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NiloAjuda ao Entendimento da Bíblia
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de terra. Assim, quando a vara de Moisés foi estendida, não só as águas do próprio Nilo, mas também a de seus canais e de seus banhados de juncos, e as “águas represadas”, converteram-se em sangue. — Êxo. 7:14-25.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS
Além de suprir água para as plantas e os animais domésticos, o Nilo era a fonte de água potável para os egípcios. (Êxo. 7:18, 21, 24) Exceto no estágio inicial de inundação, a água era bem agradável ao paladar. Ao longo dos canais e banhados de juncos do Nilo, cresciam em abundância papiros, fornecendo o material de escrita egípcio, sendo também usados para a construção de barcos. (Isa. 18:2) Os charcos e banhados de juncos eram o habitat de muitas aves selvagens que se alimentavam de rãs e de outras pequenas criaturas. (Êxo. 8:5, 9-11) Gravuras egípcias mostram a caça de aves sendo feita de pequenos barcos. As águas do Nilo também serviam para os banhos, como se registra que a filha de Faraó tomou. (Êxo. 2:5) Uma gravura egípcia apresenta uma cena bem similar de banho de uma mulher da nobreza, com suas quatro auxiliares.
O Nilo figurava com destaque nas defesas egípcias contra a invasão. Suas cataratas, ao S, tornavam difícil atacar o país pela direção da Núbia-Etiópia, ao passo que os charcos em torno do delta impediam a entrada de grandes exércitos vindos do continente asiático. Alguns peritos sugerem que a jactância do rei assírio, Senaqueribe, de que secaria todos os canais do Nilo com os pés representava a confiança dele em poder transpor os fossos defensivos, cheios de água, em torno das cidades e das fortalezas egípcias. — 2 Reis 19:24.
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NinhoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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NINHO
Local que uma ave ou um animal prepara para criar seus filhotes. Num sentido adaptado, qualquer moradia ou refúgio bem-abrigado, confortável ou aconchegado; uma pousada. — Pro. 27:8; Isa. 10:14; 16:2.
EMPREGO FIGURADO
Jeová trouxe à atenção de Jó Suas maravilhosas obras criativas, entre elas a águia, que “constrói o seu ninho no alto, que . . . reside num rochedo e passa a noite no pico dum rochedo e num lugar inacessível”. (Jó 39:27, 28) Menciona-se a águia também como ‘remechendo seu ninho’, evidentemente se referindo ao modo como uma águia provoca seu filhote a lançar-se no ar, e às vezes o empurra, para ensiná-lo a voar. Jeová trouxe similarmente Israel para fora do Egito como nação. Ele também demonstrou terno cuidado para com aquela jovem nação através de sua jornada pelo deserto, e enquanto se fixava na Terra Prometida, assim como a águia observa os filhotes, e cuida deles, durante suas lições de vôo. — Deut. 32:11; veja ÁGUIA.
Nas mensagens de julgamento contra Edom, Deus empregou o elevado ninho da águia qual símbolo da localização literalmente alta de Edom nas montanhas, bem como do orgulho e da presunção deste. — Jer. 49:15-18; Obd. 1-4; compare com a declaração de Deus contra a cidade de Babilônia, em Habacuque 1:6; 2:6-11.
Os cedros-do-líbano
A densa folhagem dos fortes cedros-do-líbano serviam como excelente local de nidificação; ali havia amplo abrigo e esconderijo o ano todo. O salmista citou isto qual exemplo das maravilhosas provisões de Deus para o bem-estar de suas criaturas. (Sal. 104:16, 17) Ezequiel empregou o majestoso cedro-do-líbano, onde “todas as criaturas voadoras dos céus faziam seus ninhos”, para representar o poderoso Faraó e sua massa de gente, um “cedro” para o qual muitos povos se voltavam em busca de proteção, mas que Deus abateria. — Eze. 31:2-6; compare com Daniel 4:12; Mateus 13:32.
Como ilustração, ao profetizar contra Jerusalém, Jeremias se referiu à majestade das árvores do Líbano e ao valor de sua madeira de cedro, empregada especialmente pelos reis e homens ricos na construção de suas casas. O palácio do rei de Judá e os edifícios governamentais em Jerusalém tinham sido construídos principalmente de cedro. Assim, Jeremias falou dos habitantes de Jerusalém como aqueles que ‘moravam no Líbano, aninhados nos cedros’. Mas, desta elevada posição, deviam ser rebaixados. — Jer. 22:6, 23.
Um lugar para ‘se deitar a cabeça’
Certas traduções traduzem a palavra grega kataskénosis como “ninho” (Al; ALA; CBC; Vozes); em realidade, ela se refere a um ‘lugar de descanso ou poleiro’, onde as aves se acomodam à noite, e não a um ninho para incubar ovos e criar os filhotes. Quando certo escriba disse a Jesus: “Instrutor, eu te seguirei para onde quer que fores”, Jesus replicou-lhe: “As raposas têm covis e as aves do céu têm poleiros, mas o Filho do homem não tem onde deitar a cabeça.” (Mat. 8:19, 20; Luc. 9:57, 58) Aqui Jesus indicava que, para ser seu seguidor, tal homem teria de abandonar a idéia de gozar os confortos e as comodidades comumente usufruídas, e tinha de confiar plenamente em Jeová.
UM “COMPARTIMENTO”
Em Gênesis 6:14, a palavra hebraica qinním (“ninhos”) é traduzida “pequenos quartos” (So) e “compartimentos” (Al; ALA; CBC; LEB; MC; NM; PIB; VB). Evidentemente, tratava-se de compartimentos relativamente pequenos na arca construída por Noé, e, similar aos ninhos das aves, serviam como proteção e abrigo durante o tempo crítico em que os homens e os animais, de outro modo, estavam indefesos.
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