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  • g70 8/4 pp. 27-29
  • A profecia bíblica não é de interpretação particular

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  • A profecia bíblica não é de interpretação particular
  • Despertai! — 1970
Despertai! — 1970
g70 8/4 pp. 27-29

“A Tua Palavra É a Verdade”

A profecia bíblica não é de interpretação particular

OS HOMENS às vezes fazem previsões exatas, baseadas em sua própria interpretação das tendências e circunstâncias existentes, mas, não raro suas predições são erradas. Isto se dá porque a evidência disponível é indevidamente avaliada ou é insuficiente para se fazer uma previsão fidedigna. Em contraste, as profecias bíblicas procedem de fonte infalível. Escreveu o apóstolo Pedro: “Nenhuma profecia da Escritura procede de qualquer interpretação particular. Porque a profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo.” — 2 Ped. 1:20, 21.

Com efeito, a interpretação humana de como as condições existentes influirão sobre o futuro geralmente sugere algo inteiramente diferente da profecia divinamente inspirada. Por exemplo, os judeus no oitavo século A. E. C. sentiam-se seguros em suas cidades fortificadas. Efetivamente, arrazoavam: ‘Jeová jamais permitirá a destruição de seu templo. E, mesmo que sejamos ameaçados pelos caldeus, o poderio militar do Egito nos salvará. Ora, a simples notícia de que uma expedição militar vinha do Egito fez com que os caldeus se retirassem de lutar contra Jerusalém. Assim, não precisamos temer uma calamidade às mãos dos babilônios.’ Era desta forma que os humanos consideravam as perspectivas para o futuro. — Compare-se com Jeremias 5:17; 7:4, 14; 14:13; 37:5-10.

Quão diferente, porém, era a palavra profética de Deus! Mediante seu profeta Jeremias, disse Jeová: Os caldeus “destroçarão com a espada as tuas cidades fortificadas em que confias”. (Jer. 5:17) “Vou fazer também à casa sobre a qual se invocou meu nome . . . assim como fiz a Silo” (Jer. 7:14), onde o tabernáculo se localizara nos tempos de Josué. (Jos. 18:1) “Eis que a força militar de Faraó, que está saindo a vós com o fim de prestar auxílio, terá de voltar à sua terra, o Egito. E os caldeus certamente retornarão e lutarão contra esta cidade, e a capturarão e a queimarão com fogo.” (Jer. 37:7, 8) Incríveis como tais palavras possam ter parecido aos judeus, foram cumpridas. — Jer. 44:2.

Não menos estarrecedoras foram as profecias proferidas por Cristo Jesus mais de seis séculos depois sobre destruição de Jerusalém por sua infidelidade a Jeová e sua rejeição do Filho dele como Messias. — Mat. 23:37-39 Luc. 19:42-44.

A fim de que seus seguidores não compartilhassem a sorte de Jerusalém, Jesus lhes disse: “Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos acampados, então sabei que se tem aproximado a desolação dela. Então comecem a fugir para os montes os que estiverem na Judéia, e retirem-se os que estiverem no meio dela, e não entrem nela os que estiverem nos campos.” (Luc. 21:20, 21) Os discípulos de Jesus bem que poderiam ter-se admirado como é que conseguiriam escapar sem por em grave perigo as suas vidas. O arrazoamento humano teria sugerido que, uma vez o inimigo cercasse a cidade, seria tarde demais para fugir. Mas, acontecimentos completamente inesperados tornaram possível a fuga.

Céstio Galo veio contra Jerusalém no ano 66 E. C. Embora a captura da cidade estivesse a seu alcance, não continuou com o cerco. “Céstio”, escreve o historiador judeu, Josefo, “repentinamente mandou seus homens voltar, perdeu a esperança, embora não tivesse sofrido reveses, e, agindo contrário a toda a razão, retirou-se da Cidade”. Esta estranha mudança de eventos, tão contrária ao que qualquer pessoa teria predito em vista das condições aparentemente favoráveis para Céstio, habilitaram os cristãos a dar ouvidos à exortação profética de Jesus para que fugissem da cidade condenada.

Por volta da época da Páscoa do ano 70 E. C., os exércitos romanos, sob as ordens de Tito, voltaram de novo e cercaram Jerusalém. Quase quatro décadas antes, Jesus predissera que as forças inimigas construiriam uma fortificação de estacas pontiagudas por volta da cidade. (Luc. 19:43) Todavia, mesmo nessa época tardia ainda não havia evidência tangível de que isto aconteceria, em especial visto que não era de praxe. Josefo relata que, num conselho de guerra, vários conceitos foram expressos sobre se tomar a cidade. Aparentemente, apenas Tito concebeu a idéia de cercar Jerusalém com um muro, a fim de impedir que os judeus deixassem a cidade, de modo a forçar sua rendição ou, se esta não acontecesse, tornaria mais fácil tomar a cidade, devido à fome resultante.

O inesperado aconteceu. Os argumentos de Tito prevaleceram. Depois disso, o exército foi organizado para realizar tal projeto. As legiões e as divisões menores do exército competiram umas com as outras para terminar a tarefa. Individualmente, os homens sentiam-se movidos pelo desejo de agradar seus superiores. A região em volta de Jerusalém, num raio de cerca de dezesseis quilômetros ficou desnudada de árvores, para se fornecer os materiais de construção. Surpreendentemente, segundo Josefo, a fortificação ficou pronta em apenas três dias, empreendimento este que, comumente, levaria meses.

Tanto sobre o templo como sobre a cidade, Jesus profetizara: “Não deixarão em ti pedra sobre pedra.” (Luc. 19:44; 21:6) Isto teria sido difícil de prever até mesmo no começo do cerco, pois Tito evidentemente desejava exatamente o contrário. Note suas palavras dirigidas aos judeus, conforme citadas por Josefo: “Muito a contragosto, assestei engenhos contra as vossas muralhas; contive os meus soldados, sempre sedentos de vosso sangue: depois de cada vitória, como se fosse uma derrota, apelei para vós por um armistício. Quando cheguei perto do Templo, de novo renunciei deliberadamente aos meus direitos de vencedor e apelei para vós que se poupassem os vossos próprios lugares sagrados e se preservasse o Santuário para o vosso próprio uso, oferecendo-vos liberdade para sair e garantia de segurança, ou, se quisésseis, uma oportunidade de lutar em outro campo.”

Mas, contrário às intenções originais do vitorioso Tito, a profecia se cumpriu. O historiador Josefo relata que a cidade toda e seu templo foram arrazados, com a exceção de três torres e uma parte da muralha ocidental. Diz ele: “Todas as demais fortificações que rodeavam a Cidade foram tão completamente niveladas ao chão que ninguém, visitando o lugar, acreditaria que alguma vez fosse habitada.”

As profecias bíblicas são deveras produto do espírito de Deus e não se baseiam na interpretação particular dos homens quanto às condições e tendências existentes na ocasião em que foram proferidas ou registradas. “Por conseguinte”, como Pedro escreveu por ter visto a transfiguração de Jesus, “temos a palavra profética tanto mais assegurada; e fazeis bem em prestar atenção a ela como a uma lâmpada que brilha em lugar escuro”. (2 Ped. 1:19) Por darmos ouvidos à Palavra profética, talvez tenhamos o privilégio de ver o fim de toda perversidade e partilhar as bênçãos dum novo sistema de coisas que se predisse se tornará realidade em nossa geração. — Luc. 21:25-32; 2 Tes. 1:6-10; Rev. 21:4, 5.

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