Capítulo 14
Súditos terrestres do Reino de Deus
1, 2. (a) Em quanto se calculou a população do mundo em 1914 E.C., e em que se achava dividida? (b) Que espécie de espetáculo apresentavam tais nações e impérios no palco mundial, mas que aspecto tinham para o Criador?
NO ANO marcado de 1914 E.C., calculou-se que a população do mundo fosse de bem mais de um bilhão de pessoas.a O aumento prosseguiu, atingindo 1.859.892.000 habitantes no ano 1920, apesar dos muitos milhões abatidos pela Primeira Guerra Mundial e pela gripe espanhola. Esta população do mundo estava dividida em muitas nações e impérios, o maior império de 1914 sendo o Império Britânico, que abrangia uma quarta parte da superfície da terra e uma quarta parte da população do mundo. Mas havia outros impérios naquele tempo, tais como o Império Turco, o Império Chinês o Império Holandês, o Império Alemão, o Império Áustro-Húngaro e o Império Português. Tais nações e impérios constituíam um espetáculo muito impressionante no palco mundial, mas que aspecto tinham para o Dono da terra, o Grande Criador, o Deus Altíssimo? Pode ele examiná-los todos com apenas um relance de olhos? Enaltecendo a capacidade sobre-humana do Criador, o profeta Isaías diz:
2 “Quem mediu as proporções do espírito de Jeová, e quem, como seu homem de conselho, pode fazê-lo saber alguma coisa? Com quem se consultou ele para que o faça compreender ou quem o ensina na vereda da justiça, ou lhe ensina conhecimento, ou lhe faz saber o próprio caminho do verdadeiro entendimento? Eis que as nações são como uma gota dum balde; e foram consideradas como a camada fina de pó na balança. . . . Há Um que mora acima do círculo da terra, cujos moradores são como gafanhotos.” — Isaías 40:13-15, 22.
3, 4. (a) É difícil para o Juiz Adjunto de Deus, Jesus Cristo, reunir diante de si todas as nações? E em que parábola se prediz tal coisa? (b) Esta parábola mostra o que se exige de pessoas com que perspectiva?
3 Logicamente, pois, é muito simples para o Deus Criador ajuntar todas as nações diante de si, julgá-las e executar sentenças. Do mesmo modo, é também fácil para o poderoso Filho de Deus, Jesus Cristo, a quem Jeová designou para agir como seu Juiz Adjunto. (Atos 17:31) Que faria isto no tempo devido, foi predito pelo próprio Filho de Deus na sua parábola das ovelhas e dos cabritos. Com esta parábola, o apóstolo Mateus encerra a profecia que o Senhor Jesus Cristo proferiu no Monte das Oliveiras a respeito do “sinal” de sua presença (parusia) e da “terminação do sistema de coisas”. (Mateus 24:3) Na parábola precedente a esta, a saber, a parábola dos “talentos”, o Senhor Jesus ilustrou que os discípulos fiéis que haviam de reinar com ele no seu reino celestial tinham de trabalhar enquanto aqui na terra para produzir um aumento de seus “bens”. De modo bastante apropriado, pois, na próxima parábola ele ilustra o que se exige daqueles que hoje vivem e que se hão de tornar súditos de seu reino celestial. Ele inicia a parábola por dizer:
4 “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com ele todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso. E diante dele serão ajuntadas todas as nações, e ele separará uns dos outros assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à sua esquerda.” — Mateus 25:31-33.
5, 6. (a) Que nome deu Jesus a si mesmo na sua profecia? (b) Por que nos lembra isso a profecia de Daniel, capítulo sete?
5 Antes desta parábola, Jesus já se havia referido a si mesmo sete vezes como sendo “o Filho do homem”. (Mateus 24:27, 30, 37, 39, 44; 25:13, Al) Visto que este apelido foi usado em conexão com o reino messiânico, seu uso aqui é muito apropriado. Seu uso aqui é lembrete da profecia de Daniel 7:9, 10, 13, 14, onde lemos:
6 “[Colocaram-se] uns tronos e o Antigo de Dias se assentou. . . . Mil vezes mil lhe ministravam e dez mil vezes dez mil ficavam de pé logo diante dele. Assentou-se o Tribunal e abriram-se livros. Continuei observando nas visões da noite e eis que aconteceu que chegou com as nuvens dos céus alguém semelhante a um filho de homem; e ele obteve acesso ao Antigo de Dias, e fizeram-no chegar perto perante Este. E foi-lhe dado domínio, e dignidade, e um reino, para que todos os povos, grupos nacionais e línguas o servissem. Seu domínio é um domínio de duração indefinida, que não passará, e seu reino e um que não será arruinado.”
7. Quando veio Jesus Cristo acompanhado pelos anjos e se assentou “no seu trono glorioso”, e o que foi assim restabelecido?
7 Embora isso ocorresse de modo invisível aos nossos olhos humanos, nos céus, contudo, foi no ano 1914, no fim dos “tempos dos gentios” (ou: “tempos designados das nações”), que o “filho de homem” obteve acesso ao Antigo de Dias, Jeová Deus, e se deu ali ao “filho de homem” todo aquele “domínio, e dignidade, e um reino”. De modo que foi então, no fim dos Tempos dos Gentios, em 1914, que o Senhor Jesus, como Filho do homem, veio acompanhado por todos os anjos e se assentou “no seu trono glorioso”. Assim nasceu nos céus o reino messiânico de Deus. (Revelação 12:5, 10) Isto foi o restabelecimento do reino de Davi, que antes dominara em Jerusalém, mas que fora derrubado por Nabucodonosor, rei de Babilônia, em 607 A. E. C. Portanto, o que aconteceu no ano 1914 E.C. foi o inverso do que aconteceu em 607 A. E. C. Agora, reinava novamente um descendente de Davi.
8. Em vista do que aconteceu em 607 A. E. C., por que era apropriado que todas as nações gentias fossem ajuntadas diante do entronizado Filho do homem, em 1914 E.C.?
8 Naquela ocasião começou a “presença” ou parusia do Senhor Jesus Cristo. Portanto, o que se descreve na parábola das ovelhas e dos cabritos acontece durante a sua parusia. Inclui o ajuntamento de todas as nações diante dele, como Rei presente no seu trono. Era a coisa certa a acontecer. Por quê? Porque haviam terminado os ‘tempos designados das nações gentias’. (Lucas 21:24) Aquelas nações gentias haviam dominado toda a terra por sete “tempos” proféticos, sem interrupção por parte de um reino messiânico de Deus. Biblicamente, um tempo profético significa 360 dias, ou, simbolicamente, tantos anos. Assim, havia de ter sete de tais “tempos” proféticos. Isto significava um total de 2.520 anos (7 x 360 anos). As nações gentias tiveram o domínio de toda a terra por tanto tempo assim. Durante todo este tempo, pisaram no direito do reino messiânico de Deus, de exercer a regência do mundo. Contando para trás 2.520 anos, a partir de 1914 E.C., chegamos ao ano 607 A. E. C. Foi então que Nabucodonosor, rei de Babilônia, tornou-se governante mundial por derrubar a família reinante do Rei Davi em Jerusalém. — Ezequiel 21:27.
9. (a) Visto que o sonho de Nabucodonosor a respeito dos “sete tempos” ocorreu mais de um ano depois de ele obter o poder mundial, significa isso que os Tempos dos Gentios só podiam começar depois de se cumprir tipicamente o sonho? (b) Quando terminariam os “sete tempos” se fossem contados desde a queda de Babilônia diante dos medos e dos persas, e o que deveria ocorrer então logicamente?
9 De modo que os “sete tempos” de dominação gentia começaram em 607 A. E. C.; contudo, foi mais de um ano depois disso que o Rei Nabucodonosor de Babilônia teve seu sonho sobre estes “sete tempos”. (Daniel 4:16, 23, 25, 32) Outra coisa: este sonho teve um cumprimento típico em Nabucodonosor, quando ele enlouqueceu por sete “tempos” (anos) literais e mastigou capim qual touro no campo. Significa isso que os “sete tempos” da dominação gentia não podiam ter começado em 607 A. E. C., antes do sonho profético? Podiam ter começado estes Tempos dos Gentios apenas quando o rei se restabeleceu daqueles sete anos de loucura? Não! Assim, não se sabendo o ano de seu restabelecimento, não requer que os “sete tempos” da dominação gentia do mundo só tenham começado com a queda da dinastia de Nabucodonosor, no ano 539 A. E. C. Se contarmos “sete tempos” proféticos (2.520 anos) desde a queda de Babilônia diante dos medos e dos persas, em 539 A. E. C., então tais “sete tempos” terminariam no outono (setentrional) do ano 1982 E.C., ainda no futuro. Nesta base, o que seria de se esperar logicamente naquele ano vindouro? O oposto do que aconteceu em 539 A. E. C., a saber, o restabelecimento do trono dinástico do Rei Nabucodonosor, o restabelecimento do Império Babilônico, com um descendente de Nabucodonosor no trono!
10. (a) O que diz a Bíblia sobre o restabelecimento da antiga Babilônia, a dinastia de Nabucodonosor e o Império Babilônico? (b) Portanto quando começaram os sete tempos e o que deve ser restabelecido?
10 No entanto, isto é inteiramente contrário ao que a inspirada Palavra de Deus prediz. A antiga Babilônia, no rio Eufrates, pereceu para sempre! A dinastia do Rei Nabucodonosor foi derrubada para sempre. O Império Babilônico cessou eternamente como terceira potência mundial. Mas o que foi que Jeová Deus, cujo trono representativo estava em Jerusalém, prometeu restabelecer? O que o Deus dos céus prometeu restabelecer é o reino messiânico nas mãos dum descendente de Davi. (Ezequiel 21:27; Lucas 1:30-33) A desolação de Jerusalém e da terra de Judá, pelos babilônios, em 607 A. E. C. assinalou a derruba do reino messiânico de Davi e por isso assinalou começo dos “sete tempos” da dominação gentia do mundo da humanidade. Inalteravelmente, pois, os 2.520 anos dos Tempos dos Gentios começaram naquela ocasião, e, por começarem então, terminaram no início do outono (setentrional) do ano 1914 E.C.
11. Sofrer Nabucodonosor sete anos de loucura depois de derrubar o trono de Davi mostra o que a respeito dos Tempos dos Gentios?
11 Assim, ter o Rei Nabucodonosor sofrido sete anos de loucura depois da derrubada do trono de Davi em Jerusalém, em 607 A. E. C., serviu para mostrar quanto tempo durariam estes Tempos dos Gentios, já começados. Os acontecimentos mundiais indicaram que duraram até 1914 E.C.
12. Ao terminarem os sete tempos em 1914 era tempo de Jesus agir segundo que convite divino?
12 Naquele ano, quando terminaram os “sete tempos” de dominação gentia ininterrupta do mundo e quando o “filho de homem” foi levado perante o Antigo de Dias, foi o tempo devido para o celestial Filho do homem agir segundo o convite profético feito no Salmo Dois, versículos sete a nove: “Cite eu o decreto de Jeová; ele me disse: ‘Tu és meu filho; hoje eu me tornei teu pai. Pede-me, para que eu te dê nações por tua herança e os confins da terra por tua propriedade. Tu as quebrantarás com um cetro de ferro, espatifá-las-ás como se fossem um vaso de oleiro.”‘ — Veja também Revelação ou Apocalipse 12:5.
“ASSIM COMO O PASTOR SEPARA AS OVELHAS DOS CABRITOS”
13. Quando começa a separação das pessoas das nações com referência à “grande tribulação”, e, por isso, o que não está incluído nela?
13 Não é depois de o reinante “Filho do homem” despedaçar as nações no grande “tempo de aflição” que ele separa as pessoas das nações quais “ovelhas” e “cabritos”. Ele não ocupa todo o seu reinado milenar com tal separação dos habitantes da terra, cuja vasta maioria será ressuscitada dos seus túmulos terrestres. (Daniel 12:1) A obra de separação é uma atividade que precede ao irrompimento da “grande tribulação”, em cujo grandioso clímax as nações serão despedaçadas no Har-Magedon. (Mateus 24:21, 22; Revelação 16:14, 16, 19:15) Portanto, o ajuntamento de todas as nações diante do Filho do homem, para ele iniciar a obra de separação, não inclui a ressurreição dos mortos terrestres.
14. São as nações ajuntadas a um só lugar de reunião na terra para se fazer a obra de separação, ou como é que o celestial Filho do homem lida com elas?
14 O ajuntamento das nações não significa trazê-las todas a um só lugar de reunião na terra, o que não e praticável. Antes, o ajuntamento é realizado quando o Criador do céu e da terra entrega ao Filho do homem todas as nações por sua herança e toda a terra, até as extremidades dela, por sua propriedade. Ele aceita da mão de Deus a autoridade sobre todas estas nações e dirige sua atenção a todas elas, usando “com ele todos os anjos” para tratar com tais nações. Assim, as ‘pessoas’ de todas as nações se tornam figurativamente seu rebanho, só que é como um rebanho misturado de ovelhas e cabritos. Tais rebanhos misturados são algo comum no Oriente Médio.
15. (a) Destina-se a representação da obra de separação como entre ovelhas e cabritos a desacreditar os cabritos? (b) Durante que período ocorre a separação?
15 A separação dos cabritos das ovelhas não é feita com qualquer demérito para a espécie dos cabritos. Nos dias de Jesus na terra, um cabritinho podia ser usado tanto quanto um cordeirinho na celebração da refeição pascoal, anual. (Êxodo 12:1-5) Também, no Dia anual da Expiação levava-se o sangue do bode de Jeová para dentro da cortina, no santíssimo do templo, a fim de “fazer expiação . . . por toda a congregação de Israel”. (Levítico 16:7-9,15-17) Assim, na parábola os bodes são apenas usados para representar uma classe de pessoas, ao passo que as ovelhas são usadas para representar outra classe; e assim como chega o tempo para o pastor separar as duas espécies de animais, assim durante a parusia do Filho do homem e antes da “grande tribulação” chega o tempo de separar as duas classes de pessoas.
16. A obra de separação, em cumprimento da parábola, exige que parousia tenha que significado?
16 Naturalmente, a separação das ovelhas e dos cabritos do rebanho literal pode ser realizada na fração dum dia, mas a separação de pessoas com livre arbítrio, quais ovelhas e cabritos, exigiria muito mais tempo em toda a terra. Este fato já em si mesmo requer que a palavra grega parousía signifique “presença”, em vez de “vinda” ou “chegada”.
17. (a) Em base de que diferença se faz a separação das ovelhas dos cabritos? (b) Por que requer mais tempo a separação de pessoas com livre arbítrio do que a de animais literais?
17 Na parábola, a separação é feita na base de que os animais são de duas espécies diferentes e que o pastor não desejaria misturar leite de cabra com leite de ovelha para uso doméstico. O pelo de uma classe de animais difere do da outra classe, e não deviam ser misturados. (Levítico 19:19; Deuteronômio 22:11; Êxodo 36:14; Provérbios 27:27) No cumprimento da parábola, a separação das pessoas baseia-se na diferença de personalidades e modos de agir. A personalidade leva tempo para se desenvolver plenamente, e o modo de agir procede duma série de atos que se tornam algo regular para a pessoa. Portanto, leva um período maior antes de se poder fazer um julgamento, para se determinar a personalidade e a conduta habitual invariável da pessoa. Isto exige que se dê tempo antes de se poder proferir e executar uma sentença justa e irreversível sobre a pessoa. Não é uma questão dum dia de vinte e quatro horas.
18. (a) Em vista do significado da mão, direita e da mão esquerda, que questão precisa cada um de nós decidir? (b) Permite a inviabilidade da parusia do Filho do homem que alguém se desculpe? Por que ou por que não?
18 Na parábola, o Filho do homem, semelhante a um pastor, coloca os parecidos a ovelhas à sua direita e os parecidos a cabritos à sua esquerda. O lado direito resulta em ser o lado da sentença favorável e o lado esquerdo, o da sentença desfavorável. Este resultado faz com que tal situação seja séria para as pessoas de todas as nações hoje em dia. A questão que cada um precisa decidir é: Obtenho o favor ou o desfavor do Filho do homem agora sentado no seu glorioso trono celestial, acompanhado por todos os anjos? Cada um será inescapavelmente chamado a prestar contas. Ser o reinante Filho do homem invisível durante a sua parusia não desculpa a ninguém, nem lhe permite alegar: “Eu não sabia.” A parusia invisível do Filho do homem tem sido proclamada em todo o mundo, e isto obriga a cada um a considerar com profundo interesse se aquilo que ele está ou não está fazendo tem o favor ou o desfavor dó Rei e Juiz.
19. Segundo o discurso do Presidente Rutherford, no congresso da A. I. E. B. em Los Angeles, em 1923, onde se situa o cumprimento da parábola das ovelhas e dos cabritos?
19 Quem, porém, são as simbólicas ovelhas e quem são os simbólicos cabritos? No sábado, 25 de agosto de 1923, deu-se aos estudantes cristãos da Bíblia Sagrada uma explicação surpreendente sobre quem estes eram respectivamente. Era o oitavo dia dum congresso regional de nove dias, realizado pela Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, em Los Angeles, Califórnia, E. U. A. Naquele dia, o presidente da Associação, J. F. Rutherford, dirigiu-se a uma assistência de 2.500 pessoas sobre o assunto da “Parábola das Ovelhas e dos Cabritos”. Esta apresentação bíblica não situou o cumprimento da parábola de Mateus 25:31-46 após o “tempo de aflição” com que finda o atual sistema de coisas e durante o reinado milenar de Cristo. Situou o cumprimento da parábola agora, desde 1919 E.C., durante a parusia ou “presença” invisível do reinante Filho do homem e até a destruição deste sistema de coisas. A matéria deste discurso do congresso foi publicada nas páginas 307-314 do número inglês de 15 de outubro de 1923 da Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo. — Veja os parágrafos 17-21 deste artigo, sob o título “O Tempo”.
20. Portanto, por que se tornou aconselhável que cada um considerasse que espécie de personalidade desenvolvia?
20 Desta maneira, os leitores da Torre de Vigia (agora Sentinela) e membros da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia foram alertados a que a Parábola já se cumpria e que a atual geração da humanidade estava vitalmente envolvida. Isto tornou aconselhável que cada um estudasse que espécie de personalidade desenvolvia e de que lado do reinante filho homem seu proceder o colocava.
21. Que esforços foram feitos para ajudar os judeus a se tornar “ovelhas” simbólicas, e até quando continuou este interesse especial nos judeus?
21 Durante vários anos, fez-se um esforço especial para ajudar os judeus naturais, circuncisos, do mundo a se tornarem “ovelhas” simbólicas ao lado direito do Messias reinante. Este esforço foi feito por discursos públicos sobre o tema “O Retorno dos Judeus à Palestina”, tais como os proferidos perante grandes assistências pelo presidente da A. I. E. B., J. F. Rutherford, durante o ano 1925, e também pelo discurso público sobre o tema “A Palestina Para os Judeus — Por quê?”, que ele proferiu na noite de segunda-feira, 31 de maio de 1926, no famoso Royal Albert Hall de Londres, na Inglaterra, que acomoda 10.000 pessoas e estava cheio de ouvintes judeus. Além de tais conferências públicas, publicou-se o livro Conforto Para os Judeus, sob a data de outubro de 1925, e mais tarde, o livro de 360 páginas intitulado “Vida”, que foi lançado para a distribuição pública no domingo, 25 de agosto de 1927, após uma transmissão nacional por uma cadeia de rádio, com base na Rádio WBBR, de Staten Island, Nova Iorque, sobre o tema “Saúde e Vida Para o Povo”. Este interesse especial nos judeus naturais, circuncisos, continuou até o lançamento do livro Vindicação, Volume 2, em 1932, que mostrou que as profecias de Ezequiel, a respeito de Israel, se aplicavam ao Israel espiritual de hoje.
22. Como foi estimulado em escala maior o interesse nos semelhantes a ovelhas pela informação fornecida no congresso de Columbus, em 1931?
22 Entretanto, o interesse na classe das “ovelhas” em escala maior foi estimulado no ano de 1931. Em 30 de julho, no congresso internacional da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, em Columbus, Ohio, o presidente da Associação proferiu o discurso sobre “O Homem com o Tinteiro de Escrevente”, após o que Robert J. Martin anunciou o lançamento do novo livro intitulado “Vindicação”, Volume 1. Este livro proveu uma consideração detalhada, de versículo por versículo, do capítulo nove da profecia de Ezequiel, que apresenta a visão deste homem vestido de linho com o tinteiro de escrevente. Tanto o discurso como o livro traziam à atenção que o restante ungido dos discípulos de Cristo tinha de fazer uma obra de marcação a favor das pessoas semelhantes a ovelhas, na terra, não apenas dos israelitas naturais, mas também de pessoas de todas as nações. Era uma obra para salvar vidas, visto que as Escrituras Sagradas mostram que apenas os marcados serão poupados com vida junto com o restante ungido durante a vindoura “grande tribulação”. Tornam-se súditos terrestres do Reino.
23. Que interesse na “grande multidão” de Revelação, capítulo sete, havia existido por anos, e como deixou de ser esclarecido o assunto pelo lançamento do livro Jeová em 1934?
23 Durante décadas, houve vivo interesse na chamada “Grande Multidão” em Revelação 7:9. Quem eram os que constituíam tal grande multidão? Em 19 de novembro 1934, em Brooklyn, Nova Iorque, foi lançado para o povo devoto de Deus o livro intitulado “Jeová”. Este livro de 352 páginas na edição portuguesa falava tanto sobre a “A Grande multidão” como sobre a parábola das ovelhas e dos cabritos. (Veja a página 157, sob “A Grande Multidão”; também as páginas 345 e 349 a respeito das “ovelhas”.) Entretanto, esta publicação então mais nova não identificava as “ovelhas” da parábola como sendo as mesmas que a “grande multidão”, nem como os marcados na testa pelo simbólico homem vestido de linho com o tinteiro de escrevente ao lado. Nem desenganou a mente dos estudantes da Bíblia quanto à antiga idéia de que a “grande multidão” e a um grupo de mártires cristãos, gerados pelo espírito, destinados à vida celestial, embora não fizessem parte dos 144.000 co-herdeiros de Jesus Cristo, o Rei. Os da “grande multidão eram tidos como ainda sendo “prisioneiros” de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa.
24. Em que congresso se forneceu a explicação satisfatória, segundo os fatos, a respeito da “grande multidão”, e quem foi convidado especialmente a assistir àquele congresso?
24 Em que ocasião, pois, receberam os que estavam ansiosos de saber uma explicação da visão da “grande multidão”, que se mostrasse satisfatória e concordasse com os fatos em desenvolvimento? No ano de 1935, seis meses após o lançamento do livro Jeová. Isto aconteceu por ocasião do congresso das testemunhas de Jeová em Washington (D. C., E. U. A.), de 30 de maio a 3 de junho de 1935. Um anúncio de página inteira sobre isso, na página 127 do número inglês de 15 de abril de 1935 da Sentinela, disse expressamente: “Todos os que estão do lado de Jeová e de seu reino são bem-vindos.” Prosseguiu, dizendo: “Este é um congresso de serviço, e espera-se que todos os do restante e dos Jonadabes participem no serviço. . . . Haverá arranjos para todos os que desejarem simbolizar sua consagração pela imersão em água.” Anúncios posteriores do congresso diziam: “Até agora, não muitos jonadabes tiveram o privilégio de assistir a um congresso, e o congresso de Washington ser-lhes-á de verdadeiro consolo e os beneficiará.”
25. (a) Quando foi que os chamados jonadabes se deram conta do motivo especial pelo qual tinham sido convidados ao congresso de Washington? (b) A quem identificou como tal o orador que falou sobre “A Grande Multidão”?
25 Foi na tarde de sexta-feira, 31 de maio, que os interessados que viram uma semelhança entre si mesmos e o antigo Jonadabe, filho de Recabe, passaram a dar-se conta porque haviam sido convidados especialmente para assistir a este congresso de Washington. Por quê? Porque foi então que o orador principal do congresso, J. F. Ruthertord, dirigindo-se à sua assistência visível ali no Auditório de Washington e a uma inúmera assistência invisível, simultaneamente pelas rádios WBBR e WHPH (Petersburgo, Virgínia), falou sobre o assunto “A Grande Multidão”. Esta explicação de Revelação 7:9-15 apresentou que a “grande multidão não é uma multidão de adoradores destinados a ter uma ressurreição espiritual e ir para o céu. Antes, trata-se duma classe terrestre de adoradores de Jeová, aos quais a Palavra de Deus apresenta a esperança de vida eterna numa terra paradísica, sob o reino celestial de Jesus Cristo e de sua glorificada igreja ou congregação. Naquele tempo, tais adoradores com esperanças terrenas foram comparados a Jonadabe, filho de Recabe, e chamados “jonadabes”. Conforme A Sentinela disse mais tarde:
Estes são de outro modo chamados “jonadabes”. São batizados em símbolo, atestando assim que se consagraram a fazer a vontade de Deus e tomaram sua posição ao lado de Jeová, e servem a ele e seu Rei, assim purificaram-se e estão agora “trajados de compridas vestes brancas”. Assim se identifica definitivamente a grande multidão, não como classe gerada pelo espírito, cujas esperanças são um lugar no céu, mas . . . eles “saem da grande tribulação”, . . . — The Watchtower, de 15 de agosto de 1935, página 248, parágrafo 21.
26. (a) Como foi o discurso divulgado ainda mais e quantos foram batizados após o discurso? (b) Colocavam-se os batizandos em qualquer classe? É como viriam a saber a que classe pertenciam?
26 A matéria deste discurso notável foi publicada num artigo de duas partes intitulado “A Grande Multidão”, nos números de 1° e 15 de agosto de 1935 da Sentinela em inglês, para a informação dos adoradores de Jeová em todo o globo. No dia depois do discurso, 840 se apresentaram para a imersão em água, para simbolizar que se tornavam discípulos do Senhor Jesus Cristo.b (Mateus 28:19, 20) Estes 840 batizandos não estavam biblicamente autorizados a colocar-se quer na classe celestial dos co-herdeiros de Cristo quer na classe terrestre, representada pela “grande multidão”. Não era a vontade deles que devia ser feita, mas sim a de Jeová. É Ele quem deve expressar sua soberana vontade em colocá-los em qualquer destas classes, segundo o seu beneplácito. Se ele, depois do batismo de tais, gera alguém destes com seu espírito santo para se tornar filho espiritual de Deus, ele o inclui assim na classe espiritual com a herança celestial. Se ele não gera alguém como filho espiritual e trata com tal como Ele faz com os filhos espirituais, então aquele que não é gerado pelo espírito é reservado para a grande multidão terrestre.
27. O que forneceu esta informação mais nova a respeito da “grande multidão” com respeito à parábola das ovelhas e dos cabritos?
27 O discurso de Washington (D. C.) sobre a “grande multidão” e a matéria publicada depois sobre este assunto proveram um novo fundo para se encarar a parábola das ovelhas e dos cabritos. Destacou com mais clareza e plenitude as requisitos para se ser membro da classe das “ovelhas” do que os requisitos apresentados no discurso sobre a parábola das ovelhas e dos cabritos doze anos antes, em 1923, em Los Ângeles, Califórnia.
28. Como se mostrou que os requisitos para os da classe das “ovelhas” eram maiores do que os apresentados em 1923?
28 Por exemplo, os da classe das “ovelhas” tinham de ser mais do que apenas pessoas de disposição bondosa e justa, que são humanitárias e fazem o bem aos do restante ungido dos discípulos de Cristo. Elas mesmas têm de ser discípulos de Cristo, batizadas no “nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo”, e também ser ativas como testemunhas cristãs de Jeová. A “grande multidão” de Revelação 7:9-17 é idêntica à classe das “ovelhas” da parábola de Jesus em Mateus 25:31-46.c
“VINDE, VÓS OS QUE TENDES A BÊNÇÃO DE MEU PAI”
29. Em que palavras que o Rei dirige as “ovelhas” apresentam-se os requisitos vitais para se ficar do lado direito dele?
29 Os requisitos vitais exigidos dos que compõem a classe das “ovelhas” são indicados pelo motivo que o Pastor-Rei apresenta para designar às “ovelhas” simbólicas um futuro bendito. A parábola representa a classe das “ovelhas”, à mão direita do régio Filho do homem, quando este lhes fala. “O rei dirá então aos à sua direita: ‘Vinde, vós os que tendes a bênção de [sido abençoados por] meu Pai, herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois fiquei com fome, e vós me destes algo para comer; fiquei com sede, e vós me destes algo para beber. Eu era estranho, e vós me recebestes hospitaleiramente; estava nu, e vós me vestistes. Fiquei doente, e vós cuidastes de mim. Eu estava na prisão, e vós me visitastes.”’ — Mateus 25:34-36; veja ed. ingl. 1971.
30. Por que podia ser apenas indiretamente que aquelas “ovelhas” fizeram a Jesus as coisas que ele mencionou?
30 Foi só indiretamente que estas pessoas semelhantes a ovelhas, de “todas as nações”, fizeram tais coisas ao Senhor Jesus Cristo. Não nos esqueçamos de que Jesus, quando na terra, restringiu seus três anos e alguns meses de ensino e pregação à nação de Israel e aos samaritanos lá no oriente médio. (Mateus 15:24; 10:6; João 1:11; 4:3-43; Lucas 17:15-18) Portanto, estas pessoas semelhantes a ovelhas são como aqueles cristãos do primeiro século, nas províncias romanas da Ásia Menor, aos quais o apóstolo Pedro escreveu: “Embora nunca o tenhais visto, vós o amais. Embora atualmente não estejais olhando para ele, contudo, exerceis fé nele.” (1 Pedro 1:8) Embora nunca pudessem vê-lo na terra, as pessoas semelhantes a ovelhas, separadas para a direita de Jesus, quiseram fazer algo a seu favor e fizeram empenho nisso de modo indireto.
31. Será direta a palestra entre o Rei e as “ovelhas”, conforme descrita na parábola, e que relação tem com isso 1 Timóteo 6:14-16?
31 No cumprimento desta parte da parábola profética, estas pessoas semelhantes a ovelhas não vêem o Filho do homem sentado no seu glorioso trono celestial, nem aparecerá visivelmente aos olhos nus delas, falando-lhes audivelmente aos ouvidos naturais e dizendo suas palavras de apreço. Durante sua presença ou parusia no espírito, elas o vêem no seu trono apenas pelo olho da fé, e na ocasião de ele fazer a sua decisão favorável sobre elas, suas palavras de favor lhes serão transmitidas pelo canal que ele escolher. O cumprimento da palestra na parábola entre o entronizado Filho do homem e as “ovelhas” tem de tomar em conta o que se declara em 1 Timóteo 6:14-16: “Até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta manifestação, o feliz e único Potentado mostrará nos seus próprios tempos designados, ele, o Rei dos que reinam e Senhor dos que dominam, o único [dentre todos os a quem os homens servem por serem reis] que tem imortalidade, que mora em luz inacessível, a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver.” De modo que a palestra entre este Rei dos reis e as “ovelhas” não será direta.
32, 33. (a) O que se deve dizer quanto a se o convite do Rei às “ovelhas”, de ‘virem’, é um convite para o céu? (b) Por que foram estes chamados de “outras ovelhas” por Jesus?
32 Ao convidar estas pessoas semelhantes a ovelhas, à sua direita, a ‘vir’, não as convida a vir ao céu e se sentar com ele no seu trono. Estas “ovelhas” simbólicas não são membros dos 144.000 co-herdeiros de Jesus Cristo, gerados pelo espírito, que passam pela “primeira ressurreição” e reinam com ele por mil anos sobre a humanidade. ( Revelação 14:1-3;20:4-6) Sendo pessoas de “todas as nações”, ajuntadas durante a sua presença ou parusia no espírito, são em número muitos mais do que 144.000, de fato, muitas vezes mais tantas pessoas. Constituem uma “grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. (Revelação 7:9, 10) Os desta “grande multidão” são comparados a “ovelhas” ao se lhes dizer adicionalmente: “O Cordeiro, que está no meio do trono, os pastoreará e os guiará a fontes de águas da vida.” (Revelação 7:17) De fato, são parte daquelas “outras ovelhas”, que Jesus diferenciou do “pequeno rebanho” de 144.000 co-herdeiros, ao dizer:
33 “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor.” — João 10:16; Lucas 12:32.
34. Quando convida o entronizado Filho do homem os da “grande multidão” de “outras ovelhas” a ‘virem’, e de que modo são eles os que ‘têm a bênção’ do seu Pai celestial?
34 A esta “grande multidão” de tais “outras ovelhas” o entronizado Filho do homem diz que ‘venham’ a ele, quer dizer, que cheguem a ele no tempo em que lhes dá a sua recompensa. Ele os chama de “vós os que tendes a bênção de meu Pai”. (Mateus 25:34) É verdade que, enquanto procuravam fazer algo de bom e útil para com o Senhor Jesus Cristo, durante este tempo de sua presença ou parusia, seu Pai celestial os abençoou por isso. No entanto, têm sido “abençoados” pelo seu Pai celestial especialmente por Este ter reservado tal recompensa para tais. O Pai celestial previu esta classe semelhante a ovelhas, deste tempo da presença ou parusia de seu Filho, e concordemente reservou para eles uma recompensa bendita. As bênçãos que já receberam nem se comparam com a bênção que ainda hão de usufruir. Qual é esta bênção específica que os aguarda?
35. (a) O que indica Jesus ser a bênção especial reservada para a “grande multidão” de “outras ovelhas”? (b) Especificamente, o que é o “reino” que eles herdam, e onde o herdam?
35 É indicada nas palavras que Jesus lhes dirigiu: “Herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo.” (Mateus 25:34) Os da “grande multidão’’ de “outras ovelhas” não estavam sendo convidada, por Jesus Cristo, com estas palavras, a se sentarem com ele no seu trono celestial, porque não são dos 144 000 co-herdeiros. Então, como se devem entender as palavras de convite? Sob a palavra original para “reino” (Basileia), o Léxico Grego-Inglês de Liddell e Scott, Volume I, diz na página 309 que a palavra grega tem também um sentido passivo, a saber, “ser reinado”, e também pode significar “reinado”. E assim se dá, de fato: os da “grande multidão” de tais “outras ovelhas” herdam um estado de ‘serem reinados’, a saber, pelo Rei messiânico Jesus, e herdam mil anos dum “reinado” por parte do Rei dos reis, Jesus Cristo. Onde usufruirão este milênio de serem governados pelo glorificado Filho do homem? Não no céu, no qual não podem entrar como criaturas de “carne e sangue” (1 Coríntios 15:50); mas aqui embaixo, na terra, que é o domínio terrestre do reino de Cristo. — Salmo 2:8; Daniel 2:35, 45.
36. Este “reino” foi preparado para a “grande multidão” de “outras ovelhas” desde a fundação de que mundo, e como?
36 Esta terra será um lugar grandioso em que viver, debaixo de tal rei como o Senhor Jesus Cristo, junto com seus glorificados 144.000 co-regentes. Como, porém, foi o “reino” neste sentido “preparado” para tal “grande multidão” de pessoas como ovelhas, “desde a fundação do mundo”? No sentido de que o Pai celestial, o Criador, tencionava isso para eles “desde a fundação do mundo”. Isto não se refere à fundação de nosso planeta terra. Refere-se ao mundo da humanidade. Foi depois da criação de Adão e Eva em perfeição, no Jardim do Éden. Adão não foi feito rei, e Eva não foi feita rainha. Adão não foi feito rei sobre toda a criação animal dos animais terrestres e anfíbios, peixes e aves. Em Jó 41:34, Jeová chama o leviatã de “rei sobre todas as feras majestosas”. Tampouco Adão havia de ser rei sobre todos os seus descendentes humanos. Os reis só vieram à existência na terra após o dilúvio dos dias de Noé e a partir de Ninrode, caçador intrépido, que fundou Babel ou Babilônia, no vale da Mesopotâmia. (Gênesis 10:8-10) Os descendentes de Adão não nasceram num reino de Adão. Adão e Eva mesmos não constituíram um “mundo”.
37. (a) Quando e como foi fundado aquele mundo? (b) Como é que o “reino” foi preparado desde aquela fundação?
37 No entanto, quando Adão e Eva, fora do Jardim do Éden, do qual haviam sido expulsos sob a sentença da destruição, começaram a ter filhos, então se fundou um “mundo”, quer dizer, o mundo da humanidade. Estes filhos, embora nascidos em pecado e em imperfeição, e sob a condenação à morte, vieram a estar sob a oportunidade expressa nas palavras de Jeová à serpente no Éden, depois de ela ter induzido Adão e Eva ao pecado: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele [o descendente da mulher] te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar” (Gênesis 3:14, 15) Com o passar do tempo, Jeová Deus deu mais informações a respeito deste Descendente misterioso, que obteria a vitória sobre a Serpente simbólica, Satanás, o Diabo. O Descendente vitorioso havia de tornar-se Rei sobre toda a humanidade. Portanto, quando começaram a nascer filhos com a oportunidade de vir a estar sob o reino estabelecido do Descendente, a promessa de Jeová entrou em vigor para com o mundo da humanidade que acabava de ser fundado. Assim se mantinha em reserva o “reino” “preparado” para os habitantes da terra “desde a fundação do mundo”. — Veja Lucas 11:50, 51.
FEITO A “UM DOS MÍNIMOS DESTES MEUS IRMÃOS”
38. Como é a surpresa dos da “grande multidão” de semelhantes a ovelhas, diante do convite do rei explicada pelas palavras do rei?
38 Na parábola profética, quando o Rei convidou os das “ovelhas” a ‘herdar o reino preparado’ para eles desde a fundação do mundo, eles ficaram surpresos. Jesus disse-nos: “Então, os justos lhe responderão com as palavras: ‘Senhor, quando te vimos com fome, e te alimentamos, ou com sede, e te demos algo para beber? Quando te vimos como estranho, e te recebemos hospitaleiramente, ou nu, e te vestimos? Quando te vimos doente, ou na prisão, e te fomos visitar?’ E o rei lhes dirá, em resposta: ‘Deveras, eu vos digo: Ao ponto que o fizestes a um dos mínimos destes meus irmãos, a mim o fizestes.”’ — Mateus 25:37-40.
39. São chamados de “justos” por causa de seus atos atenciosos para com o Rei, ou por quê?
39 É notável que Jesus chama a tais semelhantes a ovelhas de “justos”. Sua aparência justa perante ele não se deve exclusivamente a que lhe fizeram todas as coisas atenciosas que ele mencionou. Estes semelhantes a ovelhas não são justificados ou declarados justos à base de suas próprias obras, assim como tampouco são os 144.000 co-herdeiros de Cristo. O que valeu primariamente é o que se evidenciou por tentarem fazer o que podiam a favor de Cristo, segundo se apresentava a situação, a saber, sua fé nele como o Messias ou Cristo de Deus. Reconheciam que não tinham em si mesmos nenhuma justiça inteiramente agradável a Deus. Em harmonia com isso, aproveitaram-se do sangue propiciatório do Cordeiro sacrificial de Deus, Jesus Cristo. (João 1:29, 36) Para obterem uma aparência justa perante Jeová Deus, como que lavaram suas simbólicas vestes compridas. Isto é trazido à nossa atenção na visão que João teve a respeito da “grande multidão”.
40. Como é que os da “grande multidão” de “outras ovelhas” limpam sua aparência má perante Deus, e onde e como prestam serviço sagrado?
40 Para salientar que os desta “grande multidão” semelhantes a ovelhas são discípulos do Cordeiro Jesus Cristo e são adoradores no templo espiritual de Jeová Deus, o apóstolo João relatou a seguinte conversa que surgiu por causa da visão da “grande multidão”: “E, em resposta, uma das pessoas mais maduras [anciãos] me disse: ‘Quem são estes que trajam compridas vestes brancas e donde vieram?’ Eu lhe disse assim imediatamente: ‘Meu senhor, és tu quem sabes.’ E ele me disse: ‘Estes são os que saem da grande tribulação, e lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro. É por isso que estão diante do trono de Deus, e prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo.”’ (Revelação 7:13-15) Por isso é essencial que lavem no sangue derramado de Cristo a sua aparência má perante Deus, por exercerem fé, além de prestar serviço sagrado a Deus no templo espiritual dele, por fazerem a favor do Cordeiro Jesus Cristo o que a oportunidade oferecer. Assim, Jesus podia falar deles apropriadamente como sendo “justos”.
41. (a) O que indicam estas “ovelhas” justas a respeito da parusia por perguntarem repetidas vezes: “Quando te vimos”? (b) Neste respeito, por que tinha de ser a parusia um período extenso?
41 Por repetidamente dizerem: “Quando te vimos?” ao indagarem sobre as coisas que o Rei Jesus Cristo disse que lhe fizeram, os justos semelhantes a ovelhas tornam evidente que não o viram na carne. Isto é assim, porque a sua presença ou parusia régia é invisível aos olhos humanos, sendo ele agora aquele “a quem nenhum dos homens têm visto nem pode ver”. Sua parusia tinha de ser uma presença invisível prolongada, para eles lhe fazerem de modo indireto todas as coisas que mencionou. Então, como foi a ele que fizeram tais coisas amorosas? Jesus explicou:
42. De que modo lhe fizeram tais coisas indiretamente, conforme o rei diz às “ovelhas”?
42 “E o rei lhes dirá, em resposta: ‘Deveras, eu vos digo: Ao ponto que o fizestes a um dos mínimos destes meus irmãos, a mim o fizestes.”’ — Mateus 25:40.
43. Durante a sua parusia, o Rei Jesus Cristo tem na terra um restante de quem? Como falou sobre eles no dia de sua profecia e no dia da ressurreição?
43 Durante o tempo de sua parusia ou presença invisível como Rei entronizado, Jesus Cristo, o Filho do homem, tem na terra um restante de seus irmãos espirituais, visíveis na carne. Anteriormente, no mesmo dia em que contou a parábola das ovelhas e dos cabritos, Jesus mencionou estes “irmãos” ao dizer: “Não sejais chamados Rabi, pois um só é o vosso instrutor, ao passo que todos vós sois irmãos. Além disso, não chameis a ninguém na terra de vosso pai, pois um só é a vosso Pai, o Celestial. Tampouco sejais chamados ‘líderes’, pois o vosso Líder é um só, o Cristo.” (Mateus 23:8-10) Cinco dias depois de contar a parábola, o ressuscitado Senhor Jesus apareceu a diversas mulheres, no dia de sua ressurreição, e disse-lhes: “Não temais! Ide, relatai isso a meus irmãos, a fim de que vão para a Galiléia; e ali me verão.” — Mateus 28:9, 10.
44. (a) Como falou Jesus sobre estes irmãos a outra mulher, no dia da ressurreição? (b) O que diz Hebreus 2:10-12 sobre a altitude de Jesus para com estes irmãos?
44 No dia da sua ressurreição, ele apareceu também a Maria Madalena e falou sobre seus irmãos espirituais, dizendo-lhe: “Vai aos meus irmãos e dize-lhes: ‘Eu ascendo para junto de meu Pai e vosso Pai, e para meu Deus e vosso Deus.”’ (João 20:17) Haverá finalmente 144.000 destes irmãos espirituais, que compartilharão a glória celestial com Jesus Cristo, seu irmão espiritual mais velho. O escritor inspirado de Hebreus 2:10-12 estende-se sobre o fato de haver estes irmãos espirituais de Cristo, nas seguintes palavras: “Era próprio que aquele, para quem são todas as coisas e por intermédio de quem são todas as coisas, trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse por sofrimentos a Agente Principal da salvação deles. Porque tanto aquele que santifica como os que estão sendo santificado, provêm todos de um só [Pai], e por esta causa ele não se envergonha de chamá-los ‘irmãos’, dizendo: ‘Declararei o teu nome a meus irmãos; no meio da congregação louvar-te-ei com cântico.”’ Estes “ir. mãos” são membros do “descendente” de Abraão, o hebreu; e a fim de ajudá-los à glória celestial, o Filho celestial de Deus tornou-se homem igual a eles. Por conseguinte, está escrito:
45. Para que fim foi Jesus tornado igual aos seus irmãos espirituais?
45 “Ele realmente não auxilia em nada os anjos, mas auxilia o descendente de Abraão. Conseqüentemente, ele estava obrigado a tornar-se igual aos seus ‘irmãos’ em todos os sentidos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas referentes a Deus, a fim de oferecer sacrifício propiciatório pelos pecados do povo.” — Hebreus 2:16, 17.
46. O Rei Jesus Cristo aprecia os que ajudam especificamente a quem, e por quê?
46 Assim como o próprio Rei Jesus Cristo, quando esteve na terra como homem perfeito, procurou auxiliar seus irmãos espirituais, assim aprecia todos os que fazem algum esforço para auxiliar seus irmãos espirituais, que se tornam co-herdeiros celestiais dele. O que tais auxiliadores bondosos fazem aos seus “irmãos” é contado por ele como feito a ele próprio. Os que dão tal auxílio são comparados por ele a ovelhas. Não são elogiados por serem apenas filantrópicos ou humanitários em sentido geral, fazendo o bem a qualquer deles ou a todos, sem consideração de quem são, indiscriminadamente. Muitas vezes, os que são filantrópicos e humanitários têm medo de fazer especificamente o bem aos irmãos espirituais de Cristo no meio dos sofrimentos destes na terra. Qualquer sinal de compaixão com os “irmãos” de Cristo traz a desaprovação e o criticismo da parte dos que são contra os “irmãos” de Cristo e que causam a estes “irmãos” de Cristo muito sofrimento, até mesmo encarceramento.
47. Conforme declarado por Jesus, por que têm mérito especial os atos de auxílio por parte das “ovelhas” justas?
47 Antes, aqueles que o parabolista Jesus chamou de “ovelhas” e de “justos” fazem destemidamente uma distinção. De modo inteligente e proposital, fazem o bem aos “irmãos” de Cristo porque reconhecem que estes são tais. Crêem que estes “irmãos” imitam a Jesus Cristo e fazem a obra que lhes ordenou fazer. É por este motivo que seus atos de auxílio aos irmãos de Cristo têm um mérito especial aos olhos dele, por que atos desta espécie têm verdadeira motivação cristã. Tal conceito dos assuntos foi esclarecido por Jesus aos seus apóstolos, quando disse: “Quem não é contra nós, é por nós Porque quem vos der um copo de água a beber em razão de pertencerdes a Cristo, deveras, eu vos digo que de nenhum modo perderá a sua recompensa.” (Marcos 9:40, 41) “E aquele que der a um destes pequenos ainda que seja um copo de água fria a beber, porque ele é discípulo, deveras, eu vos digo, de nenhum modo perderá a sua recompensa.” — Mateus 10:42.
TOMAM SUA POSIÇÃO AO LADO DOS “IRMÃOS” DO REI
48. (a) Antes e depois de 1935 E. C., passaram os irmãos espirituais de Cristo na terra por aquilo que ele descreveu? (b) As “ovelhas” que prestaram auxílio fizeram isso com que conhecimento e apreço?
48 Os registros históricos revelam que, durante a sua obra de pregação das boas novas do reino de Deus e de fazer discípulos de pessoas de todas as nações, até o ano de 1935 E.C. e depois, os “irmãos” espirituais de Cristo literalmente sofreram fome e sede, precisavam de roupa, foram estranhos e ficaram sem lar, ficaram doentes e até mesmo foram encarcerados injustamente. Não só os seus próprios “irmãos” espirituais vieram em auxílio deles, mas também outros, não gerados pelo espírito de Deus como “irmãos” de Cristo. Estes últimos não agiram em mera ignorância de quem eram estes cristãos sofredores e necessitados, e da falta de popularidade destes perseguidos. Ao contrário, reconheceram que estes eram “embaixadores’’ do reino messiânico de Deus e quiseram dar evidência concreta de que tomaram sua posição do lado do reino de Deus.
49, 50. (a) Como aceitam estas “ovelhas”, que não são israelitas espirituais, a pregação do Reino e a quem se juntam? (b) Concordemente, nos nomes de quem são batizados, ligando-se assim a quem?
49 Estes semelhantes a ovelhas demonstraram assim sua fé em Jesus Cristo como Rei reinante. Alegraram-se com a pregação das boas novas do já estabelecido reino de Deus e desejam dar pleno apoio a ele. Aceitaram “embaixadores” do Reino e foram batizados em água, também como discípulos de Cristo, obedecendo aos ensinos dele. (2 Coríntios 5:20; Mateus 24:14; 28:19, 20) Neste proceder assim adotado, até agora, por tais semelhantes a ovelhas que não são israelitas espirituais, cumpre-se atualmente a profecia de Zacarias 2:11: “Naquele dia certamente se ajuntarão muitas nações a Jeová e tornar-se-ão realmente meu povo; e eu vou residir no teu meio.” — Tradução do Novo Mundo; Brasileira.
50 Estes semelhantes a ovelhas, de “muitas nações”, de 207 países e ilhas, segundo os relatórios atuais, não só são batizados no nome do Filho e do espírito santo, mas também no nome do Pai, o Pai do Filho, que é Jeová. Não crêem apenas no Filho, desconsiderando o Pai. Não só ‘crêem no Senhor Jesus’, para ser salvos, mas forçosamente também reconhecem que “todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo”. (Atos 16:31; 2:21; Romanos 10:13) Por isso invocam o nome de Jeová e são batizados em nome Dele. ‘Ajuntam-se’, dedicam-se a Jeová, a fim de se tornar povo Dele. Abandonam os deuses falsos, aos quais antes eram dedicados. (Oséias 9:10) Ficam irrevogavelmente apegados a Jeová Deus, o Pai, por intermédio de Jesus Cristo.
51, 52. (a) Ao serem batizados assim, com quem são comparadas estas “ovelhas” em Zacarias 8:20-23? (b) Quem é o “judeu”, cuja aba da veste agarram?
51 Na sua dedicação de si mesmos a Jeová, mediante Cristo, estes semelhantes a ovelhas são representados na profecia de Zacarias, nas seguintes palavras: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Ainda será que virão povos e os habitantes de muitas cidades; e os habitantes de uma cidade certamente irão ter com os de outra, dizendo: “Vamos seriamente para abrandar a face de Jeová e para procurar a Jeová dos exércitos. Eu mesmo vou ir também.” E muitos povos e poderosas nações virão realmente para procurar a Jeová dos exércitos em Jerusalém e para abrandar a face de Jeová.’ Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Naqueles dias, dez homens dentre todas as línguas das nações agarrarão, sim, agarrarão realmente a aba da veste dum homem judeu, dizendo: “Iremos convosco, pois ouvimos que Deus está convosco.””’ — Zacarias 8:20-23.
52 No cumprimento desta profecia, o homem cuja aba é agarrada por estes homens de “todas as línguas das nações” é judeu espiritual, a saber, um dos 144.000 israelitas espirituais mencionados em Revelação 7:4-8, logo antes da visão de João a respeito da inúmera “grande multidão”, cujos membros saem de “todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”.
53. (a) Especialmente desde que ano é que estes “dez homens”, falando as línguas de muitas nações, têm agarrado a aba da veste dos judeus espirituais? (b) Naquele ano, os judeus espirituais já levavam que nome distintivo?
53 Durante a presença ou parusia do Rei Jesus Cristo, desde o ano de 1914 E.C., tem havido apenas um restante de tais judeus espirituais na carne, na terra. Foi especialmente a partir do ano de 1935, depois da identificação de quem compunha a “grande multidão” de louvadores de Deus e de seu Cordeiro, que os “dez homens”, falando as línguas de muitas nações, começaram a humilhar-se como que por segurar a aba da veste de alguém e a oferecer-se voluntariamente a ir com o judeu espiritual ao centro da adoração de Jeová dos exércitos. Naquele ano de 1935, estes judeus espirituais já haviam levado o nome bíblico de “testemunhas de Jeová” por quatro anos, de modo que não houve engano quanto a que espécie de cristãos eram.
54. Como foi predito em Isaías 2:2-4 que estes das “ovelhas” se juntariam a Jeová e procurariam adorá-lo?
54 Que nestes últimos dias muitos dos que não fazem parte do restante dos judeus ou israelitas espirituais se juntariam em dedicação a Jeová, como Deus, e procurariam adorá-lo no seu templo espiritual também foi predito nas seguintes palavras belas do profeta Isaías: “Na parte final dos dias terá de acontecer que monte da casa de Jeová ficara firmemente estabelecido acima do cume dos montes e certamente se elevará acima dos morros; e a ele terão de afluir todas as nações. E muitos povos certamente irão e dirão: ‘Vinde, e subamos ao monte de Jeová, à casa do Deus de Jacó; e ele nos instruirá sobre os seus caminhos e nós andaremos nas suas veredas.’ Pois de Sião sairá a lei e de Jerusalém a Palavra de Jeová. E ele certamente fará julgamento entre as nações e resolverá as questões com respeito a muitos povos. E terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra.” — Isaías 2:2-4.
55. (a) À luz das profecias precedentes, o que torna alguém uma “ovelha” com situação ‘justa’ perante Deus e Cristo? (b) Quanto enaltecem a adoração de Jeová?
55 Quando tomamos em consideração todas estas profecias bíblicas que se aplicam ao tempo atual, o tempo da presença ou parusia de Cristo, junto com a parábola das ovelhas e dos cabritos, o que podemos ver? O seguinte: que não é o caso de se fazer o bem a um dos irmãos espirituais de Cristo sem o saber e por acaso, que torna alguém uma “ovelha” com situação ‘justa’ perante Deus e seu Rei messiânico. Os da classe das “ovelhas” sabem o que estão fazendo, embora não vejam o Rei reinante, o filho do homem, com seus olhos literais. Dão o devido reconhecimento aos “irmãos” espirituais dele, mesmo “a um dos mínimos destes [seus] irmãos”, e por este motivo especial empenham-se em ajudá-los, não só de modo material e físico, mas também de modo espiritual por se juntarem a eles na pregação destas “boas novas do reino” e na obra de ensino bíblico, que resulta em se fazer discípulos de Cristo. Sabem que os “irmãos” de Cristo estão enaltecendo a adoração de Jeová acima de tudo o mais, e acompanham-nos ao templo espiritual de Jeová para adorar, preenchendo os elevados requisitos para isso.
56. (a) Qual é a situação destas “ovelhas” quanto a lutarem com os “irmãos” de Cristo por vários motivos divisórios? (b) Preferem ser amigos de quem, e como mantêm as suas “compridas vestes”?
56 Visto que os semelhantes a ovelhas desejam ajudar e fazer o bem aos “irmãos” espirituais de Cristo, não os combatem por qualquer motivo, nacional, racial, tribal, político, cor da pele, cultural ou lingüístico. Junto com os “irmãos” de Cristo, tomam sua posição a favor da absoluta neutralidade nos conflitos e controvérsias violento destrutivos e sanguinários deste mundo fortemente armado. Preferem antes ser amigos dos “irmãos” de Cristo, que “não fazem parte do mundo”, do que usufruir a “amizade com o mundo.” (João 17:14, 16; Tiago 4:4) Por isso preferem sofrer com os irmãos de Cristo, as mãos deste mundo hostil, para manter sua integridade cristã para com Deus e também mostrar-se verdadeiros discípulos de Cristo. Mantêm limpas as suas “compridas vestes”, lavadas no sangue de Cristo.
57. (a) Que proporção entre judeu e adorador não-judaico apresenta Zacarias 8:23? (b) Lá em 1935 E.C., em quanto se calculava a população religiosa do mundo, em comparação com quantas testemunhas de Jeová?
57 Profetizar Zacarias 8:23 que “dez homens dentre todas as línguas das nações” agarrariam a aba da veste dum judeu espiritual ou israelita espiritual indica que tais homens de todas as nações, que se humilham, excederiam o restante dos judeus ou israelitas espirituais. A proporção seria como de dez para um. Isto tem realmente acontecido desde o ano de 1935 E.C. Naquele ano histórico, a população mundial dos grupos religiosos, cristãos e não-cristãos, foi calculada em 1.849.185.359. (The World Almanac and Book of Facts, de 1936, do World-Telegram de Nova Iorque, página 419) Naquele mesmo ano, o número de testemunhas de Jeová que relataram atividade no ministério de campo em todo o mundo ascendeu a menos de 60.000. Qual tem sido o aumento da população do mundo desde então?
58. Desde 1935, até que ponto aumentou a população religiosa do mundo e também a população em geral?
58 Segundo o Almanaque Mundial e Livro de Fatos de 1973 (em inglês), página 343, a população religiosa do mundo foi dada como sendo de 2.661.120.100. Isto significa que, entre 1935 e 1973, a população religiosa do mundo não se duplicou. Agora, quanto à população mundial em geral, publicou-se no ano de 1935 um cálculo com nenhuma mudança desde o fornecido para o ano de 1927, a saber, 1.960.000.000. Segundo o Almanaque Mundial e Livro de Fatos de 1973, página 206, o cálculo da população mundial foi de 3.631.797.000. Assim, entre 1935 e 1973, a população do mundo não chegou bem a duplicar-se.
59. No ano de serviço ministerial de 1973/1974, até que ponto havia aumentado o número das testemunhas de Jeová?
59 No entanto, que dizer do aumento no número das testemunhas de Jeová? Seu ano de serviço ministerial começa em 1.º de setembro do ano calendar. Assim, durante o ano de serviço de 1973/1974, o número dos associados com as testemunhas de Jeová, regularmente ativos no ministério de campo, foi relatado como sendo de 1.880.713, em média, embora durante aquele ano de serviço se atingisse o auge de 2.021.432 proclamadores do Reino. Que aumento no número das testemunhas de Jeová em comparação com o número delas lá em 1935!
60. (A) Como se determinou quantos destes eram judeus espirituais? (b) O que notamos, de tudo isso, quanto a pessoas subirem ao templo espiritual de Jeová para adorar? (c) Por isso, em que tempo vital devemos estar vivendo?
60 Mas, quantos dentre estas testemunhas cristãs de Jeová são judeus espirituais? Apenas 10.723. Estes se identificaram como israelitas espirituais por participarem do pão e do vinho emblemáticos na celebração anual da Ceia do Senhor, em 7 de abril de 1974, celebração na qual a assistência total, mundial, foi de 4.550.457. Nas 207 terras e ilhas do mar, nas quais as testemunhas cristãs de Jeová são ativas, há mais de 34.576 congregações em operação. O que observamos de tudo isso? O seguinte: que durante a parusia (presença) invisível de Cristo uma “grande multidão” de pessoas semelhantes a ovelhas, de todas as nações, tribos, povos e línguas, foi ajuntada à direita do Rei e se juntou ao pequeno restante dos israelitas espirituais em subir ao templo espiritual de Jeová para adorar a Ele como Deus. Este é um aspecto notável do “sinal” que prova que a “presença” ou parusia invisível do Senhor Jesus está em andamento e que vivemos na “terminação do sistema de coisas”. — Mateus 24:3.
[Nota(s) de rodapé]
a The World Almanac de 1915, na página 494, alista 64 países diferentes sob o título “Estatísticas dos Países do Mundo” e fornece o total da população do mundo como sendo de 1.691.741.383.
b Veja The Golden Age de 17 de julho de 1935, página 660, coluna 2.
c Apercebendo-se disso, The Watchtower de 1.º de maio de 1936 identificou a classe das “ovelhas” com a “grande multidão”, no artigo intitulado “Sobreviventes do Armagedom”, na página 140, parágrafos 47, 48.