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“Não te alegres, ó Filístia”A Sentinela — 1977 | 15 de julho
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“Não te alegres, ó Filístia”
ENTRE os escritos da antiguidade, a Bíblia destaca-se como livro de profecia. Predisseram-se centenas e centenas de acontecimentos, e o cumprimento deles pode ser confirmado pelos fatos da história.
Uma destas profecias foi dirigida contra a Filístia, no ano em que faleceu o rei judeu Acaz. O profeta Isaías foi divinamente inspirado a declarar: “Não te alegres, ó Filístia, qualquer um de ti, só porque foi destroçada a vara de quem te golpeava. Porque da raiz da serpente sairá uma cobra venenosa, e seu fruto será uma ardente cobra voadora.” — Isa. 14:28, 29.
Durante o reinado do Rei Acaz, o poder de Judá ficou consideravelmente enfraquecido. Num único dia, os exércitos do reino opositor de dez tribos de Israel mataram 120.000 guerreiros no reino de Judá. Os edomitas invadiram Judá pelo sudeste e levaram embora cativos. E os filisteus fizeram incursões contra as cidades e vilas ocidentais de Judá. (2 Crô. 28:5, 6, 17, 18) Por fim, para proteger-se contra a ameaça de Israel e da Síria, Acaz apelou para a Assíria, em busca de ajuda. No fim das contas, isto não trouxe alívio, mas “aflição”, sob o pesado jugo dos assírios. (2 Crô. 28:16, 20) No que se referia aos filisteus, o reino de Judá não era mais um perigo para eles assim como no passado. A “vara” que os havia golpeado fora destroçada.
A situação havia sido bastante diferente quando Uzias, avô de Acaz, havia reinado. A Bíblia relata: “E ele passou a sair e a lutar contra os Filisteus, e a romper pela muralha de Gate, e pela muralha de Jabné, e pela muralha de Asdode, construindo depois cidades no território de Asdode e entre os filisteus. E o verdadeiro Deus continuou a ajudá-lo contra os filisteus e contra os árabes que moravam em Gurbaal, e os meunins. E os amonitas começaram a dar tributo a Uzias. Finalmente, a sua fama ia até o Egito, pois demonstrou ter força num grau extraordinário.” — 2 Crô. 26:6-8.
Devido à séria desconsideração para com as ordens de Deus, Acaz, por outro lado, sofreu reveses. Então, com a morte de Acaz e um novo rei inexperiente subindo ao trono, os filisteus não se deviam alegrar, pensando que podiam fazer mais incursões contra o reino de Judá. Haveria uma mudança. O Rei Uzias, com as suas vitórias sobre os filisteus, havia sido como uma serpente. Mas os filisteus haveriam de enfrentar um adversário ainda mais mortífero em alguém que procederia da “raiz” de Uzias. Este seria como “cobra venenosa”, como “ardente cobra voadora”. Uma “ardente cobra voadora” é rápida nos botes e como relâmpago no ataque, produzindo um ardor por causa do veneno injetado na vítima. Em cumprimento da profecia de Isaías, a “ardente cobra voadora” veio a ser Ezequias, bisneto de Uzias. A Bíblia nos diz: “Foi ele quem golpeou os filisteus até Gaza, e também seus territórios.” — 2 Reis 18:8.
Os anais do rei assírio Senaqueribe revelam que os filisteus se sujeitaram a Ezequias. Sobre o que aconteceu com Padi, rei da cidade filistéia de Ecrom, esses anais dizem que ‘os oficiais, os patrícios e o povo comum de Ecrom haviam lançado Padi, seu rei, em grilhões’ e o “haviam entregue a Ezequias, o judeu”, que “o manteve preso”.
Em vista de tais desenvolvimentos durante o reinado de Ezequias, a ordem profética, de que os filisteus não se alegrassem, foi muito apropriada. O que eles sofreram às mãos de Ezequias foi deveras um ferimento como o que uma “ardente cobra voadora” pode produzir nas suas vítimas. A profecia de Isaías 14:29 foi inconfundivelmente cumprida.
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Procurada: firmeza parentalA Sentinela — 1977 | 15 de julho
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Procurada: firmeza parental
● A permissividade parental é hoje ampla. Mas algumas informações incomuns procedem duma pesquisa recente feita pelo Dr. John Coleman, catedrático em psicologia educacional na Faculdade de Medicina do Hospital de Londres, na Inglaterra. Testes e entrevistas com 800 jovens, entre as idades de 11 e 17 anos, revelaram haver um desejo básico de firmeza e estabilidade parental. A evidência mostra que, ‘atrás das fachadas de rebelião, discussões e disputas lacrimosas, a maioria dos adolescentes tem a esperança secreta de que seus pais não cedam’. — “Daily Mail” de Londres.
Quando filhos ou filhas opõem sua vontade à dos pais, o Dr. Coleman exorta os pais a se manterem firmes. Ele diz: ‘Precisam fazer isso sabiamente; eu não advogo a vara de ferro, mas é fatal levantar as mãos e dizer: Não consigo nada com este filho; que faça o que quiser.’
Há dezenove séculos atrás, o apóstolo Paulo deu conselho inspirado aos pais cristãos, exortando à paciência amorosa, combinada com firmeza. Esta fórmula, quando baseada no conhecimento bíblico e no genuíno interesse no futuro do filho, ainda produz os melhores resultados possíveis hoje em dia. — Efé. 6:1-4; Col. 3:20, 21.
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