Ficar ileso — enquanto milhares caem
“Mil cairão ao teu próprio lado e dez mil à tua direita; não se aproximará de ti.” — Sal. 91:7.
1. Ao comparar Jeová com uma ave poderosa, como adotou o salmista o ponto de vista de Deus, conforme expresso mediante Moisés?
QUANDO o escritor inspirado do Salmo 91 comparou Jeová Deus a uma ave de asas poderosas, ele adotou o próprio ponto de vista de Deus. Depois de Deus ter levado o povo de Israel ao monte Sinai, ele mandou que Moisés lhes dissesse: “Vós mesmos vistes o que fiz aos egípcios, para vos carregar sobre asas de águias e vos trazer a mim.” (Êxo. 19:4) Quarenta anos depois, Ele inspirou Moisés a cantar perante Israel: “Assim como a águia remexe seu ninho, paira sobre os seus filhotes, estende as suas asas, toma-os, carrega-os nas suas alas, somente Jeová o guiava, e não havia deus estrangeiro com ele.” — Deu. 32:11, 12.
2, 3. (a) Que comparação entre Deus e uma ave poderosa se faz com relação à sua “mulher” celestial, em Revelação, capítulo 12? (b) Portanto, ao lermos agora o Salmo 91:4, em que ave podemos pensar?
2 Segundo o quadro profético de Revelação 12:6, 14, depois que a “mulher” celestial de Deus deu à luz o reino messiânico e teve de fugir para o “ermo”, a fim de ficar isolada, Deus proveu-lhe os meios para uma fuga veloz: “Deram-se à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse ao ermo, para o seu lugar; ali é que ela é alimentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, longe da face da serpente.” Que bela comparação se faz assim entre Jeová Deus e a “grande águia”, rei das aves, senhor do céu, monarca do ar!
3 Podemos pensar nesta ave real, pois, ao lermos a seguir as palavras inspiradas do Salmo 91:4: “Com as suas alas impedirá a aproximação a ti, e tu te refugirás debaixo das suas asas. Sua veracidade será um escudo grande e um baluarte.”
4. (a) A que se referem as alas da ave e o que pode fazer a ave parental com elas? (b) Que aproximação a nós é impedida pelas “alas” que Deus estende sobre nós?
4 As “alas” mencionadas ali referem-se às partes extremas das asas durma ave e a ave pode abrigar e proteger debaixo delas seus filhotes, perto de seu corpo. Assim, a ave pode impedir que predadores se cheguem aos seus filhotes. Também nós, quais aves novas, desamparadas, podemos abrigar-nos sob as alas estendidas da simbólica ave protetora, Jeová Deus, e usufruir ali nossa segurança espiritual. É exatamente como o salmista Davi disse a Jeová: “Todos os que se refugiaram em ti se alegrarão; por tempo indefinido gritarão de júbilo. E impedirás a aproximação a eles, e os que amam o teu nome se regozijarão em ti.” (Sal. 5: cabeçalho, 1, 11) Impedidos de se aproximar a nós, os que querem causar-nos dano espiritual não podem causá-lo. Não podem arrebatar-nos da organização de Deus. O grande “passarinheiro”, Satanás, o Diabo, é mantido à distância.
5. Onde se encontra o único refúgio seguro contra a organização de Satanás, e como foi isto belamente ilustrado no caso de Rute?
5 Iguais a filhotes de ave em perigo, não temos outro lugar ao qual fugir em busca de segurança senão o Deus Todo-poderoso. “E tu te refugiarás debaixo das suas asas.” (Sal. 91:4) Visto que há apenas duas organizações, a de Deus e a de Satanás, achar assim refúgio seguro contra a organização de Satanás exige que sejamos levados à organização de Deus, de segurança espiritual. Quão belamente isto foi ilustrado no caso da moabita Rute, que abandonou os deuses falsos de Moabe e acompanhou sua sogra enviuvada, Noemi, a Israel! Boaz, que mais tarde se tornou marido de Rute, disse-lhe em apreço: “Jeová recompense teu modo de agir e haja para ti um salário perfeito da parte de Jeová, o Deus de Israel, debaixo de cujas asas vieste refugiar-te.” (Rute 2:12) Como recompensa para ela, Jeová escolheu Rute como esposa para Boaz, a fim de contribuir para a linhagem ancestral de Jesus Cristo. — Mat. 1:5-25.
6. Além de encontrá-la sob as “asas” de Jeová, sob as “asas” de quem mais encontram os adoradores de Jeová ao mesmo tempo, segurança espiritual?
6 O próprio Jesus Cristo aproveitou a semelhança duma ave e de seus filhotes ao dizer a Jerusalém, que o rejeitara qual Messias: “Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo de suas asas! Mas vós não o quisestes.” (Mat. 23:37) O livro de Lamentações (4:20) fala a respeito do Ungido ou Messias de Jeová como sendo “o próprio fôlego das nossas narinas, o ungido de Jeová, . . . aquele de quem dissemos: ‘A sua sombra viveremos entre as nações.’” De modo que hoje, os israelitas espirituais e seus companheiros terrestres, que se refugiam sob as “asas” de Jeová, ao mesmo tempo abrigam-se sob o Messias de Jeová, o Senhor Jesus Cristo, quais pintinhos sob as asas da galinha. O refúgio que procuram ali para ter segurança espiritual não lhes falha.
O MOTIVO DE SE FICAR LIVRE DO MEDO DE DANO ESPIRITUAL
7, 8. Que qualidade de Jeová é para nós como um escudo grande e como o carateriza?
7 Descrevendo adicionalmente a proteção para haver segurança espiritual, o salmista se volta então do mundo das aves para o mundo da guerra. Referindo-se ainda ao Deus Altíssimo, o salmista acrescenta: “Sua veracidade será um escudo grande e um baluarte.” — Sal. 91.4
8 A veracidade de Deus é associada com sua benevolência. (Sal. 40:10, 11; 57:3; 61:7; 86:15) Ele reconhece sua obrigação de ser veraz para com os que o adoram e que confiam nele. Isto carateriza Seu trono. (Pro. 20:28) Ele sempre se mostra veraz à sua promessa a nós. Mostra ser veraz ao seu nome Jeová e torna-se o que precisa tornar-se em nosso favor. Esta qualidade Dele serve para nossa proteção espiritual. É como um grande escudo para nós, e Ele se torna para nós escudeiro Sua veracidade é demonstrada em ação fiel e leal a nosso favor. Assim ela nos escuda.
9. Como serve a veracidade de Jeová qual “escudo grande”, e, da nossa parte, o que tem de acompanhá-la?
9 Este escudo da veracidade divina apara os dardos ardentes ou projéteis ardentes do Grande Adversário e também rechaça os golpes ou absorve as estocadas da espada inimiga. Podemos depender da veracidade protetora de Deus. Temos de depender dela e ter fé nela. Acompanha a nossa fé, que também deve ser qual “grande escudo” na “armadura completa” que Deus nos fornece. (Efé. 6:11-16) Nossa fé na “sua” veracidade qual escudo (i. e, de Deus) nos livrará do medo. — Gên. 15:1; Sal. 84:11.
10. De que utilidade em tempo de guerra e o baluarte e como é a veracidade de Deus assim para nós?
10 Um baluarte é proteção muito maior do que um escudo. Na guerra, é uma obra defensiva preparada em volta da posição a ser defendida. Diz ao inimigo que avança sobre a terra: “Até aqui pode chegar, mas não mais adiante!” A veracidade de Jeová é assim. Sua veracidade é muito necessária neste tempo, que é descrito em Revelação como o tempo em que a grande Serpente, Satanás, o Diabo, trava guerra contra os remanescentes da “semente” da “mulher” celestial de Deus. Atrás do baluarte da veracidade de Deus, podemos manter-nos firmes e rechaçar o avanço e o ataque de nossos inimigos espirituais. Este baluarte divino é inexpugnável, invencível; por isso, permaneçamos atrás dele. Em harmonia com a veracidade, lealdade e fidelidade de Deus, ele nunca nos abandonará neste dia de batalha espiritual. Seu “baluarte” nos assegura a Vitória!
11. O espírito de que ordem é a motivação para o que o salmista diz então de modo lógico no Salmo 91:5, 6?
11 O espírito da ordem divina: “Não tenhas medo!” é a motivação do salmista, ao passo que prossegue logicamente: “De noite não terás medo de alguma coisa pavorosa, nem de dia da flecha voadora, nem da pestilência que anda nas trevas, nem da destruição que assola ao meio-dia.” — Sal. 91:5, 6.
12. O que aumenta o terror da escuridão da noite, e o que, a respeito de Jeová, à noite, remove o temor de pavorosas coisas noturnas?
12 A escuridão da noite tende para aumentar o pavor que se sente numa vizinhança perigosa ou em tempo de perigo, porque na escuridão não podemos ver nenhum inimigo de tocaia, nem objeto prejudicial. Mas, embora estejamos num período de escuridão moral e de densas trevas espirituais dos grupos nacionais terrestres, Jeová nunca fica sonolento nem adormece como guardião de seu povo. (Isa. 60:2; Sal. 121:4) Por isso nunca está desatento às coisas iníquas que seus inimigos procuram fazer secretamente, como que sob o abrigo da escuridão. As coisas ocultas, pavorosas ou aterrorizantes, pelas quais o inimigo procura danificar ou destruir nossa espiritualidade, não devem ser temidas. Com forte confiança, podemos adotar as palavras de Davi no Salmo 64:1, 2: “Ouve, ó Deus, minha voz na minha preocupação. Resguarda a minha vida do pavor do inimigo. Que tu me escondas da palestra confidencial dos malfeitores, do tumulto dos que praticam o que é prejudicial.”
13. Embora não tenhamos pavor, o que temos de fazer enquanto confiamos em Deus?
13 Podemos ter a certeza de que as coisas pavorosas tramadas pelos inimigos, sob o abrigo de sua palestra confidencial, falharão em atingir seu objetivo, quando lançadas repentinamente. Embora não temamos tais coisas procedentes de fontes ocultas, nunca devemos ficar desprevenidos, ao continuamente confiarmos no Deus da veracidade.
14. Por que não tememos a ‘flecha voadora de dia’?
14 No entanto, há também perigos de dia, quando podemos ver coisas ameaçadoras. Embora esperemos tais coisas e nos apercebamos delas, não devemos ficar paralisados de medo. Neste tempo de guerra espiritual, “de noite não terás medo de alguma coisa pavorosa, nem de dia da flecha voadora”. (Sal. 91:5) Por quê? É porque estamos atrás do “grande escudo” da veracidade, lealdade e fidelidade de Jeová, que pode tornar sem efeito as flechas voadoras do inimigo. O dia é o período para se fazer pontaria certa com as flechas.
15. Quais são as ‘flechas’ que voam de dia e quem são os arqueiros?
15 Na guerra espiritual travada contra nós, estas ‘flechas’ são injustificados ataques verbais, acusações falsas, propaganda mentirosa, calúnias maliciosas, difamações crassas, ameaças intimidadoras de violências, aplicação errônea da lei nos tribunais, sim, forjar o mal por lei, ‘forjar a desgraça por meio de decreto’ contra os inocentes! (Sal. 94:20) O ungido Davi, no Salmo 64:3-5, descreve os arqueiros inimigos como sendo os “que afiaram a sua língua como uma espada, que apontaram suas flechas, a fala amarga, para atirar de esconderijos sobre alguém inculpe. De repente atiram contra ele e não temem. Atêm-se à má fala; fazem declarações sobre encobrir laços. Disseram: ‘Quem os vê [os laços]?’”
16. Apesar de tais ‘flechas’ inimigas, como têm passado as testemunhas de Jeová atrás de Seu “escudo grande”?
16 Apesar de todas estas figurativas ‘flechas’ que voaram de dia desde o ano de 1919 contra as testemunhas cristãs de Jeová, estas não cessaram na sua adoração do único Deus vivente e verdadeiro, nem na proclamação das boas novas de seu reino messiânico em todo o mundo. Foi como Jeová disse aos que agora pertencem à sua organização: “Nenhuma arma que se forjar contra ti será bem sucedida, e condenarás toda e qualquer língua que se levantar contra ti em julgamento.” (Isa. 54:17) Sem temer as ‘flechas’ inimigas, as testemunhas de Jeová têm prosseguido atrás do “grande escudo” de Jeová, e os arqueiros inimigos mostraram ser falsificadores, ao passo que os adoradores de Jeová foram vindicados e mantidos espiritualmente vivos.
17, 18. A “pestilência que anda nas trevas” procede de que fonte, destina-se especialmente a quem e não se permite ser curada entre quem, por que meios?
17 O salmista contrasta novamente a escuridão com a luz, e os perigos associados com cada uma, porque diz: “Não terás medo . . . da pestilência que anda nas trevas, nem da destruição que assola ao meio-dia.” — Sal. 91:5, 6.
18 A “pestilência” mencionada aqui, assim como a do Sal 91 versículo três, não é uma pestilência enviada por Jeová sobre seus inimigos terrestres ou sobre os que lhe são desobedientes. É uma pestilência mundana que se desenvolve no meio das trevas deste mundo moral e religiosamente doente. Destina-se a infeccionar e a abater não só mundanos, mas especialmente os adoradores de Jeová. Ronda as “trevas” morais, sociais, políticas e religiosas deste mundo na sua noite de iminente ruína, e as pessoas do mundo não permitem que se dissipem as trevas cheias de pestilência por meio do “sol da justiça” que tem “cura nas suas asas”, seus raios curativos. (Mal. 4:2) Além disso, somos informados em 2 Coríntios 4:4 que “o deus deste sistema de coisas tem cegado as mentes dos incrédulos, para que não penetre o brilho da iluminação das gloriosas boas novas a respeito do Cristo, que é a imagem de Deus”.
19, 20. O que é a “pestilência” mencionada ali e o que leva à sua difusão?
19 As trevas resultantes levam à difusão da figurativa “pestilência”. Aumentando os terrores das trevas, esta pestilência ataca na escuridão, quer dizer, durante a situação em que a mente e o coração das pessoas estão obscurecidos quanto ao verdadeiro Deus e sua personalidade, seu propósito e suas provisões amorosas. Assim, nestas circunstâncias, a pestilência produz uma condição mortalmente doentia da mente e do coração dos infeccionados. (1 Tim. 6:4) Assim se torna evidente que a figurativa “pestilência” consiste nas doutrinas morais e religiosas inspiradas pelos demônios, que procedem mediante agências humanas do que Efésios 6:12 chama de “governantes mundiais desta escuridão, . . . as forças espirituais iníquas nos lugares celestiais”.
20 O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo a respeito de estes anjos demoníacos espiritualmente doentios, insinuarem seus ensinos insalubres entre os professos cristãos: “Nos períodos posteriores de tempo alguns se desviarão da fé, prestando atenção a desencaminhantes pronunciações inspiradas e a ensinos de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras.” — 1 Tim. 4:1, 2.
21. Até onde se espalhou esta “pestilência” que infesta as trevas?
21 Fiel à profecia, esta pestilência de ensinos morais e religiosos inspirados pelos demônios, incluindo tradições criadas pelos homens, contrárias à Bíblia, espalhou-se além do paganismo em toda a cristandade. Deste modo, os que vão à igreja, na cristandade, foram infeccionados e levados à sua condição religiosa, doentia, pondo em perigo a sua salvação. Mas Deus nos esclareceu contra as “trevas” que geram a pestilência.
22. Quanto à “destruição que assola ao meio-dia”, com que podemos razoavelmente compará-la?
22 Que dizer, porém, da “destruição que assola ao meio-dia”, da qual os verdadeiros cristãos atrás do “grande escudo” da “veracidade” de Deus não têm medo? O meio-dia, a parte mais luminosa dum dia ensolarado, é exatamente o contrário das trevas da noite. (Jó 11:17) Contudo, há uma ‘assolação’, uma “destruição”, que acompanha o brilho e o calor deste “meio-dia”. É paralela à ‘flecha que voa de dia’. A “destruição” ali não descreve algo visível ou tangível, contudo, assola assim como assoladores que atacam ao meio-dia. (Jer. 6:4; 15:8; 20:16) Pode-se entender razoavelmente que se refira ao flagelo altamente contagioso, epidêmico, que abate a muitos, despojando-os da vida.
23. O que é o “meio-dia” mencionado ali e o que é a “destruição que assola” durante ele?
23 O “meio-dia” ali é no sentido mundano. A luz brilhante é a chamada “iluminação” da Era Cerebral do mundo, de sua era nuclear, era espacial. Suas doutrinas e sua propaganda gabam-se do intelectualismo humano e são materialistas. Os que se deixam doutrinar assim sofrem espiritualmente a destruição, porque é contrário à Palavra de Deus, à sua adoração e ao seu reino messiânico. Por isso é pestífero, e muitos ficam confusos e perdem a fé por causa das “contradições do falsamente chamado ‘conhecimento’”. (1 Tim. 6:20, 21) No fim, as vítimas sofrem a amargura do desapontamento e da frustração. O mundo atual colhe os frutos amargos por deixar-se levar pelo intelectualismo humano. Os brilhantes cientistas e filósofos políticos, educacionais e sociais apenas aumentaram o ‘calor’ na sociedade mundana. Poluíram com sua doutrina atéia o ambiente mental e moral no qual a sociedade hodierna vive.
24. Quando ficou especialmente exposta esta “destruição que assola ao meio-dia”, e que iluminação espiritual foi contrastada com ela?
24 A espiritualmente mortífera “destruição que assola ao meio-dia” foi exposta especialmente pela “quarta praga” descrita em Revelação 16:8, 9. A tigela desta “praga” começou a ser esvaziada sobre o “sol” do intelectualismo humano em 1925, no congresso de Indianápolis, Indiana, E. U. A., das testemunhas de Jeová, nos meados do ano. Naquele mesmo ano, explicaram-se à base da descrição profética em Revelação 12:1-13 o nascimento do reino messiânico de Deus e a expulsão de Satanás e seus demônios do céu. A vitalizadora iluminação espiritual dos adoradores de Jeová foi assim posta em contraste com a iluminação modernista, sábia segundo o mundo, dos despojados da vida espiritual pela “destruição” no seu meio-dia.
SOBREVIVÊNCIA ESPIRITUAL NO MEIO DE PERIGOS AMEAÇADORES
25, 26. Quem são os “mil” que “cairão ao teu próprio lado”, em que sentido caem e por quê?
25 As ameaças já descritas para a vida espiritual são coisas não temidas pelos que estão “no lugar secreto do Altíssimo” e “sob a própria sombra do Todo-poderoso”. O salmista dá agora garantia inspiradora de fé, nas suas palavras seguintes dirigidas a estes como classe: “Mil cairão ao teu próprio lado e dez mil à tua direita; não se aproximará de ti.” — Sal. 91:7.
26 Aqueles de quem se diz que estão do “próprio lado” dos adoradores dedicados de Jeová Deus seriam as pessoas da cristandade e do judaísmo, que professam adorar o Deus da Bíblia Sagrada. Estes ‘caem’ na morte espiritual, porque não estão no lugar de segurança espiritual de Jeová. Por isso, ficam expostos às coisas espiritualmente mortíferas, descritas pelo salmista, a coisa pavorosa da noite da terra, a flecha voadora de dia, a pestilência que infesta as trevas, a “destruição que assola ao meio-dia”. Não tomaram realmente a Deus por seu “refúgio” forte.
27. Quem são os “dez mil” que caem “à tua direita”?
27 Como se mil para um não fosse um contraste bastante grande, o salmista diz que os que caem serão “dez mil à tua direita”. Como no caso do Deus Todo-poderoso, a “direita” é representativa da mão e do lado que são mais fortes. (Sal. 98:1) Portanto, aqueles a quem tivemos de oferecer resistência espiritual mais forte, por causa de sua maior força religiosa, caem porque não são aprova do mundanismo, do modernismo, da propaganda anti-religiosa, da teologia popular e das doutrinas e práticas religiosas, inspiradas pelos demônios. Não foram imunizados pela ajuda do espírito de Deus.
28. Como tem acontecido literalmente que dez mil caíram à direita do restante ungido, e a quem suscitou Deus como companheiros do restante?
28 Hoje em dia, quando contrastamos o número relatado dos do restante ungido do Israel espiritual, por volta de dez mil, com os bilhões de membros da religiosa Babilônia, a Grande, podemos ver que é literalmente verdade que dez mil caíram à direita deste restante da “semente” da “mulher” de Deus. (Rev. 12:17) Mas, em lugar destas dezenas de milhares que caíram na morte espiritual à mão direita deste restante, Jeová Deus suscitou uma “grande multidão” de crentes semelhantes a ovelhas, que dedicaram sua vida a Jeová Deus mediante Jesus Cristo, o Pastor Excelente. (Rev. 7:9-17; João 10:16; Mat. 25:31-46) Jeová os tem suscitado como companheiros do restante, especialmente a partir do ano de 1935. Hoje ascendem a centenas de milhares, de modo que as testemunhas cristãs de Jeová ascendem agora a mais de dois milhões, que proclamam o reino de Deus.
29. A quem não se aproximou aquilo que é destrutivo, arruinador da fé, de procedência mundana, mas a quem se aproximou?
29 Aos que caíram espiritualmente, aproximou-se aquilo que é destrutivo, arruinador da fé, de procedência mundana, mas aos que estão no lugar de segurança espiritual de Deus, ‘não se aproximara deles. Desde o ano de após-guerra de 1919 E. C., os do restante têm aceito a cura espiritual provida pelo Grande Médico, Jeová Deus. (Sal. 103:1-3) Mas isto não se dá na cristandade, conforme predito em Isaías 6:9-12; Mateus 13:14, 15. Por conseguinte, os mais de um bilhão de membros da cristandade sucumbem às influências e pressões espiritualmente ruinosas deste mundo cheio de moléstias. Mas Deus imunizou seu restante e a “grande multidão” de seus companheiros cristãos. Deus não permite que se aproxime o contágio mundano ao seu lugar de imunidade espiritual. Permanecerem obedientemente no “lugar secreto” de Deus os mantém a salvo e bem.
30, 31. (a) Os que estão “no lugar secreto do Altíssimo” olham e vêem a retribuição oportuna de quem? (b) Como e por que veio sobre tais a retribuição?
30 Depois de morarem agora já por muitos anos em confiança “no lugar secreto do Altíssimo”, os do restante ungido do Israel espiritual, e, ultimamente, os da “grande multidão” de suas co-testemunhas, têm observado a veracidade do que o salmista inspirado disse a seguir: “Apenas estarás olhando com os teus olhos e estarás vendo a própria retribuição feita aos iníquos.” — Sal. 91:8.
31 É evidente que o Deus Altíssimo não classifica aqui os que estão no seu “lugar secreto” junto com os “iníquos”, que estão lá fora e que fazem parte deste mundo iníquo. Especialmente agora, perto do fim deste sistema condenado de coisas, os que se entregaram aos modos deste mundo iníquo colhem os frutos de seu proceder em retribuição. A devida retaliação sobrevêm aos mundanos, ao passo que seus problemas se multiplicam nos assuntos políticos, comerciais, morais, sociais e religiosos. Ceifam aquilo que semearam. A sociedade moderna, que se tornou muito permissiva na chamada “nova moralidade”, na “revolução sexual”, não pode imunizar os sexualmente pervertidos contra ‘receberem em si mesmos a plena recompensa, que se devia ao seu erro’. — Rom. 1:27; Luc. 21:25, 26.
32. Já antes da “grande tribulação”, os que estão no “lugar secreto” vêem a diferença entre quem, quanto às conseqüências?
32 Os sábios segundo o mundo tornam-se vítimas de suas próprias tramas. Os que rejeitaram a sabedoria da Palavra de Deus e se expuseram às maquinações de Satanás tornaram-se joguetes de todo engano injusto para com os que estão perecendo, em retribuição por não terem aceito o amor da verdade, para que fossem salvos”. (2 Tes. 2:9, 10) Já antes da iminente “grande tribulação”, os protegidos por Jeová olham e vêem com os seus olhos a diferença, quanto às conseqüências “entre o justo e o iníquo, entre o que serve a Deus e o que não o serviu”. — Mal. 3:18.
[Foto na página 177]
“Sua veracidade será um escudo grande.”
[Foto na página 181]
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