Corajosos Como um Leão Entre as Nações
É COM boa razão que o leão é usado simbolicamente com muita freqüência nas Escrituras. Ele é animal mui poderoso, apropriadamente chamado de rei dos animais por seu porte real. Entre os relatos de certas autoridades sobre ele, estão os seguintes: Não tem inimigos (visto que não teme nenhum), é amigável e sociável, andando em grupo ou em manada e não de dois em dois; mata só para se alimentar, não para se divertir, visto que uma ou duas matanças por mês usualmente o satisfaz; não está inclinado a brigar com outros leões sobre o despojo, e às vezes deita-se costa a costa com antílopes e outras criaturas similares.
Jacó, ao profetizar sobre seu quarto filho Judá, ó assemelhou a um leão. (Gên. 49:9) Refere-se a Jesus Cristo, o mais ilustre dos descendentes de Judá, como sendo “o Leão da tribo de Judá”. (Apo. 5:5, ALA) Diz-se que “o justo é intrépido como o leão”. (Pro. 28:1, ALA) Mui apropriadamente, portanto, os do povo de Jeová na terra são assemelhados repetidas vezes a um leão por uma ou outra razão.
Nas profecias de Joel e do Apocalipse os do povo de Deus são representados por gafanhotos com ‘ dentes de leões. (Joel 1:6; Apo. 9:8) De interesse especial aos ministros de Deus neste tempo é a profecia de Miquéias 5:8.a “O restante de Jacó [Israel] se tornará entre as nações, no meio de muitos povos como um leão entre os animais da floresta, como um leãozinho de juba entre rebanhos de ovelhas, o qual, quando realmente passa, certamente tanto pisará como despedaçará; e não há quem livre.”
Por causa do destemor e da coragem do leão, ele é deveras símbolo apropriado dos servos de Deus. Seu rei, Jesus Cristo, certamente mostrou coragem na terra. Nem há dúvida de que desde 1919 o restante dos seguidores ungidos de Cristo têm agido como leão entre as nações. Obedeceram destemidamente o mandamento que Jeová deu mediante Cristo, o de pregar estas boas novas do reino estabelecido em toda a terra em testemunho a todas as nações.
A profecia divina indica que este grupo de cristãos ungidos, junto com seus companheiros que compõem a grande multidão das “outras ovelhas”, continuará a revelar coragem como um leão entre as nações. Mas o que dizer de cada leitor destas linhas? Manifestará semelhante coragem? As nações se opõem ao reino de Deus e a todos os que o pregam. Requer coragem apoiar suas convicções, especialmente quando são tão impopulares quanto são as dos servos de Jeová.
A fim de adquirir esta coragem precisará estudar a Palavra de Deus e tomar a peito a sua admoestação. Mais que isso, necessitará da associação nas reuniões congregacionais com outros que estão esforçando-se para cultivar este mesmo grau de coragem. Isso em si mesmo requer coragem — associar-se abertamente com um grupo de pessoas a quem se refere a miúdo como uma seita, culto ou “grupo de fanáticos”. Mas a própria associação com êles lhe fortificará a fé e a coragem. Dai, requererá ainda mais coragem participar em revelar a outros as coisas aprendidas. Naturalmente, ser-lhe-á estendida ajuda, mas terá de fazer um esforço para aprender e crescer em coragem.
Através da terra a oposição a Jeová Deus e ao seu reino está aumentando ao passo que o nacionalismo se intensifica cada vez mais. Como predito, no futuro próximo, Gogue de Magogue fará o ataque total contra os que servem a Jeová e anunciam seu reino. (Eze. 38:1-39:4) Para enfrentar este inimigo feroz com suas muitas manobras e grandes forças e fazer assim com destemor, o povo de Jeová necessitará de coragem como nunca antes. Não sobreviverá então nenhum covarde; sobreviverão somente os corajosos. Quão grande é a necessidade de fortalecer agora a coragem para que possamos então ficar firmes!
Em breve, o povo de Deus entrará no grande dia de Jeová, conhecido por Armagedon. Será um dia que inspira temor, porque os julgamentos de Jeová serão dirigidos contra seus inimigos. Mas a mão de todos os que estão do lado de Jeová naquele tempo ‘se exaltará bem acima dos seus adversários, e todos os seus inimigos serão cortados’. — Miq. 5:9.
A vitória aguarda e convida o povo de Deus a continuar na pregação do reino sob a liderança do corajoso “Leão da Tribo de Judá”. Partilhar nesta vitória lhes significará a vida eterna no novo mundo de Deus, a recompensa de ser corajosos como um leão entre as nações.
[Nota(s) de rodapé]
a Para pormenores, veja-se A Sentinela de 1.° de agosto de 1962.