Aids — mortífera doença global
ALGUMAS autoridades médicas acreditam que a AIDS está prestes a tornar-se uma catástrofe global. “A AIDS talvez seja a catástrofe de saúde de nossa época”, afirmou o jornal The New York Times. O Dr. William O’Connor, microbiologista, disse: “Aquilo com que lidamos é provavelmente o maior flagelo que já atingiu o mundo.”
O Dr. Halfdan Mahler, da OMS (Organização Mundial da Saúde), declarou: “Estamos à mercê duma pandemia muito grave, tão mortífera quanto qualquer pandemia que já ocorreu. . . . Tudo está ficando cada vez pior com relação à AIDS.”
O número de mortes aumenta a cada ano. Em breve, o número de mortes será provavelmente muitas vezes maior. E esse poderá ser o caso mesmo que mais ninguém seja infectado pelo vírus da AIDS. Por quê? Devido ao enorme número de pessoas que já têm o vírus, o qual permanece na pessoa a vida toda.
Quantas pessoas já têm o vírus? Alguns afirmam que dez milhões no mundo inteiro. O relatório AIDS and the Third World (AIDS e o Terceiro Mundo) calcula que não demorará até que a AIDS “tenha infectado de 50-100 milhões de pessoas”.
Tal estimativa baseia-se no que tem ocorrido na África, na Europa e na América do Norte. Mas a AIDS também está presente na América Latina, e já penetrou na Ásia. O jornal dinamarquês Politiken comenta: “Que acontecerá se e quando a epidemia irromper em graves proporções na América do Sul e na Ásia? . . . O número dos infectados não será tão baixo quanto de 50-100 milhões.” Mesmo que tais dados sejam exagerados, há sem dúvida milhões de pessoas que já foram infectadas. E haverá muitos milhões mais nos próximos anos.
Também, a vasta maioria dos que atualmente são portadores do vírus da AIDS não está cônscia disso. Estes gozam duma saúde aparentemente boa, contudo podem transmitir o vírus para outros. Portanto, o número de pessoas infectadas pelo vírus da AIDS certamente aumentará muito.
O Médico-chefe do Serviço de Saúde dos Estados Unidos, C. E. Koop, disse: “Nenhuma doença anterior foi simultaneamente tão misteriosa, tão fatal, e tão resistente a terapias e ao desenvolvimento de vacinas.” Ele declarou: “Ainda não temos uma cura, tampouco temos uma vacina — e provavelmente não teremos uma disponível de modo geral antes do fim do século. Não se engane quanto a isso. A AIDS é fatal e está-se alastrando.” O Dr. Koop também disse: “Sou cirurgião há quase 50 anos, e nunca vi uma ameaça como a AIDS.”