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Encaremos com confiança a atual era de violênciaA Sentinela — 1985 | 15 de janeiro
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Encaremos com confiança a atual era de violência
“O próprio Soberano Senhor Jeová falou! Quem não profetizará?” — AMÓS 3:8.
1. (a) Com respeito ao nome de Jeová, quão grandioso é nosso privilégio? (b) De que forma magnificaram Jesus e Paulo a Jeová e ao seu nome?
“SOBERANO Senhor Jeová” — quão belamente descrevem essas palavras o Supremo Governante do universo! Apesar das objeções sectárias em contrário, é um grandioso privilégio invocar a Jeová por nome, desfrutar uma relação íntima com Jeová e proclamar o nome e os propósitos de Jeová a outros. Seu Filho, Jesus, quando estava na terra declarou: “O espírito de Jeová está sobre mim, . . . para declarar boas novas aos pobres.” Em oração a Jeová, ele disse a respeito dos seus discípulos: “Eu lhes, tenho dado a conhecer o teu nome e o hei de dar a conhecer.” E o apóstolo Paulo, citando os antigos profetas hebreus, disse: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” — Lucas 4:18; João 17:26; Romanos 10:13; Joel 2:32.
2. (a) Como exaltou Amós a Jeová? (b) Condizente com o significado do nome de Amós, que incumbência recebeu ele?
2 Amós foi um desses antigos profetas. Ele exaltou o nome de Jeová, visto que a expressão “Soberano Senhor Jeová aparece 21 vezes no livro da Bíblia escrito por ele. O nome Amós significa “Levar uma Carga”. Realmente, ele levou uma pesada carga de responsabilidade, assim como se dá com as testemunhas leais de Jeová hoje. Amós era criador de ovelhas e pomicultor, e, pelo visto, não recebeu nenhuma instrução formal para sua obra profética. Contudo, evidentemente, estava bem familiarizado com a Palavra de Deus, e o espírito de Jeová estava sobre ele para executar sua difícil tarefa. E qual era esta? Era a de deixar sua terra natal de Judá e ir qual missionário estrangeiro para o renegado reino setentrional de Israel, de dez tribos. Ali, em Israel, cuja capital era Samaria, ele havia de proclamar uma mensagem muitíssimo impopular de condenação.
3. Que “assunto confidencial” oportuno foi revelado mediante Amós?
3 Recusou Amós esta designação? De modo algum! Aqueles eram tempos de violência, mas as pessoas precisavam estar cientes da iminência dum “dia” ainda mais “calamitoso”. A vida delas se concentrava em comer e beber. Estiradas sobre seus leitos de marfim e sobre seus divãs luxuosos, não davam atenção a Jeová e à verdadeira adoração. (Amós 6:3-6) Jeová decidiu puni-las, mas, antes, deveriam receber um aviso profético. Em harmonia com isto, o próprio Jeová declarou: “O Soberano Senhor Jeová não fará coisa alguma sem ter revelado seu assunto confidencial aos seus servos, os profetas.” — Amós 3:7.
Aplicação nos Tempos Modernos
4. (a) Por que foi preservada essa antiga profecia? (b) Mediante que canal é hoje divulgado seu significado?
4 Tem esta antiga profecia significado para nós, hoje? Sim, tem uma poderosa mensagem para nós! A Palavra inspirada de Deus foi compilada sob orientação divina, e foi preservada até “o tempo do fim”, para o benefício do povo de Deus, “para quem já chegaram os fins dos sistemas de coisas”. Seu significado profético nos é revelado mediante “o escravo fiel e discreto”, o grupo de cristãos ungidos, que o Amo, Jesus Cristo, usa agora para prover o “alimento [espiritual] no tempo apropriado” para todos os do povo de Deus. — Daniel 12:4; 1 Coríntios 10:11; Mateus 24:45-47.
5. Como devemos reagir à pronunciação de Jeová em Amós 3:8?
5 Consideramos este “assunto confidencial” da profecia de Amós como algo de importância secundária, que pode receber atenção nas nossas horas de folga, por assim dizer? Bem, se estivéssemos sozinhos num campo aberto, e repentinamente o silêncio fosse rompido pelo rugir dum leão, qual seria nossa reação? Nessa circunstância de risco de vida, não agiríamos imediatamente? Não demoraríamos! Portanto, não deveríamos reagir de modo similar às pronunciações proféticas de Jeová? O próprio Jeová declara: “Há um leão que bramiu! quem não terá medo? O próprio Soberano Senhor Jeová falou! Quem não profetizará?” (Amós 3:8) É vital, pois, que divulguemos a outros a profecia e seu significado. Mas como?
“Vai, Profetiza”
6. Em que sentidos lembra a cristandade a antiga Samaria?
6 A ordem de Jeová a Amós foi: “Vai, profetiza ao meu povo Israel.” (Amós 7:15) O reino apóstata de Israel tem seu paralelo hoje na cristandade, que é de mentalidade materialista, depende da violência ou da ameaça de violência para a sua sobrevivência, e é antagonista do Soberano Senhor Jeová, odiando Seu nome. Quanto ao título “cristão”, a cristandade o usa apenas como rótulo, pois opõe-se ao iminente Reino de justiça de Cristo. O próprio Jesus descreveu os membros das religiões da cristandade como “obreiros do que é contra a lei”. — Mateus 7:21-23.
7, 8 (a) Como tem sido ‘publicada’ progressivamente, no decorrer dos anos, a condenação da cristandade? (b) Que “liberdade” tem sido proclamada para os “cativos”, e com que resultado?
7 Desde o estabelecimento do Reino nos céus em 1914, a hodierna classe de Amós, as Testemunhas de Jeová, tem proclamado a toda a cristandade o dia da vingança de Jeová. Especialmente de 1919 a 1939 foi proclamado um aviso cabal nas terras da cristandade, e isso continua sendo feito até o momento. Para as Testemunhas de Jeová, os anos da Segunda Guerra Mundial, 1939-45, foram um tempo de perseguição, mas também um tempo de reorganização. Em 1943, a Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia (dos EUA) começou a treinar missionários para servir em campos estrangeiros, e, por volta do fim da Segunda Guerra Mundial, enviavam-se estes a país após país, a fim de se expandir o testemunho do Reino. A obra no domínio da cristandade foi assim ampliada, de maneira notável na Itália, em Portugal, na Espanha e no vasto território da América Latina.
8 “Vai, profetiza”, foi a convocação! Famílias devotadas mudaram-se do Canadá, dos Estados Unidos, das Ilhas Britânicas, da Europa e da Australásia para juntar-se aos missionários em novos territórios onde a necessidade era grande. Com confiança, proclamaram o que ‘o próprio Soberano Senhor Jeová falara’. O espírito de Jeová tem estado sobre suas testemunhas para proclamar, em escala global, o “dia de vingança” de Deus contra a cristandade, e também “liberdade aos que foram levados cativos” pela religião falsa. (Isaías 61:1, 2; Zacarias 4:6) Assim, no espaço de 40 anos, produziu-se um aumento espantoso na média mensal de Testemunhas que proclamavam o Reino: de 109.794 em 1943 para 2.501.722 em 1983.
Padrão Global
9, 10. (a) Qual foi a amplitude da proclamação nos dias de Amós, e qual é o paralelo disso hoje? (b) Conforme prefigurado pela profecia de Amós, como é que os chamados pagãos passaram a encarar a cristandade?
9 Isto segue o padrão dos dias de Amós, quando a proclamação da condenação havia de ser divulgada também em Asdode — o centro pagão de adoração da vizinha Filístia — e tão distante quanto o Egito. Pois o Soberano Senhor Jeová falara, dizendo: “Publicai-o sobre as torres, de habitação em Asdode e sobre as torres de habitação na terra do Egito, e dizei: ‘Sede ajuntados contra os montes de Samaria e vede as muitas desordens no meio dela e as defraudações dentro dela. E não souberam fazer o que é direito’, é a pronunciação de Jeová, ‘os que armazenam violência e assolação nas suas, torres de habitação’.” — Amós 3:9, 10.
10 De modo similar, a hodierna proclamação da vingança de Jeová a ser executada contra a cristandade estendeu-se muito além do domínio dela — alcançou a África, as ilhas do mar e muitas partes do Oriente. Uma vez que o Egito é usado na Bíblia como símbolo do inteiro mundo iníquo alienado de Deus, a mensagem de condenação da cristandade tem sido proclamada em escala global. (Veja Isaías 19:19, 20.) Muitos nas chamadas nações pagãs têm estado bem apercebidos das ‘desordens, das defraudações, da desonestidade, da violência e da assolação’ existentes na cristandade. Têm observado no decorrer dos séculos, missionários da cristandade participar em guerras e revoluções ideológicas, e servir de fachada para o comércio internacional de armas e narcóticos. Quando um missionário da Torre de Vigia (dos EUA) entabula uma palestra com um budista, amiúde se confronta com a objeção: ‘Mas, olhe para a condição moral dos cristãos; nós budistas temos normas de moral muito melhores, portanto, por que devíamos nós mudar?’ O missionário tem de esclarecer que a religião da cristandade é muito diferente do cristianismo da Bíblia. Só depois disso é que ele começa a encontrar um ouvido atento.
11. A corrupção que havia em Samaria corresponde a que hoje em dia?
11 Como na antiga Samaria, também na cristandade, políticos e altos funcionários, grandes, e pequenos, “não souberam fazer o que é direito”. Além disso, na maioria dos países chamados cristãos, a violência e o que é contra a lei tomam conta das ruas. (Mateus 24:3, 12) Isto se contrasta nitidamente com as condições mais pacíficas existentes em muitos países “não-cristãos”.
12. Em que sentido tem a cristandade ‘armazenado violência e assolação’?
12 “Violência e assolação” são também planejadas em escala surpreendente na área internacional. Não bastou as nações da cristandade terem sido as instigadoras, das duas guerras mundiais, o que as tornou culpadas da matança de cerca de 69.000.000 de humanos. Agora, a cristandade é parte assaz integrante no conflito entre as duas superpotências, “o rei do sul” e “o rei do norte”, resultando em suas nações concordarem com a instalação de armas nucleares assassinas em pontos estratégicos dos seus territórios.
13. De que forma têm os defensores políticos da violência participado no cumprimento de Daniel 11:40 e de Lucas 21:25?
13 Numa visita que fez ao Japão, o principal porta-voz do “rei do sul” declarou: “O único valor de se possuir armas nucleares é garantir que não sejam utilizadas — nunca.” Então, por que é que as possuem? É porque Satanás, o deus deste mundo, colocou as nações num dilema do qual não conseguem escapar. Em resposta aos “empurrões” do “rei do sul”, o principal porta-voz do “rei do norte” anunciou que seriam apontados mísseis nucleares de médio alcance para o continente estadunidense por “estacioná-los no oceano e nos mares’. Tudo isso cumpre a profecia de Jesus concernente à “angústia de nações, não sabendo o que fazer por causa do rugido do mar e da sua agitação”. — Daniel 11:40; Lucas 21:25; Revelação 12:9, 12.
14. Em que sentidos nos lembram esta situação e seu resultado os acontecimentos dos dias de Noé?
14 Desde os dias de Noé, a humanidade não se confrontava com tal grau de assolação, junto com a ameaça de maior violência. O registro histórico do tempo de Noé reza: ‘Jeová viu que a maldade do homem era abundante na terra e que toda inclinação dos pensamentos do seu coração era só má, todo o tempo. . . . E a terra veio a estar arruinada à vista do verdadeiro Deus, e a terra ficou cheia de violência.” Devido a tal maldade e violência, Jeová destruiu os iníquos por meio do Dilúvio. Novamente, ele pretende agora “arruinar os que arruínam a terra”. — Gênesis 6:5-13; Revelação 11:18; Lucas 17:26, 27.
Saque da Cristandade
15. Como fez Jeová para que “um adversário” executasse o julgamento contra Samaria?
15 Qual será o resultado do confronto entre as superpotências do mundo? Jeová tem algo a dizer a respeito disso, conforme lemos em Amós 3:11: “Portanto, assim disse o Soberano Senhor Jeová: ‘Há mesmo um adversário ao redor do país e ele certamente fará baixar de ti a tua força, e as tuas torres de habitação serão realmente saqueadas.’” Quem é este “adversário”? Lá nos dias de Amós, o “adversário” era a Potência Mundial Assíria. O poderoso exército da Assíria foi manobrado por Jeová e utilizado por ele qual “vara” simbólica, para executar o julgamento contra a apóstata Samaria, conforme descrito em Isaías 10:5, 6: “Ah! o assírio, a vara para a minha ira e o bastão na mão deles para a verberação por mim! Enviá-lo-ei contra uma nação apóstata e dar-lhe-ei uma ordem contra o povo da minha fúria, para tomar muito despojo e tomar muito saque, e para fazer dele um lugar pisado como o barro das ruas.”
16. (a) Como descreve Revelação 17 um confronto correspondente hoje? (b) Que acontecimentos indicam a iminência da destruição da cristandade?
16 De maneira similar, Jeová trará um moderno assírio, fortemente armado, qual “vara” e “machado”, a fim de executar a cristandade apóstata. Deveras, o inteiro império mundial da religião falsa, Babilônia, a Grande, será devastado duma vez por cruéis “chifres” — poderes políticos militarizados que mesmo hoje são nações-membros da ONU. (Isaías 10:15; Revelação 17:5, 16, 17) Os prenúncios desse iminente confronto são ouvidos com freqüência nas notícias do dia. Por exemplo, recentemente, a revista U.S. News & World Report disse o seguinte: “Não é só na Polônia que o catolicismo e o comunismo parecem rumar a um confronto. Através da Europa Oriental, tem havido cada vez mais atritos nas relações entre a igreja e os regimes comunistas desde que João Paulo II, polonês de nascença, tornou-se papa em 1978. Evidencia-se uma nova militância entre os bispos católicos romanos do bloco soviético. . . . A firme defesa do papa a favor da causa católica aumentou o clima de confronto. . . . Os governos comunistas não escondem suas suspeitas a respeito do papa.”
17. O que diz o livro de Amós, bem como outras profecias, a respeito do saque da religião falsa?
17 Portanto, ocorrerá assim como Jeová declara em Amós 3:15: “‘E terão de findar as casas de marfim, e muitas casas terão de chegar ao seu término’, é a pronunciação de Jeová.” A riqueza e o materialismo da cristandade serão devastados, junto com o que pertence ao inteiro domínio da religião falsa. — Ezequiel 7:19; Revelação 18:15-17.
18. (a) Que ação orgulhosa tomará o “assírio” a seguir? (b) O que provocará isso, e com que resultado para os do povo de Jeová?
18 Entretanto, significará isso o livramento imediato para os servos leais de Jeová — dos vitupérios, das perseguições, das opressões que o mundo de Satanás lança contra eles? Ainda não! Pois o “assírio” de mentalidade política — “a vara” e “o machado” que Jeová utiliza para executar o julgamento contra a cristandade apóstata — se magnificará orgulhosamente em oposição a Jeová por voltar-se contra suas testemunhas fiéis aqui na terra. Mas em vão! (Isaías 10:15-19) Conforme João, o apóstolo, viu em visão, “os reis da terra”, os poderes militares da ‘fera’, a ONU, se juntarão para travar guerra contra o entronizado “Rei dos reis e Senhor dos senhores” de Deus. Esse será o sinal para o início do Har-Magedon, “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-Poderoso. Esta causará a aniquilação de todas as forças de Satanás na terra e a salvação de “todo aquele que invocar o nome de Jeová”. — Revelação 16:14, 16; 19:11, 16, 19-21; Romanos 10:13.
19. O exemplo de Amós e o cumprimento da profecia por ele proclamada contra Samaria devem dar-nos que confiança?
19 Então, como encara você a atual era de violência? Certamente, com a firme confiança de que Jeová vindicará sua Palavra profética! E com determinação igual à de Amós, que pregou uma mensagem impopular de condenação para um povo apóstata! Mas, como poderá você, pessoalmente, sobreviver para desfrutar a grandiosa Nova Ordem que o Soberano Senhor Jeová está preparando para os que o amam? O próximo artigo responderá a essa pergunta.
Perguntas de Recapitulação:
◻ Como foi Amós um excelente exemplo para nós no que concerne a encarar tempos violentos?
◻ Que “assunto confidencial” temos hoje o privilégio de ‘publicar’?
◻ Em que sentidos a antiga Samaria prefigurou a cristandade?
◻ Como terminará a atual era de violência, e o que indica que isso está prestes a ocorrer?
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“A batalha não é vossa, mas de Deus”A Sentinela — 1985 | 15 de janeiro
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“A batalha não é vossa, mas de Deus”
“Tende fé em Jeová . . . e mostrai-vos assim bem sucedidos.” — 2 CRÔNICAS 20:20.
1. Em que sentidos é que Jeosafá retrata o entronizado Jesus?
JEOSAFÁ, de Judá, foi um bom rei. ‘Não se desviou de fazer o que era direito aos olhos de Jeová.’ (2 Crônicas 20:32) Seu nome significa “Jeová É Juiz”. Ele magnificou o nome de Jeová, recorrendo à orientação dele no caminho da justiça e à ajuda dele para julgar o povo. Providenciou que este povo fosse instruído na lei de Jeová. Ele pessoalmente saiu entre os habitantes de Judá para incentivá-los a retornar à verdadeira adoração de Jeová. Organizou o reino para a adoração teocrática. Em tudo isto ele retrata apropriadamente o Rei, Jesus Cristo, recém-empossado no seu trono celestial em 1914, que atualmente reúne o povo de Jeová para a sobrevivência, ao passo que as forças demoníacas ajuntam as nações para a guerra final do Armagedom. — Mateus 25:31-34; Revelação 16:13, 14, 16.
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