Em progresso à libertação até os confins da terra
1. O gemido de quem ouve Jeová, e por que já é hora para ele atuar a favor deles?
ATÉ os confins da terra existe uma vasta prisão sôbre a qual preside a organização mundial de Satanás, Babilônia, mantendo o povo em escravidão politica, social, econômica, militar e religiosa. O Deus de amor ouve o gemido dos prisioneiros, amigos da liberdade, mais claramente do que qualquer outro, e ele levantou seu grande Servo, Cristo Jesus, revestindo-o de poder real com o devido fim de efetuar sua libertação. Já chegou o tempo para ele atuar, porque se aproxima cada vez mais a hora da destruição da grande Babilônia na batalha do Armagedon, e tôdas as pessoas que permanecerem em escravidão a ela e participarem dos seus pecados, serão destruídas junto com ela.
2. Como revelou Jeová em 1919 que ele estava interessado em Sião, e com que finalidade?
2 Em 1914 Jeová Deus honrou este Servo Jesus Cristo, instalando-o por rei em Sião. Semelhante á Sião da antiguidade em miniatura, esta Sião é a organização de Jeová. É, contudo, celestial, tendo uma parte visível na terra composta do restante de seus filhos espirituais, os israelitas interiormente. Ele cuida desta organização visível do Israel espiritual mais do que qualquer mãe terrestre cuida de seu filho que amamenta ao seio. Portanto, quando a organização visível parecia desolada além de reparação em 1918 e o poder da grande Babilônia sôbre ela parecia inquebrantável, Jeová enviou seu Servo para socorrê-la. Ele rompeu o poder do inimigo sôbre eles em 1919 e começou a libertar o restante aprisionado, a fim de que reassumissem a adoração livre e destemida a ele. Por amor de seu nome Jeová estava interessado em reorganizar seu povo liberto de Babilônia. Seu propósito era os recolher e unir numa organização que o inimigo jamais podia despedaçar, a fim de que a pura adoração continuasse.
3. Como se ilustra que Jeová não permitirá que sua adoração seja exterminada da terra por Babilônia?
3 Estejamos certos desta coisa única: Jeová não está permitindo que sua adoração seja obliterada da terra por Babilônia, a organização mundial do Diabo. Sua adoração já existia aqui antes de surgir Babilônia no dia de Nimrod, e sua pura adoração permanecerá aqui depois que a grande Babilônia fôr derrotada. Isto é certo assim como o é que o restante do antigo Israel sobreviveu á destruição da antiga Babilônia. E com igual certeza, as testemunhas de Jeová sobreviverão e estarão aqui depois que Roma, a cidade que seu bispo na Cidade do Vaticano chama “A Cidade Eterna”, caia na destruição eterna, e junto com ela Moscou e as outras sedes do domínio totalitário. Não passam de homens todos os ditadores e governadores tirânicos. Inevitávelmente chegarão ao seu fim no pó da terra, e isso em breve. Mas a adoração de Jeová na terra continuará para sempre.
4. A fim de ter uma organização para receber todos os na terra que o adorariam antes do Armagedon, que fez Jeová com seu restante?
4 É necessário que haja uma organização visível para receber todos os sôbre a terra que desejarem adorar a Jeová Deus em liberdade, antes da batalha do Armagedon. Por isso, de 1919 em diante, ele se serviu do seu grande Servo para restaurar o restante do Israel espiritual e os reorganizou para atuarem como suas testemunhas no momentoso período do após-guerra. Ele os limpou de tôdas as feias manchas religiosas que tinham adquirido enquanto estavam debaixo do poder e influência de Babilônia. Assim ele a fez uma organização limpa, digna de receber aqueles que abandonaram Babilônia em obediência a seu mandamento: “Retirae-vos, retirae-vos, sahi dahi, não toqueis cousa immunda; sahi do meio della; purificae-vos, os que levaes os vasos de Jehovah!” E desde que Jeová Deus tinha tomado seu grande poder e já reinava mediante seu Rei-Servo, Cristo Jesus, ele fez que seu povo reorganizado soubesse que a única organização atual para eles terem e por meio da qual servirem era a organização teocrática, não a democrática. Em virtude de seu arrependimento e volta a ele com fiel coração, Jeová constituiu o restante dos israelitas espirituais parte da sua classe do servo, debaixo de seu Servo Principal, Cristo Jesus. Dessarte eles podiam servir como o “escravo fiel e discreto” a quem Jesus tinha predito e a quem ele disse que designaria sôbre todos os seus bens visíveis terrestres, os interesses do Reino. —Isa. 52:11; Mat. 24:45-47, NM.
5. Mas seria ajuntado apenas o restante do Israel espiritual, e como sua idéia se assemelhou á do antigo restante judeu?
5 Mas seria o ajuntamento do povo à organização teocrática reedificada apenas daqueles que compusessem o restante do Israel espiritual? Os do restante original que sobreviveram às experiências da Primeira Guerra Mundial citavam o Salmo 50:5, “Reuni a mim os meus santos, os que commigo fazem alliança por meio de sacrifícios.” Pensavam que apenas esses santos seriam reunidos ou recolhidos antes do Armagedon, embora fôsse oportuno que desde 1918 publicassem a mensagem, “Milhões que Agora Vivem Jamais Morrerão.” Sugeriu-se ainda que talvez o recolhimento de tais santos espirituais findasse no ano de 1924, e depois disso ocorreria a glorificação celestial destes seguidores de Cristo ungidos e gerados do espírito. (Vide The Watchtower de 1 de janeiro de 1924, §11-32.) Há dezenove séculos os primitivos membros do restante judaico se inclinavam a pensar que se reuniriam as ovelhas do Pastor, Cristo Jesus, somente dentre a nação judia, os samaritanos e os prosélitos circuncisos. Por três anos e meio após a morte, ressurreição e ascensão de Jesus ao céu e após o derramamento pentecostal do espírito santo, eles limitaram a pregação sobre o Cristo exclusivamente a esses, e não entravam no lar dum gentio incircunciso para dizer-lhe as boas novas.
“A LUZ DOS GENTIOS”
6. Mediante que texto de Isaías 49 tinha Jesus melhor conhecimento do que essa idéia?
6 Mas o grande Servo de Jeová tinha maior conhecimento neste sentido. Já tinha feito referência indireta a isto antes de se despedir dos discípulos e ascender aos céus. (Luc. 24:45-49; Atos 1:6-9) Jesus sabia que as seguintes palavras da profecia de Isaías foram escritas particularmente a ele: “Sim, diz elle: Pouco é que sejas o meu servo para suscitares as tribus de Jacob e restaurares os que de Israel teem sido preservados; também te porei para a luz dos Gentios, afim de seres a minha salvação até os confins da terra. Assim diz Jehovah, o redemptor de Israel, e o Santo delle, ao que é desprezado dos homens, ao que é aborrecido da nação, ao servo dos que dominam: Reis bem como príncipes verão, se levantarão, adorarão, por causa de Jehovah que é fiel, por causa do Santo de Israel que te escolheu.” Não é de admirar, então, que no início do capítulo ele convida as ilhas, as costas, ou praias longínquas para ouvir e os povos de longe para escutá-lo! —Isa. 49:1, 6, 7
7. Como era “pouco” suscitar Jesus só as tribos naturais de Jacó e os preservados de Israel?
7 Como era “pouco” ou coisa demasiadamente leve ele suscitar só as tribos naturais de Jacó e restaurar só os que de Israel natural foram preservados? Porque apenas um pequeno restante de uns milhares dos judeus circuncisos aceitariam Cristo Jesus por Servo de Jeová para sua salvação, e esse restante não bastaria para completar os 144.000 membros preordenados do corpo de Cristo do qual Jesus é a Cabeça. (Apo. 7:4-8; 14:1, 3) Ademais, o sacrifício humano de Jesus não foi somente para os judeus naturais mas também para os não-judeus, homens de todas as espécies. Assim era necessário que Deus deixasse que a mensagem da salvação e as oportunidades de participar com Cristo Jesus no reino celestial fosse aos gentios. Então podiam crer e tornar-se israelitas espirituais pela fé em Deus e seu Cristo, e pela geração deles com seu espírito.
8. A quem pregou Jesus pessoalmente, e então que era necessário se ele havia de ser uma “luz dos gentios” e a salvação até os confins da terra?
8 Mas quando Jesus estava na terra como homem, judeu, ele limitou sua pregação aos judeus e samaritanos para que se lhes primeiro estendesse a oportunidade do Reino. Assim aqui de novo vemos a necessidade da classe do servo, se o Servo de Jeová vai ser a “luz dos Gentios” e Sua “salvação ate os confins da terra”. O Servo Principal teria de usar seus seguidores por embaixadores e os enviar as nações gentias, se viessem a tais nações incircuncisas a luz e a salvação. Ele começou a fazer isto quando enviou seu apóstolo Pedro ao lar do centurião italiano, Cornélio, em Cesaréia para pregar as boas novas relativas a Jeová e seu Cristo. Nessa ocasião “Deus pela primeira vez virou a sua atenção às nações para tirar do meio delas um povo para o seu nome.” Então a luz começou a irradiar-se aos gentios. —Atos 15:14; 10:1-48, NM.
9. Como a inspiração revela que esta profecia de Isaías inclui a classe do servo debaixo de Jesus?
9 Declara-se sob inspiração que a profecia de Isaías aqui acerca do Servo incluí de modo secundário a classe do servo debaixo da sua Cabeça, Cristo Jesus. O apóstolo Paulo e seu companheiro Barnabé assim aplicaram a profecia de Isaias quando a citaram aos judeus oponentes sem apreciação na sua sinagoga e disseram: “Era mister que a vós se falasse em primeiro lugar a palavra de Deus. Visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos viramos para as nações. Na realidade, Jeová nos impôs o mandamento nestas palavras, ‘Eu te designei para luz das nações, a fim de que sejas para salvação até a parte mais distante da terra.” —Atos 13:44-47, NM.
10. Por que foi necessário mostrar ao restante desde 1919 que esta parte da profecia de Isaias também se aplica a eles?
10 Não há duvida. Esta parte da profecia de Isaias se aplica também ao restante dos israelitas espirituais desde 1919. Mas no princípio não o compreenderam. Conforme já se observou, eles pensavam que a reunião dos adoradores de Jeová à sua organização teocrática incluiria somente a eles, a classe espiritual os santos no concerto. Até 1931 os esforços se centralizaram principalmente em unir os herdeiros do Reino para completar o restante do corpo de Cristo. Mas todos estes formavam um corpo de servo sob Jesus a Cabeça, e a classe do servo não se destina para servir apenas a si, mas a outros a quem Jeová Deus envia sua classe do servo. Então por meio da luz sobre as Escrituras Sagradas ele abriu devidamente os olhos do restante a fim de verem que lhes competia servir a outros além dos da classe do servo. Havia “outras ovelhas” que não eram do “pequeno rebanho” dos herdeiros do Reino e a essas o Justo Pastor Cristo Jesus disse que lhe importava reunir e trazer a fim de que elas formassem um só rebanho junto com o restante sob um só Pastor. —João 10:16.
11. Então que era necessário fazer quanto ás “outras ovelhas”, e por quê?
11 Havia uma grande turba destas outras ovelhas extraviadas e abusadas pelos falsos pastores dos sistemas religiosos babilônicos. Eram, na verdade, prisioneiras de Babilônia e estavam lá nas trevas religiosas mortíferas. A elas, também, era necessário que o grande Servo de Jeová dissesse, ‘Saí, mostrai-vos, vinde para fora á liberdade e á luz da verdade e do favor divino!’ Elas, também, precisavam vir à Sião e sujeitar-se à organização teocrática a fim de escapar da destruição no Armagedon. Conforme predisse o profeta Joel: “Todo aquelle que invocar o nome de Jehovah será libertado; pois no monte de Sião e em Jerusalém estarão os que escaparem, como disse Jehovah, e entre os sobreviventes aquelles que Jehovah chamar.” —Joel 2:32; Rom. 10:13.
12. (a) Que espécie de israelitas é o hodierno restante, portanto que são as outras ovelhas, falando-se relativamente? (b) Que é necessário dizer-lhes?
12 Notai agora como as Escrituras aplicam a profecia de Isaias para no-lo esclarecer. Há dezenove séculos, em comparação com o restante dos israelitas crentes, tôdas as nações incircuncisas às quais a mensagem devia ir, eram gentias naturalmente. Hoje, o restante que forma a classe do “escravo fiel e discreto” são israelitas espirituais. Comparadas com eles, as “outras ovelhas” do Pastor são gentias de tôdas as espécies, falando-se espiritualmente. Contudo as boas novas do reino estabelecido de Deus ainda têm de ir a estas outras ovelhas para soltá-las da escravidão e encarceramento no mundo babilônico do Diabo. À sua classe de servo à qual o hodierno restante pertence, Jeová diz: “Para dizeres aos presos: Saí; e aos que estão em trevas: Aparecei; eles pastarão nos caminhos, e em todos os lugares altos terão o seu pasto. Nunca terão fome nem sede, nem a calma nem o sol os afligirá; porque o que se compadece deles os guiará, e os levará mansamente aos mananciais das águas. E farei de todos os meus montes um caminho; e as minhas veredas serão exaltadas. Eis que estes virão de longe [do oriente], e eis que aqueles do norte, e do ocidente, e aqueles outros da terra Sinim [da terra meridional de Syenê, Mo; UTA]. Exultai, ó céus, e alegra-te tu, terra, e vós, montes, estalai de júbilo, porque o Senhor [Jeová] consolou o seu povo, e dos seus aflitos se compadecerá.” —Isa. 49:9-13, Al.
13. De que modo o Apocalipse representa as outras ovelhas como gentios?
13 Esta jubilosa profecia se estende agora às “outras ovelhas” do Pastor que têm de ser socorridas de Babilônia antes do Armagedon. Isto se nos revela no Apocalipse. João, o apóstolo, primeiro descreve sua visão da reunião e selagem dos 144.000 membros das doze tribos do Israel espiritual. Então diz: “Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de tôdas as nações e tribos e povos e línguas.” Isto faz desta uma multidão gentia, quando comparada aos 144.000 israelitas espirituais. Mas onde estão, e que estão fazendo? “Que estavam em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajando vestes brancas, e havia palmas nas mãos. E clamavam com voz alta, dizendo: ‘Salvação devemos ao nosso Deus, que está sentado sôbre o trono, e ao Cordeiro.’”
14. De onde vêm estas outras ovelhas, e que profecia se cita agora e aplica a elas?
14 Veio esta “grande multidão” á Sião e se submeteu à regência teocrática de Jeová que está sentado sôbre o trono celestial? Eles vieram, sim; pois uma das pessoas idosas identifica a turba a João e diz: “Estes são os que vêm da grande tribulação [isto localiza sua vinda entre 1919 e o Armagedon] e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e lhe prestam serviço sagrado dia e noite no seu templo [no monte Sião], e aquele que está sentado sôbre o trono estenderá a sua tenda sôbre eles.” E daí a pessoa idosa prossegue a citar Isaías 49:10 e o aplicar á “grande multidão” que assemelha a ovelhas, dizendo: “Nunca mais terão fome nem jamais terão sede, nem cairá sôbre êles o sol nem calor intenso, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e os conduzirá às fontes das águas da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos tôda lágrima.” —Apo. 7:9, 10, 14-17, NM.
NECESSIDADE DE MAIS TERRITÓRIO
15. Desde quando foi esclarecida a identidade da “grande multidão”, e como as estatísticas revelam que veio á Sião desde então?
15 A presente aplicabilidade da visão da “grande multidão” às outras ovelhas de tôdas as nações foi revelada ao restante do Israel espiritual em 1935. Para ilustrar como os rebanhos das “outras ovelhas” têm concorrido à Sião desde então, podemos dizer que nesse ano havia 20.786 ativos publicadores do Reino que relatavam nos Estados Unidos da América do Norte, em comparação com 135.356 em abril de 1951. Para facilitar sua vinda, Jeová lhes abriu caminho sôbre montanhescos obstáculos e lhes aterrou estradas através dos abismos. No caminho inteiro ele os apascentava e até nos outeiros que pareciam desnudados êle lhes achava pasto, sempre lhes suprindo a água viva da verdade da sua Santa Palavra.
16. De onde Jeová os trouxe, e que assembléias revelam seus números, causando grande admiração á Sião?
16 De tôdas as direções, conforme predisse a profecia, êle os trouxe ao único rebanho do seu Cordeiro, o Justo Pastor, do oriente e do ocidente, do norte e do sul, sim, do continente obscuro da África conforme representado pela terra meridional de Sinim ou Syenê (a moderna Assuã do Egito). Sião, representada na terra pelo restante dos israelitas espirituais, fica surpreendida. Ela não pode explicá-los, não os tendo esperado antes do Armagedon. “Por minha vida juro, diz Jehovah, que de todos estes te vestirás como dum ornamento, e te cingirás delles, á modo duma noiva.” (Isa. 49:18) Eis as demonstrações disto nas assembleias de circuito e de distrito das testemunhas de Jeová, nas suas assembleias nacionais e internacionais! Na assembléia internacional na cidade de Nova York em 1950 houve 123.707 assistentes á reunião pública de domingo, 6 de agosto, que tinham ouvidos atentos para ouvir o discurso “Podeis Viver para Sempre em Felicidade na Terra?” As nações e seus governadores desprezavam e repugnavam a classe do servo desde sua Cabeça Jesus Cristo até seu atual restante, e não é de se admirar que se assustem, espantados pela vista miraculosa. Ainda que os reis e príncipes o desgostem muito, contudo tem de admitir que Jeová, o Santo do Israel espiritual, tem sido fiel á classe do servo que ele escolheu. —Isa. 49:7.
17. Que exigiu isto no tocante à extensão da organização da surpreendida Sião?
17 É lógico que isto abarrotou a organização de pessoas, exigindo que ela se alargasse, que as companhias que cresciam demais fossem divididas, resultando na formação de novas companhias em outros locais para receber os recém-chegados e fornecer lugar para ainda mais entrarem e assim se incorporarem na organização com o objetivo de publicar a mensagem de libertação de Babilônia. “Pois,” diz Jeová á Sião, “quanto aos teus logares desertos e desolados, e á tua terra arruinada, agora tu, ó Sião, serás certamente estreita demais para os moradores; e os que te devoravam estarão longe. Ainda dirão em teus ouvidos os filhos de que fostes privados: Este logar é demasiadamente estreito para mim; dá-me espaço, em que eu habite. Então dirão no teu coração: Quem me gerou estes, visto que fui privada de meus filhos, e sou solitária, exilada e errante? estes, quem os criou? Eis que fui deixada sozinha; estes onde estavam?” Quão patética esta exclamação de surpresa materna de Sião ao ter esta inumerável multidão de filhos e seus leais companheiros de tôdas as nações, tribos, povos e línguas! (Isa. 49:19-21) Mas como Jeová efetua isto?
18. Como efetua Jeová isto, e antes de que destruição?
18 Escutai: “Assim diz o Senhor Jehovah: Eis que eu levantarei as minhas mãos para as nações, e arvorarei o meu estandarte para os povos; elles trarão teus filhos nos braços e tuas filhas sobre os ombros. Terás reis por teus aios, e as suas rainhas por tuas amas; deante de ti se inclinarão com o rosto em terra, e lamberão o pó dos teus pés; saberás que eu sou Jehovah, e que os que por mim esperam não serão envergonhados.” (Isa. 49:22, 23) Isto prova que esta profecia da libertação dos presos até os confins da terra tem de se cumprir agora antes da batalha do Armagedon enquanto existem nações, povos, reis e rainhas não-teocráticos.
19. Podem os sistemas e governadores terrestres reter essas ovelhas, e como eram semelhantes a aios e amas?
19 Mesmo enquanto os demônios da organização invisível satânica estão apressando as nações e seus governadores ao campo de batalha do Armagedon, estes sistemas e governadores terrestres não podem manter sujeito a eles o seu próprio povo de boa vontade ao ouvirem estes o convite á libertação procedente do grande Servo de Jeová, Saí! Mostrai-vos! Emergi à liberdade e à luz! Apesar de mobilizarem estes povos por medidas ditatoriais, são obrigados a ceder as “outras ovelhas” á organização teocrática de Sião. Como aios e amas governavam estas pessoas de boa vontade com o único fim de aprontá-las no devido tempo para entrega á organização de Jeová. São obrigados a curvar-se e admitir a derrota dos seus iníquos esforços para impedir toda esta congregação ao Sinal que Jeová alçou.
20. Que é o Sinal, e qual é a evidência de que está dominando e de que Jeová é Deus que não desaponta?
20 Este Sinal é seu Rei Jesus Cristo, seu grande Servo da Libertação, a quem ele levantou ao trono em 1914 para dominar no meio dos seus inimigos. (Isa. 11:10-12; Apo. 12:5; Sal. 110:1, 2) Um modo pelo qual ele manifesta que domina no meio dos seus inimigos é soltar os prisioneiros que eles mantem encarcerados dentro dos seus sistemas de contrôle e, como Pastor, conduzí-los à Sião para adorar a Jeová Deus no seu templo ali. Desse modo Sião expande seu território até nas terras que estão sujeitas ao regime ditatorial e totalitário; e Cristo Jesus o Rei assim mostra que todos os governadores da terra, tanto poderosos como fracos, estão debaixo de seus pés como escabelo. Por fazer ele que Sião transborde de filhos, dá-se a ela, e mormente a seu restante sôbre a terra, a evidencia para mostrar que Jeová é Deus e aqueles que esperam para ele atuar no seu tempo designado não serão envergonhados por serem desapontados.
21. Que precisam fazer agora a classe do servo e seus associados, e até que consecução?
21 Sois membro da classe do servo, ou sois uma das “outras ovelhas” cooperando com a classe do servo? Então sede fortes, confiando na Palavra de Deus e avançai á obra que ele confiou ao seu servo para fazer neste tempo. O Deus Jeová Todo-poderoso está com seu grande Servo ao soltar os presos que ainda restam para ser libertos, e a obra da libertação já em progresso continuará aos confins da terra até que se liberte o último deles e este se empenhe na adoração e serviço de Jeová no seu templo em Sião.
22. Que declaração divina revela se é possível extrair mais ovelhas, especialmente sob o domínio totalitário?
22 Não penseis que não é possível tirar mais, especialmente de debaixo da regência totalitária. “Acaso tirar-se-á a presa ao forte, ou serão libertados os que são legalmentea captivos [do tirano, UTA; Mo; Maredsous]? Mas assim diz Jehovah: Certamente os captivos serão tirados ao forte, e a presa do tyrano será libertada; porque eu contenderei com o que contendo comtigo, e salvarei teus filhos. Os que te opprimem alimentarei com as suas próprias carnes; e com o seu próprio sangue elles se embriagarão como com o mosto. Toda a carne saberá que eu, Jehovah, sou o teu salvador, e que o teu redemptor é o Poderoso de Jacob.” —Isa. 49:24-26.
23. Por que meios e métodos, então, prossegue a obra e se espalha o trabalho de libertação ate os confins da terra?
23 Ninguém diga, então, “Não pode ser feito! Não pode continuar!” Este mundo militarizado, com suas leis de conscrição e treinamento militar universal, não pode impedir a obra do Servo de Jeová, a de libertar os presos. Tão pouco o podem os ditadores totalitários opressivos, quer atrás da “cortina de ferro” quer fora. O socorro daqueles de quem fazem presa e que mantiveram cativos se efetua debaixo de seus próprios narizes, quer seja por métodos subterrâneos ou abertos. Os serviços públicos que todos esses governadores prestam ao povo, e pelos quais de direito ‘pagamos a César o que é de César’, estas coisas a classe do servo usa para efetuar a obra de Jeová, congregando suas “outras ovelhas” agora ao lado do seu governo teocrático. Precisa-se mais espaço para os filhos de Sião, o qual está sendo adquirido. Mas não por agressão militar e injusta usurpação, invadindo e apoderando-se dos terrenos alheios por fôrça e violência. Não; mas pela expansão pacífica, com as boas novas da paz. Por isso os que acham que não há bastante lugar para eles saem como missionários nacionais e como missionários no exterior a outros territórios e a outros países e ali estabelecem povoações para a adoração de Jeová. Assim a obra da libertação se alastra até os confins da terra.
24. Que Jeová obrigará seus opositores a fazer, e fará com que tanto eles como nós reconheçamos com respeito a ele?
24 Com os que contendem conosco Jeová Deus prometeu contender. Isto quer dizer que ele está do nosso lado e nos apoia. Na batalha do Armagedon ele confundirá os nossos opressores e oponentes. Ele os manobrará para que contendam uns contra os outros, assim se destruindo mutuamente. Assim acontecerá que comerão a carne e beberão o sangue uns dos outros, o qual não se dará pela transfusão sanguínea médica no esforço de salvar-lhes a vida. A conclusão final será que toda a carne — os nossos inimigos enquanto ainda estiverem vivos na carne, e nós, também — seremos obrigados a saber que Jeová é o único Salvador de seu povo, daqueles que vierem a Sião. Se aderirmos a ele e o servirmos junto com seu grande Servo Cristo Jesus, não resta a mínima dúvida de que seremos finalmente libertos por completo. Não há poder diabólico que o impeça antes de havermos tido o privilégio de libertar os demais.
25. Então que atual honra elevada é a nossa, e até que ponto devemos participar dela?
25 Que honra é libertar da prisão o povo de Jeová! Ao clímax da Segunda Guerra Mundial as tropas aliadas talvez se julgassem grandemente honradas e privilegiadas em soltar as vítimas dos campos de concentração e prisões nazistas. Mas agora que privilégio e honra mais elevados é soltar as vitimas do cárcere de Babilônia, e faze-lo por meios pacíficos mediante o Reino, e tudo isso a fim de que possam adorar e servir a Jeová Deus no monte Sião! Por conseguinte, em profunda apreciação e com corajosa confiança no Deus Todo-poderoso, prossigam a classe do servo e seus leais companheiros na obra de libertação até os confins da terra. O triunfo final de Sião sôbre todos os inimigos e opositores está absolutamente certo, junto com um justo novo mundo de liberdade sem fim.
[Nota de Rodapé]
a O Rôlo de Isaías do Mar Morto (DSIa) em hebraico, do segundo século A. C., reza “do tirano” aqui, e não “legalmente”; também a antiga Versão Siríaca e a Versão Vulgata latina; e a Versão dos Setenta em grego expressa essa idéia.