A mensagem que devemos divulgar
Jeová nos confiou uma responsabilidade e um grande privilégio, dizendo: “Vós sois as minhas testemunhas, . . . e eu sou Deus.” (Isa. 43:12) Por isso, não nos limitamos a simplesmente crer nele, mas somos testemunhas que divulgam as verdades fundamentais da Palavra inspirada de Deus. Qual é o teor da mensagem que ele nos encarregou de transmitir? Ela gira em torno de Jeová Deus, de Jesus Cristo e do Reino messiânico.
“TEME O VERDADEIRO DEUS E GUARDA OS SEUS MANDAMENTOS”
MUITO antes da era cristã, Jeová revelou ao fiel Abraão o meio que usaria para abençoar “todas as nações da terra”. (Gên. 22:18) Também inspirou Salomão a assentar por escrito uma obrigação fundamental do ser humano: “Teme o verdadeiro Deus e guarda os seus mandamentos. Pois esta é toda a obrigação do homem.” (Ecl. 12:13) Mas como as pessoas de todas as nações ficariam sabendo dessas coisas?
Embora sempre houvesse quem acreditasse nas declarações divinas, a Bíblia indica que a pregação intensiva das boas novas em todas as nações estava reservada para o “dia do Senhor”, que começou em 1914. (Rev. 1:10) Com referência a esse período, Revelação 14:6, 7 predisse que sob a direção dos anjos se faria uma proclamação vital “a toda nação, e tribo, e língua, e povo”. As pessoas receberiam a seguinte exortação: “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque já chegou a hora do julgamento por ele, e assim, adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Deus deseja que essa mensagem seja divulgada, e nós temos o privilégio de participar nessa obra.
“O verdadeiro Deus”. A declaração de Jeová, “vós sois as minhas testemunhas”, foi feita num contexto em que se debatia a questão da divindade. (Isa. 43:10) O teor da mensagem que devemos divulgar não se resume a incentivar as pessoas a ter uma religião ou acreditar num deus. Elas precisam ter a oportunidade de aprender que o Criador do céu e da Terra é o único Deus verdadeiro. (Isa. 45:5, 18, 21, 22; João 17:3) Somente Ele pode predizer o futuro de modo confiável. Temos o privilégio de mostrar às pessoas que o cumprimento da palavra de Jeová no passado nos dá base sólida para confiar que todas as suas promessas para o futuro também se cumprirão. — Jos. 23:14; Isa. 55:10, 11.
Sabemos que muitas pessoas a quem pregamos adoram outros deuses ou afirmam não adorar nenhum deus. Para que nos ouçam, talvez tenhamos de começar levantando um assunto de interesse mútuo. Podemos aprender algo do exemplo registrado em Atos 17:22-31. Observe que, apesar de demonstrar tato, o apóstolo Paulo deixou claro que todas as pessoas têm de prestar contas ao Deus que é o Criador do céu e da Terra.
Divulgue o nome de Deus. Jamais deixe de identificar o Deus verdadeiro pelo nome que ele tanto ama, Jeová. (Êxo. 3:15; Isa. 42:8) Ele deseja que as pessoas conheçam seu glorioso nome. Por isso, encarregou-se de que esse nome aparecesse mais de 7 mil vezes na Bíblia. Nós temos a responsabilidade de ensiná-lo às pessoas. — Deut. 4:35.
O futuro de todos os seres humanos depende de conhecerem a Jeová e o invocarem com fé. (Joel 2:32; Mal. 3:16; 2 Tes. 1:8) Contudo, a maioria não o conhece, incluindo muitos dos que dizem adorar o Deus da Bíblia. Mesmo que tenham a Bíblia e a leiam, talvez ignorem o nome pessoal de Deus, porque ele foi retirado de muitas versões modernas. A única coisa que as pessoas sabem a respeito do nome de Deus é que os líderes religiosos proíbem seu uso.
Como podemos ensinar o nome de Deus a alguém? O melhor método é mostrá-lo na Bíblia, de preferência no exemplar da própria pessoa. Em algumas versões, ele aparece milhares de vezes. Em outras, só aparece no Salmo 83:18 ou em Êxodo 6:3-6, ou ainda nas notas de rodapé em Êxodo 3:14, 15 ou 6:3. Muitas Bíblias substituem as ocorrências do nome pessoal de Deus no texto original por termos como “Senhor” e “Deus”, grafados com letras especiais. Nos casos em que os tradutores modernos o omitiram completamente, talvez você tenha de usar uma versão mais antiga da Bíblia para comprovar a omissão. Em alguns países, é possível encontrar o nome divino na letra de hinos religiosos ou em inscrições em edifícios públicos.
Para aqueles que adoram outros deuses, é bom mostrar a passagem de Jeremias 10:10-13 na Tradução do Novo Mundo, pois, além de mencionar o nome de Deus, também explica quem ele é.
Não esconda o nome de Jeová atrás dos títulos “Deus” e “Senhor”, como faz a cristandade. Contudo, isso não significa que deva usá-lo no início de cada conversa. Se fizer assim, algumas pessoas podem encerrar o diálogo por terem preconceito. Mas, depois que a conversa estiver estabelecida, não hesite em usá-lo.
Vale destacar que a Bíblia usa o nome divino muito mais vezes do que os títulos “Deus” e “Senhor” juntos. Mesmo assim, os escritores bíblicos não o incluíram em cada frase, mas o usaram com naturalidade, espontaneidade e respeito — um exemplo digno de ser imitado.
A pessoa por trás do Nome. O fato de Deus ter um nome pessoal já constitui, por si só, uma verdade profunda, mas isso é apenas o começo.
Para amar a Jeová e invocá-lo com fé, as pessoas precisam saber que tipo de Deus ele é. Quando revelou seu nome a Moisés, no monte Sinai, ele não se limitou a simplesmente repetir a palavra “Jeová”, mas chamou atenção para algumas de suas qualidades principais. (Êxo. 34:6, 7) Isso serve de exemplo para nós.
Quer esteja dando testemunho a pessoas recém-interessadas, quer proferindo um discurso diante da congregação, quando falar das bênçãos do Reino, mostre o que elas nos revelam sobre o Deus que as promete. Ao mencionar os mandamentos divinos, enfatize a sabedoria e o amor que refletem. Deixe claro que os requisitos divinos não dificultam a nossa vida, mas visam o nosso bem. (Isa. 48:17, 18; Miq. 6:8) Explique o que cada manifestação do poder de Jeová revela sobre sua personalidade, suas normas e seu propósito. Destaque o equilíbrio na maneira de Jeová manifestar suas qualidades. Fale o que sente a respeito de Jeová, pois seu amor por ele pode motivar outros a amá-lo também.
A mensagem urgente que pregamos exorta todos a temer a Deus. O que dizemos deve ter o objetivo de infundir nas pessoas esse temor piedoso e saudável, que revela profunda reverência por Jeová. (Sal. 89:7) Tal temor nos faz ter consciência de que Jeová é o Juiz Supremo e que nosso futuro depende de termos sua aprovação. (Luc. 12:5; Rom. 14:12) Assim, esse temor está relacionado ao nosso profundo amor a Jeová e, consequentemente, ao desejo intenso de agradá-lo. (Deut. 10:12, 13) O temor piedoso também nos faz odiar o que é mau, obedecer aos mandamentos de Deus e adorá-lo de pleno coração. (Deut. 5:29; 1 Crô. 28:9; Pro. 8:13) Esse sentimento nos protege contra tentar servir a Deus e ao mesmo tempo amar as coisas do mundo. — 1 João 2:15-17.
O nome de Deus é “uma torre forte”. Quem realmente conhece a Jeová desfruta de grande proteção. Isso não acontece simplesmente porque a pessoa usa o nome pessoal de Deus ou consegue enumerar algumas de suas qualidades, mas porque realmente confia em Jeová. Fazendo alusão a pessoas assim, Provérbios 18:10 declara: “O nome de Jeová é uma torre forte. O justo corre para dentro dela e recebe proteção.”
Aproveite bem toda oportunidade que tiver para exortar as pessoas a confiar em Jeová. (Sal. 37:3; Pro. 3:5, 6) Essa confiança mostra que temos fé nele e em suas promessas. (Heb. 11:6) A Palavra de Deus garante que quem “invocar o nome de Jeová” por saber que ele é o Soberano do Universo, por amar seu modo de agir e por acreditar plenamente que ele é a única fonte de salvação, será salvo. (Rom. 10:13, 14) Ao ensinar outras pessoas, ajude-as tanto a desenvolver como a demonstrar esse tipo de fé em cada faceta da vida.
Muitos enfrentam problemas bastante difíceis e, às vezes, não conseguem ver a saída. Exorte-os a aprender a vontade de Jeová, a confiar nele e a pôr em prática o que aprendem. (Sal. 25:5) Incentive-os a orar fervorosamente pela ajuda de Deus e a agradecer-lhe pelas bênçãos que recebem. (Fil. 4:6, 7) Quando realmente conhecerem a Jeová, não pelo simples fato de lerem algumas passagens bíblicas, mas por constatarem o cumprimento das promessas divinas em sua própria vida, passarão a desfrutar da segurança obtida por quem compreende bem o que o nome de Jeová representa. — Sal. 34:8; Jer. 17:7, 8.
Aproveite cada oportunidade para ajudar as pessoas a reconhecer a sabedoria de temer ao Deus verdadeiro, Jeová, e guardar seus mandamentos.
“DAR TESTEMUNHO DE JESUS”
DEPOIS de ser ressuscitado e antes de voltar ao céu, Jesus Cristo deu as seguintes instruções aos seus discípulos: “Sereis testemunhas de mim . . . até à parte mais distante da terra.” (Atos 1:8) A Bíblia diz que atualmente os servos leais de Deus “têm a obra de dar testemunho de Jesus”. (Rev. 12:17) Com quanta diligência você participa dessa obra?
Muitos que afirmam sinceramente acreditar em Jesus não sabem de sua existência pré-humana e que quando esteve na Terra ele era realmente humano. Não entendem as implicações de ele ser o Filho de Deus e sabem muito pouco a respeito do papel que ele desempenha no cumprimento do propósito divino. Ignoram o que Jesus está fazendo atualmente e não se dão conta de como suas vidas serão afetadas pelo que ele fará no futuro. Talvez até pensem que as Testemunhas de Jeová não acreditam em Jesus. Nós temos o privilégio de divulgar a verdade sobre esses assuntos.
Por outro lado, há os que não acreditam que tenha existido alguém como o Jesus descrito na Bíblia. Alguns o consideram simplesmente um grande homem e muitos descartam a ideia de que seja o Filho de Deus. “Dar testemunho de Jesus” a essas pessoas é algo que exige grande medida de esforço, paciência e tato.
Não importa quais sejam os conceitos de nossos ouvintes, eles precisam obter conhecimento a respeito de Jesus Cristo para que possam beneficiar-se da dádiva divina da vida eterna. (João 17:3) A vontade expressa de Deus é que todos os que vivem ‘reconheçam abertamente que Jesus Cristo é Senhor’ e se submetam à sua autoridade. (Fil. 2:9-11) Assim, não podemos simplesmente evitar falar desse assunto com pessoas que se aferram a conceitos equivocados ou que são preconceituosas. Ao passo que em alguns casos podemos falar livremente a respeito de Jesus Cristo, até mesmo na primeira visita, em outros teremos de fazer observações discretas que ajudem os ouvintes a ter um conceito correto a respeito dele. Talvez tenhamos também de imaginar maneiras de incluir outros aspectos do assunto em visitas posteriores. Contudo, pode ser que não consigamos abordar todos os detalhes envolvidos enquanto não iniciarmos um estudo bíblico com a pessoa. — 1 Tim. 2:3-7.
O papel fundamental de Jesus no propósito de Deus. Precisamos ajudar as pessoas a ver que é impossível ter uma boa relação com Deus sem ter fé em Jesus Cristo, pois Jesus é “o caminho” e “ninguém vem ao Pai senão por [ele]”. (João 14:6) A menos que a pessoa compreenda o papel fundamental que Jeová deu ao seu Filho primogênito, será impossível entender a Bíblia. Por quê? Jeová transformou seu Filho na figura-chave para a realização de todos os seus propósitos. (Col. 1:17-20) As profecias bíblicas giram em torno desse fato. (Rev. 19:10) Jesus Cristo é o meio para solucionar todos os problemas gerados pela rebelião de Satanás e pelo pecado de Adão. — Heb. 2:5-9, 14, 15.
Para compreender o papel de Cristo, a pessoa precisa reconhecer que o ser humano se encontra numa condição lamentável, da qual não consegue se livrar sozinho. Todos nascemos em pecado. Essa condição nos afeta de diversas maneiras ao longo da vida e, mais cedo ou mais tarde, resulta em morte. (Rom. 3:23; 5:12) Ao dar testemunho, raciocine com as pessoas sobre esse fato e mostre-lhes que Jeová oferece amorosamente a libertação do pecado e da morte aos que demonstram fé no sacrifício resgatador de Jesus. (Mar. 10:45; Heb. 2:9) Isso abre o caminho para que desfrutem a vida eterna em perfeição. (João 3:16, 36) Não há outra maneira de obter a vida eterna. (Atos 4:12) Ao ensinar, tanto em particular quanto na congregação, não se limite a simplesmente declarar esses fatos, mas, com paciência e bondade, inculque em seus ouvintes um senso de gratidão pelo papel de Cristo como nosso Redentor. A gratidão por essa dádiva divina pode influenciar profundamente a atitude, a conduta e os objetivos da pessoa. — 2 Cor. 5:14, 15.
Obviamente, Jesus entregou sua vida em sacrifício apenas uma vez. (Heb. 9:28) Contudo, ele desempenha ativamente a função de sumo sacerdote. Ajude outros a entender o que isso significa. Estão enfrentando estresse, decepções, sofrimentos ou problemas gerados pela falta de bondade das pessoas com quem têm de conviver? Jesus passou por todas essas situações enquanto estava na Terra e sabe como nos sentimos. Visto que somos imperfeitos, sentimos a necessidade da misericórdia de Deus? Quando pedimos perdão a Deus, com base no sacrifício de seu Filho, Jesus atua como “ajudador junto ao Pai” e compassivamente “intercede por nós”. (1 João 2:1, 2; Rom. 8:34) Com base no sacrifício dele e por meio de seus serviços qual sumo sacerdote, podemos nos aproximar do “trono de benignidade imerecida” de Jeová para receber ajuda no tempo certo. (Heb. 4:15, 16) Embora sejamos imperfeitos, a ajuda do Sumo Sacerdote Jesus nos dá condições de servir a Deus com a consciência limpa. — Heb. 9:13, 14.
Além disso, Jesus exerce grande autoridade, porque Deus o nomeou Cabeça da congregação cristã. (Mat. 28:18; Efé. 1:22, 23) Nessa função, ele fornece orientação necessária em harmonia com a vontade de Deus. Quando estiver ensinando uma pessoa, ajude-a a compreender que o Cabeça da congregação é Jesus Cristo, não um ser humano. (Mat. 23:10) Desde o primeiro contato com uma pessoa interessada, convide-a a assistir às reuniões, onde estudamos a Bíblia com a ajuda de publicações fornecidas por meio do “escravo fiel e discreto”. Explique-lhe quem é este “escravo” e quem é o Amo, para que a pessoa fique ciente da liderança de Jesus Cristo. (Mat. 24:45-47) Apresente-a aos anciãos e diga-lhe que requisitos bíblicos esses homens devem satisfazer. (1 Tim. 3:1-7; Tito 1:5-9) Explique também que a congregação não pertence aos anciãos, mas que eles nos ajudam a seguir os passos de Jesus Cristo. (Atos 20:28; Efé. 4:16; 1 Ped. 5:2, 3) Ajude-a a ver que existe uma organização mundial funcionando sob a liderança de Cristo.
Os Evangelhos nos dizem que, ao entrar em Jerusalém pouco antes de sua morte, Jesus foi aclamado pelos discípulos como “Aquele que vem como Rei em nome de Jeová!”. (Luc. 19:38) Quando a pessoa se aprofunda no estudo da Bíblia, aprende que Jesus recebeu autoridade régia sobre pessoas de todas as nações. (Dan. 7:13, 14) Ao proferir discursos na congregação, ou dirigir estudos bíblicos, ajude outros a entender o que o governo de Jesus deve significar para nós.
Enfatize que nosso modo de viver demonstra se realmente acreditamos que Jesus Cristo é Rei e se nos submetemos de bom grado à sua liderança. Fale a respeito da obra que Jesus, depois de ter sido ungido Rei, comissionou seus seguidores a realizar. (Mat. 24:14; 28:18-20) Explique o que esse Maravilhoso Conselheiro disse a respeito das prioridades na vida. (Isa. 9:6, 7; Mat. 6:19-34) Fale também sobre o espírito que os seguidores do Príncipe da Paz manifestariam, conforme ele mesmo disse. (Mat. 20:25-27; João 13:35) Tenha cuidado para não se colocar na posição de julgar se os outros estão fazendo tudo o que deveriam, mas incentive-os a avaliar se suas ações demonstram submissão ao reinado de Cristo. Ao fazer isso, deixe claro que você também tem de fazer o mesmo.
Use Cristo como “alicerce”. A Bíblia assemelha a obra de fazer discípulos à construção de um edifício cujo alicerce é Jesus. (1 Cor. 3:10-15) Para conseguir isso, ajude as pessoas a conhecer a Jesus conforme a Bíblia o descreve. Tenha cuidado para que não se considerem seguidores seus. (1 Cor. 3:4-7) Dirija a atenção a Jesus Cristo.
Se o alicerce for bem-feito, os estudantes entenderão que Cristo deixou um modelo ‘para seguirmos de perto os seus passos’. (1 Ped. 2:21) Para continuar a construir sobre a base lançada, incentive-os a ler os Evangelhos, encarando-os não apenas como história verídica, mas como um padrão a ser seguido. Ajude-os a levar a sério e a imitar a atitude e as qualidades de Jesus. Incentive-os também a analisar o que ele sentia em relação ao Pai, a maneira como lidava com as tentações e provas, sua submissão a Deus e seu modo de lidar com as pessoas em diversas circunstâncias. Mostre-lhes claramente qual foi a atividade predominante na vida de Jesus. Dessa maneira, quando tiverem de tomar decisões e enfrentar provas, os estudantes se perguntarão: ‘O que Jesus faria numa situação dessas? Será que minha atitude demonstrará que sou grato pelo que ele fez por mim?’
Ao falar à congregação, não conclua que, como seus irmãos já têm fé em Jesus, não é preciso chamar atenção especial para ele. Suas palavras serão mais significativas se você procurar fortalecer a fé que os ouvintes já têm. Quando falar sobre as reuniões, relacione-as com o papel de Jesus como Cabeça da congregação. Ao falar sobre a pregação, chame atenção para o espírito que Jesus demonstrava ao realizá-la, e apresente-a tendo em mente o que Cristo está fazendo, no papel de Rei, a fim de ajuntar pessoas para preservá-las e conduzi-las ao novo mundo.
É óbvio que não basta simplesmente aprender coisas básicas a respeito de Jesus. Para tornar-se um verdadeiro cristão, é preciso exercer fé nele e amá-lo de coração. Esse amor nos motiva a obedecê-lo lealmente. (João 14:15, 21) Além disso, motiva as pessoas a se manter firmes na fé apesar das adversidades, a continuar sempre seguindo os passos de Cristo e a demonstrar madureza cristã — característica dos que estão firmemente “arraigados e estabelecidos sobre o alicerce”. (Efé. 3:17) Isso traz glória a Jeová, o Deus e Pai de Jesus Cristo.
“ESTAS BOAS NOVAS DO REINO”
ENTRE os vários detalhes que forneceu a respeito do sinal de sua presença e do fim do sistema de coisas, Jesus predisse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mat. 24:14.
A que exatamente se refere essa mensagem que deve receber tanta publicidade? Ao Reino que Jesus nos ensinou a pedir a Deus, dizendo: “Venha o teu reino.” (Mat. 6:10) Revelação 11:15 o chama de “o reino de nosso Senhor [Jeová] e do seu Cristo”, porque a autoridade régia concedida a Cristo procede de Jeová. Observe que, segundo as palavras de Jesus, a mensagem a ser proclamada em nossos dias seria mais abrangente do que a dos discípulos do primeiro século, que anunciavam: “O reino de Deus se tem chegado a vós.” (Luc. 10:9) O Rei ungido, Jesus, ainda estava entre eles, mas como indica Mateus 24:14 ele predisse a divulgação mundial de outro evento importante no cumprimento do propósito divino.
O profeta Daniel recebeu uma visão a respeito disso. Ele observou “alguém semelhante a um filho de homem”, Jesus Cristo, recebendo do “Antigo de Dias”, Jeová Deus, “domínio, e dignidade, e um reino, para que todos os povos, grupos nacionais e línguas o servissem”. (Dan. 7:13, 14) Esse evento de importância universal ocorreu no céu em 1914. Depois, o Diabo e seus demônios foram lançados para a Terra. (Rev. 12:7-10) O velho sistema de coisas entrou em seus últimos dias. Mas, antes que seja completamente eliminado, está sendo realizada uma proclamação mundial de que o Rei messiânico de Jeová já governa do seu trono celestial. As pessoas de modo geral estão sendo avisadas disso, e a reação delas revela sua atitude para com o Altíssimo como Governante “no reino da humanidade”. — Dan. 4:32.
Certamente, outras coisas acontecerão — muitas outras! Ainda oramos “venha o teu reino”, mas não por acharmos que o estabelecimento do Reino celestial de Deus acontecerá no futuro. Nossa intenção é que o Reino celestial aja de maneira decisiva para cumprir profecias como as registradas em Daniel 2:44 e Revelação 21:2-4. O Reino transformará a Terra num paraíso repleto de pessoas que amam a Deus e ao próximo. Quando pregamos “estas boas novas do reino”, chamamos atenção para esses acontecimentos futuros, mas também mostramos de maneira confiante que Jeová já concedeu plena autoridade régia ao seu Filho. Costuma destacar essas boas novas quando dá testemunho a respeito do Reino?
Explique o que é o Reino. Como podemos cumprir nossa comissão de anunciar o Reino de Deus? Embora possamos iniciar a conversa usando os mais variados assuntos para despertar o interesse das pessoas, logo deve ser possível perceber que nossa mensagem gira em torno do Reino.
Um aspecto importante dessa obra é ler ou citar passagens bíblicas que se refiram ao Reino. Ao falar do Reino, certifique-se de que seus ouvintes entendam do que se trata. Em vez de simplesmente dizer que o Reino de Deus é um governo, talvez tenha de ir mais a fundo, pois é possível que algumas pessoas não consigam conceber a ideia de um governo invisível. Neste sentido, pode-se adotar diversas linhas de raciocínio. Por exemplo, a gravidade é invisível, mas tem uma poderosa influência em nossa vida. Não conseguimos ver o Criador da lei da gravidade, mas é óbvio que ele tem grande poder. A Bíblia o chama de “Rei da eternidade”. (1 Tim. 1:17) Pode-se também argumentar que, num país grande, muitos cidadãos nunca visitaram a capital nem viram pessoalmente o presidente. Elas tomam conhecimento do que acontece ali e das decisões do presidente por meio da mídia. Da mesma maneira, a Bíblia, publicada em mais de 2.200 idiomas, nos fala do Reino de Deus. Ela nos indica quem foi investido de autoridade e o que o Reino está fazendo atualmente. A revista A Sentinela, publicada em mais idiomas do que qualquer outro periódico, indica na capa seu objetivo principal, com os dizeres: “Anunciando o Reino de Jeová”.
Para ajudar as pessoas a entender o que é o Reino, pode-se mencionar algumas coisas que elas desejam que os governos providenciem, como: segurança econômica, paz, eliminação do crime, tratamento imparcial para todos os grupos étnicos, educação e assistência médica. Mostre-lhes que o Reino de Deus é o único governo que pode satisfazer plenamente esses e outros desejos legítimos da humanidade. — Sal. 145:16.
Procure incentivar seus ouvintes a desenvolver o desejo de tornar-se súditos do Reino cujo Rei é Jesus Cristo. Deixe claro que os milagres que ele realizou foram amostras do que fará como Rei celestial. Mencione com frequência as qualidades atraentes que Jesus demonstrou. (Mat. 8:2, 3; 11:28-30) Explique também que ele entregou a vida por nós e que Deus o ressuscitou para a vida imortal nos céus, de onde ele reina. — Atos 2:29-35.
É importante enfatizar que o Reino de Deus já está governando dos céus. Contudo, lembre-se de que, na sua maioria, as pessoas não veem as condições que considerariam indícios de um governo divino. Diga à pessoa que você compreende a posição dela, e pergunte-lhe se sabe o que Jesus Cristo disse para provar que o Reino estaria operando. Destaque alguns aspectos do sinal composto, descrito em Mateus, capítulo 24; Marcos, capítulo 13; ou Lucas, capítulo 21. Em seguida, pergunte-lhe por que a entronização de Cristo no céu geraria tais condições na Terra, e explique o motivo disso, recorrendo a Revelação 12:7-10, 12.
Como evidência tangível da atuação do Reino de Deus hoje, leia Mateus 24:14, e descreva o programa internacional de educação bíblica em andamento. (Isa. 54:13) Mencione as diversas escolas das quais as Testemunhas de Jeová se beneficiam, indicando que todas são baseadas na Bíblia e gratuitas. Explique que, além da pregação de casa em casa, oferecemos instrução bíblica gratuita, em domicílio, tanto para pessoas individuais como para famílias em mais de 230 países. Que governo humano tem condições de oferecer um programa educativo tão extensivo, não apenas para seus cidadãos, mas para pessoas de toda a Terra? Convide seus ouvintes a ir ao Salão do Reino e a assistir às assembleias e aos congressos das Testemunhas de Jeová, a fim de constatarem por si mesmos o efeito de tal instrução sobre a vida das pessoas. — Isa. 2:2-4; 32:1, 17; João 13:35.
Será que o morador compreenderá como o Reino pode mudar sua vida? Poderá dizer-lhe, com tato, que o objetivo de sua visita é mostrar-lhe que todos os seres humanos têm a oportunidade de tornar-se súditos do Reino de Deus. O que precisam fazer para conseguir isso? Aprender o que Deus requer de nós e viver em harmonia com isso agora. — Deut. 30:19, 20; Rev. 22:17.
Ajude outros a dar prioridade ao Reino. Mesmo depois de aceitar a mensagem do Reino, a pessoa precisa tomar algumas decisões. Por exemplo, que lugar dará ao Reino de Deus na sua vida? Jesus exortou seus discípulos a ‘persistir em buscar primeiro o reino’. (Mat. 6:33) Como podemos ajudar um irmão a fazer isso? Dando um bom exemplo e falando sobre as oportunidades que existem para obedecer à exortação de Jesus. Às vezes, podemos perguntar se ele já analisou determinadas possibilidades e contar experiências que mostram o que outros irmãos estão fazendo a respeito. Podemos também falar de relatos bíblicos de uma maneira que estimule seu amor por Jeová. Outra alternativa é destacar que o Reino já é uma realidade e, então, enfatizar a importância de proclamá-lo. De modo geral, obtemos os melhores resultados não quando dizemos à pessoa o que fazer, mas quando a estimulamos a desenvolver o desejo de fazê-lo.
Sem dúvida, a mensagem vital que todos devemos divulgar gira principalmente em torno de Jeová Deus, Jesus Cristo e do Reino. As verdades fundamentais a respeito do Criador, de seu Filho e do governo divino devem ser destacadas na pregação pública, na congregação e na nossa própria vida. Quando fazemos isso, demonstramos que realmente estamos nos beneficiando da Escola do Ministério Teocrático.