-
O que o sábio queria dizer?A Sentinela — 1977 | 1.° de setembro
-
-
‘Para que Vejam que São Animais’
Os homens talvez se orgulhem de sua capacidade e de seu conhecimento. Contudo, no que se refere ao modo em que finda a sua vida, os homens não são melhores do que os animais irracionais. Isto foi trazido à atenção pelo sábio Rei Salomão, que disse: “Eu é que disse no meu coração, com respeito aos filhos da humanidade, que o verdadeiro Deus vai selecioná-los, para que vejam que eles mesmos são animais. Pois há um evento conseqüente com respeito aos filhos da humanidade e um evento conseqüente com respeito ao animal, e há para eles o mesmo evento conseqüente. Como morre um, assim morre o outro; e todos eles têm apenas um só espírito, de modo que não há nenhuma superioridade do homem sobre o animal, pois tudo é vaidade. Todos vão para um só lugar. Todos eles vieram a ser do pó e todos eles retornam ao pó.” — Ecl. 3:18-20.
Logo antes de introduzir esta idéia, Salomão escreveu: “O verdadeiro Deus julgará tanto o justo como o iníquo, pois há um tempo para todo assunto e referente a todo trabalho ali.” (Ecl. 3:17) Assim, falar Salomão, no Ecl 3 versículo 18, sobre Deus ‘selecionar’ ou ‘peneirar’ os homens pode significar que aquilo que lhes concede em matéria de oportunidades, bem como as coisas que lhes permite, inclusive problemas e incertezas, revelarão com o tempo se eles são justos ou iníquos. O fato de que a vida está cheia de dificuldades e incertezas, e finalmente termina na morte, deve fazer os homens compreender que, no que se refere ao seu próprio poder, no fim são iguais aos animais. O mesmo espírito ou força de vida, sustentado pela respiração, anima tanto o homem como o animal. Depois de morrer, tanto o homem como o animal voltam para o pó sem vida. — Ecl. 9:16.
Baseado exclusivamente na observação humana, ninguém pode responder à pergunta que Salomão suscitou a seguir: “Quem é que conhece o espírito dos filhos da humanidade, se ele vai para cima; e o espírito do animal, se ele vai para baixo, para a terra?” — Ecl. 3:21.
Visto que a morte acaba com todas as atividades humanas, assim como no caso do mero animal, Salomão concluiu: “Eu vi que não há nada melhor do que o homem alegrar-se com o seu trabalho, porque este é seu quinhão; pois, quem o fará entrar para ver o que vai ser após ele?” (Ecl. 3:22) A sabedoria dita que se obtenha usufruto sadio de seu trabalho árduo. Quando alguém morre, cessa de ter participação adicional nas atividades humanas. Como cadáver, não pode nem mesmo ver o que está acontecendo na humanidade. — Ecl. 9:5, 10.
Lembrarmo-nos de que a morte pode reduzir a pessoa a nada, igual ao animal irracional, deve exercer um efeito moderador sobre nós. Deve fazer-nos cônscios da importância de usarmos a vida para o bem, apesar das incertezas e dos problemas. Devemos também ser induzidos a recorrer a Deus, reconhecendo que quaisquer perspectivas de vida futura, após a morte, residem com ele.
-
-
Por que tão caro?A Sentinela — 1977 | 1.° de setembro
-
-
Por que tão caro?
● O “nardo genuíno” derramado por Maria, irmã de Lázaro, sobre a cabeça e os pés de Jesus Cristo, tinha o valor de 300 denários. (Mar. 14:3-9; João 12:3-8) Isto equivalia aproximadamente ao salário de um ano. (Mat. 20:2) Acredita-se em geral que a fonte do produto usado por Maria era a pequena planta aromática chamada espicanardo (Nardostachys jatamansi), encontrada nos montes do Himalaia. O fato de o “nardo genuíno” ter vindo de tão longe, além de sua raridade, explicaria por que era tão caro.
-