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Quem é ministro de Deus?A Sentinela — 1981 | 15 de setembro
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e apreço de coração pela sua mensagem, e se tiverem dedicado incondicionalmente a Jeová, para fazer a vontade dele e para seguir os passos de Jesus Cristo, e se tiverem harmonizado sua vida com os requisitos e os princípios de Deus, serão admitidos ao batismo e serão assim ordenados como ministros. Há um válido precedente bíblico para tal procedimento. Porque foi só depois de Jesus se ter apresentado para o batismo que ele iniciou a sua carreira de ministro ungido de Deus, pregando as boas novas do reino de Deus. — Mar. 1:9-15.
Mas, será que há um motivo válido para se considerar o batismo, a imersão completa em água, como cerimônia adequada de ordenação?b Talvez não segundo os costumes prevalecentes na cristandade, mas certamente o há dum ponto de vista bíblico, assim como se pode ver no que diz a Cyclopœdia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature de M’Clintock e Strong (1877), Vol. VII, página 411, sobre o assunto. Segundo ela, a ordenação é “a nomeação ou designação de alguém para um cargo ministerial, quer com cerimônias acompanhantes quer sem elas . . . Uma investigação bíblica deste assunto não pode deixar de impressionar a mente hábil com a grande significância do fato de que nem o Senhor Jesus Cristo, nem quaisquer de seus discípulos deram ordens específicas ou fizeram declarações com referência à ordenação”. Os ministros, hoje em dia, não precisam dum diploma ou dum certificado de ordenação, assim como tampouco o apóstolo Paulo necessitou. — 2 Cor. 3:1-3.
O MINISTÉRIO DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Como efetuam as Testemunhas de Jeová seu ministério? Algumas servem como anciãos designados, e, como tais, pregam e ensinam nas suas congregações da tribuna e nas aulas bíblicas congregacionais realizadas nos lares das Testemunhas. Todavia, o método mais extensivo e mais distintivo usado pelas Testemunhas no seu ministério é o empregado pelos apóstolos e pelos outros discípulos primitivos de Jesus, em obediência à ordem dele: “Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai nela quem é merecedor . . . Ao entrardes na casa, cumprimentai a família; e, se a casa for merecedora, venha sobre ela a paz que lhe desejais.” — Mat. 10:11-13.
De maneira similar, o apóstolo Paulo distinguiu-se por pregar tanto às congregações como às pessoas nos seus lares. Conforme ele disse aos anciãos de Éfeso: “Bem sabeis como . . . não me refreei de vos falar coisa alguma que fosse proveitosa, nem de vos ensinar publicamente e de casa em casa. Mas, eu dei cabalmente testemunho, tanto a judeus como a gregos, do arrependimento para com Deus e da fé em nosso Senhor Jesus.” (Atos 20:18-21) Isto estabelece um bom precedente para os atuais ministros de Deus.
Quanto ao hodierno ministério realizado de casa em casa com o uso de tratados religiosos, a Corte Suprema dos Estados Unidos, no caso de Murdock v. Commonwealth of Pennsylvania (1943) decidiu: “A distribuição manual de tratados religiosos é uma forma milenar de evangelismo missionário — tão antiga quanto a história das prensas gráficas. . .. Esta forma de atividade religiosa ocupa a mesma elevada condição sob a Primeira Emenda que a adoração nas igrejas e a pregação dos púlpitos.”
Também na Corte de Apelação do Sétimo Circuito dos Estados Unidos, no caso de Ransom v. United States (1955), este tribunal declarou que não se podia “fazer validamente uma distinção . . . entre os ministros das Testemunhas de Jeová que pregam de porta em porta e nas esquinas das ruas, como sua vocação, e os ministros de crenças mais convencionais, que pregam dos púlpitos, ensinam em escolas paroquiais ou se empenham em diversas outras atividades religiosas para as suas igrejas”.
Lançaria o fato de estes ministros não devotarem todo o seu tempo ao ministério um reflexo desfavorável sobre a sua afirmação de serem ministros, significando que não estão habilitados como tais? De modo algum, porque até mesmo o apóstolo Paulo se empenhava em atividades seculares para sustentar a si mesmo e os com ele. (Atos 18:3, 4; 20:33, 34) Esta posição foi apoiada pela seguinte decisão da Corte de Apelação do Quinto Circuito dos Estados Unidos no caso de Wiggins v. United States (1958): “Os ministros das Testemunhas de Jeová não têm outra escolha senão empenhar-se em empreendimentos seculares para obter fundos para tornar o ministério sua vocação. . . . A prova . . . é . . . se ele, como vocação, de modo regular e não apenas ocasionalmente, ensina e prega os princípios de sua religião.”
Portanto, quem é ministro de Deus? São os cristãos dedicados e batizados que tomam por objetivo principal na vida o serviço prestado a Deus e ao próximo! (Mar. 12:28-31) Queira examinar os três artigos que seguem.
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Mulheres — podem elas ser “ministras”?A Sentinela — 1981 | 15 de setembro
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Mulheres — podem elas ser “ministras”?
HOJE em dia são cada vez mais as mulheres que ocupam os púlpitos protestantes. Em certa igreja, algumas mulheres compartilham o púlpito com o marido. Muitas freiras agitaram a opinião pública para que a Igreja Católica permitisse que mulheres também fossem ordenadas para o cargo de clérigo ou de sacerdote, mas, até o momento, o papa negou-se a aceder aos seus desejos.
Não importa o que a sabedoria humana possa ditar neste assunto ou quais as nossas próprias inclinações ou preferências, a ‘sabedoria de cima’, conforme expressa na Palavra de Deus, é o fator determinante no que se refere a todos os seguidores sinceros de Jesus Cristo. — Tia. 3:15-17
A Palavra de Deus mostra que Jesus Cristo estabeleceu o precedente por designar apenas homens para serem os 12 apóstolos e os 70 evangelistas (Mat. 10:1-4; Luc. 10:1) Em harmonia com este precedente, verificamos que o apóstolo Paulo limitou a designação de anciãos congregacionais (e de servos ministeriais) a homens. (1 Tim. 3:1-13; Tito 1:5-9) Além disso, lembrou a Timóteo: “Não permito que a mulher ensine ou exerça autoridade sobre o homem, mas que esteja em silêncio.” — 1 Tim. 2:12.
Todavia, à base de outros textos, torna-se evidente que esta restrição aplica-se apenas dentro da congregação. Que as mulheres podem ser pregadores, proclamadoras e ministras das “boas novas” fora das reuniões congregacionais pode ser visto na
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