ATOS
Notas de estudo — capítulo 19
No batismo de João: Veja a nota de estudo em At 18:25.
Caminho: Veja as notas de estudo em At 9:2; 19:23 e o Glossário.
no auditório da escola de Tirano: Ou: “na sala de palestras de Tirano”. O relato não dá detalhes sobre qual foi o objetivo da criação dessa escola. Mas tudo indica que Paulo tinha liberdade para usar suas instalações, talvez algumas horas por dia. Alguns poucos manuscritos bem antigos acrescentam as palavras “da quinta até a décima hora”, ou seja, de cerca das 11 horas da manhã até cerca das 4 horas da tarde. Mas essas palavras não aparecem na maioria dos manuscritos mais antigos, o que indica que elas não fazem parte do texto original deste versículo. No entanto, alguns sugerem que, mesmo que essas palavras não façam parte do texto original, os horários citados parecem fazer sentido e, por isso, essa talvez fosse realmente a programação de Paulo durante o tempo em que esteve em Éfeso. Nesse caso, Paulo estaria aproveitando o período mais quente do dia, que também era o mais calmo, para ensinar os discípulos. Esse era o horário em que muitos paravam de trabalhar para descansar.
na província da Ásia: Veja o Glossário, “Ásia”.
panos e aventais: Pode ser que estes panos fossem lenços que Paulo amarrava na testa para evitar que suor caísse nos seus olhos. Naquela época, era comum os trabalhadores usarem aventais. Assim, este versículo pode indicar que Paulo estava exercendo sua profissão de fabricante de tendas no tempo livre, talvez de manhã cedo. — At 20:34, 35.
artes mágicas: A palavra grega para “artes mágicas” é períerga, “curiosidades”. Um léxico diz que a palavra se refere a “curiosidade indevida ou mal direcionada . . . como na prática de magia”. (A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature, 3.ª edição, 2000) Ela descreve as artes praticadas por pessoas que investigam coisas proibidas com a ajuda de espíritos maus. Em Éfeso, muitas pessoas praticavam artes mágicas e outras formas de ocultismo. Na carta inspirada de Paulo aos efésios, ele disse que eles precisavam vestir a armadura completa de Deus para terem condições de lutar contra as forças espirituais malignas. — Ef 6:11, 12.
50.000 moedas de prata: Se as moedas mencionadas aqui forem dracmas ou denários, um trabalhador comum levaria 50.000 dias, ou seja, por volta de 137 anos, trabalhando sete dias por semana, para ganhar essa quantia.
a palavra de Jeová: Veja a nota de estudo em At 8:25 e o Apêndice C3 (introdução e At 19:20).
Caminho: Como mostra a nota de estudo em At 9:2, o termo “Caminho” era usado para se referir à congregação cristã daquela época. O verdadeiro cristianismo não é uma adoração prestada simplesmente por formalidade nem é mera questão de aparência. É um modo de vida que gira em torno da adoração a Deus e que é guiado pelo espírito dele. (Jo 4:23, 24) Neste versículo, a Peshitta siríaca diz “caminho de Deus”; a Vulgata latina Sixto-Clementina diz “caminho do Senhor”; e algumas traduções das Escrituras Gregas Cristãs para o hebraico (chamadas de J17, 18 no Apêndice C4) usam o nome de Deus aqui e dizem “caminho de Jeová”.
Ártemis: A Ártemis de Éfeso era uma deusa da fertilidade que era adorada em cidades de toda a Ásia Menor. (At 19:27) Nas estátuas de Ártemis, a parte superior do corpo era enfeitada por diversas saliências, que já foram interpretadas como ovos, seios ou testículos de touros sacrificados. A parte inferior da estátua lembrava a parte inferior de uma múmia e era decorada com vários símbolos e animais. Na mitologia grega clássica, havia uma deusa virgem chamada Ártemis, que era considerada a deusa da caça. Mas essa deusa tinha pouco a ver com a Ártemis de Éfeso. O nome romano de Ártemis era Diana.
alguns dos organizadores de festividades e jogos: Lit.: “alguns dos asiarcas”. Esses homens eram altos funcionários ou pessoas importantes da província romana da Ásia, que pelo visto eram escolhidos por causa de sua influência e riqueza. Eles organizavam e financiavam os jogos públicos realizados na província.
procônsules: Procônsul era o título dado ao principal governante das províncias que ficavam debaixo da autoridade do Senado romano. Ele tinha poder judicial e militar, e sua autoridade era suprema na província, mas suas ações estavam sujeitas à avaliação do Senado. Já que cada província tinha apenas um procônsul, parece que o plural “procônsules” foi usado aqui para se referir ao cargo de maneira geral. Éfeso era a capital da província romana da Ásia e era a cidade onde o procônsul morava. — Veja o Glossário, “Ásia”.