ESPINHEIRO-DE-CASCA-BRANCA
[Heb., ’atádh]. Este é o nome de uma dentre várias plantas sugeridas comumente como sendo a referida pelo termo hebraico ’atádh. O espinheiro-de-casca-branca (Lycium europaeum) é um arbusto espinhoso que atinge de 90 cm a 1,80 m, que floresce com pequenas flores violetas e produz frutinhas vermelhas redondas, comestíveis.
O espinheiro-de-casca-branca aparece mui destacadamente no relato de Juízes 9:8-15, em que a oliveira, a figueira e a videira contrastam-se com o humilde espinheiro-de-casca-branca. Como o restante do capítulo torna evidente, as plantas valiosas representam os verdadeiramente dignos, tais como os setenta filhos de Gideão, que não procuraram a posição de rei sobre seus co-israelitas, ao passo que o espinheiro-de-casca-branca, útil apenas como combustível, representa a realeza de Abimeleque, o assassino de todos os filhos de Gideão, seus irmãos, exceto um. (Jui. 9:1-6,16-20) A sugestão de Jotão, de que as outras “árvores” figurativas procurassem refugiar-se sob a sombra do espinheiro-de-casca-branca era, sem dúvida, irônica, visto que o espinheiro-de-casca-branca, uma planta prostrada, obviamente não poderia fornecer sombra para árvores, especialmente para os majestosos cedros mencionados.
Jotão deu o aviso de que o fogo poderia alastrar-se do espinheiro-de-casca-branca ‘e consumir os cedros-do-líbano’, talvez aludindo à facilidade com que esta planta seca e sem folhas pode pegar fogo nos meses quentes do verão. O Salmo 58:9 também mostra o uso dos espinheiros-de-casca-branca como combustível, e estes ainda são usados pelos árabes para tal fim.