Firmes a favor da regência de Deus
“TESTEMUNHAS DE JEOVÁ VÃO PARA CASA” — esta foi uma de várias manchetes similares nas primeiras páginas dos principais jornais da Holanda, em 31 de julho de 1974. O que aconteceu para causar tal notícia?
Os jornais daquele dia noticiaram o clímax duma série de ações tomadas pelo Ministério da Defesa e pelo Ministério da Justiça da Holanda com respeito às testemunhas cristãs de Jeová em idade militar. O problema era que jovens distintos e bem comportados, cujo único “crime” era a recusa de serem treinados para matar outros, haviam sido postos na prisão ao lado de criminosos empedernidos, alguns por um período maior do que o aplicado àqueles criminosos. Estes jovens das testemunhas de Jeová tomaram esta atitude porque reconhecem que a regência de Deus tem precedência na sua vida.
Há alguns anos atrás, o Ministério da Justiça tomou as primeiras medidas nesta série de ações. Isto resultou em se conceder às testemunhas cristãs de Jeová permissão para terem literatura bíblica na prisão. Mais tarde, as Testemunhas foram transferidas para outra parte do estabelecimento penal, onde viveram sob circunstâncias menos rígidas. Permitiu-se até mesmo que realizassem suas próprias assembléias, e permitiu-se que representantes do escritório da Sociedade Torre de Vigia em Amsterdã os visitassem e proferissem discursos. Ainda mais tarde, permitiu-se que estes jovens das Testemunhas saíssem da prisão para assistir a congressos nacionais e internacionais das testemunhas de Jeová. Permitiu-se até mesmo que voltassem para casa durante certas semanas.
Levando o assunto mais adiante, funcionários do Ministério da Defesa mantiveram vários contatos com representantes da Sociedade Torre de Vigia (na Holanda). Em 11 de julho de 1974, o Ministério da Defesa anunciou a estes representantes da Sociedade que nenhuma Testemunha batizada precisava mais apresentar-se para o serviço militar.
Daí entrou novamente em cena o Ministério da Justiça. Decidiu-se que, visto que o Ministério da Defesa estava elaborando uma legislação definitiva sobre o assunto, não era mais necessário que as Testemunhas já na prisão ficassem mais tempo ali. De modo que todas estas testemunhas foram libertas.
Disse o jornal Nieuwsblad van het Noorden, de 31 de julho de 1974: “Elabora-se uma lei para conceder a cada Testemunha de Jeová batizada isenção do serviço militar. Dependendo da discussão desta proposta lei pelos representantes do povo, suspendeu-se toda ação contra [as testemunhas] de Jeová.”
Assim, no momento, os jovens batizados das Testemunhas, na Holanda, não estão sujeitos a recrutamento militar. Apreciam a ação tomada a seu favor pelas autoridades holandesas. Sem dúvida, as autoridades governamentais reconheceram a sinceridade desses jovens, que estão decididos a manter-se firmes a favor da regência de Deus, por causa de sua dedicação a Jeová, Aquele que reconhecem como tendo precedência na sua vida.