A Bíblia Sagrada e nosso problema de sobrevivência
“No monte Sião e em Jerusalém estarão os que escaparem, como disse Jehovah, e entre os sobreviventes aquelles que Jehovah chamar.” — Joel 2:32.
1. No que se refere à arte de imprimir, que tributo apropriado coube ao livro mais famoso em toda a história?
JÁ NO oitavo século da nossa Era Cristã, os chineses da Ásia imprimiam com caracteres gravados de madeira. Na Europa, a impressão de literatura com tipos móveis foi inventada por volta de meados do século quinze, pouco antes do descobrimento da América. O primeiro livro que saiu do prelo do inventor foi a tradução do livro mais famoso de toda a história, a Bíblia sagrada, no idioma internacional daqueles tempos, o latim. Era um tributo apropriado ao valor e à importância deste grandioso Livro.
2. (a) Em que idioma se escreveu a maior parte da Bíblia sagrada, e a quem foi primeiro dada esta parte da Bíblia? (b) Na produção de que foi logo aproveitada a imprensa, e a circulação de que veio a ser sem igual?
2 A Bíblia sagrada fora escrita na maior parte no idioma dos antigos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, idioma que se chamava de hebreu, visto que Abraão era hebreu. Esta parte hebraica da Bíblia fora primeiro dada aos judeus ou israelitas; e estes, depois da invenção da imprensa na Europa, aproveitaram-se prontamente deste novo invento para reproduzir cópias dos seus inspirados Escritos Sagrados ou Escrituras Sagradas. Em 1477, uma impressora hebraica, na Europa, publicou uma edição de 300 exemplares de parte da Bíblia hebraica. Daí, em 1488, uma tipografia judaica, européia, produziu a primeira edição completa da Bíblia hebraica com sinais vocálicos e acentos. Desde então, a Bíblia sagrada, composta de sessenta e seis livros, tem atingido uma circulação que não tem paralelo em nenhum outro livro, em toda a história humana, a saber, mais de dois bilhões de exemplares, em mais de mil idiomas. Este livro mostrou, em todos os séculos de sua existência, que merece a atenção, o estudo e a obediência da parte de toda a humanidade.
3. Por que é a Bíblia introduzida nesta consideração, e que desenvolvimento colaborou na predita pregação de sua mensagem?
3 Mas, por que introduzir a Bíblia neste assunto? Que tem a Bíblia que ver com a sobrevivência de nossa raça? Tais perguntas são provavelmente feitas pelos que não conhecem o conteúdo da Bíblia. A resposta dada a elas pelos que conhecem bem a Bíblia tem de ser que a Bíblia tem muito que ver com a nossa sobrevivência no futuro ameaçador que nos confronta em nossa geração. Em vista disso, é apropriado que a Bíblia sagrada tenha hoje a maior circulação dentre todos os livros na existência do homem, em tão grande número de idiomas, tornando-a assim disponível a ser lida por mais de noventa pessoas dentre cada cem. O próprio Autor divino da Bíblia declara nela decididamente que a sua mensagem para os nossos dias deve ser pregada em toda aterra habitada, como aviso para as pessoas de todas as nações. Não é acidental que a ampla divulgação da Bíblia impressa, em tantas traduções, coopere em harmonia com este propósito divino. É do nosso interesse eterno examinar agora em toda a honestidade o que a Bíblia sagrada tem a dizer a respeito da nossa sobrevivência.
4. Nesta era de bombas atômicas, que pergunta de importância do momento veio a ocupar o primeiro plano, e que referência se fez a esta preocupação numa recente sessão da Conferência Nacional do Serviço Social, nos EUA?
4 Vivemos agora na era das bombas atômicas carregadas por foguetes que podem lançá-las à distância duma terça parte da circunferência do globo. A sobrevivência da humanidade na era atômica veio assim a destacar-se como suprema questão do momento. Estamos preparados para sobreviver? Esta questão foi levantada numa sessão da Conferência Nacional do Serviço Social, em Atlantic City, Nova Jersey, E. U. A., em 8 de junho de 1960. Um correspondente do Times de Nova Iorque fez uma reportagem sobre isso; e no dia seguinte ela foi publicada sob o cabeçalho: “OS ESPECIALISTAS DA MENTE ACHAM OS HUMANOS DESPREVENIDOS PARA A SOBREVIVÊNCIA ATÔMICA.” Este artigo relatou o discurso dum ex-diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, o Dr. Brock Chisholm, de Vitória, Colúmbia Britânica. Ele disse na conferência que ‘nunca antes ninguém se precisava preocupar com a sobrevivência da inteira raça humana. Portanto, o homem se encontra agora numa crise tão grande como as formas de vida que foram aniquiladas nos tempos pré-históricos [tais como os dinossauros]. Até agora, os homens preocupavam-se apenas com a sobrevivência de pequenos grupos, tais como a família, a clã, a cidade e o estado.’ — Times de Nova Iorque, 9 de junho de 1960.
5. (a) Como se lançou então um desafio indireto contra a Bíblia? (b) Qual é a posição da Bíblia com respeito às tradições duma catástrofe global, e que catástrofe global, a que a humanidade sobreviveu, relata ela?
5 Veraz como isso seja, contudo, este especialista em questões de saúde mental desafiou indiretamente a Bíblia sagrada no que se refere à sobrevivência. De que maneira? Ele disse, segundo se noticiou, que ‘a sobrevivência do homem na era nuclear é duvidosa, porque não há tradição para ela’. No entanto, hoje em dia, em todo o globo terrestre, até mesmo em lugares grandemente separados, há tradições duma catástrofe global, geralmente por água, à qual a raça humana sobreviveu apenas em alguns sobreviventes humanos. A Bíblia, porém, em vez de nos fornecer meras tradições, apresenta o próprio registro de tal catástrofe global em tempos históricos e como a nossa família humana foi preservada através dela em poucos membros dela, para sobreviver até hoje. A Bíblia sagrada não depende destas muitas tradições de povos diferentes; o registro bíblico é apenas corroborado por tais tradições. O registro bíblico não se apropriou de nada de tais tradições transmitidas desde a antiguidade; nem é o registro bíblico alguma modificação de quaisquer tradições, tais como o mito ou a Epopéia Babilônica de Gilgames. A catástrofe que então causou preocupações com a sobrevivência da inteira raça humana foi o dilúvio global no século vinte e quatro antes da nossa Era Cristã. A raça humana sobreviveu a ele na pessoa de nosso antepassado comum, Noé, e seus três filhos, bem como as esposas dos quatro. Oito almas! Dos três filhos de Noé derivam-se os três grandes ramos da humanidade.
6. Em que livro bíblico foram incluídos os relatos de testemunhas oculares do Dilúvio, e quem começou a escrita da Bíblia e quem a terminou?
6 No primeiro livro da Bíblia sagrada, chamado “Gênesis”, temos os relatos das testemunhas oculares do grande dilúvio, Noé e seus três filhos. Os relatos deles foram por Moisés, o profeta hebreu, incorporados nos seus escritos de Gênesis. (Veja-se Gênesis 5:32 a 10:1.) Gênesis é o primeiro dos sessenta e seis livros da Bíblia completa; e todos estes livros foram escritos durante um período de aproximadamente 1.610 anos. Foi em 1513 A. C. que Moisés iniciou a escrita destes sessenta e seis livros inspirados, e os fiéis seguidores de Jesus Cristo terminaram a escrita por volta do ano 98 da Era Cristã.
7, 8. (a) Que recente descoberta arqueológica confirma a aceitação da história de testemunha ocular do Dilúvio por outros escritores bíblicos? (b) Que diz a página-coluna 48 do pólo a respeito do Dilúvio, e como apóia Ezequiel o Dilúvio como história?
7 A história contada pelas testemunhas oculares sobre o Dilúvio nunca foi rejeitada pelos outros escritores inspirados da Bíblia sagrada. Uma recente descoberta arqueológica apoia este fato, a saber, o Rolo do Mar Morto da profecia de Isaías, encontrado em 1947 e calculado em mais de 2.000 anos de idade. Este profeta hebraico escreveu a sua série de profecias no oitavo século antes da Era Cristã (por volta de 775-732). Isaías, que escreveu e falou em nome de seu Deus, Jeová, confirmou a historicidade do dilúvio dos dias de Noé.
8 A página-coluna 45 do Rolo do Mar Morto de Isaías assegura-nos que a sobrevivência de toda a raça humana nunca mais será ameaçada por um dilúvio global. Esta página do Rolo do Mar Morto diz para o nosso conforto hoje em dia: “‘Isto é para mim exatamente como os dias de Noé. Exatamente assim como jurei que as águas de Noé não mais passariam sobre a terra, assim jurei que eu não ficaria indignado para contigo nem te repreenderia. Pois os próprios montes poderão ser removidos e as próprias colinas poderão cambalear, mas a minha benevolência não será removida de ti, nem cambaleará o meu pacto de paz’, disse Jeová, Aquele que tem misericórdia de ti.” (Isa. 54:9,10, NM) Também o profeta Ezequiel, que escreveu um século depois de Isaías, refere-se três vezes a sobrevivência de Noé, e assim corrobora que Noé foi figura histórica. — Eze. 14:14, 18, 20.
9. O nascimento milagroso de quem foi predito por Isaías, e como profetizou este a sobrevivência de nossa raça como problema para os nossos dias, assim como foi nos dias de Noé?
9 O profeta Isaías predisse o nascimento terrestre e as experiências do Messias ou Ungido, a quem Jeová Deus prometeu enviar para salvar a humanidade da extinção eterna. Estas profecias de Isaías cumpriram-se em Jesus Cristo, que, na terra, teve um miraculoso nascimento virgem. Também Jesus Cristo confirmou a realidade do Dilúvio. Como podia fazer isso? Ora, como Filho de Deus, ele o tinha observado na sua existência pré-humana no céu. Profetizando que a sobrevivência de toda a raça humana seria novamente um problema, em nossos próprios dias, assim como foi nos dias de Noé, Jesus Cristo disse: “Concernente àquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas somente o Pai. Pois assim como foram os dias de Noé, assim será a presença do Filho do homem. Porquanto, assim como as pessoas eram naqueles dias anteriores ao dilúvio, comendo, bebendo, casando e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e não fizeram caso, até que veio o dilúvio e as varreu a todas, ‘assim será a presença do Filho do homem.” Estas palavras eram parte da sua profecia sobre a evidência visível que marcaria o tempo do fim do atual sistema de coisas. — Mat. 24:36-39; veja-se também Lucas 17:26, 27, NM.
10. Como expressou o escritor da carta aos hebreus a importância da fé quanto à sobrevivência da nossa raça?
10 A fé no Deus Todo-poderoso é importante para a sobrevivência da raça humana. Em confirmação disso, o escritor da carta aos hebreus declarou: “Pela fé, Noé, depois de ser divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, mostrou temor piedoso e construiu uma arca para o salvamento da sua família, e, por esta fé, condenou o mundo e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé.” — Heb. 11:7, NM
11. Como disse Pedro que a família humana escapou apenas por um triz de ser aniquilada no Dilúvio?
11 Mostrando como a inteira família humana escapou apenas por um triz de ser aniquilada no dilúvio global, Simão Pedro, companheiro pessoal de Jesus Cristo, escreveu sobre isso nas suas duas cartas contidas na Bíblia. Na sua primeira carta, Pedro disse: “A paciência de Deus estava esperando nos dias de Noé, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, isto é, oito almas, foram levadas a salvo através da água.” (1 Ped. 3:20, NM) Pedro, na sua segunda carta, diz a respeito deste ato estupendo de Deus: “Não hesitou em punir um mundo antigo, mas guardou a salvo a Noé, um pregador da justiça, com outras sete pessoas, quando trouxe um dilúvio sobre um mundo de pessoas ímpias.” “Existiram céus na antiguidade e uma terra, ressaltando compactamente da água e no meio da água, pela palavra de Deus, e, por esses meios, o mundo daquele tempo sofreu destruição, ao ser inundado com água.” — 2 Ped. 2:5; 3:5, 6, NM.
12. O que torna tão notável que a humanidade tenha sido preservada através do Dilúvio, em vista do livramento das energias da natureza?
12 Imagine aquela pequena parcela da humanidade ser preservada viva através do livramento tão terrífico das energias naturais sob o controle de Deus! Até mesmo hoje em dia, os furacões, como energias soltas, ainda são um mistério. “As energias que estão envolvidas num furacão tornam insignificantes as das maiores bombas de hidrogênio. Por isso será difícil o controle de tais tempestades”, disse um artigo sobre furacões, no Times de Nova Iorque, em 4 de outubro de 1959. Ainda não se sabe cientificamente o que dá início a tal tempestade e a mantém em operação. Mas o Deus Todo-poderoso, Jeová, iniciou o Dilúvio e foi responsável pelo seu alcance global. Todas as bombas atômicas e de hidrogênio agora armazenadas pelas quatro potências nucleares são apenas uma pequena fração de toda a energia dinâmica liberada no dilúvio dos tempos de Noé. As águas que caíram do céu por quarenta dias e quarenta noites inundaram a terra inteira até a altura de quinze côvados por cima das montanhas mais altas. (Gên. 7:19, 20) Contudo, através de tudo isso, Deus manteve viva a nossa raça humana e as formas de vida animal e aviária, por isso é que nós estamos hoje aqui!
13. Em vista disso, por que não há necessidade de se duvidar da sobrevivência do homem na era nuclear?
13 O relato bíblico nos informa sobre isso, e ele não se baseia na tradição, mas no relato de testemunhas oculares, cuja veracidade é também atestada por vários escritores bíblicos, sim, até mesmo pelo próprio Filho de Deus. Deveras, não há necessidade de termos dúvidas sobre a ‘sobrevivência do homem na era nuclear’, porque temos mais do que apenas tradição para nos afirmar isso.
O QUE ESTA GERAÇÃO ESTÁ ENFRENTANDO
14, 15. (a) Que esperança oferecem os eventos com relação ao Dilúvio à humanidade atual? (b) Como podemos saber com certeza se enfrentamos outro dilúvio global ou não?
14 Os eventos do dilúvio dos dias de Noé oferecem esperança da continuação da vida humana na terra à humanidade que novamente se preocupa com a sobrevivência da raça. Aquele dilúvio não é apenas um fato da história bem antiga. A situação por ocasião daquele dilúvio prefigurou a nossa própria situação hoje, segundo as palavras proféticas de Jesus Cristo, o Filho de Deus. O fato é que o nosso mundo ou sistema de coisas conta a sua duração desde aquele dilúvio em que Deus destruiu o antigo mundo ímpio, que datou desde a queda da humanidade no pecado. Não é que hoje estejamos enfrentando outro dilúvio desde o céu; que submerja até mesmo a cordilheira do Himalaia. Jeová Deus, quem causou o dilúvio dos dias de Noé, assegura-nos este fato. O último arco-íris que vimos nas nuvens é uma garantia disso. Depois de Noé e sua família terem saído da arca, no alto do monte Ararat, Deus disse a Noé e sua família, enquanto eles estavam junto ao seu altar de adoração:
15 “Dou o meu arco-íris na nuvem, e ele tem de servir como sinal do pacto entre mim e a terra. E ocorrerá que, quando eu trouxer uma nuvem sobre a terra, então aparecerá certamente o arco-íris, na nuvem. E eu certamente me lembrarei do meu pacto entre mim e vós, e toda alma vivente entre toda a carne, e as águas não se tornarão mais um dilúvio para arruinar toda a carne.” — Gên. 9:13-15, NM.
16. (a) Quanto à existência da nossa terra, como são os cientistas e os astrônomos refutados pela Palavra de Deus? (b) A que estado de coisas chegamos; segundo declarações de porta-vozes do mundo
16 O que é que nós enfrentamos então agora, que torna nossa sobrevivência problemática? Naturalmente, a nossa geração não precisa temer o que os cientistas e astrônomos predizem, a saber, que o nosso planeta se transforme em cinzas sem vida, pois eles calculam que tal catástrofe global imaginária está situada a bilhões de anos no futuro. Contradizendo tais cientistas e astrônomos, Jeová Deus, o Criador da terra, diz na sua Bíblia: “Fundou a terra sobre seus lugares estabelecidos; ela não será abalada por tempo indefinido, para sempre.” (Sal. 1014:5, NM) “A terra permanece por tempo indefinido.” (Ecl. 1:4, NM) Mas, os estadistas, os militaristas e os porta-vozes informados do mundo continuam a dizer-nos o que eles acham que toda a nossa raça humana terá de enfrentar agora. Segundo eles, encontramo-nos agora num mundo em que é perigoso demais viver.
17. Que disse o Registro do Congresso dos Estados Unidos sobre a possibilidade da destruição do mundo?
17 O Registro do Congresso dos Estados Unidos disse em 13 de junho de 1960, na página A 5022: “O Senador. Kennedy . . . citou recentemente algarismos que significariam que o nosso arsenal contém agora o equivalente de 1.250.000 bombas do tipo que nivelou Hiroxima. Isto foi substancialmente confirmado por Thomas E. Murray, ex-membro da Comissão de Energia Atômica, quando ele disse que temos agora armas bastantes para destruir o mundo.” Isto não inclui as armas atômicas de outras nações.
18. Que disse um famoso professor americano sobre as dúvidas dos norte-americanos quanto à sobrevivência e sobre o gasto de grandes quantidades de valores no desenvolvimento de armas?
18 Num artigo intitulado “Objetivo Nacional: Conceito de Rossiter — Uma Convocação Para se Erguer Acima dos Interesses Próprios Para Ajudar a ‘Toda a Raça Humana’”, publicado no Times de Nova Iorque, em 13 de junho de 1960, o Professor Clinton Rossiter declarou que o povo norte-americano está assediado por dúvidas sobre a sua “capacidade de prosperar e talvez até de sobreviver”; e que, embora possamos afastar uma crise de guerra que seria pior do que a própria guerra, o povo norte-americano “ficou numa profunda crise de paz que não é nenhuma paz. Nós aplicamos uma quantidade espantosa de dinheiro, recursos, perícia e energia no desenvolvimento e na produção de armas, que oramos a Deus para nunca usar.”
19. Que disse um famoso físico norte-americano sobre o enterro dos nossos mortos depois de outra grande guerra e uma nova causa adicional para uma guerra desastrosa?
19 O Dr. J. Robert Oppenheimer, famoso físico norte-americano, disse num conclave internacional, realizado sob os auspícios do Congresso da Liberdade Cultural, em Berlim, na Alemanha, em 16 de junho de 1960, que todos os povos deviam hoje saber que no caso de outra grande guerra, “ninguém de nós pode contar que tenhamos suficientes vivos para enterrar os nossos mortos”. Ele continuou: “Nesta década, a capacidade mortífera, o potencial destrutivo, das armas atômicas acumuladas tem aumentado mais de cem vezes — quanto mais, talvez nem seja permissível nem relevante dizer. Atualmente . . . eles acrescentaram a casualidade à ira, como outra causa dum desastre.” — Times de Nova Iorque, 17 de junho de 1960.
20. Qual foi a questão máxima da campanha das eleições presidenciais nos Estados Unidos, em 1960, segundo um jornal socialista de Nova Iorque?
20 Em grandes manchetes na primeira página de sua edição de 21 de maio de 1960, referentes à campanha das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o jornal socialista Weekly People, da cidade de Nova Iorque, proclamou: “A SOBREVIVÊNCIA DA HUMANIDADE É A QUESTÃO MÁXIMA DA CAMPANHA DE 1960.”
21. Que pensou o vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1959 sobre as perspectivas do mundo nos próximos dez anos?
21 Em 1960, o vencedor do Prêmio Nobel de Paz de 1959, Lorde Philip Noel-Baker, autoridade governamental britânica, disse: “Acho bastante provável . . . que dentro de dez anos os governos não se terão desarmado, teremos tido uma guerra nuclear; nós, nossos, filhos e nossos netos estaremos todos mortos, e o mundo girará como globo sem vida, radioativo e incinerado, através da eternidade.” — Times Magazine de Nova Iorque, 14 de agosto de 1960.
22. Que é a chamada guerra CBR e o que se lhe atribui?
22 Agora se fala sobre a chamada guerra CBR, a guerra química bacteriológica e radiológica, noticiando-se que certo coronel norte-americano, diretor do Curso de Orientação Sobre as Armas CBR do Exército dos Estados Unidos, declarou: “Eu sou entusiasta da guerra biológica e química. Acho-a formidável. É mais humana do que tudo o mais que temos.” (Herald Tribune de Nova Iorque, 29 de agosto de 1960) A guerra CBR é lucrativa, porque deixa intatas as propriedades materiais do inimigo que mata.
23. Que disse o então presidente dos Estados Unidos. à décima quinta sessão da Assembléia Geral da ONU quanto à necessidade do desarmamento?
23 Falando na histórica décima quinta sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas, na cidade de Nova Iorque, na manhã de quinta-feira, 22 de setembro de 1960, o então presidente estadunidense, General Eisenhower, disse perante a maior reunião de estadistas já presentes numa sessão da ONU: “Mas os armamentos precisam também ser controlados aqui na terra, se há de haver garantia da sobrevivência da civilização.”
24. Segundo tais porta-vozes destacados, qual é a perspectiva para este mundo, e como é este conceito confirmado pela menção de certas armas, no edifício do Pentágono?
24 Estas são apenas amostras das diversas declarações de homens informados e destacados do mundo, declarações que não devem ser menosprezadas. Segundo o que eles mesmos declaram, seu sistema mundial está condenado à destruição pelos seus próprios meios. É bastante expressivo deste conceito sobre este mundo excessivamente armado que em Arlington, na Virgínia, defronte de Washington, D. C., no edifício do Pentágono, onde se encontra a maior parte dos escritórios centrais do Exército dos Estados Unidos, as pessoas falam de “armas do Dia de Juízo”.
25. Que pergunta fazemos com indignação, e como se puseram assim as nações em conflito direto com o Criador do homem?
25 Perguntamos indignados: Que grupo de fomentadores de guerra, cientistas ou governantes políticos tem o direito de causar a destruição de toda a raça humana, ou até mesmo ameaçar a sua existência e tornar muito problemática a sua sobrevivência? Trata-se duma ameaça de genocídio em escala mundial, a destruição de todo o genus homo, o gênero humano, o assassinato da família humana.a O fato de que a família humana de nações culpadas de sangue se armaram com os meios de fazer esta coisa horrenda tem levado as nações a um conflito direto com o Criador do homem, Jeová Deus. O objetivo dele é que a família humana habite nesta terra em paz e felicidade para todo o sempre. “Não matarás”, diz o sexto dos seus Dez Mandamentos dados por intermédio do seu profeta Moisés. “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si”, disse João, o apóstolo cristão, adorador de Jeová Deus. — Pro. 20:13; 1 João 3:15, ALA.
26. A quem ameaçam as nações cheias de ódio com destruição, e, portanto, em que dia entraram e com que expectativa?
26 Ao destruírem a família humana, as nações mundanas, cheias de ódio, não só destruiriam os seus próprios povos patrióticos e nacionalistas, mas também os servos fiéis de Jeová, que não são deste mundo, mas que são a favor do novo mundo justo de Deus. Jeová Deus nunca permitirá esta destruição dos seus servos por nações que se opõem ao seu propósito. (Sal. 145:20) Por terem chegado a esta situação que ameaça o mundo, as nações terão de prestar contas, não às Nações Unidas, nem à sua Corte Internacional de Justiça, mas ao Criador, o Deus e “Juiz de toda a terra”. (Gên. 18:25, Al) As nações já entraram no seu dia de juízo perante Deus. Precisam esperar a execução do juízo da parte dele.
27. Que ilustração solene há de tal vindoura execução de juízo, e que diz Pedro quanto a que se deve esperar?
27 Conseqüentemente, todas as nações deste mundo injusto enfrentam a execução do juízo divino. A execução do juízo de Jeová Deus, nos dias de Noé, sobre o antigo mundo de pessoas ímpias é uma ilustração solene do que o mundo violento e ímpio da atualidade pode esperar. O mundo atual teve o seu início depois do Dilúvio que inundou a terra segundo a Palavra de Deus. O apóstolo Pedro disse: “Pela mesma palavra, os céus e a terra que agora existem se guardam para o fogo e estão sendo reservados para o dia do juízo e da destruição dos homens ímpios.” — 2 Ped. 3:7, NM.
28, 29. Por que podemos fazer sem hesitação tal comparação das execuções de juízo?
28 As nações soberanas deste mundo, governadas por homens, vêem-se assim confrontadas por algo comparável ao Dilúvio dos dilúvios nos dias de Noé. Podemos dizer isso sem hesitação, segundo as palavras proféticas do próprio Jesus Cristo. Sua referência à execução de juízos, conforme relatada pelo seu discípulo Lucas, reza:
29 “Assim como aconteceu nos dias de Noé, assim será nos dias do Filho do homem: comiam, bebiam, os homens casavam-se, as mulheres eram dadas em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e os destruiu a todos. . . . Do mesmo modo será no dia em que o Filho do homem for revelado.” — Luc. 17:26-30, NM.
30. Por que temos tanto mais razão para crer nas palavras de Jesus referentes a isso, e como enfatizou ele que esta seria a pior tribulação do homem?
30 Temos toda a razão para crer nestas palavras, pois Jesus Cristo não se esquecerá que as proferiu, quando for revelado como juiz executor da parte de Deus, que precisa julgar os vivos e os mortos. Outrossim, Jesus Cristo é um profeta fidedigno, pois na sua profecia sobre o fim deste sistema mundial de coisas ele predisse os eventos e as condições mundiais que ocorreram desde 1914 E. C. Se não tivesse feito isso, tampouco nos teria dito como poderíamos esperar sair desta calamidade mundial. Esta será a pior tribulação para o homem, em que estará em jogo a própria sobrevivência das pessoas de carne e. sangue, pois ele disse nesta mesma profecia: “Porque haverá então grande tribulação, tal. como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem jamais ocorrerá de novo. De fato, se aqueles dias não fossem abreviados, não se salvaria nenhuma carne; mas, por causa dos escolhidos [da escolha de Deus] serão abreviados aqueles dias.” E ele acrescentou: “Em verdade vos digo que de modo nenhum passará esta geração sem que sucedam todas essas coisas.” — Mat. 24:21, 22, 34, NM.
31. Por que falou Jesus desta geração?
31 Visto que estes eventos começaram em 1914 E. C., a geração da humanidade que ainda vive desde aquele ano é a geração a que Jesus Cristo se referiu. Já vimos o cumprimento das fases que abalam o mundo mencionadas com “sinal da . . . presença [invisível de Cristo] e da consumação do sistema de coisas”. (Mat. 24:3, NM) Que fases? A Primeira Guerra Mundial, que fracassou em ser a “guerra para acabar com todas as guerras”; fomes e falta de víveres; terremotos; a perseguição dos seguidores verdadeiros e obedientes de Cristo; o aparecimento de falsos profetas religiosos na cristandade; o aumento alarmante do que é sem lei; a fuga de todos os verdadeiros cristãos para o lugar real de segurança e sobrevivência, em conseqüência da observação e compreensão do sinal predito da vindoura desolação; e, apesar de toda a perseguição e dos maus tempos e das más notícias, a pregação das boas novas do reino do próprio Deus, “em toda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas as nações”. (Mat. 24:7-28, NM) A ocorrência destas coisas desde 1914 é do conhecimento de milhões de pessoas desta geração. Acha-se também nos registros públicos, para o exame de todo aquele que quiser investigar isso.
32. Por que é a sobrevivência um problema desta geração?
32 Nós somos, pois, a geração que não passará sem que se cumpra esta “grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem jamais ocorrerá de novo”. A sobrevivência é assim problema nosso, os desta geração.
[Nota(s) de rodapé]
a Genocídio tem sido definido como “intenção de destruir um agrupamento humano, nacional, étnico, racial ou religioso”. — Lello.