Fracasso dos planos humanos enquanto o propósito de Deus é bem sucedido
“Planos multiplicam-se no coração humano, mas o propósito de Iavé permanece firme.” — Pro. 19:21, Jerusalem Bible.
1. Em vista de que proceder do homem precisa Deus cumprir seu propósito dentro em breve?
É CONSOLADOR saber que, embora os planos humanos para a humanidade falhem, o propósito do Criador amoroso é bem sucedido. O fracasso dos planos humanos causa a todos nós dificuldades e preocupações. Mas a fé em Deus fortalece-nos para olharmos para a frente, para nosso usufruto do bem eterno que resulta do bom êxito seguro de Seu propósito. Ele nunca precisa aprender de coisas tais como erros anteriores, pois não comete nenhuns. Os homens deviam aprender dos erros humanos passados, mas têm a fraqueza de repetir os mesmos erros. Segue-se o fracasso. De modo que o Deus inerrante precisa cumprir seu propósito — dentro em breve!
2. Como fracassaram os planos feitos para o nosso século vinte, e que perguntas surgiram a respeito do resultado da introdução duma guerra atômica?
2 Os planos grandiosos que os planejadores do século dezenove fizeram para nosso século vinte acabaram fracassando. A Primeira Guerra Mundial os estourou como se fossem uma bolha de sabão multicolorida que se desfaz. O plano da Liga das Nações não consertou as coisas. Logo tornou-se evidente que os planejadores mundiais nada aprenderam da experiência do colapso da Liga das Nações. O futuro apresentou-lhes um novo desafio quando duas bombas atômicas foram lançadas no Extremo Oriente, introduzindo a guerra atômica. Todos nós nos confrontávamos então com algo deveras sério. Que medidas protetoras providenciariam os homens responsáveis pelo planejamento mundial? Algo que a experiência garantisse ser certamente bem sucedido? Algo que expressasse uma sabedoria superior à do homem mortal?
3. Que espécie de sociedade são as Nações Unidas, e como afetaram a situação dos assuntos mundiais?
3 Não, a nação que explodiu as bombas atômicas tomou a dianteira em arranjar com seus aliados na guerra outra sociedade de nações. Apenas outra liga política com um novo vestido e nova maquilagem, sob um novo nome, o de organização das Nações Unidas. Ela tem sua Declaração dos Direitos Humanos. Tem sua Corte Internacional de Justiça. Tem sua força policial, que fez vigorar o cessar-fogo ao longo do Canal de Suez. Tem a sua Assembléia Geral e seu Conselho de Segurança, como grupos de planejamento para os atuais 135 membros das Nações Unidas. Admite-se que serviu como válvula de segurança para uma explosiva situação mundial, mas, apesar disso, a situação mundial dos assuntos continua explosiva. As Nações Unidas, embora organizadas para a paz e segurança mundiais, não impediram o desenvolvimento da bomba nuclear e dos mísseis balísticos intercontinentais, com ogivas de bombas nucleares de poderio devastador.
4. Até que ponto pode a organização das Nações Unidas agir a respeito das condições calamitosas e como se evidencia que se desvanece a confiança nela?
4 Nas Nações Unidas temos outro caso de planejamento internacional em escala mundial, mas por um número maior de participantes do que jamais antes. No entanto, será que tal planejamento mundial, geral, por homens mortais, mostra ser bem sucedido ou oferece esperança de bom êxito? As Nações Unidas investigam e publicam dados sobre a mortífera poluição do ar, do mar e da terra. Também sobre a difusão de moléstias e epidemias mortíferas. Sim, sobre fomes e secas. Elas mesmas, porém, mostram-se incapazes de lidar com a piora da situação. Tomam nota das Organizações de Tratados regionais dos blocos políticos comunistas e anticomunistas, fora das Nações Unidas, mas não podem interferir nestes grupos internacionais. Por isso, a confiança humana nas Nações Unidas enfraquece e os governantes políticos continuam a depender de suas alianças regionais e dos fortes depósitos militares como os melhores impedimentos para uma Guerra Mundial Nuclear. As promessas dos políticos, de lançar o alicerce para uma “geração de paz”, parecem fúteis!
5. Visto que a situação mundial não melhora depois de todo o planejamento humano, que perguntas se fazem?
5 As pessoas sofrem perigo não só das complicações internacionais. São também afligidas por problemas e dificuldades domésticas, por distúrbios e anarquia, e pela dificuldade da vida nos seus próprios países. Qual é a causa? Por que será que, com todo o planejamento febril e intensivo, e com medidas preventivas, a situação mundial não melhora? A quem cabe a culpa? O que está errado em todo este planejamento humano? O que foi deixado fora de cogitação? As pessoas sinceras gostariam de saber isso.
O CONSELHO DESCONSIDERADO
6, 7. (a) O que foi desconsiderado em todo esse planejamento nacional e internacional? (b) O que deixaram de fazer os planejadores, depois de realizarem reuniões abertas com orações?
6 Em todos os casos já mencionados de planejamento nacional e internacional notamos que se desconsidera o Criador dos céus, da terra e do mar, não se fazendo caso de Seu conselho.
7 Ora, os planejadores talvez afirmem pertencer às diversas seitas religiosas da cristandade, ou ao judaísmo, ao budismo, ao islamismo, ao hinduísmo ou a outros grupos religiosos. Talvez façam com que suas reuniões políticas e sociais para deliberar sobre os problemas sejam iniciadas com uma oração feita por um clérigo. Contudo, deixam-se depois orientar pelo conselho dado pelo Criador do homem? Recorrem à Palavra escrita dele, onde se pode ler claramente seu conselho? Daí, deixam-se orientar por tal conselho? Neste ponto poderia surgir uma controvérsia. Os planejadores não estão todos de acordo quanto a qual é a Palavra escrita do Criador, porque têm livros sagrados diferentes que consideram santos, que são a base de sua crença religiosa. Mas o verdadeiro Criador do céu e da terra é Aquele que fez o homem e o colocou na terra, e que disse ao homem o que devia fazer aqui. Este Criador predisse também com exatidão a angústia das nações com perplexidade nos nossos dias.
8. Qual é o livro que os planejadores mundanos não consideram nem seguem, e quem fez esse livro?
8 O Criador do homem é também o Criador desta Palavra escrita, de seu Livro inspirado. Este Livro é a Bíblia Sagrada, escrita pela mão de homens fiéis, que o Criador inspirou para que escrevessem. As sociedades bíblicas divulgaram este Livro inspirado em toda a terra, em centenas de línguas. De modo que não é um livro desconhecido e inacessível. Sua própria sentença inicial diz: “No princípio Deus criou os céus e a terra.” O primeiro capítulo da Bíblia Sagrada descreve também a criação da humanidade, tanto do homem como da mulher. (Gên. 1:26-31) Este é o Livro que não é consultado nem seguido pelos planejadores mundiais da sociedade humana.
9. Que antiga declaração bíblica a respeito dos planos humanos ainda permanece incontestável, conforme ilustrado por que potências mundiais?
9 Uma observação sábia feita há três mil anos atrás e registrada na Bíblia Sagrada permanece incontestável até hoje. Está registrada em Provérbios 19:21, e, segundo a tradução inglesa da Bíblia de Jerusalém deste provérbio da língua hebraica, reza: “Planos multiplicam-se no coração humano, mas o propósito de Iavé permanece firme.” (Veja também as versões da Liga de Estudos Bíblicos e da Brasileira.) O nome Iavé ou Javé aqui é a pronúncia do nome divino preferida por alguns à pronúncia Jeová. Os planos, esquemas e desígnios humanos multiplicaram-se durante os últimos séculos e milênios, mas foram bem sucedidos em manter-se firmes e em produzir ganhos e controles permanentes? Onde estão hoje os famosos impérios políticos que antigamente exerciam controle amplo, especialmente as sete potências mundiais da história e profecia bíblicas? Onde está a antiga Potência Mundial Egípcia, também a Assíria, a Babilônica, a Medo-Persa, a Grega, a Romana, a Anglo-Americana? Onde está o incomparável Império Britânico, que antigamente abrangia um quarto da superfície da terra e uma quarta parte de sua população? A glória deles se desvaneceu.
10, 11. (a) O que indica que o propósito de Jeová a respeito de seu reino prossegue com brilhante bom êxito? (b) O que mostra que o aumento da cristandade não se deve à pregação do reino de Deus?
10 No entanto, que dizer do conselho de Jeová ou do “propósito de Iavé”? Ainda permanece firme, imutável. Continua a prevalecer e a prosseguir com bom êxito brilhante. O reino de Deus continua a ser pregado mundialmente, sendo que esta proclamação ultrapassa a tudo o que já se conheceu até agora na história religiosa.
11 Com a expressão “o reino de Deus” não nos referimos à organização religiosa da cristandade. Pela primeira vez na história, o rol de membros religiosos da cristandade ultrapassou o marco de um bilhão, dando-se o último cálculo publicado de seu rol de membros como sendo de 1.024.106.500. (Veja The World Almanac, 1974, página 342.) Mas este crescimento não foi alcançado pela pregação do reino de Deus. Foram as igrejas da cristandade que declararam que a Liga das Nações era “a expressão política do Reino de Deus na terra”. Portanto, enquanto aquela organização política em prol de paz e segurança mundiais continuava, as igrejas pregavam a Liga das Nações. Os planos ou projetos da cristandade incluíram também “colocar Deus no governo”. Por este motivo, seus clérigos metem-se na política e os clérigos exortam os membros das igrejas a se envolverem ao máximo na política, aspirando até mesmo aos mais elevados cargos políticos no país.
12. Que reflexo têm as palavras e o proceder de Jesus e de seus discípulos sobre os esforços da cristandade de “colocar Deus no governo”?
12 No entanto, será que Jeová Deus quer ser posto no governo político deste mundo? Se Ele já não esta ali, por que tem de ser posto nestes governos políticos, humanos? Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, ao ser perguntado por um político romano: “És tu o rei dos judeus?” respondeu: “Meu reino não faz parte deste mundo. Se o meu reino fizesse parte deste mundo, meus assistentes teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, assim como é, o meu reino não é desta fonte.” Com referência aos seus verdadeiros discípulos, este Jesus disse: “Não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo.” (João 18:33-36; 17:14) Nem Jesus, nem seus verdadeiros discípulos do primeiro século E. C., fizeram qualquer tentativa de “colocar Deus no governo”. Os múltiplos planos da cristandade, de colocar o Deus da Bíblia nos governos políticos deste mundo, provam que ela não prega o verdadeiro reino de Deus e que os membros de suas igrejas não são verdadeiros discípulos e imitadores do próprio Filho de Deus, Jesus Cristo. A cristandade não é a expressão terrena, visível, do reino de Deus.
13. Como fracassou aparentemente o plano da cristandade de converter o mundo às suas igrejas, apesar de campanhas e cruzadas para despertar o sentimento religioso?
13 A cristandade tem tido por séculos o plano de converter os do mundo da humanidade, quer pela força, quer pela persuasão, e de fazê-los membros de suas igrejas. A idéia ostensiva atrás disso era fazê-los chegar ao céu e salvá-los de ir para um lugar de eterno tormento consciente como almas desencarnadas. A cristandade pensava também que fosse desta maneira que viria o reino de Deus e se faria Sua vontade na terra como no céu. (Mat. 6:9, 10) Mas o plano antibíblico da cristandade para a conversão do mundo evidentemente fracassou, visto que o número dos não-cristãos continua a ser mais de o dobro do rol de membros da cristandade, e visto que as forças anti-religiosas, especialmente o comunismo, aumentam e cada vez mais membros da cristandade se tornam hipócritas religiosos ou inativos. Suas campanhas para despertar o sentimento religioso e suas cruzadas mostraram ter efeito de pouca duração.
É IMPOSSÍVEL FALHAR O PROPÓSITO DIVINO
14. Em que se baseiam ou o que inspira os planos humanos, com que perspectiva para a humanidade?
14 Se a sobrevivência e salvação da raça humana dependessem dos planos dos homens, tudo estaria perdido para a humanidade. Seus planos multifários ou se baseiam na sabedoria humana, ou são inspirados por maliciosos demônios espirituais. Homens autoconfiantes talvez zombem de tal sugestão, mas aquilo que se profetizou há dezenove séculos atrás é mais veraz hoje do que se atrevem a crer, de que “nos períodos posteriores de tempo alguns se desviarão da fé, prestando atenção a desencaminhantes pronunciações inspiradas e a ensinos de demônios”. (1 Tim. 4:1) Visto que os homens apostataram ou abandonaram a fé apresentada na Palavra escrita de Deus, desconsideraram o propósito explicitamente declarado de Deus. São como o primeiro casal humano no Jardim do Éden. “Achei somente o seguinte”, disse o sábio Salomão, “que o verdadeiro Deus fez a humanidade reta, mas eles mesmos têm procurado muitos planos”. (Ecl. 7:29) Visto que seus planos fracassam um após outro, viram-se obrigados a reformular ou a refazer seus planos ou projetos.
15, 16. De que natureza, contra Jeová, é a continuação das nações do mundo na organização das Nações Unidas, e que advertência bíblica há contra ela?
15 O que os homens sábios do mundo projetam é condenado ao fracasso. Eles não somente deixam de lado o propósito de Deus, mas planejam e combatem contra ele. Até mesmo neste assunto de se conjugarem numa organização de Nações Unidas, os líderes políticos e militares são contrários ao propósito de Deus. É realmente uma conspiração contra Ele. Há mais de dois mil e quinhentos anos atrás, ao predizer uma combinação de nações mundiais contra o povo favorecido de Deus, o profeta Isaías foi inspirado a dizer aos povos inimigos: “Cingi-vos, e sede desbaratados! Cingi-vos, e sede desbaratados! Formai um plano, e será desfeito! Falai qualquer palavra, e ela não se efetuará, porque Deus está conosco!” (Isa. 8:9, 10) A hodierna unificação dos povos numa organização das Nações Unidas em prol de paz e segurança mundiais não triunfará sobre o propósito de Deus para a humanidade. Tem de fracassar, assim como disse o antigo observador de três mil anos de história humana:
16 “O homem iníquo fez a sua face atrevida, mas o reto é aquele que será firmemente estabelecido nos seus caminhos. Não há sabedoria, nem discernimento, num conselho em oposição a Jeová. O cavalo é algo preparado para o dia da batalha, mas a salvação pertence a Jeová.” — Pro. 21:29-31.
17. Que fatores divisórios dominam o número crescente de nações e por que não pode vir por meio delas a unificação da humanidade?
17 Uma organização de Nações Unidas, com seu Conselho de Segurança e sua Conferência de Desarmamento, não é o modo de Deus unificar toda a humanidade numa terra sem guerra e segura. Desde a Segunda Guerra Mundial de 1939-1945 E. C., a humanidade está dividida em mais grupos nacionais do que jamais antes, cada grupo reivindicando soberania nacional. A divisão da raça humana é aumentada por diferenças lingüísticas, costumes diversos, objetivos e ideologias políticos opostos, e pelos preconceitos raciais e religiosos. A autodeterminação e a autopreservação são os fatores predominantes. O governo mundial pelo homem é impossível e a unificação de toda a humanidade não virá por tais meios. O mundo da humanidade não pode ser unido entre si, porque os homens não estão unidos ao único Deus vivente e verdadeiro, Jeová. Seu Filho, Jesus Cristo, disse que o governante deste mundo é Satanás, o Diabo, o governante dos demônios. Em harmonia com isso, o apóstolo cristão Paulo disse que este governante do mundo é também “o deus deste sistema de coisas”, que cega as mentes dos que não estão em união com Jeová Deus. — João 12:31; 14:30; 16:11; 2 Cor. 4:4.
18, 19. (a) Onde se precisa restabelecer a ordem e a união, e por quê? (b) Para este fim, o que intenciona Deus executar no “pleno limite dos designados”?
18 A falta de união com Deus, por parte da humanidade, não é nada menos do que o reflexo visível da desunião que existe no invisível domínio celestial da parte de Satanás e seus demônios para com Jeová Deus. Portanto, precisa haver um restabelecimento de ordem e união, tanto nos céus espirituais como na terra. O propósito infalível de Deus toma em consideração tal necessidade universal e faz provisões para ela. O escritor inspirado da carta à congregação na antiga Éfeso, na Ásia Menor, escreveu-lhe sobre isso nas seguintes palavras:
19 “[Deus] nos [fez] saber o segredo sagrado de sua vontade. É segundo o seu beneplácito que ele se propôs em si mesmo, para uma administração no pleno limite dos tempos designados, a saber, ajuntar novamente todas as coisas [ou: reunir a si (sob uma só cabeça) todas as coisas] no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra. Sim, nele, em união com quem também somos designados herdeiros, visto que fomos predeterminados segundo o propósito daquele que opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade.” — Efé. 1:9-11, NM; Rotherham; Diaglott.
20, 21. (a) Contra o que se queixa o povo em cada nação? (b) Que motivo válido mostrou Salomão haver para o desassossego do povo?
20 Assim, era do propósito de Deus administrar os assuntos ou seguir um proceder de ação que levaria à unificação nas coisas celestiais e nas coisas terrenas. Era segundo o beneplácito de Deus que houvesse uma administração, uma gerência, uma mordomia, por meio dum proceder especial da parte de Deus. Assim, o termo “administração” não se refere ao reino messiânico de Seu Filho Jesus Cristo. Hoje há grandes queixas da parte das pessoas, em toda nação, por causa dos governos sobre elas e do modo em que administram ou manejam as coisas. Deve haver um motivo válido para o desassossego e a rebeldia do povo. Um provérbio antigo indica o motivo, dizendo: “Quando os justos se tornam muitos, o povo se alegra; mas quando um iníquo está dominando, o povo suspira.” (Pro. 29:2) O sábio Rei Salomão de Jerusalém observou a administração opressiva de homens, nos seus próprios dias, e disse:
21 “Eu mesmo retornei, a fim de ver todos os atos de opressão que se praticam debaixo do sol, e eis as lágrimas dos oprimidos, mas eles não tinham consolador; e do lado dos seus opressores havia poder, de modo que não tinham consolador. E congratulei os mortos que já tinham morrido, em vez de os vivos que ainda viviam.” — Ecl. 4:1, 2. Também 5:8; 7:7.
22. Depois de milhares de anos de opressão pela administração humana, qual é a situação quanto a consolo e libertação para a humanidade?
22 Às vezes, as pessoas são levadas a agir como que loucas por causa da opressão. (Ecl. 7:7) Depois de milhares de anos de opressão e em face das condições mundiais na atualidade, mostra-se veraz que o povo oprimido não tem consolador de parte alguma da atual administração mundial dos assuntos humanos. Não há salvação para eles, nem libertação deles, de fontes humanas.
23. Segundo o propósito de Deus, como se dará a unificação de todas as pessoas, e o que significará isso para elas?
23 O Deus todo-sábio previu há muito tempo a necessidade duma administração ou gerência melhor dos assuntos, e, segundo o seu beneplácito, propôs-se instituir tal administração. Sob esta administração dos assuntos por ele realizar-se-á a unificação de todo o povo. Isto significará paz, harmonia e segurança em todas as partes da terra.
24. Quem é o agente unificador, por meio de quem Deus administrará as coisas, e qual é o propósito definido desta administração?
24 Vejamos como o Deus Todo-poderoso passou a administrar os assuntos. Vejamos o agente unificador por meio de quem Deus administra as coisas. Este é o Messias de Deus, seu Ungido, o Cristo. Por isso, o inspirado escritor bíblico aponta para este ao dizer que a administração a ser posta em operação “no pleno limite dos tempos designados” tem um propósito definido, “a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra. Sim, nele, em união com quem também somos designados herdeiros.” (Efé. 1:9-11) Há muito preconceito e prevenção contra este Jesus Cristo, tanto nas partes religiosas como nas não-religiosas da humanidade; contudo, que espécie de administração devemos esperar de Deus por meio dele,
25, 26. (a) O que disse profeticamente o Salmo 72 sobre os tratos do Messias com os pobres? (b) Que registro se fornece em Atos 10:37-39 sobre a obra de alívio realizada pelo Messias Jesus?
25 O Salmo 72:12-14 diz profeticamente a respeito do Messias, que é maior do que o Rei Salomão, cujo governo acabou sendo opressivo para o povo de Israel: “Livrara ao pobre que clama por ajuda, também ao atribulado e a todo aquele que não tiver ajudador. Terá dó daquele de condição humilde e do pobre, e salvará as almas dos pobres. Resgatará sua alma da opressão e da violência, e o sangue deles será precioso aos seus olhos.” Temos todo motivo de crer que o Messias Jesus cumprirá esta profecia no futuro próximo. Precisamos apenas olhar para trás, dezenove séculos, quando ele esteve na terra como homem perfeito, e perguntar: Que opressão e violência praticou ele para com o povo? O relato das Escrituras inspiradas dá a Jesus Cristo uma ficha limpa, até mesmo com mérito, por ele aliviar o povo. Certo judeu que quase que constantemente o acompanhava durante sua carreira pública e que o observava de perto disse a uma assistência de não-judeus:
26 “Sabeis de que assuntos se falava em toda a Judéia, principiando da Galiléia, depois do batismo pregado por João, a saber, Jesus, que era de Nazaré, como Deus o ungiu com espírito santo e poder, e ele percorria o país, fazendo o bem e sarando a todos os oprimidos pelo Diabo; porque Deus estava com ele. E nós somos testemunhas de todas as coisas que ele fez tanto no país dos judeus como em Jerusalém; mas eles também o eliminaram, pendurando-o num madeiro.” — Atos 10:37-39.
27, 28. (a) Como veio a ter Jesus uma dupla reivindicação do reino do Rei Davi sobre Israel? (b) Em harmonia com isso, o que disse Isaías 9:6, 7, sobre o domínio principesco do Messias?
27 Precisamos lembrar-nos de que este Jesus, a quem Deus ungiu para ser Rei messiânico sobre toda a humanidade, era descendente natural do Rei Davi de Jerusalém, por nascimento milagroso na família real de Davi. Como tal, era herdeiro natural do reino de Davi sobre Israel. O homem que adotou Jesus como seu primogênito também era descendente do Rei Davi, mediante Salomão, e por isso tinha o direito legal ao reino de Davi. O pai adotivo, José, carpinteiro de Nazaré, concedeu tal direito legal a Jesus por adotá-lo como seu primogênito. (Luc. 2:1-24; 3:23-38; Mat. 1:1 a 2:23) Deste modo, este Jesus, que nasceu em Belém, “cidade de Davi”, pôde duplamente reivindicar a herança do reino de Deus sobre Israel. Ora, sobre este Descendente de Davi, sobre cujos ombros se há de colocar o domínio principesco, disse o inspirado profeta Isaías:
28 “Da abundância do domínio principesco e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer firmemente e para o amparar por meio do juízo e por meio da justiça, desde agora e por tempo indefinido. O próprio zelo de Jeová dos exércitos fará isso.” — Isa. 9:6, 7.
29. Assim, de que tipo será, o domínio principesco do Messias, e por que não virá existir por voto democrático do povo?
29 Aqui temos uma promessa do Deus Altíssimo, de que o reino davídico do seu Messias não só será legítimo, mas também estabelecido e mantido em juízo e justiça. Este governo de salvação para o povo será estabelecido pelo próprio Deus, não pelo voto democrático do povo, pois, conforme disse o profeta Isaías, “o próprio zelo de Jeová dos exércitos fará isso”.
30, 31. (a) Como forneceu Deus uma garantia a respeito do governo prometido do Cristo? (b) Que testemunho disso deu Pedro em Atos 10:40-43?
30 Jeová realizará aquilo pelo qual é zeloso. Inspirou muitas outras profecias bíblicas a respeito do governo perfeito que o Messias Jesus dará a toda a humanidade. Deu-nos uma garantia deste governo prometido por ressuscitar a Jesus Cristo dentre os mortos, no terceiro dia, em vindicação da inocência deste. Conforme o apóstolo Pedro prosseguiu dizendo, depois de falar de Jesus ter sido pendurado injustamente numa estaca:
31 “Deus ressuscitou a Este no terceiro dia e lhe concedeu tornar-se manifesto, não a todo o povo, mas a testemunhas designadas de antemão por Deus, a nós, os que comemos e bebemos com ele depois de seu levantamento dentre os mortos. Também, ele nos ordenou que pregássemos ao povo e que déssemos um testemunho cabal de que Este é o decretado por Deus para ser juiz dos vivos e dos mortos. Dele é que todos os profetas dão testemunho, de que todo aquele que deposita fé nele recebe perdão de pecados por intermédio de seu nome.” — Atos 10:40-43.
UM CORPO FIDEDIGNO DE ASSOCIADOS NA ADMINISTRAÇÃO DOS ASSUNTOS HUMANOS
32. Deus podia assim passar a fazer que obra de ajuntamento, tendo a quem por Agente para reunificar as coisas?
32 A fim de que este ressuscitado Jesus Cristo pudesse servir como Agente de Deus para reajuntar as coisas, Deus o enalteceu ao trono divino nos céus. (Atos 2:33-36; 1 Ped. 3:22) Deus podia assim passar a “ajuntar novamente todas as coisas no Cristo”, não só as coisas na terra, mas também as “coisas nos céus”. Jesus Cristo é assim um Messias celestial, sobre-humano, com poderes maiores para fazer o bem às pessoas do que quando esteve aqui na terra como homem perfeito. Toda a humanidade será unificada debaixo dele como Cabeça designada por Deus, o Grande Administrador.
33. O que intencionou Deus que o Cristo tivesse associado consigo em cuidar dos assuntos humanos, e, por isso, o que formou primeiro na terra?
33 Contudo, Deus tomou o propósito de que seu Filho Jesus Cristo tivesse um corpo de associados consigo em cuidar dos assuntos humanos. Estes companheiros para reger a humanidade haviam de ser tirados dentre a humanidade. Enquanto ele ainda estava na terra, eles deviam ser formados numa congregação com um vínculo de união com ele. O apóstolo Paulo, ao escrever à congregação em Éfeso, prosseguiu dizendo: “É segundo a operação da potência de sua força [da de Deus], com que ele tem operado no caso do Cristo, quando o levantou dentre os mortos e o assentou à sua direita nos lugares celestiais, muito acima de todo governo, e autoridade, e poder, e senhorio, e todo nome dado, não só neste sistema de coisas, mas também no que há de vir. Sujeitou também todas as coisas debaixo dos pés dele, e o fez cabeça sobre todas as coisas para a congregação, a qual é o seu corpo.” — Efé. 1:19-23.
34. De que procedência seriam tirados os membros do “corpo” e como se removeu a barreira entre eles?
34 Então, o que dizer dos membros desta congregação, o “corpo” de Jesus Cristo? Ora, foi do propósito generoso de Deus que este fosse constituído não só daqueles que haviam sido judeus circuncisos, mas também dos que haviam sido não-judeus ou gentios. Eles haviam estado desunidos durante 1.545 anos (desde 1513 A. E. C. até 33 E. C.). A barreira, “o muro no meio, que os separava”, era o pacto da lei mediado pelo profeta Moisés no ano 1513 A. E. C. No ano 33 E. C., Jesus Cristo foi usado por Deus como o meio para remover esta barreira mediante sua morte numa estaca de tortura. Conforme o apóstolo prosseguiu, dizendo: “Por meio de sua carne [pendurada na estaca de tortura], ele aboliu a inimizade, a Lei de mandamentos, consistindo em decretos, para que dos dois povos, em união consigo mesmo, criasse um novo homem e fizesse paz; e para que reconciliasse plenamente ambos os povos com Deus, em um só corpo, por intermédio da estaca de tortura, porque ele matara a inimizade por meio de si mesmo.” — Efé. 2:14-16.
35. (a) Quando foram os gentios incircuncisos introduzidos no “corpo” congregacional? (b) Quantos membros devia ter o corpo?
35 Três anos e meio depois da remoção da barreira legal, Deus começou a trazer gentios, não-judeus, ao “corpo” congregacional de Jesus Cristo. Deus fez isso por enviar o apóstolo Pedro a pregar a mensagem do reino do Messias de Deus a gentios incircuncisos, interessados. Quando estes aceitaram a mensagem do Reino, Deus os ungiu com espírito santo e eles foram batizados como cristãos. (Atos 10:1-48) Depois, e especialmente após a destruição de Jerusalém pelos romanos no ano 70 E. C., muitos gentios foram batizados no “corpo” congregacional de Jesus Cristo; assim foram batizados com ele qual sua “cabeça” espiritual. Assim como o corpo humano tem um número específico de membros para ser completo, assim também este “corpo” congregacional de Cristo tem um número específico, limitado, de membros. O último livro da Bíblia Sagrada diz claramente que o número dos membros do “corpo” é limitado a 12 x 12.000, ou seja, 144.000. — Rev. 7:4-8; 14:1-3.
[Fotos na página 228]
RESULTADOS DOS PLANOS HUMANOS
A Liga das Nações falhou; a O. N. U. também falhou em trazer paz genuína.
O suborno é comum, apesar das afirmações de honestidade.
Os crimes aumentam, apesar dos planos para coibi-los.
As condições de fome aumentam.
O dinheiro perde o valor; a inflação é galopante no mundo inteiro.
[Fotos na página 229]
ÊXITO DO PROPÓSITO DE DEUS
Em Pentecostes de 33 E. C. foi fundada a congregação cristã, unida.
Judeus e gentios ficaram unidos como cristãos em 36 E. C.
Hoje, pessoas em mais de 200 terras unem-se em divulgar o propósito de Deus.
A humanidade há de usufruir união global numa terra paradísica.
[Capa na página 225]
[Endereço da filial]