Procure agora a boa vontade de Deus
“Pois, quem . . . achar [a sabedoria], há de achar a vida, e ele obterá boa vontade da parte de Jeová.” — Pro. 8:35.
1, 2. (a) Por que é que milhões de pessoas fracassam na busca da saúde e da vida? (b) Que pergunta deve considerar aquele que deseja o bem?
O QUE está procurando? Está procurando algo que lhe dê boa saúde, felicidade, contentamento, segurança e vida longa? Milhões de pessoas na terra desejam fervorosamente estas bênçãos, mas não podem encontrá-las, porque procuram obtê-las duma fonte errada. Muitos procuram obter riquezas materiais e sucesso financeiro, mas apenas verificam que as recompensas das riquezas são muito incertas e que o dinheiro não pode comprar saúde e vida. Outros procuram prazeres e a satisfação dos próprios desejos, demasiadas vezes às custas de sua moral e do seu respeito próprio. Outros empenham-se em obter poder e influência, ao passo que ainda outros simplesmente buscam a justiça e a igualdade. Alguns ficam muito desiludidos com o que vêem em volta de si e procuram mudar tudo isso por meio de rebelião e violência, ao passo que outros procuram escapar disso por iludirem a mente com excesso de bebida e com entorpecentes.
2 Mas são estas coisas a fonte da verdadeira felicidade e da vida? Lançam os atuais problemas não solucionados, que afligem e dividem a humanidade, alguma luz esperançosa sobre o futuro? Prometem-lhe as questões não solucionadas, que se tornam cada dia mais complexas e mais confusas, questões que induzem homens e mulheres a altercar e a brigar, a odiar-se e a destruir-se mutuamente — prometem-lhe estas fornecer-lhe aquilo que procura? Oferece-lhe o mundo de crescente ganância e ódio, de enorme aumento do crime, da violência, da imoralidade, do vício dos entorpecentes, da delinqüência e da perversidade de toda espécie — oferece-lhe tal mundo a perspectiva de obter as boas coisas que deseja tão fervorosamente? Se este não for o caso, talvez queira considerar as seguintes palavras de sabedoria, dos Provérbios: “Quem está à procura do bem continuará a procurar boa vontade; mas, quanto ao que busca o mal, este virá sobre ele.” (Pro. 11:27) Se procurar o bem, então considere a pergunta que mais do que qualquer outra terá profundo efeito sobre o seu futuro — sim, sobre o de toda a humanidade — a saber: Procura a boa vontade de Deus?
3. Por que é agora a ocasião apropriada para se procurar a boa vontade de Deus?
3 Por que é esta pergunta tão vital? Por que é especialmente neste tempo que precisamos tomar a decisão de procurar a boa vontade de Deus? Porque, segundo as provas inconfundíveis da Palavra de Deus, a Bíblia, atingimos o tempo da história humana que é identificado nas Escrituras como os “últimos dias”, o tempo para se “proclamar o ano de boa vontade da parte de Jeová e o dia de vingança da parte de nosso Deus”. — 2 Tim. 3:1-5; Isa. 61:2.
4. Como demonstrou Deus seu desejo de oferecer boa vontade à humanidade?
4 Deus sempre mostrou ter boa vontade para com os que têm fé nele e que mostram apreço de sua bondade e benevolência. Nunca rejeitou a ninguém da humanidade, que realmente procurasse seu favor. Muitos homens de fé, no decorrer dos séculos, procuraram a sua justiça e a sua verdade, e assim obtiveram seu favor e sua bênção. Nunca tiveram de lamentar isso, conforme diz o provérbio: “A bênção de Jeová — esta é o que enriquece, e ele não lhe acrescenta dor alguma.” (Pro. 10:22) O próprio Jeová sempre tomou a iniciativa de tornar sua benevolência e sua boa vontade disponíveis àqueles da humanidade que as desejassem. A maior evidência, até o momento, deste interesse amoroso no mundo da humanidade foi enviar ele seu Filho Jesus à terra, porque isto demonstrou o desejo amoroso de Deus de dar bênçãos e vida aos habitantes da terra que as aceitassem, assim como o próprio Jesus o expressou: “Porque Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” — João 3:16; 1 João 4:9, 10.
5, 6. (a) Como indicam as profecias bíblicas que se mostra a boa vontade de Deus para com a humanidade? (b) Quando apareceu o rei principesco em cumprimento da profecia?
5 As profecias inspiradas das Escrituras Hebraicas predisseram por séculos o interesse de Deus na terra e nos seus habitantes humanos. As profecias remontam ao Jardim do Éden, logo após a desobediência e a queda do primeiro casal humano, Adão e Eva. Aquela primeira profecia predisse o “descendente” que odiaria a “serpente”, Satanás, o principal inimigo de Deus, e que este descendente, por fim, ‘machucaria’ mortalmente a cabeça da “serpente”, acabando assim com o maior inimigo da humanidade, aquele que manobrou iniquamente a família humana ao pecado e à morte. Profecias posteriores falavam da promessa de Deus de haver um rei, maior do que Davi, descendente de Abraão, que traria a todas as nações da humanidade as bênçãos dum governo justo com justiça e paz, um rei que governaria com sabedoria e compreensão, cuja regência seria uma de duração indefinida, a quem todos os povos poderiam recorrer em busca de justiça e paz, um reino que acabaria com os reinos e governos políticos guerreadores e que permaneceria em justiça por tempo indefinido. — Gên. 3:15; 22:17, 18; Isa. 2:2-4; 11:1-5; Dan. 2:44; 7:13, 14.
6 Depois veio o próximo passo no propósito de Deus, o de dar bênção e boa vontade à humanidade merecedora. Seu interesse amoroso na humanidade foi ilustrado de modo muito dramático pelas circunstâncias em torno dos acontecimentos milagrosos que ocorreram no ano 2 A. E. C., lá na província romana da Judéia. Viera o tempo para a chegada daquele Rei messiânico, o governante principesco da paz e da justiça, predito pelo profeta Isaías séculos antes: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o domínio principesco virá a estar sobre o seu ombro. E será chamado pelo nome de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Da abundância do domínio principesco e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer firmemente e para o amparar por meio do juízo e por meio da justiça, desde agora e por tempo indefinido. O próprio zelo de Jeová dos exércitos fará isso.” — Isa. 9:6, 7.
7, 8. (a) Quais foram as circunstâncias do anúncio angélico e que promessa adicional de bênção continha? (b) Como demonstraram os pastores interesse na promessa e apreço pela boa vontade de Deus?
7 O nascimento deste príncipe messiânico, prometido durante séculos, certamente seria motivo de aclamação alegre e seria boas novas para todos que desejassem a boa vontade de Deus e ansiassem a paz e a justiça. Naquela ocasião, até mesmo os próprios anjos de Deus participaram no anúncio alegre daquele nascimento notável na cidade de Belém. Os pastores que cuidavam de seus rebanhos nos morros da Judéia foram os espectadores privilegiados e favorecidos do espetáculo angélico atemorizante que se seguiu. Em benefício dos que procuram a boa vontade de Deus, o escritor bíblico Lucas nos relata: “O anjo disse-lhes: ‘Não temais, pois, eis que vos declaro boas novas duma grande alegria que todo o povo terá, porque hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é Cristo, o Senhor. E este é um sinal para vós: achareis uma criança enfaixada e deitada numa manjedoura.’ E repentinamente houve com o anjo uma multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: ‘Glória a Deus nas maiores alturas, e na terra paz entre homens de boa vontade.’” — Luc. 2:8-14.
8 Aqueles pastores humildes mostraram ser homens interessados na boa vontade de Deus, porque foram logo a Belém, a fim de ver a criança cujo nascimento induziu até mesmo os anjos a proclamar: ‘Glória a Deus nos céus’, e cujo nascimento era acompanhado pela promessa de haver ‘na terra paz entre homens de boa vontade’. Quão favorecidos eram, da parte de Deus, de ter recebido o anúncio especial deste acontecimento muito importante e extraordinário da história humana, não por meio de canais eletrônicos sofisticados de comunicação, mais tarde inventados pelos homens, tais como o rádio ou a televisão, mas por meio duma comunicação direta de filhos espirituais, sobre-humanos, extraterrestres, de Deus. Deus, por meio de sua boa vontade para com eles, mediante seus anjos, permitiu-lhes serem testemunhas oculares do que ele fez a favor da humanidade ao enviar o prometido Messias ou Cristo, o Senhor, o descendente régio do Rei Davi, pois, Maria, sua mãe, era descendente de Davi. Cheios de apreço pela boa vontade da parte de Deus, “os pastores voltaram por todas as coisas que ouviram e viram, exatamente como se lhes dissera”. — Luc. 2:20.
9. O que significa tornar-se alguém um dos “homens de boa vontade” de Deus?
9 De modo que, conforme mostra o favor muito especial para com aqueles pastores judeus fiéis, os “homens de boa vontade” de Deus, que recebem a sua paz, são os a quem Deus dá seu favor e beneplácito. Esta é a idéia indicada por diversas traduções da Bíblia, ao verterem as palavras daquela multidão celestial de anjos, por ocasião do nascimento de Jesus. A Versão Brasileira verte Lucas 2:14 do seguinte modo: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele quer bem.” A tradução de Huberto Rohden reza: “Glória a Deus nas alturas, e na terra paz aos homens da sua benevolência.” A Nova Bíblia Inglesa reza: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra paz para os homens sobre quem descansa seu favor.” Assim se torna claro que a bênção da paz de Deus é para os que procuraram sua boa vontade e obtiveram sua benevolência.
10. (a) De que modo tornou Jesus conhecido que a boa vontade de Deus estava disponível a muitos? (b) Como se tornou evidente que nem todos receberam boa vontade da parte de Jeová?
10 Jesus Cristo, durante seu ministério terrestre, trazia à atenção que a boa vontade de Deus estava então disponível àqueles da nação judaica que a desejassem. Sua própria presença entre eles significava que Deus usava de boa vontade especialmente para com eles, e aceitarem sua boa vontade resultaria no seu benefício eterno. Na sinagoga da cidade de Nazaré, onde ele fora carpinteiro até os trinta anos de idade, Jesus recebeu em certa ocasião o rolo do profeta Isaías. Leu nele o capítulo sessenta e um, versículos um e dois: “O espírito do [Soberano] Senhor Jeová está sobre mim, visto que Jeová me ungiu para anunciar boas novas aos mansos. Enviou-me para pensar os quebrantados de coração, para proclamar liberdade aos que foram levados cativos e ampla abertura dos olhos aos próprios presos; para proclamar o ano de boa vontade da parte de Jeová e o dia de vingança da parte de nosso Deus.” Quando Jesus terminou de ler esta profecia, voltou-se para os seus ouvintes e afirmou: “Hoje se cumpriu esta escritura que acabais de ouvir.” (Luc. 4:17-21) De modo que há bênçãos maravilhosas à espera dos que aceitam as boas novas oferecidas por Jesus. Entretanto, não é difícil de observar o forte contraste de pensamento nas referências ao “ano de boa vontade” e ao “dia de vingança da parte de nosso Deus”. É evidente que estão envolvidos destinos opostos, o que se evidencia em que a boa vontade de Deus não é para com todas as pessoas. Se fosse, não haveria necessidade de um “dia de vingança”.
EXEMPLO PARA OS NOSSOS DIAS
11. Explique por que os judeus nos dias de Jesus usufruíram um “ano de boa vontade” da parte de Jeová.
11 Lá na Jerusalém do primeiro século, aquela promessa de um “ano de boa vontade” seguido pelo destrutivo “dia de vingança” teve um cumprimento típico numa série de circunstâncias que são motivo de preocupação hoje em dia. A proclamação do “ano de boa vontade” iniciada por Jesus, foi depois continuada pelos seus fiéis seguidores ungidos, após Pentecostes. Salientava uma mensagem de boas novas que revolvia em torno do prometido Reino do Messias designado por Deus, e ela foi divulgada pela atividade pregadora dos que Deus havia ungido com o seu espírito santo. Oferecia a todos aqueles judeus lá na Judéia a mesma bênção esperada por séculos pelos seus antepassados, aqueles que tinham fé nas promessas escritas pelos profetas. O Agente Principal de Deus para a salvação e a vida achava-se entre eles. Deveras, era seu “ano de boa vontade da parte de Jeová”.
12. Por que não duraria indefinidamente seu “ano de boa vontade”?
12 Mas seria aceito por eles? Estaria este “ano de boa vontade”, com suas perspectivas de bênção, sempre disponível àquela nação judaica, para que se pudessem voltar para ele quando bem entendessem? Não, a situação que se seguiu indicou que não era assim. Do mesmo modo como um ano é um período específico de tempo, tendo começo e fim, assim seu “ano de boa vontade” não duraria indefinidamente. Os que deveras desejassem obter a boa vontade de Deus e aproveitar-se de seus benefícios e de suas bênçãos teriam de agir depressa e decisivamente antes de ele terminar, antes de lhe sobrevir o “dia de vingança da parte de nosso Deus”.
13. Que término do “ano de boa vontade” predisse a profecia de Jesus no primeiro século?
13 A profecia de Jesus a respeito do que sobreviria àqueles que rejeitassem a boa vontade de Deus incluía um aviso sobre o período limitado de tempo. Jesus havia descrito os eventos de grande alcance que levariam à destruição de Jerusalém em 70 E. C.: “Outrossim, quando virdes Jerusalém cercada por exércitos acampados, então sabei que se tem aproximado a desolação dela.” Com este aviso em mente, os judeus na Judéia, que realmente tinham o desejo sincero de obter a boa vontade de Deus, devem ter tido profundo interesse nas instruções que se seguiram: “Então, comecem a fugir para os montes os que estiverem na Judéia, e retirem-se os que estiverem no meio dela, e não entrem nela os que estiverem no campo; porque estes são dias para se executar a justiça, para que se cumpram todas as coisas escritas.” Localizando então quão limitado seria este “ano de boa vontade” para aquela nação, Jesus acrescentou o aviso pressagioso: “Deveras, eu vos digo: Esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas ocorram.” — Luc. 21:20-22, 32.
14. (a) Escolheu a nação judaica aceitar a boa vontade de Deus? (b) O que foi ela obrigada a aceitar, e como?
14 Exatamente assim como Jesus predisse, 37 anos depois, dentro daquela mesma geração, veio ao fim aquele “ano de boa vontade da parte de Jeová”, seguido rapidamente pelo destrutivo “dia de vingança” que sobreveio violentamente ao povo judaico, especialmente a Jerusalém. No ano 66 E. C., os exércitos de Roma vieram exatamente como Jesus advertira e cercaram a cidade. Quando os exércitos romanos se retiraram por um tempo, os que procuravam a boa vontade de Deus ainda tinham tempo para acatar o aviso de Jesus, de ‘fugir para os montes’. Fizeram isso, e às pressas. Entretanto, o ano 70 E. C. presenciou a chegada do general romano Tito com suas legiões, esta vez para causar uma terrível desolação tanto ao povo como à cidade, matando 1.100.000 judeus e levando cativos mais 97.000 escravos miseráveis, a serem espalhados pelo Império Romano. Deste modo, assim como Deus usara as forças militares do ímpio governante Nabucodonosor, de Babilônia, em 607 A. E. C., para punir a nação que o rejeitara, assim também, em 70 E. C., as legiões militares de Roma, sob o General Tito, serviram muito bem ao Seu fim, ao sobrevir violenta e dolorosamente Seu destrutivo “dia de vingança” à nação que preferira rejeitar Seu “ano de boa vontade”. Aquelas vítimas desditosas que haviam perseguido a Jesus e seus seguidores fiéis e lhes causado a morte, e que fecharam os ouvidos ao aviso dado por Jesus e pelos seus discípulos obedientes, de fugirem para salvar a vida do iminente desastre, foram obrigadas a sentir o efeito duro do “dia de vingança” de Deus, algo que podiam ter evitado.
15. Como foi um restante de crentes beneficiado pela aceitação da boa vontade de Deus?
15 Deus tornara sua boa vontade disponível àquela nação inteira, por meio do anúncio de seu Filho e dos discípulos dele, mas apenas alguns a aceitaram e demonstraram sua fé nela por meio de sua obediência. Apenas um restante procurou obter a paz dos homens de boa vontade de Deus, e eles tornaram-se discípulos de Jesus, tornando pública sua decisão por serem batizados como seguidores de Jesus. Assim, estes “homens de boa vontade” escaparam da destruição de Jerusalém e da escravização dos sobreviventes miseráveis, por acatarem a advertência e agirem segundo as instruções dadas por Jesus.
UMA LIÇÃO PARA HOJE
16, 17. (a) Para quem serve de lição a situação daquela nação judaica? (b) Quais são algumas particularidades benéficas do “ano de boa vontade”? (c) Por que resta ainda tempo para se procurar a boa vontade de Deus?
16 Em tudo isso há uma forte lição para todos os que hoje vivem na terra. Os “tempos críticos” que agora envolvem todas as nações e famílias da terra situam-nos inconfundivelmente no período conhecido como os “últimos dias”, o tempo da “terminação do sistema de coisas”. (2 Tim. 3:1-5; Mat. 24:3) Este período bíblico limitado, embora cheio de crescentes ais mundiais e de tribulação para o mundo da humanidade, é ao mesmo tempo uma ocasião muito feliz para os que amam a Deus. Pois, na profecia de Isaías, lida por Jesus naquele sábado lá em Nazaré, ele descreveu as bênçãos espirituais a serem recebidas por muitos antes de vir o “dia de vingança da parte de nosso Deus”. Estas incluíam ‘anunciar boas novas aos mansos, pensar os quebrantados de coração, proclamar liberdade aos que foram levados cativos e abertura dos olhos aos próprios presos’, o que se realizaria tudo junto com a proclamação do ano de boa vontade da parte de Jeová.
17 Isto significa que vivemos no tempo em que ainda se pode obter a boa vontade de Deus, quando ainda não é tarde demais antes de vir o “dia de vingança da parte de nosso Deus” sobre os que não procuraram a Sua boa vontade. Este ‘dia de vingança” terá a sua realidade na vindoura grande tribulação que culminará na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, a batalha do “Armagedom”, em que Deus expressar sua vingança contra todos os que rejeitaram sua boa vontade e se alinharam contra ele, contra seu reino e contra sua justiça. — Isa. 61:1, 2; Rev. 16:14, 16.
18. Que escolha confronta hoje os homens?
18 Portanto, a questão que nos confronta é: Seremos sábios e aproveitaremos a oportunidade que se nos apresenta agora para procurar a boa vontade de Deus e permitir que ele nos favoreça com a vida? Ou seremos iguais àqueles de Jerusalém, no primeiro século, aos quais faltou fé, desprezando tolamente o aviso e rejeitando a instrução, selando assim nosso destino na morte permanente, como vítimas do derradeiro “dia de vingança” de Deus?
19. Cite algumas das evidências que provam que a profecia de Jesus está novamente tendo cumprimento.
19 Segundo a tabela de tempo de Deus, conforme indicada pelas profecias da Bíblia e pelos acontecimentos deste século vinte, o ano de 1914 E. C. assinalou o começo do “tempo do fim” deste sistema iníquo de coisas. Este tempo presenciou inegavelmente a constante piora dos assuntos humanos, desde aquela ocasião, entremeado por duas grandes guerras mundiais, bem como por dezenas de guerras menores, algumas das quais ainda prosseguem e outras ameaçando irromper a qualquer momento. A crescente ganância, o ódio, crime, a imoralidade e a impiedade de toda espécie salientam todos que a maioria da humanidade não procurou a boa vontade de Deus, nem lhe deu qualquer motivo para ele ter boa vontade para com eles. A profecia de Jesus em Mateus 24, na qual forneceu uma descrição pormenorizada da degradação das relações humanas nestes dias, encontra novamente seu cumprimento, esta vez não apenas na terra da Judéia, mas nos acontecimentos que afetam as pessoas de toda nação da terra. Ele predisse que “nação se levantará contra nação e reino contra reino”, acompanhado por escassez de víveres, “terremotos num lugar após outro”, angústia, e pela perseguição dos servos fiéis de Deus. “Muitos tropeçarão e trairão uns aos outros, e se odiarão uns aos outros. E surgirão muitos falsos profetas, e desencaminharão a muitos; e por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriará.” (Mat. 24:7-13) Nenhuma pessoa racional pode negar que estas palavras se cumprem nesta geração, mais do que em qualquer outro tempo.
20. (a) Para quem está agora disponível o “ano de boa vontade” de Deus? (b) Que anúncio destaca isso? (c) Para quem, especialmente, é “boas novas” o anúncio do Reino?
20 Deveras, este é o tempo em que se precisa mais do que nunca da boa vontade de Deus. Felizmente, o “ano de boa vontade da parte de Jeová” iniciou-se não apenas para uma comunidade limitada de israelitas carnais, mas para todas as famílias da terra habitada. De que modo? Jesus explicou isso num versículo posterior, na sua profecia para os nossos dias: “E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mat. 24:14) Jesus não está aqui conosco para pregar estas boas novas na terra. Em obediência a esta ordem, porém, o grupo mundial das testemunhas cristãs de Jeová tem pregado “estas boas novas do reino” em toda a terra, desde o nascimento deste Reino no ano de 1914, e com eficiência cada vez maior. Têm anunciado fielmente a todos os amantes da justiça, que desejam um governo perfeito e pacífico na terra, que o há muito procurado reino de Deus, pedido em oração, com o enaltecido Filho de Deus, Cristo Jesus, no seu trono celestial, foi empossado por Deus em 1914. Este anúncio são “boas novas” para todos os que procuram ter a boa vontade de Deus, pois traz consigo a perspectiva de obter o favor e a boa vontade de Deus, para a sua bênção e benefício eternos, sob este governo perfeito. Estas são “boas novas” para os “homens de boa vontade” de Deus, porque significam que o rei entronizado de Deus voltará em breve sua atenção decisivamente para a terra, a fim de realizar as mudanças abaladoras do mundo necessárias para permitir o restabelecimento das condições agradáveis e pacíficas na terra, que eram do propósito original de Deus. — Dan. 2:44; Sof. 3:8; Sal. 37:10, 11.
21. Que proceder nos indica a sabedoria? Por quê?
21 Quão grandiosa é a oportunidade que se apresenta agora aos que acatam o aviso e escolhem procurar a boa vontade de Deus no tempo remanescente do “ano de boa vontade da parte de Jeová”. Não é sábio escolher aquilo que traz o maior proveito para a pessoa? Não é o proceder de sabedoria procurar benefícios futuros duma fonte fidedigna e segura? Escute a Sabedoria falar nos Provérbios da Bíblia, dizendo: “Pois, quem me achar, há de achar a vida, e ele obterá boa vontade da parte de Jeová. Mas aquele que não acerta comigo faz violência à sua alma; todos os que me odeiam intensamente são os que amam a morte.” (Pro. 8:35, 36) Então, não é sabedoria prática proteger a própria vida? Não é sábio preparar-se e prover-se para o futuro? Os que rejeitam a sabedoria piedosa e preferem o proceder do que é contra a lei odeiam a sabedoria e são os que “amam a morte”.
22, 23. (a) Que exemplo antigo ilustra a escolha colocada perante os que acham favor diante de Deus? (b) Por que é importante não demorar em se procurar a boa vontade de Deus?
22 A escolha que nos confronta hoje faz lembrar a escolha colocada perante os filhos peregrinantes de Israel, na planície desértica de Moabe, pouco antes de atravessarem o rio Jordão para a terra prometida ao seu antepassado Abraão. Naquela ocasião, Moisés dirigiu-se às multidões congregadas e deu o seguinte aviso: “Deveras tomo hoje os céus e a terra por testemunhas contra vós de que pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a invocação do mal; e tens de escolher a vida para ficar vivo, tu e tua descendência, amando a Jeová, teu Deus, escutando a sua voz e apegando-te a ele.” — Deu. 30:19, 20.
23 Nós, do mesmo modo, temos hoje uma escolha. Se quisermos a vida, desejaremos escutar a voz de Jeová e tomar as medidas que nos garantam seu favor. Se quisermos o que é bom, faremos alguma coisa para obter a boa vontade de Deus, conforme admoesta Provérbios 11:27: “Quem está à procura do bem continuará a procurar boa vontade; mas, quanto ao que busca o mal, este virá sobre ele.” Felizmente, ainda estamos no “ano de boa vontade da parte de Jeová”. Ainda temos a oportunidade de procurar e obter seu favor e sua boa vontade eternos. A sabedoria demanda que não esperemos nem demoremos. O tempo de fazermos nossa decisão é agora, porque nem sempre teremos a oportunidade de procurar a boa vontade de Deus. Portanto, aja agora e escolha a vida. Procure a boa vontade de Deus e usufrua para sempre, na terra, a “paz entre homens de boa vontade” de Deus.
[Foto na página 746]
Por ocasião do nascimento de Jesus, os anjos proclamaram a pastores humildes: ‘Paz na terra entre homens de boa vontade.’ Está procurando a boa vontade de Deus nestes “últimos dias”?