nós para o bem o fato de que os olhos de Deus estão sempre sobre nós? (Pro. 15:3)
Deve induzir-nos a nos comportarmos sempre dum modo que lhe agrade, reconhecendo que estamos na presença dele. — Pp. 739, 740.
● Em que sentido são as profecias bíblicas diferentes das predições feitas por adivinhos?
Muitas vezes, as predições feitas por adivinhos são vagas, incorretas ou referentes a assuntos de pouca importância. Mas as profecias bíblicas têm sido específicas, e, conforme demonstrado pelos fatos da história, têm sido cumpridas nos mínimos pormenores. Têm tratado de assuntos vitais, afetando o futuro de povos e de nações inteiras. — Pp. 3, 4.
● Que lições de aviso podemos aprender das atitudes e ações dos fariseus, no primeiro século E. C.?
Precisamos estar atentos a não nos tornarmos justos aos nossos próprios olhos e deixar de ter consideração divina com as necessidades e os sentimentos humanos. Aquele que fica meticuloso demais nas regras estabelecidas pelos homens talvez passe a desperceber as coisas realmente importantes: justiça, fidelidade, misericórdia e amor. O excesso de confiança na sua própria justiça pode levar a se menosprezar os concrentes, deixando de tratá-los como amados irmãos e irmãs. — Pp. 13, 14.
● Conforme evidencia Lamentações 3:19, 20, qual é um modo em que Jeová Deus tem demonstrado sua grande humildade?
Em Lamentações 3:19, 20, o profeta Jeremias expressa a confiança em que o Altíssimo, finalmente, se lembraria dos arrependidos da nação de Israel, que haviam sido derrotados. Ele se ‘curvaria’ ou abaixaria para dar atenção favorável a eles. — P. 60.
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