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  • Amor, o “perfeito vínculo de união”
    A Sentinela — 1983 | 15 de março
    • Amor, o “perfeito vínculo de união”

      “Além de todas estas coisas, porém, revesti-vos de amor, pois é o perfeito vínculo de união.” — COLOSSENSES 3:14.

       1. Por que constitui hoje um desafio a ordem dada em Colossenses 3:14?

      NO MEIO dum mundo desunido, cheio de ódio, a ordem dada às Testemunhas de Jeová na Palavra escrita de Deus em Colossenses 3:14 é deveras desafiadora. Parece quase ser impossível, porque ordena-lhes: “Além de todas estas coisas, porém, revesti-vos de amor, pois é o perfeito vínculo de união.” De qualquer maneira, esta ordem inspirada está sendo cumprida, para a glória dele.

       2. Qual parece ser o vínculo unificador entre as seitas da cristandade, e isso faz com que a cristandade seja parte de quê?

      2 Não se pode negar que o amor, como perfeito vínculo de união, não existe na cristandade, porque ela está dividida em centenas de seitas e denominações religiosas conflitantes, com crenças e práticas religiosas divergentes. É digno de nota que aquilo que parece servir como vínculo unificador para os sistemas eclesiásticos da cristandade é seu ódio e sua oposição à congregação o cristã do povo dedicado e batizado de Jeová, suas testemunhas da atualidade. (Isaías 43:10, 12) As organizações religiosas da cristandade, expressando tal ódio e oposição, tornam-se parte integrante do mundo que está sob a suserania de Satanás, o Diabo, “o deus desde mundo”. (2 Coríntios 4:4, Centro Bíblico Católico) É assim como o Fundador do cristianismo disse que seria. Quando falou pela última vez aos seus apóstolos fiéis, depois de o traiçoeiro Judas Iscariotes ter ido embora, Jesus disse: “Estas coisas eu vos mando, que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabeis que me odiou antes de odiar a vós. Se vós fizésseis parte do mundo, o mundo estaria afeiçoado ao que é seu. Agora, porque não fazeis parte do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por esta razão o mundo vos odeia.” — João 15:17-19.

       3. Que pergunta surge quanto ao alvo do ódio do mundo?

      3 Em face das palavras de Jesus, surge logicamente a pergunta: Qual é o grupo religioso, hoje, que o mundo, sem excluir a cristandade, odeia e encara com antagonismo? A história humana, especialmente desde a Primeira Guerra Mundial, ajuda ao indagador sincero a identificar inconfundivelmente essas pessoas.

       4. A quem se aplica a ordem de Paulo em Colossenses 3:14, e quem é o Pai espiritual que tais têm em comum?

      4 Por causa das palavras iniciais da carta do apóstolo Paulo aos Colossenses, as atuais Testemunhas de Jeová sabem que sua ordem se aplica diretamente a elas: “Revesti-vos de amor, pois é o perfeito vínculo de união.” Lemos: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, e Timóteo, nosso irmão, aos santos e irmãos fiéis em união com Cristo, em Colossos: Que tenhais benignidade imerecida e paz da parte de Deus, nosso Pai.” (Colossenses 1:1, 2) Ora, quem era o Pai celestial que aqueles cristãos do primeiro século, na cidade de Colossos, na Ásia Menor, tinham em comum? Era o Pai de seu Líder espiritual, Jesus Cristo, e seu Pai é o Deus “Altíssimo sobre toda a terra”, “cujo nome é Jeová”. — Salmo 83:18.

       5. Aqueles a quem Paulo dirige a sua carta devem ser adoradores de quem, e como foi isso ilustrado por Jesus e pelo apóstolo João?

      5 Ora, então aqueles a quem Paulo dirigiu a sua carta devem ser adoradores de Jeová Deus, assim como o próprio Jesus Cristo é! No monte da tentação, Jesus recusou a oferta do mundo inteiro, que o Diabo lhe fez, se Jesus tão-somente se curvasse e o adorasse. Jesus prontamente repeliu o Tentador e citou a ordem inspirada: “É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.” (Mateus 4:8-11; Lucas 4:8; Deuteronômio 6:4, 5, 13) Imitando Jesus, seus discípulos têm de adorar o mesmo Deus que ele próprio sempre adorou, Jeová. (João 20:17) Similar a isso, quando o apóstolo João se prostrou em adoração diante do anjo que lhe transmitira a Revelação, o anjo objetou, dizendo: “Adora a Deus; pois, dar-se testemunho de Jesus é o que inspira o profetizar.” — Revelação 19:10; 1:1.

       6. Depois de que proceder da cristandade tornou-se mais urgente a ordem em Revelação 18:4, 5, e quem acatou esta ordem, e com que resultado?

      6 Depois da reputação de desonrar a Deus que Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa, criou para si mesma durante a Primeira Guerra Mundial, a ordem divina especificada em Revelação 18:4, 5, tornou-se mais urgente do que na época do número de dezembro de 1880,ou antes, da revista A Sentinela (em inglês), a saber: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas. Pois os pecados dela acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos atos injustos dela.” a Obedecendo a essa ordem, os que queriam ser o “povo” de Jeová Deus saíram de Babilônia, a Grande e ajuntaram-se no interesse da união cristã, a fim de desenvolver esse amor, que é o “perfeito vínculo de união”. Tomaram seriamente a peito as palavras do apóstolo, em 1 Coríntios 14:33: “Deus não é Deus de desordem, mas de paz.” Portanto, ao olharmos para as mais de quarenta e quatro mil congregações de Testemunhas de Jeová da atualidade, sentimo-nos compelidos a repetir as palavras do Salmo 133:

      “Eis que quão bom e quão agradável é irmãos morarem juntos em união! É como óleo bom sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, que desce até o colar da sua veste. É como o orvalho do Hermom que desce sobre as montanhas de Sião. Pois ali Jeová ordenou que estivesse a bênção, sim, vida por tempo indefinido.” — Salmo 133:1-3.

       7. Quem tem hoje a obrigação de manter esta união, e para que fim preservou Deus suas testemunhas durante a Primeira Guerra Mundial?

      7 Assim como se dava com a congregação de Colossos, durante o primeiro século de nossa chamada Era Cristã, assim também as atuais Testemunhas de Jeová têm a obrigação de manter esta admirável união da organização no meio deste mundo desunido. É assim especialmente desde o fim dos “tempos designados das nações” naquele ano assolado pela guerra, 1914! (Lucas 21:24) A primeira guerra mundial ameaçava a própria existência das Testemunhas de Jeová como verdadeira organização cristã. Mas o Deus Todo-Poderoso, por causa da pregação ‘destas boas novas do reino em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações’, não permitiu que os inimigos conjugados, na cristandade e no paganismo, eliminassem todas as suas testemunhas ungidas da face da terra. (Mateus 24:14; Marcos 13:10) No primeiro ano do após-guerra, em 1919 EC, Jeová Deus libertou-as de suas restrições e enviou-as a fazer a obra de pregação em todas as nações.

       8. Visto que ele fracassou em quebrantar esta união cristã por meios externos, como agiu Satanás para tentar conseguir isso?

      8 Satanás, o Diabo, havia fracassado quanto a destruir as Testemunhas por meios e instrumentos externos, e por isso se empenha desde então em romper a estrutura unida delas por meios sutis, corroendo-a de dentro, de dentro da organização. Neste respeito, predisse-se em Revelação 12:17 nas seguintes palavras: “E o dragão ficou furioso com a mulher e foi travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus.”

      A PERSONALIDADE COM QUE NOS DEVEMOS PREOCUPAR

       9. Contra que contágio precisam prevenir-se as Testemunhas de Jeová, e o que diz o Salmo 91 sobre isso?

      9 O ódio que infesta o mundo iníquo está-se espalhando, assim como o próprio Jesus Cristo predissera na sua profecia sobre a “terminação do sistema de coisas”, dizendo: “E surgirão muitos falsos profetas, e desencaminharão a muitos; e, por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriará. Mas, quem tiver perseverado até o fim é o que será salvo.” (Mateus 24:3, 11-13) O espírito de ódio é muito contagioso, de modo que até mesmo os membros da organização visível de Jeová Deus precisam precaver-se contra ficarem contaminados. O salmista inspirado diz como podemos fazer isso: “Quem morar no lugar secreto do Altíssimo procurará para si pouso sob a própria sombra do Todo-Poderoso. Vou dizer a Jeová: ‘Tu és meu refúgio e minha fortaleza, meu Deus, em quem vou confiar.’ De noite não terás medo de alguma coisa pavorosa, nem de dia da flecha voadora, nem da pestilência que anda nas trevas, nem da destruição que assola ao meio-dia. Mil cairão ao teu próprio lado e dez mil à tua direita; não se aproximará de ti. Apenas estarás olhando com os teus olhos e estarás vendo a própria retribuição feita aos iníquos.” — Salmo 91:1, 2, 5-8.

      10. Como evitaremos ter uma personalidade que nos faça parecer similares aos do mundo, e como nos encara Deus em contraste com o mundo morto?

      10 Assegura-se-nos a proteção divina, mas temos de ficar dentro das condições estabelecidas para ela. Se evitarmos a intimidade espiritualmente mortífera com o mundo doentio, não nos revestiremos da personalidade que nos fará parecer iguais às pessoas do mundo. Não nos revestiremos do ódio que o mundo tem. O diametralmente oposto do ódio é o amor, o amor a Jeová e a seu Cristo, e a nossos irmãos e irmãs cristãos. A personalidade que revela esta qualidade é a de que o apóstolo Paulo nos manda revestir, como discípulos de Jesus Cristo. Se fizermos isso, então nos recomendaremos aos outros como ministros de Deus pelo “amor livre de hipocrisia”. (2 Coríntios 6:4-10) Este amor origina-se de Deus, e termos tal amor significa que entramos numa relação com ele por voltarmos as costas ao mundo quanto a estar de coração e alma em harmonia com ele. Deus encara o mundo como morto e os que fazem parte dele também como mortos; certamente não estão vivos para ele. No conceito de Deus, nós, discípulos dedicados e batizados de Jesus Cristo estamos vivos; sim, vivemos como parte de Sua organização, na qual prevalece o amor. Portanto, a declaração de 1 João 3:14 não exagera quando nos diz: “Nós sabemos que temos passado da morte para a vida porque amamos os irmãos. Quem não ama, permanece na morte.”

      11. Em que fraternidade nos deixa ingressar o amor?

      11 Vemos assim que o amor nos dá direito a ingressar na fraternidade na qual Jesus Cristo, o Filho de Deus, é nosso irmão mais velho. Esta qualidade cristã é uma vestimenta, ou roupa, por meio da qual devemos indicar ou revelar sem hipocrisia o que é que somos. É a particularidade culminante que, segundo a Palavra de Deus, temos de cultivar e praticar.

      12. Que medidas precisam ser adotadas para se atingir tal amor, e devem depois ser abandonadas as coisas que constituem tais medidas?

      12 É compreensível que haja certas medidas que o discípulo obediente tem de adotar para atingir o amor genuíno. O texto de 2 Pedro 1:5-8 diz aos que têm diante de si o glorioso prêmio da natureza divina no céu: “Sim, por esta mesma razão, por contribuirdes em resposta todo esforço sério, supri à vossa fé a virtude, à vossa virtude, o conhecimento, ao vosso conhecimento, o autodomínio, ao vosso autodomínio, a perseverança , à vossa perseverança, a devoção piedosa, à vossa devoção piedosa, a afeição fraternal, à vossa afeição fraternal, o amor. Pois, se estas coisas existirem em vós e transbordarem, impedirão que sejais quer inativos quer infrutíferos no que se refere ao conhecimento exato de nosso Senhor Jesus Cristo.” As diversas coisas acrescentadas não devem ser abandonadas depois de se atingir a qualidade culminante do amor. Não, mas a fé, a virtude, o conhecimento, o autodomínio, a perseverança, a devoção o piedosa e a afeição o fraternal precisam continuar como partes integrantes de nossa personalidade plenamente desenvolvida. Precisam abundar junto com o amor. Neste caso, os que tiverem tais características permanentes da personalidade receberão o prêmio das mãos de Deus no tempo devido dele.

      13. Como amplia Paulo essas medidas preliminares em Colossenses 3:12-14?

      13 Como ampliação das coisas que precisamos fazer em nós mesmos para obter uma recompensa apropriada, podem-se mencionar apropriadamente as qualidades de que, segundo diz o apóstolo Paulo, temos de revestir-nos como expressão da nossa personalidade. Antes de salientar o que constitui o perfeito vínculo de união, Paulo diz: “Concordemente, como escolhidos de Deus, santos e amados, revesti-vos das ternas afeições de compaixão, benignidade, humildade mental, brandura e longanimidade. Continuai a suportar-vos uns aos outros e a perdoar-vos uns ao outros liberalmente, se alguém tiver razão para queixa contra outro. Assim como Jeová vos perdoou liberalmente, vós também o fazei. Além de todas estas coisas, porém, revesti-vos de amor, pois é o perfeito vínculo de união.” — Colossenses 3:1-14.

      CONTRASTE COM OS QUE NÃO ESTÃO UNIDOS

      14. Que espécie de pessoas eram os membros da congregação cristã antes de agirem de acordo com as instruções dos apóstolos?

      14 Essas instruções dos apóstolos indicam que tipo de pessoas os membros da congregação cristã devem ser. Antes faziam parte do mundo ímpio, desamoroso, com todas as suas qualidades diabólicas. Assim, que tipo de personalidade tinham então? O apóstolo Paulo salienta isso em 1 Coríntios 6:9-11, dizendo: “O quê! Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não sejais desencaminhados. Nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem homens mantidos para propósitos desnaturais, nem homens que se deitam com homens, nem ladrões, . . . herdarão o reino de Deus. E, no entanto, isso é o que fostes alguns de vós. Mas vós fostes lavados, mas vós fostes santificados, mas vós fostes declarados justos no nome de nosso Senhor Jesus Cristo e com o espírito de nosso Deus.”

      15. Por que não possuem as pessoas do mundo o “vínculo de união” que persiste?

      15 Para pessoas do mundo, assim como se acaba de descrever, seria difícil ter algo altruísta e puro para lhes servir de unificador inquebrantável e perfeito. Deveras, elas não têm nenhum “perfeito vínculo de união”. Por isso, a sociedade humana lá fora no velho mundo não está unida. Talvez algumas coisas de interesse próprio, comum, mantenham as pessoas unidas por algum tempo. Mas, com o passar do tempo, quando desaparecem essas coisas de preocupação própria, comum, as pessoas do mundo perdem interesse umas nas outras. Os laços unificadores se dissolvem. De modo que, por fim, apenas se suportam uns aos outros como inevitáveis outros semelhantes na mesma comunidade.

      16. Quando estão livres das coisas que as unem temporariamente, a que revertem as pessoas do mundo, e por quê?

      16 Nacionalismo! Patriotismo! Sectarismo religioso! Racismo! Essas coisas que mexem com as emoções, quando excitadas até um estado febril, dominam os envolvidos com um senso de dever e obrigação. Mas, afinal, os homens continuam sendo os mesmos, para os quais a própria pessoa vem em primeiro lugar. Portanto, quando estão de folga, quando estão livres para fazer o que bem entendem, individualmente, eles revelam que continuam as mesmas pessoas anteriores, egocêntricas. Embora certas pessoas harmonizadas com este mundo, por serviços notáveis prestados ou pela sua inabalável devoção a uma causa mundial, sejam altamente louvadas e declaradas como merecendo honras e glórias divinas, elas não podem, segundo as normas bíblicas, ser consideradas dignas dum lugar no Reino celestial de Jeová Deus, para reinarem com Cristo.

      17. O Reino de Deus requer o que da parte dos que o buscam em primeiro lugar, e o que ajuda a tais neste sentido?

      17 O Reino de Deus não tem parceria com este mundo e os devotados a ele. Diante do colossal fracasso do mundo, que está debaixo de Satanás, para unificar seus aderentes, o Reino de Deus, sob Cristo, requer ação e serviço unificados por parte dos cristãos dedicados e batizados que o buscam em primeiro lugar. Este Reino é produto do amor de Deus. O próprio espírito deste governo celestial é o amor, acima de tudo, amor a Deus e ódio ao seu principal inimigo, Satanás, e ao mundo do qual este é “o deus”. Apesar de todos os esforços divisórios por parte de Satanás, esse amor que emana de Jeová Deus, o Pai celestial, continua a funcionar como “perfeito vínculo de união” para todos os que aderem à sua organização terrestre, visível, sim, para toda a família de Deus, tanto no céu como na terra.

  • O amor como “vínculo de união” mostra ser “perfeito”
    A Sentinela — 1983 | 15 de março
    • O amor como “vínculo de união” mostra ser “perfeito”

       1. Como pode Jeová ser comparado a um produtor, e de que maneira lhe deve toda família o seu nome?

      O MAIOR Produtor no universo, Jeová Deus, o Todo-Poderoso, pode produzir um “vínculo de união” que se mantém firme para sempre. Os vínculos familiares, mesmo os existentes na terra, podem ser muito fortes; e Jeová Deus é chamado de “Pai, a quem toda família no céu e na terra deve o seu nome”. (Efésios 3:14, 15) Desde o Dilúvio global dos dias do patriarca Noé, toda família humana descende desse homem fiel, aprovado por Deus como digno de ser preservado com esta família durante aquela inundação que abrangeu o mundo. Por causa disso, toda família humana agora na terra deve seu “nome” a Noé, a saber, estar viva para levar um nome. No passado, Jeová Deus foi responsável por dar certos nomes a determinadas pessoas na terra, mas ele não deu diretamente nomes às famílias humanas. Contudo, devem-lhe seu nome, porque nunca teriam passado a existir como família com um nome se não fosse por ele, como Dador da Vida universal. — Gênesis 5:1, 2, 32.

       2. Como se tornou aquele que se rebelou contra a família de Deus pai duma família, e, assim, que pergunta deve cada um de nós apropriadamente fazer a si mesmo?

      2 Houve um afastamento de homens da família universal do Pai celestial. Este foi provocado por alguém sobre-humano, que se rebelou contra a família angélica de Deus nos céus, pelo rebelde que veio a ser chamado de Satanás, o Diabo. Por ajuntar a si seguidores nos céus, ele, por assim dizer, tornou-se pai, mas não é o amor que une os membros de sua família. Em certa ocasião, Jesus Cristo, membro notavelmente fiel da família universal de Jeová, disse a seus opositores de descendência judaica: “Se Deus fosse o vosso Pai, vós me amaríeis, pois procedi de Deus e aqui estou. . . . Vós sois de vosso pai, o Diabo, e quereis fazer os desejos de vosso pai. Esse foi homicida quando começou, e não permaneceu firme na verdade, porque não há nele verdade. Quando fala a mentira, fala segundo a sua própria disposição, porque é mentiroso e o pai da mentira.” (João 8:42, 44) Neste respeito, cada um pode perguntar a si mesmo: Segundo esta norma, quem é meu “pai”?

       3. Em que sentido difere a situação de Satanás desde a Primeira Guerra Mundial daquela de antes deste tempo, e especialmente que oração requer uma resposta em prol dos aderentes da organização de Deus?

      3 Quando se rebelou, Satanás, o Diabo, foi expulso da família universal de Jeová Deus, e, mais tarde, o mesmo aconteceu aos seus demônios, que estavam sob a sua paternidade. No jardim do Éden, ele se apresentou à humanidade como Tentador, e permitiu-se-lhe, mesmo depois disso, percorrer a terra na sua campanha de iniqüidade e de oposição à verdade. (Jó 1:7; 2:2) Mas agora, desde a predita “guerra” após o nascimento do Reino de Deus nos céus, depois do fim dos “tempos designados das nações” em 1914, Satanás, o Diabo, e seus demônios foram expulsos do céu, impedindo seu contato imediato com os anjos celestiais, e foram lançados para a terra. Nunca mais conseguirão entrar nos céus angélicos. Por isso podemos compreender muito bem a fúria de Satanás contra a organização universal de Jeová e os membros leais dela. (Revelação 12:1-12; Lucas 21:24) Portanto, este é que é o tempo para se obter uma resposta à amorosa oração do apóstolo Paulo, registrada em Colossenses 1:2, em prol dos aderentes leais da organização de Jeová, que agora estão na terra, a saber: “Que tenhais benignidade imerecida e paz da parte de Deus, nosso Pai.” Esta oração pedindo paz entre eles não pode ser realizada se não houver união nas suas fileiras. A paz exige harmonia interna na organização visível do Deus que dá paz, sim, coesão entre os membros da organização.

       4. O que agradecem a Jeová as testemunhas unificadas dele, e em que precisam continuar a andar?

      4 Pela união organizacional, com a resultante paz que distingue a organização das Testemunhas de Jeová em todo o mundo, hoje em dia, estas podem fazer o que se disse que os membros da congregação colossenses deviam fazer, estarem “agradecendo ao Pai, que vos tornou idôneos para a vossa participação na herança dos santos na luz”. (Colossenses 1:12) Precisamos continuar a andar na crescente luz, e agora, nestes “últimos dias” do velho sistema de coisas, precisamos fazer um esforço especial para nos mantermos “idôneos” para receber maior esclarecimento e a nossa herança, qualquer que seja, no novo sistema. — 2 Timóteo 3:1.

      UNIDOS COMO “UM SÓ REBANHO”

       5. Donde procedem hoje as Testemunhas de Jeová, apesar de todos os fatores potencialmente desunificadores, mas por que permanece unido o “um só rebanho” do “um só pastor”?

      5 Verifica-se hoje que as Testemunhas de Jeová procedem de um maior número de famílias do que os cristãos do primeiro século. Em vista disso, procedem de todas as raças da humanidade, de todas as cores da pele e de todas as rodas da vida. Essas coisas observáveis poderiam ter agido como fator desunificador entre as Testemunhas de Jeová. Mas isso não se dá! Reconhecem que, sem consideração de raça, cor, língua, nacionalidade e nível social, todos têm uma fonte comum de existência e de luz da verdade. Entre as Testemunhas de Jeová, nesta data avançada, existe um restante de cristãos gerados pelo espírito com perspectivas celestiais, e uma “grande multidão” daqueles que o Pastor Excelente, Jesus Cristo, chama de suas “outras ovelhas”. (João 10:16; Revelação 7:9-17; Mateus 25:31-46) No entanto, a previsão de longo alcance de Jesus Cristo não falhou, embora dissesse: “[Eles] se tornarão um só rebanho, um só pastor.” O Pastor Excelente mostrou sua perícia em manter todos os seus seguidores amantes da paz, semelhantes a ovelhas, como “um só rebanho”, apesar da diferença de esperança quanto ao futuro. Todos eles amam unicamente seu “um só pastor”, o qual amorosamente sacrificou sua vida por todos eles, e são leais a ele.

       6. Por que não se refrearam os do restante, que têm esperança celestial, de divulgar as verdades bíblicas que se referem às “outras ovelhas”?

      6 A “verdade” bíblica que todas as ovelhas atuais amam tão fortemente tem muito a dizer sobre a esperança do Paraíso para a constantemente crescente “grande multidão” das “outras ovelhas” do Pastor. Portanto, visto que amam a “verdade” total da Palavra de Deus, os do restante espiritual não são invejosos, retendo algo que seja de proveito para essas “outras ovelhas”, mas têm publicado amorosamente em todo o mundo essa grandiosa esperança terrestre, especialmente desde o ano de 1935. Os do restante sabem que vivem agora nos “tempos do restabelecimento de todas as coisas, das quais Deus falou por intermédio da boca dos seus santos profetas dos tempos antigos”. (Atos 3:21) Para o restante, a Revelação desta verdade está fazendo parte de sua “herança dos santos na luz”. Desde que esta revista, A Sentinela começou a ser publicada em inglês em julho de 1879, ela tem sido o instrumento de Deus para revitalizar esta grandiosa esperança do Paraíso para a humanidade remida. As outras publicações da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados conjugaram-se todas para reforçar e confirmar esta esperança, com que a “grande multidão” de “outras ovelhas” se deleita hoje tanto, tendo amoroso apreço pelo restante.

       7. Em 1935, que esperança, além de sua própria foi apresentada amorosamente pelos do restante, e por que permitiram o batismo daqueles que tinham esta outra esperança?

      7 Até meados do primeiro semestre de 1935, as testemunhas dedicadas e batizadas de Jeová de boa fé haviam tido a “uma só esperança” que lhes é apresentada em Efésios 4:4-6, como segue: “Há um só corpo e um só espírito, assim como também fostes chamados em uma só esperança a que fostes chamados; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos.” Mas naquele ano memorável de 1935, no congresso realizado em Washington, D.C., identificou-se a “grande multidão”, conforme visualizada em Revelação 7:9-17, como estando composta das “outras ovelhas” do Pastor Excelente, mencionadas em João 10:16. Os do restante ungido, que ainda se apegavam à sua “uma só esperança” válida, alegraram-se muito com esta luz progressiva lançada sobre as Escrituras Sagradas e foram empenhar-se de todo o coração no ajuntamento dessas “outras ovelhas”. Não achavam que as “outras ovelhas” estavam invadindo o “um só batismo” por serem imersas em água, pois o batismo de tais “outras ovelhas” era símbolo tão válido de sua dedicação a Jeová Deus por meio de Cristo como o era o do restante ungido. O amor de que se haviam revestido estendeu-se então para abranger essas amáveis “outras ovelhas” de seu próprio Pastor.

       8. Com o amor de quem, nos dias do antigo Israel, se pode comparar o amor existente entre as duas classes do “um só rebanho”?

      8 Desenvolveu-se e aprofundou-se um amor mútuo entre todos os semelhantes a ovelhas do “um só rebanho” sob o Davi Maior, Jesus Cristo. Este vínculo unificador de amor corresponde ao amor inquebrantável e imorredouro que o ungido rei eleito Davi, da tribo de Judá, tinha para com o altruísta e amável Jonatã, filho do então reinante rei Saul. (2 Samuel 1:25-27) Pouco antes de se separarem, “Jonatã . . . jurou novamente a Davi por causa do seu amor por ele; porque o amava como amava a sua própria alma”. (1 Samuel 20:17) Quando Davi soube da morte de Jonatã junto com seu pai em batalha, ele se sentiu compelido a entoar uma endecha e a culminá-la com as palavras: “Estou aflito por ti, meu irmão Jonatã, tu me eras muito agradável. Teu amor a mim era mais maravilhoso do que o amor das mulheres.” (2 Samuel 1:26) O amor mútuo deles era um “perfeito vínculo de união”. Apenas a morte os separou.

       9. Por quem foram representadas ali as “outras ovelhas”, e como serão finalmente separados os pertencentes a essas duas classes, mas sem que diminua seu amor mútuo?

      9 Jonatã prefigurou as “outras ovelhas” da atualidade. Em algum tempo futuro, após “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-Poderoso”, no Har-Magedon, a classe sobrevivente de Jonatã será separada do restante da classe de Davi. (Revelação 16:14, 16) Isto só se dará porque os do restante amado serão levados embora pela morte sendo como que “arrebatados em nuvens, para encontrar o Senhor no ar”, por meio de sua ressurreição instantânea da morte, no espírito. (1 Tessalonicenses 4:17) Continuarão a amar as “outras ovelhas” deixadas para trás, na terra. De fato, seu amor se expressará então de maneira mais poderosa!

      “O MAIOR DESTES É O AMOR”

      10, 11. Por que é que a fé e a esperança não são tão grandes como o amor, conforme diz 1 Coríntios 13:13?

      10 Isto nos lembra as palavras de Paulo no fim de sua magnífica descrição em 1 Coríntios, capítulo 13, a saber: “Agora, porém, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.” (1 Coríntios 13:13) Por que é assim? Ora, considere primeiro o que se diz em Hebreus 11:1: “A fé é a expectativa certa de coisas esperadas, a demonstração evidente de realidades, embora não observadas.” É certo, pois, que a esperança de tais coisas dura apenas enquanto elas não são “observadas”. Considere, por exemplo, Abraão. Ele demonstrou fé em Jeová Deus e na Sua capacidade de ressuscitar os mortos. Por isso, aguardou com confiança as coisas que não observava antes de sua morte. Do mesmo modo, as atuais Testemunhas de Jeová, por causa da forte fé que têm Nele, esperam coisas ainda não observadas e assim as aguardam. Com o tempo, quando observarem as “coisas esperadas”, sua fé e esperança quanto a tais coisas terminam, tendo sido cumpridas. Isto é indicado pelo que Paulo disse adicionalmente em Romanos 8:24, 25, onde lemos:

      11 “Pois fomos salvos nesta esperança; mas a esperança que se vê não é esperança, porque quando um homem vê uma coisa, acaso está esperando por ela? Mas, se esperamos por aquilo que não vemos, persistimos em esperar com perseverança.”

      12. De que maneira viram as Testemunhas de Jeová o “restabelecimento de todas as coisas”, conforme diz Atos 3:21, e, assim, no decorrer do tempo, que qualidades cessarão, mas que qualidade não deixará de existir?

      12 Do mesmo modo, desde o ano de após-guerra de 1919, as Testemunhas de Jeová, na terra, têm visto o “restabelecimento de todas as coisas, das quais Deus falou por intermédio da boca de seus santos profetas dos tempos antigos”. Têm visto a organização visível de Jeová restabelecer-se dogolpe mortífero sofrido na Primeira Guerra Mundial e ser edificada. Ela adora novamente a Jeová Deus, num paraíso espiritual aqui mesmo na terra (Isaías, capítulo 35) Foi liberta de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. (Revelação 18:1-4) Muitas das coisas preditas em Revelação, o último livro da Bíblia, já foram cumpridas ou estão em vias de cumprimento. De modo que a fé e a esperança baseadas em tal fé bíblica têm sua finalidade, e uma vez que esta finalidade for plenamente atingida, elas cessarão. Pois bem, mas que dizer do amor? Ele permanece e permanecerá. Ao passo que o mundo está num estado de desintegração e os elementos do mundo estão prestes a se fundir por causa do intenso calor, o “vínculo de união”, baseado no amor de Deus, não será dissolvido. Ele ainda, está intato para com Deus e sua organização aprovada, e entre o restante do “pequeno rebanho” e a bem-vinda “grande multidão” das “outras ovelhas”. Mostra ser “perfeito”. O amor como “vínculo” é fruto do espírito de Deus.

      13. Por que nunca se extinguirá o amor?

      13 Deus é a personificação do amor; e visto que Deus nunca morre, o amor nunca morre. Diz-se corretamente: “Deus é amor.”

      14. Que verdade pode ser repetida quanto ao poder unificador do amor?

      14 Quanto ao poder unificador do amor, a verdade inspirada expressa em 1 João 4:8, 16, pode ser repetida e ampliada: “Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em união com Deus, e Deus permanece em união com ele.”

      15. Quando Deus criou o homem, o que o motivou, e por que pode o homem apreciar essa força motivadora e agir em concordância com ela?

      15 Por conseguinte, quando Deus produziu a primeira criatura humana na terra, ele foi motivado pelo amor para fazer isso. Conforme relata Gênesis 1:27: “E Deus passou a criar o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou.” Não era o caso de o primeiro homem ter tido a forma física de Deus, mas que ele foi dotado de qualidades tais como o próprio Deus tem, qualidades mentais, espirituais e de coração que o diferenciavam das formas inferiores de vida criada na terra. Por isso, esta criatura humana assim dotada podia apreciar o amor que seu Criador lhe tinha e podia reagir concordemente para com esse amor, assim como o filho para com o pai. Existia entre eles um vínculo familiar tornado realístico pela comunicação regular entre eles, apesar de o Pai ter sido invisível para o filho terreno, visto que nenhum homem pode ver a Deus e continuar vivo. Este fato foi mais tarde declarado por Deus a Moisés: “Homem algum pode ver-me e continuar vivo.” (Êxodo 33:20) Esta regra não foi mudada, porque mais de mil e quinhentos anos depois disso o apóstolo João escreveu a co-cristãos: “Nenhum homem jamais viu a Deus; o deus unigênito, que está na posição junto ao seio do Pai, é quem o tem explicado.” — João 1:18

      16. Com que correspondiam João e seus condiscípulos ao amor paternal de Deus, e como se mostrou o “vínculo de união” com respeito ao restante ungido e às “outras ovelhas”?

      16 Como filho de Deus, gerado pelo espírito, o apóstolo João estava numa relação familiar com Jeová Deus e o Filho dele, “o deus unigênito”, Jesus Cristo. João e seus co-cristãos correspondiam a afeição paternal de Deus com amor filial. Este amor era um “vínculo de união” entre eles e seu invisível Pai celestial. Amalgamou também os gerados pelo espírito como filhos espirituais de Deus, e como irmãos e irmãs cristãos. Examinando hoje este “vínculo de união”, vemos que mostrou ser “perfeito”, porque os membros do restante ungido apegam-se inseparavelmente uns aos outros como companheiros na adoração e testemunhas de Jeová Deus. Este amor os mantém na família de Deus e na fraternidade cristã. É digno de nota que seus companheiros de adoração no templo de Deus, os da “grande multidão” das “outras ovelhas” de Cristo, demonstram ter o mesmo amor inapagável que une tão perfeitamente as atuais Testemunhas de Jeová. Estejamos decididos a compartilhar a convicção do apóstolo Paulo, de que nenhuma “criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. — Romanos 8:38, 39.

      Qual É Sua Resposta?

      □ De que maneira deve toda família seu nome a Deus?

      □ Quem foi prefigurado por Jonatã?

      □ Por que é o amor maior do que a fé e a esperança?

      □ Como deve isso afetar a todos os que estão na congregação?

      □ Como nos liga o amor a Deus?

      [Foto na página 20]

      O profundo amor entre Davi e Jonatã prefigurou o amor entre os ungidos e as “outras ovelhas”.

  • Revistamo-nos de amor e usemo-lo
    A Sentinela — 1983 | 15 de março
    • Revistamo-nos de amor e usemo-lo

       1. De que devemos revestir-nos, e quando virá a maior prova para isso?

      VISTO que o amor é um “perfeito vínculo de união”, ele é a qualidade todo-importante de que nos devemos revestir-nos sem hipocrisia. Temos de usá-lo constantemente, em toda a sinceridade. Não é disfarce para ocultar o que realmente somos. Para nosso conselho hoje foram preservadas as seguintes palavras: “Seja o vosso amor sem hipocrisia. . . . Em amor fraternal, tende terna afeição uns para com os outros.” (Romanos 12:9, 10) A maior prova para a genuinidade do nosso amor, este “vínculo de união”, ainda virá — no futuro próximo.

       2. Pode-se alcançar o amor sem que haja algo preliminar?

      2 Agora, portanto, é o tempo oportuno para cultivarmos esse amor. Todas as medidas que levam a atingir esta qualidade precisam ser tomadas agora. É por isso que o apóstolo Paulo culminou sua recomendação de diversas coisas que os discípulos dedicados e batizados de Jesus Cristo precisam fazer por dizer: “Além de todas estas coisas, . . . revesti-vos de amor, pois é o perfeito vínculo de união.” (Colossenses 3:14) Portanto, o que são “estas coisas”, além das quais devemos revestir-nos de amor?

      COMO VENCER FATORES DIVISÓRIOS

       3. Segundo Colossenses 3:9-13, quais são as medidas que precisam ser adotadas para se alcançar o amor?

      3 Lá nos dias dos apóstolos Paulo e João havia aspectos ou fatores que poderiam terservido de motivo para divisões. Mas esses motivos anteriormente válidos tinham de ser desconsiderados agora, tinham de ser destituídos de sua importância e peso. Os cristãos constituíam todos uma só congregação, uma só unidade corporativa sob o único Chefe espiritual, Jesus Cristo. Todos os motivos carnais para criar divisões tinham de ser postos de lado. Os fatos espiritualmente unificadores tinham de ser mantidos em destaque. Em harmonia com isso, o apóstolo Paulo passou a dizer: “Desnudai-vos da velha personalidade com as suas práticas e revesti-vos da nova personalidade, a qual, por intermédio do conhecimento exato, está sendo renovada segundo a imagem Daquele que a criou, não havendo nem grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, estrangeiro, cita, escravo, homem livre, mas Cristo é todas as coisas e em todos. Concordemente, como escolhidos de Deus, santos e amados, revesti-vos das ternas afeições de compaixão, benignidade, humildade mental, brandura e longanimidade. Continuai a suportar-vos uns aos outros e a perdoar-vos uns aos outros liberalmente, se alguém tiver razão para queixa contra outro.” — Colossenses 3:9-13.

       4. Por que havia necessidade de que os membros da congregação do primeiro século se dessem bem uns com os outros, e por que motivo talvez não se fizesse caso de certas coisas?

      4 Em vista de todas essas diferenças acima mencionadas quanto à origem nacional e à formação religiosa, posição social, aspecto racial e de cor, havia dificuldades em eles se darem bem uns com os outros na congregação. Havia necessidade de compreensão e de fazerem concessões uns aos outros. Porque, embora tais coisas talvez tivessem importância para homens carnais, certamente não importavam para Deus e seu Filho, Jesus Cristo, que morreu pela humanidade numa época em que todas essas diferenças já se haviam desenvolvido e ainda persistiam. Naturalmente, homens de mente liberal, talvez por generosidade de alma, não fizessem caso de tais diferenças, agindo segundo princípios gerais. Isso talvez até mesmo fosse prudente, ou até mesmo simples e claro humanitarismo. Todavia, podia faltar o amor genuíno e altruísta.

       5. Mais do que quais coisas humanas comuns têm de evidenciar as Testemunhas de Jeová quando não fazem caso de coisas divisórias, demonstrando assim que estão em união com quem?

      5 Por este motivo, nós, seguidores dedicados e batizados Daquele que deu a sua vida humana perfeita a favor de todo tipo de homens, temos de evidenciar mais do que mero formalismo, amenidade, delicadeza, gentileza, humanitarismo; temos de ser motivados pelo amor sincero e desinteresseiro, como fruto do espírito de Jeová Deus. Este fruto procura os benefícios e o proveito dos outros. Alegra-se de fazer uma contribuição para o bem-estar espiritual e a felicidade dos outros. Demonstra que estamos em união com Deus, que é a personificação do amor. Há poder atraente em tal amor. Em harmonia com isso, 1 João 4:19 declara: “Amamos porque ele nos amou primeiro.”

       6. O que atrai os membros do “um só rebanho” uns aos outros, e em que não se baseia o fruto do espírito de Deus?

      6 Por conseguinte, quando os diversos elementos que constituem o “um só rebanho” sob o “um só pastor” expressam amor uns aos outros, isso os une fortemente e contrabalança a influência divisória das diversas formações dos membros do “um só rebanho”. Sentem-se atraídos uns aos outros por se terem revestido da “nova personalidade”. Todos eles têm o “um só espírito” que emana da única Fonte divina, o Deus e Dador de Vida de todos. O animador fruto do seu espírito é um amor que não se baseia no sexo ou em desejo egoísta, lascivo, mas baseia-se no apreço de coração pelas qualidades divinas da “nova personalidade”. Só ele funciona como “perfeito vínculo de união”, preservando a harmonia e a cooperação.

      UNIDOS PARA UMA OBRA ESPECIAL

       7. Desde 1914 há necessidade de que, da parte das Testemunhas de Jeová, e por motivo de que obra?

      7 Nesta data avançada na “terminação do sistema de coisas”, desde 1914, há necessidade de uma ação conjugada por parte das Testemunhas de Jeová, que não fazem parte deste sistema de coisas. Cabe-lhes dar testemunho mundial do desenvolvimento mais importante em toda a história humana. (Mateus 24:14; Marcos 13:10) A situação precisa assumir o aspecto notável que o apóstolo Paulo menciona como destacado nos seus dias. Trazendo isso à atenção em Colossenses 1:23, ele disse: “[A] esperança daquelas boas novas que ouvistes e que foram pregadas em toda a criação debaixo do céu. Destas boas novas eu, Paulo, tornei-me ministro.” E agora, todos vocês, ministros atuais das boas novas, que dizer da pregação similar das boas novas em toda a criação, reservada para o nosso tempo decisivo?

       8. Vemos hoje o cumprimento de que visão descrita por João em Revelação 14:6-12?

      8 Vemos hoje a execução do cumprimento da visão dada ao apóstolo João, descrita por ele em Revelação 14:6-12, nas seguintes palavras: “E eu vi outro anjo voando pelo meio do céu, e ele tinha boas novas eternas para declarar, como boas notícias aos que moram na terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com voz alta: ‘Temei a Deus e dai-lhe glória, porque já chegou a hora do julgamento por ele, e assim, adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.’ E seguiu outro anjo, um segundo, dizendo: ‘Caiu! Caiu Babilônia, a Grande, aquela que fazia todas as nações beber do vinho da ira da sua fornicação!’ E seguiu-lhes outro anjo, um terceiro, dizendo com voz alta: ‘Se alguém adorar a fera e a sua imagem, e receber uma marca na sua testa ou na sua mão, beberá também do vinho da ira de Deus, derramado, não diluído, no copo do seu furor, e será atormentado com fogo e enxofre, à vista dos santos anjos e à vista do Cordeiro. E a fumaça do tormento deles ascende para todo o sempre, e não têm descanso, dia e noite, os que adoram a fera e a sua imagem, e todo aquele que recebe a marca do seu nome. Aqui é que significa perseverança para os santos, os que observam os mandamentos de Deus e a fé que era de Jesus.’”

       9. Quando foi que as Testemunhas de Jeová viram o cumprimento da visão do apóstolo João e por que estavam então livres para proclamar as boas novas em toda a parte?

      9 Será que os do restante ungido, representados pelo apóstolo João, viram o equivalente moderno daquele anjo voando pelo meio do céu com “boas novas eternas”, que deviam ser declaradas a todos os habitantes da terra, sim, a cada nação, tribo, língua e povo, sem importar a cor? Sim, a partir de meados do ano de após-guerra de 1919. Foi então que se passou a cumprir a ordem mandatória de Jesus em Mateus 24:14. Possuía o restante sobrevivente então “boas novas eternas” para declarar em toda a criação debaixo do céu? Sim possuía! Tinham as boas notícias a proclamar sobre o estabelecimento do Reino de Deus por Cristo, nos céus, como tendo ocorrido no fim dos Tempos dos Gentios em 1914. E quão emocionantes foram as boas novas para o restante dos israelitas espirituais serem informados pelos acontecimentos do após-guerra que aquela que em especial os oprimia, Babilônia, a Grande, havia caído, perdendo seu poder sobre as Testemunhas de Jeová! Estavam assim livres para proclamar este grande ponto das boas novas a todas as pessoas que estavam em servidão religiosa, dizendo-lhes que saíssem de Babilônia, a Grande, e ajudando-as a fazer isso. — Revelação 18:4.

      10. Com que se associaram os que saíram de Babilônia, a Grande, e em que vínculo de união entraram?

      10 Uma “grande multidão” de amantes da liberdade já acatou as “boas novas eternas” e agiu de acordo com a convocação oportuna de sair do império mundial babilônico da religião falsa. Essas pessoas afluíram para o lado do restante liberto dos israelitas espirituais. Passaram assim a associar-se com a organização visível de Jeová e tornaram-se também Testemunhas de Jeová. Entraram no “perfeito vínculo de união”, o amor que é fruto do espírito de Jeová Deus. — Colossenses 3:11; Gálatas 5:22.

      11. O amor praticado pela cristandade tem sido para com quem, e quando adotarão as Testemunhas de Jeová exultantemente as palavras de Revelação 19:1, 2?

      11 A parte dominante de Babilônia, a Grande, é a chamada cristandade. Apesar de seu nome, ela não pratica o verdadeiro cristianismo e suas centenas de milhões de membros não são mantidos unidos pelo “perfeito vínculo de união”, conforme atesta a sua desunião na forma de muitas centenas de seitas e denominações religiosas. O amor de que a cristandade se revestiu é o amor aos amantes de Babilônia, a Grande, os elementos políticos e sociais deste mundo, com quem ela cometeu fornicação religiosa. Haverá realmente grande alegria quando ocorrer não a mera queda, mas a destruição total de Babilônia, a Grande, incluindo a cristandade, no tempo em que Deus ajusta contas com ela. As testemunhas Dele adotarão então exultantemente as palavras de Revelação 19:1, 2: “Louvai a Já! A salvação, e a glória, e o poder pertencem ao nosso Deus, porque os seus julgamentos são verdadeiros e justos. Pois ele executou o julgamento na grande meretriz que corrompia a terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue dos seus escravos.” A destruição dela como que por fogo será infindável, “para todo o sempre”. — Revelação 19:3.

      12. Até que Babilônia, a Grande, seja destruída as Testemunhas de Jeová têm de exercer que qualidade, e que espécie de frente têm de apresentar aos adversários da luz?

      12 No ínterim, enquanto Babilônia, a Grande, continua a existir pela permissão de Jeová, a situação terrestre dos que “observam os mandamentos de Deus e a fé que era de Jesus” obriga-os a terem “perseverança”. (Revelação 14:12) Eles têm motivo para aplicar a si mesmos as palavras de Jesus na sua profecia sobre a “terminação do sistema de coisas”, em Mateus 24:13, a saber: “Quem tiver perseverado até o fim é o que será salvo.” Estas palavras vêm logo depois da declaração precedente de Jesus: “Por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria esfriará.” (Mateus 24:12) O amor por parte das Testemunhas de Jeová as habilitará a perseverar até o fim do atual velho sistema de coisas. Quanto mais amor tiverem entre si e para com os que procuram entrar numa relação com Jeová Deus, tanto mais forte se tornará esse “perfeito vínculo de união”. Portanto, continuem, Testemunhas de Jeová, com o testemunho mundial a respeito do Reino nas 205 terras em que já estão trabalhando, visando alcançar mais outros países! É hora de apresentar uma frente unida ao inimigo. Temos de cerrar as fileiras e combater unicamente as forças da escuridão deste mundo.

      13. Que instrumento usado por Deus merece nosso contínuo apoio leal?

      13 Já por quase um século, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, EUA, tem sido o instrumento unificador usado por Jeová em prol de suas testemunhas. Tem sido um poderoso instrumento usado pela classe do “escravo fiel e discreto” para prover às Testemunhas de Jeová o seu “alimento [espiritual] no tempo apropriado”. (Mateus 24:45-47) É evidente que tem a bênção de Jeová, tendo 95 filiais e congêneres em toda a terra. Continua a merecer nosso apoio leal e nossa cooperação enquanto Jeová se agradar de usá-la. Quanto nós devemos a este instrumento!

      MANTENHAMO-NOS UNIDOS PELO AMOR

      14. Que espécie de vestimenta devemos continuar a usar, e, assim, por meio de que qualidade precisa o povo de Jeová mostrar que são testemunhas dele?

      14 Satanás, o Diabo, e seu mundo hostil continuarão a tentar romper nossas fileiras, mas o amor que é o fruto predominante do espírito de Deus continuará a mostrar sua perfeição como “vínculo de união”. Por assumirmos a “nova personalidade”, revestimo-nos de amor, assim como o apóstolo Paulo disse que devemos fazer, e temos de usá-lo continuamente como parte de nossa personalidade que leva a imagem de Deus. O Filho de Deus, quando deu as instruções finais aos seus discípulos, disse: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor entre vós.” (João 13:34, 35) Quão apropriadas eram essas palavras do Filho de Deus, porque seu Pai celestial, Jeová, é o amor personificado, e temos de fazer com que toda a humanidade saiba que somos realmente Suas testemunhas, por cultivarmos o fruto de Seu espírito, que é o amor!

      15. Expressando seu amor a Deus, a quem mais têm de amar as Testemunhas de Jeová?

      15 Para sermos coerentes no nosso amor a Jeová, temos de amar nossas co-testemunhas. Confirmando isso, 1 João 4:20, 21, nos faz lembrar: “Se alguém fizer a declaração: ‘Eu amo a Deus’, e ainda assim odiar o seu irmão, é mentiroso. Pois, quem não ama o seu irmão, a quem tem visto, não pode estar amando a Deus, a quem não tem visto. E temos dele este mandamento, que aquele que ama a Deus esteja também amando o seu irmão.”

      16. Por que não podem as Testemunhas de Jeová deixar de amar-se mutuamente, e por que o amor nunca será desarraigado da terra?

      16 Como exemplo deste princípio, as Testemunhas de Jeová da atualidade, sem tomar em conta se pertencem aos co-herdeiros gerados pelo espírito do Rei Jesus Cristo ou se pertencem à “grande multidão” das “outras ovelhas”, que têm por esperança o Paraíso terrestre, amam-se sinceramente uns aos outros. Como poderíamos deixar de amar os que amam a Jeová Deus e seu amado Filho Jesus Cristo? Nós deveras os amamos, e isso nos une com aquele “perfeito vínculo de união”. Apesar de tudo o que Satanás, o Diabo, e seu mundo iníquo possam empenhar-se a fazer para destruir esse fruto do espírito de Jeová, o amor nunca será desarraigado da terra. Os que continuarem a se revestir do amor até a destruição do atual sistema diabólico de coisas, serão protegidos pelo seu Deus leal durante a “grande tribulação”, que será tal como esta terra nunca viu. (Mateus 24:21; Gálatas 5:22) Desta maneira, apenas os que amam a Deus e a família dele, sua organização, sobreviverão e entrarão na terra purificada, que há de ser transformada num glorioso Paraíso. Este Paraíso nunca será eliminado, mas será sempre habitado e embelezado pelas personificações humanas do amor. O amor alcançará o triunfo eterno para a glória da Fonte divina de amor, Jeová Deus.

      Notou?

      □ Por que os cristãos do primeiro século podiam dar-se bem uns com os outros, apesar das diferenças de formação?

      □ Como se cumpre hoje Revelação 14:6-12?

      □ Como o amor afeta os dois grupos que constituem o “um só rebanho” de cristãos hoje em dia?

      □ Que instrumento Deus tem usado para ajudar seu povo?

      □ À luz de Colossenses 3:14, o que temos de estar decididos a fazer?

      [Foto na página 24]

      Sob direção angélica . . .

      [Foto na página 25]

      . . . as Testemunhas do Jeová têm hoje “boas novas eternas para declarar”.

  • O cérebro é muito superior
    A Sentinela — 1983 | 15 de março
    • O cérebro é muito superior

      Depois de 37 anos de desenvolvimento, o computador tem revolucionado a ciência, o comércio e a indústria. Agora se procura obter a “inteligência artificial” (ou: AI). Os pesquisadores aguardam o tempo em que microplaquetas (“chips”) de computador, chamadas de “circuitos integrados de escala muito grande” (ou: VLSI), com centenas de milhares ou até mesmo milhões de transistores, “comecem a chegar perto do tamanho dos próprios neurônios biológicos”, segundo disse Tom Alexander, na revista Fortune, numa série intitulada “Máquinas Pensantes”.

      Todavia, antes de alguém chegar apressadamente à conclusão de que o cérebro humano ficará em breve obsoleto, Alexander salientou que o cérebro contém uns 100.000 milhões de células neurônicas, cada uma sendo um VLSI superior, capaz de processar e armazenar enormes quantidades de informação. Não há perigo de que o cérebro seja substituído por computadores num futuro previsível.

      O mérito pela estrutura superior do cérebro, naturalmente, cabe ao projetista e criador do cérebro, Jeová Deus, que nos criou “dum modo atemorizante”. — Salmo 139:14.

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