Regozijar-se no Deus da verdadeira adoração
“Feliz é a nação cujo Deus é Jeová, o povo a quem escolheu como sua herança. Pois nele se regozijam os nossos corações; pois em seu santo nome depositamos nossa confiança.” — Sal. 33:12, 21.
1. Como é que a situação mundial hodierna é um parelelo da existente há 2.700 anos atrás?
RECUEMOS as páginas da História cerca, de 2.700 anos. Quase três milênios! — exclama alguém. O que naqueles dias e naquela época poderia interessar a nós, modernos, deste sabido século vinte? Há realmente muita coisa de interesse para nós. Pois a situação mundial crítica da atualidade, com suas temíveis possibilidades, encontra notável parelelo na ameaça que o antigo Império Assírio representava para todas as outras nações naquele ápice de seu poder. As emoções inflamadas do nacionalismo atingiam o ponto de fervura. E, nesta era nuclear, as potências radicais e ditatoriais de novo assolam a terra com o fermento da desunião nacionalista. Assim, a mesma questão fica então em foco, como no dia do orgulhoso Assírio: Quem poderá enfrentar com êxito o desafio do nacionalismo, e sobreviver?
2, 3. (a) Em que sentido foi notável o reinado de Ezequias? (b) Nos salmos ajuntados por Ezequias, quem e o que são exaltados, e com que sentido profético?
2 Foi no oitavo século A. E. C. que o Império Mundial Assírio atingiu o zênite de poder. Foi nesse período, também, no ano 745, que Ezequias, como Davi e Salomão antes dele, veio a sentar-se “no trono de Jeová como rei” em Jerusalém. “E continuou a fazer o que era reto aos olhos de Jeová, segundo tudo que fizera Davi, seu antepassado.” (2 Reis 18:3; 1 Crô. 29:23; 2 Crô. 29:2) Dava de todo o coração seu apoio à adoração verdadeira de Jeová. Ajuntou muitos dos salmos em forma de livro, para a adoração no templo, inclusive os compostos por Davi. O próprio Ezequias talvez tenha escrito o Salmo 33, acima citado, bem como outros salmos que parecem exaltar a Jeová por causa de seu triunfo sobre o Assírio.
3 Estes salmos atingem sublimes alturas em louvar a Jeová como o grande Libertador. Exaltam a verdadeira adoração como o caminho para a salvação e para a felicidade duradoura. Sem comparação é o Rei eterno, Jeová, e quão abençoada é a cidade de sua verdadeira adoração! “Jeová é grande, e muito digno de ser louvado na cidade de nosso Deus, em seu santo monte. Lindo quanto à elevação, a exultação de toda a terra, é o Monte Sião, dos lados remotos do norte, a cidade do grandioso Rei. Em suas torres habitacionais o próprio Deus se tornou conhecido como altura segura.” Por meio da libertação miraculosa de sua nação amada nos dias de Ezequias, Jeová fornece uma antevisão profética de como salvará os verdadeiros adoradores das garras dos opressores nacionalistas desta era moderna, para o louvor de seu nome. — Sal. 48:1-5, 10.
A AMEAÇA DO NACIONALISMO
4, 5. (a) Que ameaça confrontava as nações no tempo de Ezequias? (b) Que correspondente tem atualmente o agressivo Assírio?
4 Sendo a segunda na série de potências mundiais da História bíblica, a Assíria era cruel e agressiva. O profeta de Jeová, Naum, chamou a capital dela, Nínive, de “cidade sanguinária”, e assemelhou-a a uma prostituta “que enganava as nações . . . com seus sortilégios”. (3:1, 4, CBC) No tempo de Ezequias, apenas Tiraca, o egipto-etíope rei do sul, apresentava qualquer ameaça à supremacia assíria. Entre a Assíria e o Egito estavam as nações da Síria, Israel (Samaria), Filístia, Moabe, Amom e outras, nenhuma delas sendo suficientemente forte para resistir, até mesmo com a ajuda de seus deuses pagãos. Mais cedo ou mais tarde, um ou outro dos sucessivos governantes tirânicos da Assíria as transformou em satélites da guerra fria, ou, de outra forma, as sobrepujou na guerra quente e transplantou seu povo para outros territórios dentro do domínio da Assíria.
5 Olhe, então, para os tempos modernos. Será que encontramos algo correspondente ao agressivo Assírio? Certamente que encontramos! O nacionalismo ditatorial acha similar expressão nas potências sucessivas do “rei do norte”, notàvelmente o Kaiser alemão, o Hitler nazista, e agora, os ditadores comunistas.a Ademais, o nacionalismo se dissemina como videira venenosa pelas Américas, pelas recém-formadas nações africanas e por toda a Ásia. Jamais foi tão grande na terra o problema das pessoas deslocadas. Agressivo e desarrazoado, o nacionalismo estimula os fervores emocionais. Como resultado, os 3.300.000.000 de habitantes da terra estão sendo divididos em segmentos segundo a nação onde acontece terem nascido. Estão sendo escravizados ao estado.
6. Segundo certa autoridade, como é que o nacionalismo tem-se tornado uma barreira de estrada?
6 Os estudantes dos assuntos mundiais despertam-se quanto ao perigo impôsto pela onda crescente de nacionalismo. Um destes é o historiador britânico, Arnold Toynbee, que escreveu um artigo exclusivo para o Yomiuri Shimbun de Tóquio, de 1.° de janeiro de 1965. Este foi publicado sob uma manchete de cinco colunas, “Nacionalismo Ameaça a Sobrevivência da Raça Humana na Era Atômica”, e dizia em parte:
“Não seria nenhum exagero dizer que o nacionalismo é, hoje em dia, 90 por cento da religião de 90 por cento da humanidade. O nacionalismo é a mais potente das três ideologias atuais. Os comunistas e os capitalistas concordam em serem nacionalistas primeiro de tudo e acima de tudo . . . Esta devoção suprema ao nacionalismo é hoje em dia compartilhada não s6 pelos comunistas e capitalistas, mas também pelos ocidentais e não-ocidentais, pelos povos ‘em desenvolvimento’ e ‘desenvolvidos’, pelos budistas, xintoístas, hindus, muçulmanos, cristãos, judeus e parses. É irônico que estejamos unidos em devotar-nos a uma ideologia que nos divide. Além de irônico, isto é perigoso; pois, na Era Atômica, a esperança de sobrevivência da humanidade reside em conseguirmos transformar-nos juntos em algo semelhante a uma única família mundial. Estamos fazendo esforços de mover-nos nessa direção, mas o nacionalismo se Interpõe, como uma barreira de estrada, entre nós e nosso alvo — o alvo que temos de alcançar se havemos de sobreviver.”
Como pode a humanidade atravessar esta barreira da estrada?
7, 8. (a) Identifiquem o original e o principal patrocinador do nacionalismo. (b) Que fim o aguarda, e por quê?
7 É importante, primeiro, que identifiquemos o originador e o principal patrocinador do nacionalismo. Na Assíria, o nacionalismo era promovido pelo Rei Senaqueribe. Seu nome significa “Sin (a deusa-lua) Aumentou Seus Irmãos”. Representa Satanás, o Diabo, que atraiu outros anjos celestes a rebelar-se contra Jeová Deus, de modo que se tornou “Belzebu, o governante dos demônios”. (Mat. 12:24) Ele estabeleceu a estes demônios quais príncipes sobre as divisões nacionalistas da humanidade, dois deles sendo “o príncipe do domínio real da Pérsia” e “o príncipe da Grécia”. (Dan. 10:13, 20) Orgulhosamente, Satanás se jacta a respeito deste domínio demoníaco sobre as divisões nacionalistas da terra: “Não são os meus príncipes ao mesmo tempo reis” (Isa. 10:8) Deveras, “o mundo inteiro jaz no poder do iníquo”. — 1 João 5:19.
8 Em seus próprios anais, Senaqueribe se gloria “do esplendor do meu senhorio, que inspira terror”. Apropriado, então, é o juizo que Jeová declarou a este bazofiador: “E tem de ocorrer que, quando Jeová terminar toda a sua obra no Monte Sião e em Jerusalém, exigirei uma prestação de contas pelo fruto da insolência do coração do rei da Assíria e pela auto-importância de sua altivez de olhos.” (Isa. 10:12) No cumprimento final desta profecia, podemos saber que o arquiinimigo, Satanás, será abatido em destruição, e que o espírito de nacionalismo que ele atiça como a um fogo através da terra será, semelhantemente, reduzido a nada. Mas, como?
É UM BALUARTE A RELIGIÃO MUNDIAL?
9. Para onde se voltam alguns em busca da resposta ao nacionalismo, e que perguntas são destarte suscitadas?
9 A religião mundial — não será essa a resposta para as hordas ascendentes do nacionalismo? Não será possível achar proteção no reavivamento da religião — de todos os tipos de religião? Em crises tais como a atual, há algumas pessoas que começam a freqüentar “a igreja de sua escolha”, ou que voltam à religião de seus ancestrais. Esperam, de alguma forma, que o império mundial da religião possa mantê-los juntos e afastar a ameaça à sobrevivência humana. Mas, será que pode? Não é o próprio nacionalismo uma religião?
10-12. (a) Que exemplos antigos devem servir de aviso atualmente? (b) Em que laço caiu Israel, e com que resultado?
10 O fim das nações religiosas que se opuseram ao antigo Assírio deve ser aviso da falácia de se confiar nas muitas hodiernas religiões tradicionais. O reino de dez tribos de Israel é exemplo. Esta nação conhecera a Jeová, o Deus da Bíblia. E, mesmo depois de seu povo se desviar para a idolatria, Jeová continuava a favorecê-lo por enviarlhe Seus profetas. Não obstante, era rebelde e ufano, preferindo, “leitos de marfim” e o luxo materialista à adoração de Jeová. (Amós 3:15; 6:1-6) Em sua apostasia escolheram uma religião amalgamada, que combinava os costumes religiosos degradados das nações em volta deles com a blasfema adoração de bezerros por meio da qual os seus reis fingiam invocar a Jeová. A Bíblia declara o resultado:
11 “Transgrediram todos os mandamentos do Senhor [Jeová], seu Deus, fundiram para si dois bezerros, fabricaram um simulacro da Asera, adoraram os astros dos céus e serviram a Baal. Além disso, fizeram passar seus filhos e suas filhas pelo fogo, praticaram adivinhações e feitiçarias e entregaram-se de tal modo a fazer o que desagrada ao Senhor, que lhe provocaram a ira. Por isso, o penhor irritou-se sobremaneira contra Israel e arrojou-o para longe da sua presença; só restou a tribo de Judá.” — 2 Reis 17:16-18, PIB.
12 A religião escolhida por Israel deixou de salvá-lo. Mas, o que dizer de Judá, e de sua religião?
13. Como é que Acaz flertava com a destruição?
13 Até mesmo enquanto o Assírio derrubava o reino de dez tribos de Israel, Judá, sob o Rei Acaz, pai de Ezequias, flertava com a destruição. Como? Neste tempo crítico, Acaz se declarou “não interessado” no conselho de Jeová por meio de seu profeta, Isaías. (7:10-12) Ao invés, voltou-se para a diplomacia mundana, transigiu com a Assíria e — pior de tudo — tornou obrigatórias práticas religiosas detestáveis e imorais em Judá, de modo que havia “um modo de agir com grande infidelidade para com Jeová”. — 2 Crô. 28:19.
14, 15. (a) Que aviso foi dado a respeito de um desvio nos tempos posteriores? (b) Que parelelo ao proceder de Acaz encontramos na história do catolicismo?
14 Será que este desvio tem algum parelelo nos tempos posteriores? Ora, por certo que tem! As Escrituras Gregas Cristãs registram um aviso que o apóstolo Paulo deu, por volta do ano 56 E. C., aos superintendentes da jovem congregação cristã em sua pureza. Disse-lhes que “lôbos opressivos” entrariam entre eles ‘e falariam coisas deturpadas, para atrair a si os discípulos’. (Atos 20:29, 30) Fiel ao aviso, esta apostasia surgiu no seguinte século, quando professos lideres cristãos começaram a desviar-se da verdadeira doutrina e adoração, e se tornou completa em 325 E. C., estabelecendo Constantino ao catolicismo como a religião estatal do Império Romano, e adotando a “trindade” pagã como “a doutrina central da religião cristã”.b Quão semelhante era isso com a substituição feita por Acaz do altar de Jeová, no templo de Jerusalém, — o ponto central da adoração verdadeira-por um altar pagão de adoração idólatra! — 2 Reis 16:10-18.
15 Da mesma forma que Acaz remodelou o templo e promoveu a adoração de Baal por todo o país, assim também os “lôbos” apóstatas passaram a corromper a estrutura da congregação cristã. Eles se transformaram numa classe clerical para se assenhorarem dos leigos em adoração falsa. Segundo admitido por um de seus cardeais, a igreja católica assimilou muitos dos “instrumentos e acessórios da adoração demoníaca”, que afirma que foram “santificados pela sua adoção pela igreja”.c No decorrer do tempo, o Cristianismo apóstata adotou a filosofia grega de Platão, da alma inerentemente imortal, e a isto acrescentou os ensinos do “inferno de fogo” e do “purgatório”.d Não contente com os mitos da tortura após a morte, a Inquisição católica do século treze introduziu as torturas ardentes para os “hereges” nesta vida. As cruzadas católicas imolaram outras vidas inocentes no altar da guerra carnal.
16. No que falhou o protestantismo?
16 Daí, no século dezesseis, a Reforma trouxe o protestantismo. Embora de início o protestantismo impugnasse alguns dos abusos do catolicismo, deixou de livrar-se da maioria dos “acessórios da adoração demoníaca”. Pouco depois ficou envolvido nas guerras e na política da cristandade. As seitas divididas do protestantismo não obtiveram solução alguma para os hodiernos problemas mundiais.
17. (a) O que prefigurou a morte de Acaz? (b) Que escolha então fizeram as religiões da cristandade? Com que resultado? Por quê?
17 Em 745 A. E. C., morreu o Rei Acaz, e isto assinalou o fim de uma era. Semelhantemente, o ano de 1914 E. C. assinalou o fim dos “tempos designados das nações” durante os quais Deus permitira que o nacionalismo e seus deuses exercessem domínio ininterrupto sobre a terra. Então, junto com a Primeira Guerra Mundial, começaram as atuais “dores de aflição”. (Luc. 21:24; Mat. 24:8) No frenesi da guerra, as religiões da cristandade preferiram o nacionalismo à união cristã. Os clérigos instaram com os católicos a matar católicos, e com os protestantes a matar protestantes, e as seitas apóstatas do chamado “Cristianismo” se mostraram tão espiritualmente mortas quanto o Rei Acaz o está, fisicamente. Provaram que perderam sua real identidade quais cristãos da mesma forma que Israel perdeu qualquer identidade restante qual nação de Deus quando foi derrubada pelo Assírio e seu povo foi transplantado para dentro do império dele. E, por quê? “Por não terem escutado a voz de Jeová, seu Deus . . . Nem escutaram nem agiram.” — 2 Reis 18:12; Dan. 11:29.
A VERDADEIRA ADORAÇÃO EM EVIDÊNCIA!
18, 19. (a) Identifiquem o Paladino da verdadeira adoração de Jeová. (b) Como foram este Paladino e sua obra representados por Ezequias?
18 Mas, Jeová tem um Paladino da verdadeira adoração! Este não falhará na hora crucial. É o Fundador do verdadeiro Cristianismo, o Rei ungido de Jeová, Cristo Jesus. O salmista escreve sobre ele, profeticamente: “Tu tens amado a justiça e odeias a iniqüidade. Por isso Deus, teu Deus, te ungiu com o óleo da exultação, mais do que os teus companheiros.” — Sal. 45:7.
19 Um dos “companheiros” de Jesus no pacto do Reino, que Jeová fez com Davi, era o filho de Acaz, o bom Rei Ezequias. Seu nome significa “Jeová Tem Fortelecido”. Parece que, até mesmo antes de Jeová estabelecer Ezequias como rei em Judá, este talvez tenha servido por algum tempo como co-regente de Acaz. Sem dúvida ele então começou a mostrar vigor em favor da adoração verdadeira. Atualmente, também, Cristo começou a fazer uma obra preparatória entre os cristãos sinceros na terra antes de receber seu reino. Foi com relação a isto que começou a ser publicada em 1879 a revista A Sentinela, em forte apoio à doutrina cristã do resgate e outras verdades bíblicas.
20. (a) Que profecias cumpriu Jeová para com Cristo em 1914 e depois disso? (b) Como são salvos os “escolhidos”?
20 Daí, no ano que marcou época de 1914, Jeová empossou Cristo no poder do Reino, no céu, assim cumprindo para com ele a profecia: “Jeová enviará de Sião a vara da tua força, dizendo: ‘Domina no meio dos teus inimigos.’ (Sal. 110:2) Incontinenti, o Paladino de Deus expulsou do céu e para a vizinhança da terra o arquiinimigo, Satanás. Isto tem significado ‘ai para a terra’, conforme vemos hoje por toda a nossa volta. (Rev. 12:7-9, 12) Alas, Deus então abreviou a tribulação sobre seus inimigos, de modo que pudessem ser salvos os “escolhidos”. (Mat. 24:21, 22) Como salvos? Por serem ajuntados à adoração verdadeira no templo espiritual de Jeová. É emocionante examinar como a ação intrépida de Ezequias em Judá representa a restauração da adoração verdadeira, por parte de Cristo, entre os “louvadores” de Jeová na terra, nos tempos modernos.
21. O que foi prefigurado pela pronta ação de Ezequias em abrir e consertar as portas do templo?
21 Bem no início de seu reinado, Ezequias cuidou de algo bem achegado a seu coração. Ele “abriu as portas da casa de Jeová e começou a consertá-las”. (2 Crô. 29:3) A adoração verdadeira tem de ser restaurada! Semelhantemente, havendo Satanás e seus demônios sido expulsos do céu, Jeová e seu Filho real começaram a cumprir a profecia de Malaquias:‘E de repente virá ao Seu templo o verdadeiro Senhor [Jeová] a quem buscais, e o mensageiro do pacto [Cristo] em quem vos deleitais. Eis que certamente virá’, disse Jeová dos exércitos . . . ‘E sentar-se-á como refinador e purificador da prata e purificará os filhos de Levi; . . . e eles certamente se tornarão povo de Jeová, apresentando uma oferta em justiça. E a dádiva ofertada por Judá e por Jerusalém será realmente agradável a Jeová, como nos dias há muito passados e como nos anos da antiguidade.” (Mal. 3:1-4) Subitamente, no ano de 1918, e ao passo que a Primeira Guerra Mundial ainda estava em seu auge, este refinamento e esta purificação dos cristãos professos começou, com favor no sentido daqueles que se separaram das decaídas religiões da cristandade e se apresentaram para servir a Jeová em justiça.
22. Como foi exposta de 1919 em diante “a coisa impura”?
22 Este não era tempo para acobertar o imundo registro que a apóstata cristandade fizera durante os “tempos das nações” e até mesmo depois disso! De maneira que Cristo, o Rei, ecoou a ordem dada por Ezequias da antiguidade: “Levai para fora do santo lugar a coisa impura.” (2 Crô. 29:5) A cristandade, instigadora da guerra e do derramamento de sangue em ampla escala, tinha de ser exposta como tendo sido julgada e rejeitada por Jeová. O livramento das testemunhas cristãs de Jeová do cativeiro babilônico em 1919 mostrava que a religião da cristandade caíra então, junto com todo o resto do império mundial da religião demoníaca. Então, qual “objeto de espanto e causa para assobio” aguarda apenas a execução do justo juízo de Deus. — 2 Crô. 29:8.
23. Como foi que o Maior que Ezequias firmou “um pacto com Jeová” em favor dos verdadeiros cristãos?
23 Quão diferente é a condição hodierna dos fiéis levitas espirituais, o restante ungido dos verdadeiros cristãos! O Maior do que Ezequias, Cristo Jesus, firmou “um pacto com Jeová, o Deus de Israel”, em favor deles. Renovou para com eles o “novo pacto” com sua provisão para perdão do erro, e reativou-os para a adoração verdadeira. (Luc. 22:20; Jer. 31:31-34) Estão cheios do mesmo espírito e determinação que Ezequias estimulou nos levitas sacerdotais: “Agora, meus filhos, não vos deis descanso, pois sois aqueles a quem Jeová escolheu para que se coloquem diante dele a fim de lhe ministrarem e para continuarem como seus ministros.” — 2 Crô. 29:10, 11.
24. Que porta aberta foi apresentada ao restante?
24 Assim como as portas do templo de Jerusalém foram abertas e consertadas, assim, então, Cristo ofereceu ao restante ungido uma porta aberta de serviço, “a qual ninguém pode fechar”. (Rev. 3:8) Revigorados pelas assembléias cristãs, notàvelmente as de Cedar Point, Ohio, EUA, em 1919, e, de novo, em 1922, passaram a testemunhar intrèpidamente em resposta à convocação: “Anunciai, anunciai, anunciai, o Rei e seu reino.”
25. Como tem sido limpa a casa antitipica de Jeová, e restaurados seus utensílios?
25 Não obstante, estes louvadores do verdadeiro Deus tinham de livrar-se completamente das doutrinas e dos costumes pagãos. Por exemplo, durante os anos de 1919 em diante, persistiram por certo tempo o modo de vestir-se com santimônia, a consideração da grande pirâmide do Egito como “a Bíblia em Pedra”, a guarda de festas pagãs como o chamado “Natal”, o uso de símbolos pagãos tais como a cruz, e outras impurezas religiosas. Era preciso livrarem-se delas! “Utensílios” apropriados à adoração de Jeová tinham de ser postos em serviço. A medida que a vontade de Deus lhes foi sendo revelada progressivamente, os do restante ungido se sentiram felizes de purificar sua adoração do templo, de modo que pudessem relatar a seu Rei da mesma forma que os sacerdotes e levitas relataram a Ezequias:“Limpamos a inteira casa de Jeová, o altar da oferta queimada e todos os seus utensílios. . . . E todos os utensílios que o Rei Acaz removeu do uso durante seu reinado, em sua infidelidade, temos preparado, e os temos santificado; e ali estão, diante do altar de Jeová.” (2 Crô. 29:18, 19) A mesma norma da verdadeira adoração que Jesus estabelecera no primeiro século foi restaurada entre os verdadeiros cristãos na terra.
26. O que é representado por Ezequias se levantar cedo e ajuntar os príncipes para a adoração a Deus?
26 “E Ezequias, o rei, veio a levantar-se cedo e a ajuntar os príncipes da cidade, e a ir à casa de Jeová.” (2 Crô. 29:20) Fiel ao tipo, foi logo no início da era posterior à Primeira Guerra Mundial que o Rei, Jesus Cristo, ajuntou os membros remanescentes na terra da casa real de Jeová — aqueles que hão de ‘reger como sacerdotes e reis junto com ele por mil anos’ do seu Reino sobre a terra. (Rev. 20:6) Daí, os sacerdotes passaram a oferecer sacrifícios em favor de todos, “porque foi em favor de todo o Israel que o rei disse que seria a oferta queimada e a oferta pelo pecado”. (2 Crô. 29:24) No cumprimento, todos os restantes dos judeus espirituais — os 144.000 — têm então de ser trazidos e santificados como o verdadeiro povo para o nome de Jeová. Isto foi em cumprimento, também, de outro salmo: “Ajuntai a mim os meus leais, os que firmaram meu pacto com sacrifício.” (Sal. 50:5) Como nos dias de Ezequias, todos estes ajuntados segundo o arranjo do novo pacto de Jeová, baseado no perfeito sacrifício de Jesus, “começaram a oferecer louvor, sim, com regozijo”. — 2 Crô. 29:30.
27, 28. (a) Como foi terminado o ajuntamento, e com o que pode agora regozijar-se o povo de Deus? (b) Mas, que pergunta ainda precisa ser respondida?
27 O ajuntamento não foi terminado em 1919, nem mesmo em 1922. Mais trabalhadores eram necessários para executar eficazmente o sacrifício de louvor a Jeová. Assim, tem havido notável cumprimento de 2 Crônicas 29:34: “Aconteceu que eram muito poucos os sacerdotes apenas . . . De maneira que seus irmãos, os levitas, os ajudaram até que a obra terminou e até que os sacerdotes puderam santificar-se, pois os levitas eram mais retos de coração quanto a se santificarem do que os sacerdotes.” Como no padrão, os membros remanescentes do restante ungido dos seguidores de Cristo foram ajuntados, especialmente até 1931-1935, e muitos destes mostraram-se até mesmo mais zelosos quanto aos requisitos e o serviço de Jeová do que outros que haviam sido ajuntados anteriormente.
28 Da mesma forma que “Ezequias e todo o povo se regozijaram” em virtude da “súbita” restauração da adoração verdadeira naqueles dias, assim também o restante ungido, sob Cristo, regozijou-se de Jeová ter, semelhantemente “feito preparativos” para seu povo. (2 Crô. 29:36) Mas, como isto nos ajuda a responder à moderna ameaça do nacionalismo? Veremos.
[Nota(s) de rodapé]
a Veja-se “Seja Feita a Tua Vontade na Terra”, páginas 203-299.
b Citando The Catholic Encyclopedia, sob “Trindade, A Bendita”.
c Capitulo 8, Essay on the Development of Christian Doctrine, 1878, do Cardeal Newman.
d Escrevendo sobre esta poluição da doutrina e da adoração verdadeiras, J. L. von Mosheim diz em sua Ecclesiastical History: “Visto que ninguém naqueles tempos objetava a que os cristãos retivessem os conceitos de seus ancestrais pagãos com respeito à alma, aos heróis, aos demônios, aos templos, e a coisas semelhantes, e a transferi-los para suas devoções; e, visto que ninguém propôs que se abandonasse por completo as antigas instituições pagãs, mas que somente as alterasse um tanto e as purificasse era inevitável que a religião e a adoração dos cristãos se tornasse corrompida deste modo. Eu também acrescentarei o seguinte, que a doutrina da purificação das almas depois da morte, por meio de alguma espécie de fogo, que posteriormente se tornou tão grande fonte de riqueza para o clero, adquiriu nesta era um desenvolvimento mais completo e maior influência.”
[Foto na página 526]
Senaqueribe, correspondente nacionalista do principal inimigo da verdadeira adoração.