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‘Dê Testemunho Cabal’ Sobre o Reino de Deus
bt cap. 15 pp. 117-123

CAPÍTULO 15

‘Fortalecer as congregações’

Ministros viajantes ajudam as congregações a serem firmadas na fé

Baseado em Atos 15:36–16:5

1-3. (a) Quem era o novo companheiro de viagem de Paulo, e como é que ele era? (b) O que vamos aprender neste capítulo?

À MEDIDA que os viajantes seguem caminho através de estradas acidentadas entre uma cidade e outra, o apóstolo Paulo está pensativo ao olhar para o jovem ao seu lado. O nome do rapaz é Timóteo. Cheio de energia, Timóteo talvez tenha cerca de 20 anos. Cada passo nesta nova viagem leva-o para mais longe de casa. Conforme o dia chega ao fim, a região de Listra e Icónio fica cada vez mais afastada. O que é que os aguarda? Paulo já tem uma boa noção, pois esta é a sua segunda viagem missionária. Ele sabe que haverá muitos perigos e dificuldades. Mas como é que o jovem ao seu lado se vai sair?

2 Paulo confia em Timóteo, talvez até mais do que este humilde jovem confia em si próprio. Acontecimentos recentes deixaram Paulo mais convencido do que nunca de que ele precisa do companheiro certo de viagem. Paulo sabe que o trabalho à frente – visitar as congregações e fortalecê-las – exigirá que os ministros viajantes sejam unidos e determinados. Porque é que Paulo talvez se sinta assim? Um dos fatores pode ser um desacordo que levou Paulo e Barnabé a separarem-se.

3 Neste capítulo, vamos aprender lições sobre a melhor maneira de resolver desacordos. Também vamos ver por que razão Paulo escolheu Timóteo como companheiro de viagem e vamos entender melhor o papel vital dos que servem como superintendentes de circuito hoje.

“Agora, vamos voltar e visitar os irmãos” (Atos 15:36)

 4. Quais eram os objetivos da segunda viagem missionária de Paulo?

4 No capítulo anterior, vimos como um grupo de quatro irmãos – Paulo, Barnabé, Judas e Silas – encorajou a congregação em Antioquia com a decisão do corpo governante a respeito da circuncisão. O que é que Paulo fez a seguir? Ele apresentou a Barnabé um novo plano de viagem, dizendo: “Agora, vamos voltar e visitar os irmãos em cada uma das cidades onde proclamámos a palavra de Jeová, para ver como estão.” (Atos 15:36) Paulo não estava a sugerir uma mera visita social a esses cristãos recém-convertidos. O livro de Atos revela os verdadeiros objetivos da segunda viagem missionária de Paulo. Primeiro, ele continuaria a transmitir as decisões tomadas pelo corpo governante. (Atos 16:4) Segundo, como superintendente viajante, Paulo estava decidido a encorajar as congregações em sentido espiritual, ajudando-as a serem firmadas na fé. (Rom. 1:11, 12) Como é que a organização das Testemunhas de Jeová hoje segue esse modelo estabelecido pelos apóstolos?

 5. Como é que o Corpo Governante hoje dá orientação e encorajamento às congregações?

5 Hoje, Cristo usa o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová para orientar a sua congregação. Por meio de cartas, publicações (tanto impressas como em formato digital), reuniões e outros meios de comunicação, esses fiéis homens ungidos dão orientação e encorajamento às congregações no mundo inteiro. O Corpo Governante também procura manter contacto mais direto com as congregações por meio dos superintendentes viajantes. O próprio Corpo Governante designa milhares de anciãos qualificados em todo o mundo para servirem como superintendentes de circuito.

6, 7. Quais são algumas responsabilidades dos superintendentes de circuito?

6 Os superintendentes viajantes atuais concentram-se em dar atenção individual e encorajamento espiritual a todos os irmãos nas congregações que visitam. Como? Por seguirem o modelo estabelecido por cristãos do primeiro século como Paulo. Ele deu o seguinte incentivo a outro superintendente como ele: “Prega a palavra, faz isso com urgência, em tempos favoráveis e em tempos difíceis, repreende, censura, exorta, com toda a paciência e arte de ensino. […] Faz a obra de um evangelizador.” — 2 Tim. 4:2, 5.

7 Em harmonia com essas palavras, o superintendente de circuito – e a sua esposa, se for casado – participa com os publicadores locais em diversos aspetos do ministério. Esses irmãos e irmãs viajantes são zelosos na pregação e habilidosos instrutores, características que têm um efeito positivo sobre o rebanho. (Rom. 12:11; 2 Tim. 2:15) Os que participam nessa modalidade de serviço destacam-se pelo seu amor abnegado. De boa vontade, dão de si mesmos, viajando debaixo de condições climatéricas desfavoráveis e até por regiões perigosas. (Fil. 2:3, 4) Os superintendentes de circuito também encorajam, ensinam e aconselham as congregações por meio de discursos baseados na Bíblia. Todos os irmãos na congregação são beneficiados por observar a conduta desses ministros viajantes e imitar a sua fé. — Heb. 13:7.

“Uma forte discussão” (Atos 15:37-41)

 8. Como é que Barnabé reagiu ao convite de Paulo?

8 Barnabé gostou da sugestão de Paulo de “visitar os irmãos”. (Atos 15:36) Os dois tinham feito um bom trabalho como companheiros de viagem e já conheciam as regiões e os povos que visitariam. (Atos 13:2–14:28) Portanto, parecia uma boa ideia servirem juntos nessa designação. Mas surgiu um problema. Atos 15:37 relata: “Barnabé estava decidido a levar João, que era chamado Marcos.” Barnabé não estava apenas a dar uma sugestão. Ele “estava decidido” a levar o seu primo Marcos nessa viagem missionária.

 9. Porque é que Paulo não concordou com Barnabé?

9 Paulo não concordou. Porquê? O relato diz: “Paulo, no entanto, não concordava em levá-lo [Marcos], visto que ele se tinha separado deles na Panfília, e não os tinha acompanhado no trabalho.” (Atos 15:38) Marcos tinha acompanhado Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária, mas não ficou com eles até ao fim. (Atos 12:25; 13:13) No início da viagem, ainda na Panfília, Marcos deixou a designação e foi para casa, em Jerusalém. A Bíblia não explica o motivo de ele se ter ido embora, mas, pelos vistos, o apóstolo Paulo encarou a atitude de Marcos como irresponsável. Paulo talvez duvidasse que Marcos fosse um homem de confiança.

10. A que levou o desentendimento entre Paulo e Barnabé, e com que resultado?

10 Mesmo assim, Barnabé insistia em levar Marcos. Mas Paulo era tão insistente como ele e não queria levá-lo. “Por isso, tiveram uma forte discussão, de modo que se separaram um do outro”, diz Atos 15:39. Barnabé navegou para Chipre, a ilha onde tinha nascido e levou Marcos consigo. Paulo continuou com os planos que tinha. Lemos: “Paulo escolheu Silas e partiu, depois de os irmãos o entregarem à bondade imerecida de Jeová.” (Atos 15:40) Juntos, eles viajaram “pela Síria e pela Cilícia, fortalecendo as congregações”. — Atos 15:41.

11. Que qualidades são essenciais para evitarmos que um desentendimento abale permanentemente a relação entre nós e alguém que nos ofendeu?

11 Este relato talvez nos lembre da nossa natureza imperfeita. Paulo e Barnabé tinham sido designados como representantes especiais do corpo governante, e é provável que o próprio Paulo se tenha tornado membro desse grupo. Mas, no caso que envolvia Marcos, as imperfeições humanas de Paulo e Barnabé falaram mais alto. Será que eles permitiram que essa situação abalasse permanentemente o relacionamento entre eles? Embora fossem imperfeitos, Paulo e Barnabé eram humildes e tinham a mente de Cristo. Com o tempo, sem dúvida, perdoaram-se um ao outro, demonstrando um espírito cristão de amor fraternal. (Efé. 4:1-3) Mais tarde, Paulo e Marcos trabalharam juntos em outras designações teocráticas.a — Col. 4:10.

12. Que qualidades é que os atuais superintendentes cristãos devem ter em imitação de Paulo e Barnabé?

12 Essa forte discussão foi um incidente isolado; não era da natureza de Paulo e Barnabé agirem assim. Barnabé era conhecido por ser um homem bondoso e generoso. Os apóstolos, em vez de lhe chamarem José, o seu nome próprio, até lhe deram o nome Barnabé, que significa “filho do consolo”. (Atos 4:36) Paulo também era conhecido por ser amoroso e gentil. (1 Tes. 2:7, 8) Em imitação de Paulo e Barnabé, todos os superintendentes cristãos hoje, incluindo os superintendentes de circuito, devem esforçar-se sempre para demonstrar humildade e para tratar com amor outros anciãos e todo o rebanho. — 1 Ped. 5:2, 3.

“Falavam bem dele” (Atos 16:1-3)

13, 14. (a) Quem era Timóteo, e como é que Paulo talvez o tenha conhecido? (b) O que levou Paulo a ver que Timóteo tinha potencial? (c) Que designação recebeu Timóteo?

13 Na sua segunda viagem missionária, Paulo passou pela província romana da Galácia, onde já tinham sido formadas algumas congregações. Por fim, ele “chegou a Derbe e a Listra”. O relato continua: “Havia lá um discípulo chamado Timóteo, filho de uma mulher judia crente, mas de pai grego.” — Atos 16:1.b

14 Pelos vistos, Paulo tinha conhecido a família de Timóteo durante a sua primeira viagem àquela região, por volta de 47 EC. Passados dois ou três anos desde aquela ocasião, na sua segunda visita, Paulo percebeu que o jovem Timóteo tinha potencial, pois os irmãos “falavam bem dele”. Não era apenas em Listra, a sua cidade natal, que os irmãos tinham um bom conceito de Timóteo. O relato explica que também em Icónio, que ficava a cerca de 30 quilómetros, os irmãos diziam boas coisas a respeito dele. (Atos 16:2) Guiados pelo espírito santo, os anciãos deram a Timóteo uma séria responsabilidade: servir como ministro viajante, ajudando Paulo e Silas. — Atos 16:3.

15, 16. Como é que Timóteo conseguiu ter uma boa reputação?

15 Como é que Timóteo conseguiu ter uma reputação tão boa, apesar de ainda ser jovem? Será que foi por causa da sua inteligência, aparência ou habilidades naturais? Em geral, é isso o que impressiona as pessoas. Até o profeta Samuel se deixou influenciar pela aparência em certa ocasião. Mas Jeová lembrou-lhe: “Deus não vê como o homem vê; o homem vê a aparência, mas Jeová vê o coração.” (1 Sam. 16:7) Não foram as características físicas ou intelectuais de Timóteo que fizeram com que ele tivesse um bom nome entre os seus irmãos, mas sim o que ele era no coração.

16 Anos mais tarde, o apóstolo Paulo mencionou algumas qualidades espirituais de Timóteo. Paulo descreveu a boa disposição de Timóteo, o seu amor abnegado e o seu zelo ao cuidar de designações teocráticas. (Fil. 2:20-22) Timóteo também era conhecido por ter “fé sem hipocrisia”. — 2 Tim. 1:5.

17. Como é que os jovens podem imitar Timóteo?

17 Hoje, muitos jovens imitam Timóteo por cultivarem qualidades que agradam a Deus. Assim, fazem um bom nome perante Jeová e o seu povo, apesar da sua idade. (Pro. 22:1; 1 Tim. 4:15) Eles demonstram fé sem hipocrisia, recusando-se a levar uma vida dupla. (Sal. 26:4) Por causa disso, podem ser muito úteis na congregação, assim como Timóteo. Quando eles se qualificam como publicadores das boas novas e, com o tempo, se dedicam a Jeová e são batizados, todos os seus amigos e familiares que amam a Jeová sentem-se muito encorajados!

“Fortalecidas na fé” (Atos 16:4, 5)

18. (a) Que privilégios é que Paulo e Timóteo tiveram como ministros viajantes? (b) Como é que as congregações foram abençoadas?

18 Paulo e Timóteo trabalharam juntos por vários anos. Como ministros viajantes, eles cumpriram muitas designações como representantes do corpo governante. A Bíblia diz: “Ao viajarem pelas cidades, transmitiam aos irmãos as decisões tomadas pelos apóstolos e pelos anciãos em Jerusalém, para que obedecessem a esses decretos.” (Atos 16:4) Evidentemente, as congregações seguiam as orientações dos apóstolos e anciãos de Jerusalém. Por serem obedientes, “as congregações eram fortalecidas na fé e cresciam a cada dia”. — Atos 16:5.

19, 20. Porque é que os cristãos devem ser obedientes aos que “exercem liderança”?

19 De forma similar, hoje as Testemunhas de Jeová são abençoadas por serem submissas e obedientes às orientações que recebem dos que “exercem liderança” entre elas. (Heb. 13:17) Visto que a cena do mundo está sempre a mudar, é vital que os cristãos se mantenham em dia com o alimento espiritual fornecido pelo “escravo fiel e prudente”. (Mat. 24:45; 1 Cor. 7:29-31) Fazermos isso pode evitar a nossa ruína espiritual e ajuda-nos a permanecer sem mancha do mundo. — Tia. 1:27.

20 É verdade que os superintendentes cristãos atuais, incluindo os membros do Corpo Governante, são imperfeitos, assim como eram Paulo, Barnabé, Marcos e outros anciãos ungidos do primeiro século. (Rom. 5:12; Tia. 3:2) No entanto, visto que os irmãos do Corpo Governante seguem de perto a Palavra de Deus e se apegam ao padrão estabelecido pelos apóstolos, são dignos de confiança. (2 Tim. 1:13, 14) Assim, as congregações são fortalecidas e firmadas na fé.

TIMÓTEO EMPENHA-SE “NA PROMOÇÃO DAS BOAS NOVAS”

Timóteo era um assistente muito estimado pelo apóstolo Paulo. Depois de terem trabalhado juntos cerca de 11 anos, Paulo podia escrever a respeito de Timóteo: “Não tenho ninguém com uma disposição igual à dele, que cuidará genuinamente de vocês. [...] Vocês conhecem a prova que ele deu de si mesmo, que ele trabalhou comigo como escravo na promoção das boas novas, como um filho com o pai.” (Fil. 2:20, 22) Timóteo estava sempre disposto a dar de si mesmo para promover a obra de pregação, tornando-se assim alguém muito amado pelo apóstolo Paulo e deixando um excelente exemplo para nós.

Timóteo.

Filho de pai grego e de mãe judia, Timóteo parece ter sido criado na cidade de Listra. A sua mãe, Eunice, e a sua avó Loide ensinaram-lhe as Escrituras desde a infância. (Atos 16:1, 3; 2 Tim. 1:5; 3:14, 15) Tanto elas como Timóteo provavelmente aceitaram o cristianismo durante a primeira visita de Paulo a Listra.

Quando Paulo voltou a Listra alguns anos mais tarde, Timóteo talvez tivesse cerca de 20 anos. Já nessa época, “os irmãos em Listra e em Icónio falavam bem dele”. (Atos 16:2) O espírito de Deus tinha inspirado “profecias” a respeito desse jovem e, em harmonia com elas, Paulo e os anciãos locais convidaram Timóteo para um privilégio especial de serviço: ser missionário com Paulo. (1 Tim. 1:18; 4:14; 2 Tim. 1:6) Timóteo teve de deixar a sua família e, a fim de evitar uma possível causa para tropeço entre os judeus a quem Timóteo visitaria, ele teve de se submeter à circuncisão. — Atos 16:3.

Timóteo viajou muito. Ele pregou com Paulo e Silas em Filipos, com Silas em Bereia, e depois sozinho em Tessalónica. Quando se encontrou novamente com Paulo em Corinto, Timóteo tinha boas notícias sobre o amor e a fé dos tessalonicenses, apesar das tribulações que eles sofriam. (Atos 16:6–17:14; 1 Tes. 3:2-6) Ao receber notícias perturbadoras sobre os irmãos em Corinto, Paulo, que estava em Éfeso, pensou enviar Timóteo de volta a Corinto. (1 Cor. 4:17) De Éfeso, Paulo mais tarde enviou Timóteo e Erasto à Macedónia. Mas, quando Paulo escreveu aos romanos, Timóteo estava mais uma vez com ele em Corinto. (Atos 19:22; Rom. 16:21) Estas são apenas algumas das viagens que Timóteo fez pela “promoção das boas novas”.

Timóteo talvez hesitasse um pouco em exercer autoridade, o que é indicado pelo encorajamento que Paulo lhe deu: “Nunca deixes que ninguém te menospreze por seres jovem.” (1 Tim. 4:12) Mas Paulo confiava em Timóteo a ponto de lhe dar as seguintes instruções ao enviá-lo a uma congregação problemática: ‘Ordena a certas pessoas que não ensinem outras doutrinas.’ (1 Tim. 1:3) Paulo também deu a Timóteo autoridade para designar superintendentes e servos ministeriais nas congregações. — 1 Tim. 5:22.

As excelentes qualidades de Timóteo fizeram dele alguém muito amado por Paulo. As Escrituras revelam que esse homem mais jovem era um amigo achegado, fiel e afetuoso, como um filho. Paulo podia escrever que se lembrava das lágrimas de Timóteo, ansiava vê-lo e orava por ele. Como um pai preocupado, Paulo também deu a Timóteo conselhos por ele ‘adoecer frequentemente’, pelos vistos, devido a problemas de estômago. — 1 Tim. 5:23; 2 Tim. 1:3, 4.

Quando Paulo foi preso pela primeira vez em Roma, Timóteo ficou ao seu lado. Pelo menos numa ocasião, Timóteo também ficou preso. (Filém. 1; Heb. 13:23) Pode notar-se a profunda amizade que havia entre esses dois homens no pedido que Paulo fez quando percebeu que estava prestes a morrer. Ele escreveu a Timóteo: “Faz todos os possíveis para me visitares em breve.” (2 Tim. 4:6-9) As Escrituras não mencionam se Timóteo chegou a tempo de ver o seu querido instrutor.

MARCOS RECEBE MUITOS PRIVILÉGIOS

O Evangelho de Marcos relata que aqueles que prenderam Jesus também tentaram prender “um jovem” que “escapou nu”. (Mar. 14:51, 52) Visto que Marcos, também conhecido como João Marcos, foi o único que registou esta situação, o jovem que ele mencionou pode ter sido ele próprio. Se for esse o caso, Marcos teve pelo menos algum contacto com Jesus.

Marcos escuta e toma notas, enquanto um irmão mais velho fala.

Cerca de 11 anos mais tarde, durante a perseguição movida por Herodes Agripa contra os cristãos, “muitos” membros da congregação de Jerusalém reuniram-se para orar na casa de Maria, mãe de Marcos. Foi para essa casa que o apóstolo Pedro se dirigiu ao ser milagrosamente libertado da prisão. (Atos 12:12) Assim, Marcos talvez tenha sido criado numa casa que, mais tarde, foi usada para realizar reuniões cristãs. Sem dúvida, Marcos conhecia bem os primeiros discípulos de Jesus, que, por sua vez, exerceram uma boa influência nele.

Marcos serviu lado a lado com vários superintendentes das congregações cristãs do primeiro século. Até onde sabemos, o seu primeiro privilégio de serviço foi trabalhar com o seu primo Barnabé e o apóstolo Paulo na designação deles em Antioquia da Síria. (Atos 12:25) Quando Barnabé e Paulo iniciaram a sua primeira viagem missionária, Marcos viajou com eles, primeiro, para Chipre e, depois, para a Ásia Menor. Dali, Marcos voltou para Jerusalém por motivos não mencionados. (Atos 13:4, 13) Depois de um desentendimento entre Barnabé e Paulo a respeito de Marcos, conforme descrito em Atos capítulo 15, Marcos e Barnabé continuaram o seu serviço missionário em Chipre. — Atos 15:36-39.

Sem dúvida, qualquer lembrança daquele desentendimento já tinha sido esquecida por volta de 60 EC ou 61 EC, ano em que Marcos estava novamente a trabalhar com Paulo, dessa vez em Roma. Paulo, que estava preso naquela cidade, escreveu à congregação em Colossos: “Aristarco, meu companheiro de prisão, manda-vos saudações, e também Marcos, primo de Barnabé (a respeito de Marcos, vocês receberam instruções para o acolher se ele for visitar-vos).” (Col. 4:10) Assim, Paulo estava a pensar enviar João Marcos de Roma a Colossos como seu representante.

Em algum momento entre 62 EC e 64 EC, Marcos serviu com o apóstolo Pedro em Babilónia. Conforme menciona o Capítulo 10 deste livro, eles desenvolveram um relacionamento achegado, pois Pedro referiu-se a esse homem mais jovem como “Marcos, meu filho”. — 1 Ped. 5:13.

Então, por volta de 65 EC, quando o apóstolo Paulo foi preso pela segunda vez em Roma, ele escreveu ao seu companheiro de serviço Timóteo, que estava em Éfeso: “Traz Marcos contigo, porque ele me é útil no ministério.” (2 Tim. 4:11) Sem dúvida, Marcos aceitou prontamente o convite e fez a viagem de Éfeso a Roma. Não é de admirar que Barnabé, Paulo e Pedro gostassem tanto de Marcos!

O maior de todos os privilégios de Marcos foi ser inspirado por Jeová para escrever um Evangelho. Segundo a tradição, Marcos obteve muitas informações do apóstolo Pedro. Os factos parecem apoiar essa ideia, porque o relato de Marcos contém detalhes que apenas uma testemunha ocular, como Pedro, saberia. Mas parece que Marcos escreveu o seu Evangelho em Roma, não em Babilónia quando estava com Pedro. Marcos usou muitas expressões em latim e traduziu termos hebraicos que de outra forma seriam difíceis para os não judeus entenderem. Portanto, parece que ele escreveu primariamente para os gentios.

a Veja o quadro “Marcos recebe muitos privilégios”.

b Veja o quadro “Timóteo empenha-se ‘na promoção das boas novas’”.

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