Quando Deus Fôr Rei Sôbre Tôda a Terra
570.932 pessoas ouviram êste discurso público na Assembléia “Boas Novas Eternas” em todo o mundo.
1. (a) O que comumente querem os povos de tôda a parte? (b) Com que perguntas oportunas nos confrontamos nesta questão?
OS POVOS de todo o globo querem melhorias nos governos que os regem. Há homens convictos de que podem produzir as melhorias desejadas nos governos e êles querem ser o govêrno, insistindo neste sentido. Suponhamos que os povos de tôdas as partes recebessem a liberdade de escolha e houvesse eleições livres, em que tôdas as pessoas adultas pudessem votar sem mêdo, em que homem tôdas votariam para ser rei ou regente delas? Que homem quereria mesmo a maioria das pessoas ter como regente de tôda a terra? Será que algum homem ou grupo de homens proeminentes nos assuntos do mundo pode recomendar um candidato para tal cargo? Há algum homem que desfruta a confiança de estar qualificado para tal empreendimento de importância mundial? Poderia algum homem provar-se competente para tal empreendimento? E depois de sua morte, que outro homem poderia substituí-lo? Terão os povos de continuar divididos para sempre em tantos grupos nacionais, cada um dentro de suas próprias fronteiras sagradas, com seus próprios dominadores e com a sua própria espécie de govêrno e de leis? Estas são perguntas práticas. Ao examiná-las, compreendemos a difícil situação de tôda a humanidade.
2. Como é que as pessoas realistas vêem o govêrno de um só homem?
2 Atualmente, muitas pessoas realistas crêem que é perigoso confiar o govêrno mundial a um homem, mesmo que fôsse assistido por um gabinete de homens encarregados de diversas repartições. Os que conhecem e compreendem a imperfeita e egoísta natureza humana evitam tal idéia. O cargo de um govêrno mundial é elevado demais para qualquer homem.
3. Descreva alguns dos problemas com os quais se confrontam os governos atuais.
3 O que devemos fazer então, visto que a necessidade de um govêrno unido sôbre tôda a humanidade aumenta cada vez mais? Os gastos de operação de um governo nacional local aumentam ano após ano. O problema da falta de emprêgo para homens e mulheres capazes ganharem a vida torna-se cada vez mais complicado ao passo que se espalha o uso de máquinas para o serviço humano. A espantosa marcha em que a raça humana aumenta sem contrôle de natalidade e pela ajuda que se dá para os idosos viverem mais, suscita a questão sôbre como sustentar a todos quando a pequena terra ficar mais povoada. Ninguém deseja diminuir a população da terra, matando o excesso de pessoas com uma terceira guerra mundial. Teme-se que, com a atual preparação militar, tal guerra mundial mataria gente demais; de fato, ela mataria tôda a humanidade, a despeito de abrigos subterrâneos contra ataque nuclear. Aparentemente está dentro do poder da humanidade atual cometer suicídio mundial. A situação parece impossível!
4-6. (a) Qual poderia ser a opinião geral se fôsse apresentada uma sugestão de se tentar produzir uma criança perfeita? (b) Foi tal coisa impossível para Jeová? (c) O que foi que Jeová fêz neste sentido?
4 Hoje em dia a ciência médica procura melhorar o nascimento humano. Suponhamos então que tentássemos produzir uma criança perfeita de uma môça solteira, na melhor forma física e mental, mas sem que ela coabitasse com um homem e sem o que chamam de “inseminação artificial”. Impossível, diriam todos. Houve certa vez a necessidade de se produzir uma criança assim aqui mesmo sôbre a terra. Para o homem tal coisa era então impossível, mesmo como o é hoje. Mas foi feito. Não se provou impossível.
5 Não impossível para quem? Não impossível para o Criador do homem, que também é o Criador de tôdas as coisas no céu e na terra, das coisas vistas e das não vistas. Há quase dois mil anos atrás êle enviou o seu mensageiro chamado Gabriel, procedendo dos céus invisíveis para anunciar o nascimento de uma criança que algum dia se tornaria rei de tôda a terra. O mensageiro angélico Gabriel localizou uma môça que seria a mãe dêste futuro rei. Ela era uma jovem môça solteira da pequena aldeia de Nazaré, cêrca de cento e vinte quilômetros ao sudoeste da antiga cidade de Damasco, na Síria. A môça virgem era descendente de um rei chamado Davi, que reinou na antiga cidade de Jerusalém, no lugar que hoje fica no país da Jordânia. Mas a linhagem real de sucessores de Davi tinha sido dominada e destronada mais de seiscentos anos antes da vinda do mensageiro celestial. Era então o tempo de o Criador produzir o descendente do Rei, Davi, que deveria assentar-se no trono de tôda a terra para o bem de tôda a humanidade. Disse o anjo Gabriel à virgem:
6 “Não temas, Maria, pois achaste favor diante de Deus; e eis que conceberás na tua madre e darás à luz um filho, e deves dar-lhe o nome de Jesus. Êste será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e êle reinará sôbre a casa de Jacó [seu antepassado] para sempre, e não haverá fim do seu reino.”
7. Qual foi a reação da jovem e solteira Maria?
7 Sendo que Maria não era casada e visto que o anjo Gabriel nada lhe disse sôbre um marido, ela não podia ver como poderia ser mãe do rei eterno. Disse ela a Gabriel: “Como se há de dar isso, visto que não tenho relações com um homem?”
8, 9. Como foi que Gabriel tranqüilizou a Maria e mais tarde a José?
8 Então, para explicar como se daria o único nascimento virgem em registro, o anjo Gabriel disse a Maria: “Espírito santo virá sôbre ti e poder do Altíssimo te encobrirá. Por esta razão, também, o nascido será chamado santo, Filho de Deus. . . . porque para Deus nenhuma declaração será uma impossibilidade.” Maria concordou em deixar que Deus cumprisse a sua vontade para com ela. — Luc. 1:26-38.
9 A declaração de Deus a Maria mediante o anjo Gabriel não se provou uma impossibilidade, não, não para o Deus Altíssimo. Algum tempo depois, Maria, embora ainda solteira e não vivendo com um homem, achou-se grávida. Desconhecendo o poder de Deus para produzir um nascimento virgem de seu Filho na terra, o povo pensou que Maria tivesse violado imoralmente a sua virgindade. Mas um anjo de Deus corrigiu o mal juízo de José de Nazaré e êle casou-se com Maria.
10. De que significância foi Jesus ter nascido em Belém?
10 Cerca de seis meses depois de José a receber, Maria deu à luz o seu filho primogênito, cujo nome foi Jesus. Todavia, êle nasceu em Belém, cêrca de oito quilômetros ao sul de Jerusalém, onde o próprio Rei Davi tinha nascido. Isto cumpriu uma profecia feita por um homem chamado Miquéias que morava por ali em mais de setecentos anos antes. Indicando que a criança, cujo nascimento êle predisse, seria um rei de importância mundial, Miquéias disse o seguinte, como porta-voz inspirado de Deus: “E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares [da tribo] de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Miq. 5:2, ALA) O Deus Todo-poderoso possibilitou ao homem Miquéias profetizar com tantos séculos de antemão o lugar do nascimento dêste importante regente. — Mat. 1:1-2:6; Luc. 2:1-20.
11. A despeito de o homem falhar em produzir alguém para unir a terra, por que podemos ter confiança de que a situação não está perdida?
11 Permanece um fato, portanto, que, se as famílias reais e os políticos de hoje não podem arranjar um homem para reger a terra tôda, para a união de todos os povos, o Deus Todo-poderoso tem alguém digno e capaz para colocar sôbre os cuidados de tôda a terra, quando chegar o tempo do reino de Deus. Por conseguinte, a despeito das alarmantes condições em que hoje se encontra a humanidade, a situação não está sem esperança para nós. Aprendendo acêrca dêste Deus e do que êle já fêz e ainda fará pelo seu reino sôbre tôda a humanidade, e tendo fé no Deus para quem nada é uma impossibilidade, teremos bom ânimo. A humanidade pode ser salva da destruição. “Aos homens isto é impossível, mas a Deus tôdas as coisas são possíveis.” Foi isto que Jesus, que nasceu miraculosamente, disse a respeito da salvação do homem. — Mat. 19:26.
12. Há algum perigo de que Jeová, mediante seu programa por um Reino, falhe em satisfazer às maiores necessidades da humanidade? Por quê?
12 O que já fêz Deus pelo seu reino sôbre tôda a humanidade e o que significará o seu reino para os habitantes da terra? Deus já fêz tanto para colocar o seu reino sôbre o contrôle do universo que êle agora não mais voltará atrás sem levar a cabo o seu propósito a um êxito glorioso. Em face do que prometeu concernente ao seu reino, êle não parará até que tenha provado verdadeiras tôdas as suas declarações, embora elas pareçam impossíveis aos homens e embora todos os políticos e religiosos do mundo sejam contra o seu reino. Referente ao triunfo do seu reino êle disse: “Jeová dos exércitos tem aconselhado, e quem o pode anular? E a sua mão é a que está estendida, e quem a fará voltar atrás?” (Isa. 14:27) Tenhamos coragem, pois, e continuemos a examinar. Não se trata de algo impossível.
QUANDO ÊLE ERA REGENTE DO PARAÍSO
13. (a) Em que espécies de governos está interessada a maioria da humanidade hoje? (b) Há preocupação pelo govêrno de Deus? (c) O que fazia Deus muito antes de o homem vir a existir e que espécie de princi̇́pio deu êle ao recém-criado homem?
13 Nestes dias de grandes transições, quando se formam novas nações com seus próprios governos locais, os homens muito falam a respeito da autonomia dos povos e da soberania nacional dos territórios. Mas entre tôdas estas discussões, quem da humanidade já perguntou a respeito da soberania de Deus sôbre a terra? Quem tem o direito mais do que Deus para estabelecer um govêrno régio sôbre tôda a terra? Êle é o Criador da terra, e do homem, e dos animais sôbre ela. A terra, o globo inteiro é dêle, e o homem e os animais devem-lhe a vida. No Livro Sagrado, no qual se registraram os seus atos, está escrito logo no início: “No princípio criou Deus os céus e a terra.” (Gên. 1:1) Antes mesmo de criar o homem e a mulher, Deus criou os animais irracionais, os peixes, os pássaros, e os animais da terra. E naquele tempo êle estava sôbre o contrôle absoluto da terra e sôbre tôdas as espécies de vida animal que prosperavam, tudo isto sem a ajuda do homem.a Tampouco havia então qualquer homem para disputar com êle. Por último Deus criou o homem e a mulher como uma criação separada e distinta de todos os animais que tinha criado antes e também superior a todos êles. Deus não fêz o homem e a mulher cavarem abrigos e nem exigiu que êles vivessem em cavernas. Êle os criou perfeitos, com mente perfeita, e os colocou num belo parque onde êles tinham paz, felicidade e fartura, como filhos terrestres de Deus. Não os criou no que chamam de Idade da Pedra nem lhes obrigou a fazer armas de pedras para combater e matar os animais. Êle os constituiu superintendentes de todos os animais do mundo, para que os dominassem sem temor e até mesmo domesticassem alguns dêles.
14. Como sabemos que Jeová não temia que a terra ficasse superpovoada?
14 Deus não receava que a terra se enchesse demais de humanos e animais, mas disse o seguinte ao primeiro homem e à primeira mulher na sua perfeição humana no Paraíso de Delícias: “Sêde frutíferos, e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e subjugai-a, e tende em sujeição os peixes do mar, e as criaturas volantes dos céus, e toda criatura vivente que se arrasta sôbre a terra.” — Gên. 1:26 a 2:25.
15-17. (a) Quem foi o primeiro governador da humanidade e que oportunidades se apresentaram perante ela? (b) Mudar-se-ia o govêrno depois que a terra se enchesse de pessoas segundo o propósito de Deus?
15 Quando o homem surgiu na terra, há cêrca de seis mil anos atrás, quem era o regente de tôda a terra? O homem, porque êle vivia sôbre ela? Não, mas, sim, Deus, porque êle a criara, e o homem perfeito era simplesmente um súdito de Deus, o Soberano universal. Êle era o Teocrata, que significa Deus-Regente, e êle tinha uma teocracia sôbre tôda a terra.
16 Eram felizes os perfeitos homem e mulher sob a teocracia no Paraíso? Eram perfeitamente felizes e tinham perante si a oportunidade de viver felizes para sempre naquele Paraíso, se perfeitamente obedecessem ao Teocrata celestial. Quando, por fim, a terra inteira se enchesse com a prole dêste casal perfeito no Paraíso, quem, então, seria o regente de tôda a terra? O primeiro homem e pai de todos? Não, mas o Criador do homem, o Teocrata celestial. Êste foi o propósito original de Deus, o Criador. Hoje, apenas seis mil anos mais tarde, êste ainda é o seu propósito. Êle não mudou seu modo de pensar sôbre seu propósito só porque os bilhões de habitantes da terra atual possam ser contrários a êle.
17 Com referência ao seu propósito declarado, êle diz no seu Livro inspirado: “Eu sou Jeová; eu não mudei.” (Mal. 3:6) Ser-lhe-á impossível realizar o seu imutável propósito referente a um govêrno mundial? A julgar pelo que êle tem dito e feito no passado, a resposta é um definitivo Não! A geração humana atual ainda verá se ela pode tornar impossível a Deus, o Criador, realizar o seu propósito.
18. Por que não é razoável crer que Jeová deu ini̇́cio ao govêrno do homem sôbre a terra?
18 Quem foi que começou na terra êste negócio de constituir a homens reis sôbre certos territórios? Certamente não foi Deus, o Criador. Pense um momento sôbre isto! Será que Deus, o Criador, renunciaria à sua posição de Teocrata e designaria um homem na terra como rei do mundo ou mesmo sôbre territórios, especialmente um homem imperfeito, desobediente e contrário a Êle? Quem então começou os reinos dos homens e os impérios mundiais? Quem realmente é responsável pela mixórdia de governos internacionais que temos hoje?
19. Que requisitos estabeleceu Deus pròpriamente para o homem e qual seria o resultado se o homem se tornasse desobediente?
19 Quando Deus criou o primeiro homem e a primeira mulher, Adão e Eva, êle tornou-se pai celestial dêles. Êle esperava com justiça que lhe rendessem obediência de filhos, que o honrassem, que lhe fôssem leais e que o amassem como Pai e Dador de vida. Êle lhes tinha dado vida perfeita e tinha o direito de tirar-lhes a vida, destruindo-os, se lhe desobedecessem e fôssem rebeldes. A terra é apenas uma pequenina parte do infinito domínio de Deus; e como Regente de tôda a criação no céu e na terra, êle com justiça deu leis para governar suas criaturas terrestres perfeitas. Tornou então pública ao homem Adão a sua lei dizendo: “Positivamente morrerás”, se desobedeceres à minha lei. (Gên. 2:15-17; 3:3) Isto queria dizer tirar a vida do desobediente Adão, sem futura existência em parte alguma.
REBELIÃO CONTRA SEU DOMÍNIO
20. Quem foi o primeiro a se rebelar contra o govêrno justo de Deus e por quê?
20 Naquele tempo, quando tudo parecia pacífico e promissor, surgia a questão da soberania sôbre tôda a terra habitada e até êste século vinte de nossa Era Comum, ela ainda não foi decidida. Mas será decidida em nossos dias. Que ninguém se engane nisto. Naquele tempo a questão foi suscitada nos céus invisíveis, por um filho ambicioso de Deus. Êle cobiçou a soberania da terra, sendo-lhe sujeita tôda a humanidade. Colocou-se então contra Deus, o Criador, contra seu próprio Pai. Tornou-se então Satanás, que significa Opositor. Tal espírito rebelde caluniou a Deus, seu Pai, tornando-se assim o Diabo, que significa Caluniador, Difamador Malicioso. Êle usou a serpente no Jardim do Éden para enganar a mulher, a Eva, a espôsa de Adão, e então a serpente se tornou um símbolo dêle como enganador, e serpente, sim, a Serpente Original, tornou-se um dos seus nomes ignominiosos. — Apo. 12:9; 20:2.
21. O que resultou a Adão e Eva pela desobediência e, assim, quem se tornou então o soberano dêles?
21 Suscitando egoísmo em Adão e Eva, êle os levou a violarem a lei de Deus e saírem de sob a soberania de Deus, colocando-se sob a soberania da Serpente Satanás, o Diabo. Por causa da rebelião dêles, Deus, o Criador, expulsou-os do Paraíso de Delícias, para viverem por alguns anos, gerarem filhos e morrerem. Êle lhes permitiu continuarem com o soberano dêles, com Satanás, o Diabo. Deus não designou um rei sôbre êles nem sôbre sua descendência. — Gên. 3:1-5:5.
22. Como demonstrou Deus mais tarde que êle ainda estava muito interessado na terra que tinha criado?
22 Dentro de setecentos anos a partir de então, a terra ficou cheia de violência, e a humanidade em geral tinha estragado o seu modo de vida sôbre a terra, tornando-o um modo corrompido. Preocupou-se Deus com tal condição na terra que êle tinha criado? Sim, realmente! Como acabou êle com a condição arruinada? Por transformar a sociedade humana ou por uma conversão mundial? Não. Foi por destruir todo o mundo corruto. Ao seu profeta Noé, êle disse: “O fim de tôda a carne é vindo perante mim, porque a terra está cheia de violência em resultado dêles; . . . Quanto a mim, eis-me aqui trazendo o dilúvio de águas sôbre a terra, para arruinar debaixo dos céus a tôda a carne em que a fôrça de vida está ativa.” — Gên. 6:11-17.
23. De que modo mostrou êle que ainda era o Soberano Universal?
23 Para que Noé e sua família sobrevivessem ao Dilúvio, Deus lhe disse que construísse uma grande arca flutuante e que colocasse dentro dela espécimens de várias famílias de pássaros e animais. No mesmo dia em que Noé e sua família entraram na arca completada e a porta foi fechada atrás dêles, irrompeu o dilúvio sôbre o globo terrestre. Por quarenta dias, bilhões de toneladas de água se precipitaram dos céus sôbre a terra. Sob a proteção de Deus, a arca de Noé flutuou em segurança sôbre as águas que subiram à altura das montanhas, mas o mundo todo de gente corrompida pereceu do lado de fora. Que demonstração sôbre Deus poder controlar as fôrças naturais! Que manifestação da soberania universal de Deus!
24. Visto que Deus não muda, o que podemos esperar em nossos dias?
24 Além disto, visto que Jeová Deus não muda, que aviso aquela destruição de um mundo corruto por um dilúvio global serve para nós hoje, quando a terra está outra vez cheia de violência, quando a violência humana duma guerra nuclear ameaça destruir tôda a raça humana, mesmo sem que o próprio Deus o tenha que fazer! Devem soar em nossos ouvidos as palavras de Jesus, o Filho de Davi, que nasceu miraculosamente, o futuro Rei da terra: “Assim como ocorreu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem: . . . aquêle dia em que Noé entrou na arca, e chegou o dilúvio e destruiu a todos.” — Luc. 17:26, 27; Mat. 24:37-39.
25. Quem se tornou o primeiro rei humano sôbre a terra e como o descreve a Bíblia?
25 Noé viveu trezentos e cinqüenta anos após o Dilúvio, mas antes de sua morte já o primeiro rei humano tinha-se estabelecido e já tinha começado o primeiro império terrestre. Não foi por Noé nem por Deus arranjar um rei e fundar tal império. Foi por um rebelde bisneto de Noé, a saber, Ninrode. Êle era um matador, um caçador. Eis como reza uma tradução moderna da Bíblia do registro referente a êle: Ninrode “começou a ser poderoso na terra. Foi valente caçador diante do SENHOR [Jeová]; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do SENHOR [Jeová]. O princípio do seu reino foi Babel, . . . na terra de Sinear.” — Gên. 10:8-10, ALA.
26. Descreva como o poder soberano de Jeová operou em relação aos planos dêste rei humano.
26 Jeová Deus fêz os desígnios imperiais de Ninrode retrocederem, quando fêz interromper as operações construtoras dêles, confundindo a língua dos edificadores. Só muito depois Babilônia chegou a uma posição de domínio sôbre tôda a terra habitada. Por causa dos seus planos imperiais, ela até destruiu a cidade do templo, Jerusalém. Mas onde se encontra Babilônia hoje, a mãe dos reinos humanos, a que fundou os impérios feitos pelo homem? Queira olhar para a moderna República do Iraque e para as margens do seu rio Eufrates, perto do trigésimo segundo paralelo da terra. Ali verá apenas algumas ruínas escavadas há menos de setenta anos atrás em uma terra estéril, atualmente imprópria para se viver. Eis de nôvo uma prova histórica da soberania universal de Jeová Deus.
27. (a) Como foi que o Davi de Israel se tornou rei? (b) De quem Davi e todo o Israel descenderam? (c) Que espécie de govêrno tinha Israel e quem era o governador?
27 Como foi então que Davi, o rapazinho pastor de Belém (atualmente na Jordânia), chegou a ser rei em Jerusalém? Não como Ninrode! Mas por Deus ungi-lo para ser rei, fazendo isto por intermédio do fiel profeta Samuel. Davi era descendente de Abraão, que tanto os maometanos como os judeus e os cristãos sabem quem foi. Abraão provou-se amigo de Jeová Deus. Êle amou tanto a Deus que estava disposto a sacrificar seu próprio filho amado Isaque, ordenando-lhe Deus isto. Sendo que Abraão demonstrou esta disposição, Jeová Deus escolheu para ser o seu povo os descendentes dêle por intermédio de seu filho Isaque e seu neto Jacó. Por meio de maravilhosos milagres, Deus deu a êste povo escolhido a terra da Palestina. Não tinham govêrno humano visível. Jeová, o Deus de Noé, Abraão, Isaque e Jacó era o Rei, o Legislador e o Juiz dêles. Tinham um govêrno dirigido por Deus, uma teocracia. Não havia outro govêrno como aquêle na terra. Era então o melhor govêrno na terra. A adoração de Deus significava obediência à lei do celestial e invisível Rei do govêrno teocrático. Êle não permitia a fabricação de imagem alguma que o representasse visi̇̀velmente. Por lei, êle não permitia a seu povo escolhido adorá-lo por meio de qualquer imagem nem mediante um símbolo de qualquer coisa na natureza. Enquanto seus súditos terrestres lhe obedeciam e o adoravam, êles prosperavam.
28, 29. (a) Como foi que Israel veio a ter reis humanos e era vantagem para os israelitas? (b) Como foi que Jeová resolveu uma crise logo no ini̇́cio do govêrno de Israel?
28 Todavia, cêrca de trezentos e cinqüenta anos depois de Jeová Deus lhes dar a Terra Prometida no Oriente Médio, êles enfraqueceram na fé e pediram um rei humano visível. Queriam ser neste sentido como as nações em tôdas as outras partes da terra. Era esta sabedoria mundana da parte dêles realmente inteligente e no melhor interêsse nacional? Não podemos encontrar resposta mais segura a esta pergunta do que considerar as experiências do povo judeu durante os dois mil anos passados. Deus os preveniu sôbre as dificuldades que esta mudança de govêrno traria a êles e o primeiro rei humano que lhes permitiu lhas comprovou.
29 O primeiro rei desapareceu em derrota perante seus inimigos e seu filho sucessor foi assassinado. Foi então nesta crise que Jeová Deus lhes deu Davi como rei ungido, porque êle era um homem segundo o próprio coração de Deus. O Rei Davi reinou no trono em Jerusalém como representante visível do seu Deus Jeová. Dizia-se que êle se assentava no “trono de Jeová”. — 1 Crô. 29:23.
30. (a) Por quanto tempo era para continuar o reinado na linhagem de Davi? (b) A que grande clímax isto conduziu?
30 Jeová prometeu manter o reinado para sempre na linhagem de Davi por causa da devoção dêle a Deus. (2 Sam. 7:1-17) O mundialmente famoso sábio Rei Salomão foi o primeiro sucessor de Davi, segundo a promessa ou pacto divino. Mas o mais importante é que alguém mais sábio do que o Rei Salomão já nasceu na descendência de Davi e já se tornou herdeiro eterno do seu reinado. Trata-se daquele cujo nascimento miraculoso Gabriel, o anjo de Jeová, anunciou a Maria em Nazaré, há dezenove séculos atrás. Seu nome, disse Gabriel, seria Jesus, tendo-se em consideração o significado dêle. É uma abreviação do nome Josué e, segundo os dicionários bíblicos, significa “Jeová É Salvação”. O Deus Todo-poderoso tornará realidade o significado do nome do seu Filho. Para isso Jeová Deus deixou seu Filho morrer uma morte sacrificial e então o ressuscitou no terceiro dia a uma vida imortal nos céus. Deus o assentou à sua própria destra nos céus, muito acima das alturas às quais os foguetes modernos dos homens podem ir no espaço sideral. — Atos 2:22-36; 1 Cor. 15:3-28.
NÃO FOI ACEITO O REI UNGIDO DE DEUS
31. Desejam as nações da terra o rei ungido de Deus e qual seria a reação referente a sugerir isto aos membros das Nações Unidas?
31 Eis os fatos históricos. Reinos, impérios, repúblicas, nações unidas nem tôdas as alianças políticas de nossos dias podem pôr de lado êstes fatos. Se não são bem conhecidos no mundo maometano e no mundo que as nações ocidentais chamam de pagão, êstes fatos bíblicos e históricos deveriam ser bem conhecidos na cristandade, o professo mundo cristão. Em vista dêstes fatos, que são incontestáveis, será que qualquer ou tôdas as nações atuais desejam o Deus Criador como Rei de tôda a terra, inclusive delas mesmas? Apresente alguém esta idéia na Assembléia Geral ou no Conselho de Segurança das Nações Unidas e não só o bloco comunista, mas também tôdas as suas cento e onze nações membros rirão dêle.
32. Que qualidade não existe em nossa era moderna, conduzindo à rejeição de quem?
32 Nesta moderna e materialista era de realizações no espaço sideral as nações não têm mais fé em Deus, o Criador, do que tinham os israelitas quando pediram a Samuel, o profeta de Jeová, que pusesse um rei humano visível sôbre êles. Jeová Deus explicou o pleno significado do pedido dêles nas seguintes palavras “Não te rejeitaram a ti, mas a mim, para eu não reinar sôbre êles.” —1 Sam. 8:1-22, ALA.
33. (a) Quem queria e quem não queria Jeová como rei há 1900 anos atrás? (b) Que ação dos judeus e dos romanos indicou a atitude dêles?
33 Quem deseja hoje a Jeová Deus como rei da terra? Não as nações. Elas não o desejam mais do que os judeus e os romanos o quiseram como rei há dezenove séculos atrás, quando seu Filho Jesus Cristo cavalgou até dentro da cidade de Jerusalém e se apresentou como rei, ao passo que multidões do povo comum clamavam: “Bendito é aquêle que vem em nome de Jeová! Bendito é o reino vindouro de nosso pai Davi! Salva, rogamos, nas maiores alturas!” “Bendito Aquêle que vem como Rei em nome de Jeová! Paz no céu e glória nos lugares mais altos!” (Mar. 11:1-10; Luc. 19:28-38) Como sinal de judeus e romanos recusarem a Deus como rei, êles recusaram seu Filho Jesus Cristo. Numa tentativa de impedir que o Filho de Deus reinasse em Jerusalém sôbre a terra de Israel, os sacerdotes fizeram com que fôsse prêso, deram-lhe um pseudo-julgamento, entregando-o ao governador romano de Jerusalém, e, sob pressão de um motim religioso, o entregaram à morte, sendo êle cravado numa estaca de criminoso.
34. O que fêz Jeová pelo seu Filho e que atitude ainda é demonstrada por êste mundo?
34 Mas quão vão foi o empenho das nações para impedir o propósito de Deus concernente a tal govêrno da terra! No terceiro dia, Deus, para quem nada é impossível, ressuscitou seu Filho fiel como herdeiro eterno do reino de Davi e o exaltou à sua própria destra para ser rei celestial. As nações não mais o podem matar, mas êle as pode destruir, a menos que elas se destruam primeiro numa guerra nuclear, bacteriológica ou radiológica. Embora confrontadas hoje com os fatos concernentes a tal glorificado Filho de Deus, que tem o direito ao reino eterno, elas tomam as palavras do sumo sacerdote judeu ao governador romano Pilatos: “Não temos rei senão César.” — João 19:15.
35, 36. (a) Como sabemos que a atitude dêste mundo não é diferente hoje? (b) Contudo, até que ponto é publicado o reinado de Jeová?
35 A atitude delas concernente a terem Deus como Rei reinando mediante seu Filho Jesus Cristo pode ser vista no modo em que reagem à pregação das boas novas do reino de Deus. Desde 1914, o ano em que começou a Primeira Guerra Mundial, a profecia de Jesus tem estado a se cumprir, a saber: “Estas boas novas do reino serão pregadas em tôda a terra habitada, em testemunho a tôdas as nações; e então virá o fim.” (Mat. 24:14) Embora pequeno no início, êste testemunho do reino estabelecido de Deus aumentou até que hoje mais de um milhão de testemunhas do Reino relatam pregação pública e de casa em casa em 194 países e em 162 línguas. A Sociedade Tôrre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, América do Norte, com filiais em noventa localidades da terra, tem recebido relatórios de tôdas.
36 Mas será que as nações de dentro e de fora das Nações Unidas têm aceitado esta pregação das boas novas? O cumprimento da profecia de Jesus sôbre que os seus seguidores fiéis seriam perseguidos por causa da pregação das boas novas do Reino dá-nos a resposta com significado indubitàvelmente claro. (Mat. 24:9-13; 25:31, 41-45) As nações simplesmente não querem que o reino de Deus mediante Cristo seja pregado pelas suas testemunhas, nem se falando em realmente terem o reino de Deus sôbre elas e sôbre tôda a terra. — Luc. 19:14, 27.
37. Que pergunta oportuna se faz agora e qual é a resposta lógica?
37 E então, chegamos num beco sem saída? Não! Pois então que soberania sôbre a terra determinará o futuro govêrno da humanidade, a fim de trazer melhoramento no govêrno até à perfeição? A soberania das nações dêste mundo ou a soberania de Deus sôbre tôda a sua criação? O homem ou mesmo as nações de homens não podem vencer a Deus. A história humana prova êste fato. Estadistas de visão do mundo, peritos militares e especialistas em economia nos avisam constantemente que jazem à frente dificuldades desastrosas para a humanidade, mas êles não nos dizem qual é a causa real delas. A causa real é que os homens não querem entregar a soberania da terra a Deus.
38. Semelhantes ao rei de Babilônia, que fatos têm as nações de conhecer?
38 Os homens ainda tentam determinar seus próprios tempos e estações. Querem mudar o tempo que Deus estabeleceu para as coisas na terra, mas não podem, assim como não podem impedir o sol de surgir na hora certa. O grande rei da Babilônia antiga teve que aprender esta lição e foi com relação a êle que o profeta Daniel disse o seguinte em oração ao Deus Altíssimo: “Seja bendito o nome de Deus . . . é êle quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis.” Êle dá o reino da humanidade a quem êle escolhe e unje, e isto no seu tempo devido. O poderoso rei de Babilônia foi obrigado a admitir o seguinte: “Todos os moradores da terra são por êle reputados em nada; e segundo a sua vontade êle opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” — Dan. 2:20, 21; 4:17, 25, 35, ALA.
39, 40. Por que foi 1914 um ano marcado na história humana e em que período de tempo entraram agora as nações da terra?
39 Deus colocou um limite sôbre o homem exercer soberania na terra. Tal limite, segundo o tempo marcado na Bíblia Sagrada, foi atingido em 1.914. Chegou então o tempo de Deus estabelecer seu reino nos céus nas mãos do seu Filho Jesus Cristo, o Herdeiro permanente do Rei Davi. Visto que as nações da cristandade escolheram seguir o conselho dos seus líderes religiosos e não as instruções da Bíblia, elas começaram em 1914 uma guerra mundial referente à questão de domínio mundial. Hoje, meio século depois, tentam impedir uma terceira guerra mundial referente à mesma questão.
40 Pode-se ver mui claramente que, em tudo isto, o Deus Criador é desconsiderado pelos homens, para o próprio mal dêles. Desde 1914, quando terminaram “os tempos designados das nações [gentias]”, tôdas as nações dêste mundo têm estado no seu “tempo do fim”. (Luc. 21:24; Dan. 12:1-4) Elas foram conti̇̀nuamente avisadas disto pelas testemunhas de Jeová, que, apesar de oposição e perseguição mundial, têm pregado as boas novas eternas do reino de Deus. — Mat. 24:9-14; Mar. 13:10.
41. (a) Quem determinará quando êste período de tempo deve terminar e o que marcará seu fim? (b) Assim, quem sòmente sobreviverá ao tempo do fim?
41 Deus e não os políticos e estadistas do mundo é quem determinará quando deve terminar êste “tempo do fim”. Muito em breve o relógio do tempo universal soará a hora e começará a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, mas não por acidente nem por cálculo errado dos homens e sim porque Deus acha que chega de a humanidade opor-se-lhe e desconsiderá-lo. Tendo fôrças reservadas para aquêle grande dia, êle finalmente lutará até fazer a sua soberania universal incluir a terra. Será então a verdadeira batalha do Har-Magedon predita no último livro da Bíblia Sagrada. (Apo. 16:13-16) Virá em fôrça esmagadora como o dilúvio global dos dias de Noé. Jamais houve uma batalha assim nem jamais haverá. Será como predisse Jesus Cristo, o Herdeiro eterno do Reino. Só sobreviverão homens e mulheres como Noé e sua família, os que estão a favor e apoiando o reino de Deus por Jesus Cristo, seu Filho. Só êles serão protegidos através da guerra do grande dia para ver a plena soberania de Jeová dominar sôbre a terra. — Mat. 24:21, 22, 37-39; 25:34.
AS MUDANÇAS HÁ MUITO DESEJADAS
42. A quem a guerra decisiva trará o govêrno da terra, resultando em que tipo de futuro para a humanidade?
42 Concernente ao resultado decisivo daquela batalha do grande dia do Deus Todo-poderoso, a profecia de Zacarias 14:9 diz: “E Jeová tem de tornar-se rei sôbre tôda a terra. Naquele dia Jeová provará ser único, e seu nome único.” Podemos imaginar as mudanças desejáveis que isto significará para a terra? Não somos deixados a imaginar e a apenas presumir. Temos a Palavra escrita de Deus, para quem nenhuma declaração é uma impossibilidade quanto ao cumprimento, e as suas profecias nos dizem de antemão que podemos alegrar-nos em nossa esperança no futuro da humanidade. O futuro será um tempo de alegria, assim como o Salmo 97:1 nos assegura nas seguintes palavras: “O próprio Jeová tornou-se rei! Alegra-se a terra. Regozijem-se as muitas ilhas.”
43. Descreva alguns dos resultados desta batalha decisiva.
43 Naturalmente que a guerra do grande dia contra os adversários da soberania do Deus Todo-poderoso reduzirá tremendamente a população da terra, assim como se deu com o dilúvio dos dias de Noé. Mui provàvelmente os sistemas de transporte e os vários meios de rápida comunicação serão interrompidos ou paralisados por algum tempo. Poderá passar algum tempo até que os sobreviventes do fim dêste velho sistema de coisas consigam comunicar-se uns com os outros nas diversas partes. Por exemplo, relata-se que os adoradores do Soberano Deus Jeová se encontram em 194 países em todo o globo hoje. No ano de 1963, êles se reuniram na Assembléia ao Redor do Mundo das testemunhas de Jeová, programada em vinte e quatro cidades importantes nos hemisférios norte e sul.
44. Que atitude demonstram agora as testemunhas de Jeová?
44 Não menos do que agora, antes, mais do que agora, as testemunhas de Jeová estarão ansiosas para se comunicar e se reunir depois da batalha universal do Har-Magedon. O Rei Jesus Cristo, a quem Jeová Deus coloca sôbre os cuidados dos habitantes da terra, cuidará que êles se comuniquem e trabalhem juntos em irmandade cristã, pois está escrito concernente ao Rei de Jeová: “Nos seus dias florescerá o justo, e a abundância de paz até que não haja mais lua. E êle terá súditos de mar a mar, e desde o Rio [Eufrates, não mais sob o domínio babilônico] até os confins da terra.” (Salmo 72:7, 8) Êle não deixará isolado a nenhum dos seus súditos.
45. O que significará para a humanidade sobrevivente a destruição das soberanias nacionais?
45 Sendo destruídas tôdas as soberanias nacionais humanas na batalha do Har-Magedon e sendo só o único Deus verdadeiro e vivo o soberano de tôda a terra, que necessidade haverá de fronteiras nacionais, estando o único Rei de Jeová encarregado da humanidade? Tais fronteiras artificiais nacionais serão banidas e não aparecerão em nenhum mapa do porvir. O Rei Jesus Cristo tratará os seus súditos, não por nacionalidades, mas como filhos, como povo remido pelo qual êle deu a sua vida humana perfeita em sacrifício há dezenove séculos atrás. (João 3:16) Sendo-lhe leais e obedientes, êles estão realmente na vereda da vida eterna por meio dêle, pois se lhes tornará o Pai Eterno.
46. Qual será a relação dos habitantes da terra para com o seu rei naquele reino?
46 A profecia de Isaías 9:6, 7 diz o seguinte referente ao Filho de Davi, que nasceu em Belém e que se tornou o Herdeiro eterno dêle: “Pois eis que nos nasceu uma criança, eis que se nos deu um filho, e o domínio principesco estará sôbre os seus ombros. E seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Poderoso Deus, Pai de Eternidade, Príncipe da Paz. Da abundância do domínio principesco e da paz não haverá fim, sôbre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer firmemente e para o sustentar por meio da justiça e por meio da retidão, desde agora e por tempo indefinido. O próprio zêlo de Jeová dos exércitos fará isso.” Assim, todos seus súditos terrestres se tornarão filhos do Rei, todos irmãos numa irmandade baseada na regência.
47. Que outras mudanças serão feitas para o bem comum da humanidade?
47 Presentemente a humanidade geme sob os impostos para as crescentes despesas governamentais durante esta era espacial e nuclear. Mas isto não acontecerá então! Que apoio financeiro precisa Jeová Deus, como Soberano Universal, receber da humanidade? Êle é o Criador de tôdas as coisas. Todo o universo lhe pertence. Argumentando seu caso com a humanidade atual êle diz: “De tua casa não aceitarei novilhos, nem bodes dos teus apriscos. Pois são meus todos os animais do bosque, as alimárias aos milhares sôbre as montanhas. Se eu tivesse fome não to diria, pois o mundo é meu, e quanto nêle se contém.” (Sal. 50:1, 9, 10, 12, ALA) E quanto ao seu Filho celestial, Jesus Cristo, a quem fará rei da humanidade, o Príncipe da Paz, êle é o Herdeiro de tôdas as coisas. (Heb. 1:1-6) A humanidade não precisará pagar impostos para manter o Rei em luxo material e em extravagância. Êle não permitirá opressão nem extorsão por parte de quaisquer de seus representantes humanos visíveis sôbre a terra. (Sal. 45:16; Isa. 32:1, 2) O atual “deus deste sistema de coisas”, Satanás, o Diabo, e os seus demônios serão amarrados e aprisionados no que a Bíblia descreve como abismo ou lugar sem fundo, mas com tampa restritiva sôbre Êles. — Apo. 19:11 a 20:3.
48, 49. (a) Que pergunta interessante surge agora concernente à repovoação da terra? (b) Como se nos assegura que a terra será habitada?
48 Quando Jeová Deus criou o primeiro homem e a primeira mulher no Jardim do Éden, êle os abençoou e lhes ordenou o seguinte: “Sêde frutíferos, e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e subjugai-a.” (Gên. 1:28) Ora, visto que a batalha do Har-Magedon diminuirá a população da terra que parece aumentar surpreendentemente hoje, quanto tempo levará para a terra tornar a encher-se quando Deus fôr rei de tôda ela e governar por intermédio do seu Filho Jesus Cristo? Desde o dilúvio dos dias de Noé até agora já se passaram mais de quatro mil anos e precisou todo êste tempo para ultrapassar a cifra de três bilhões de habitantes, a despeito de duas guerras mundiais e de tôdas as demais guerras e das mortíferas calamidades durante êste tempo. Quanto tempo levará para encher a terra sob o reino de Deus depois do Har-Magedon e como serão alimentados, vestidos e abrigados os que encherem a terra? Isto não é uma impossibilidade para Deus. Seu propósito original para com a terra será cumprido.
49 Isaías 45:18 nos assegura que Jeová Deus é “o Formador da terra e o Produtor dela, Aquêle que a estabeleceu firmemente, que não a criou simplesmente para nada, que a formou para ser habitada”. Depois de a criar, êle disse que estava muito bom. (Gên. 1:31) Por esta razão êle jamais destruirá esta boa terra, mas ela durará e permanecerá em existência por tôda a eternidade, a despeito do que os cientistas modernos ou os astrônomos ou os falsos religiosos digam. (Ecl. 1:4; Sal. 104:5) Ela será completamente habitada.
50. (a) Quando começará a nova povoação da terra e quem terá parte nisto? (b) Sob que condições nascerão os filhos?
50 O nôvo comêço para encher a terra com uma humanidade justa estará em operação depois da guerra do grande dia do Deus Todo-Poderoso. Começará com os sobreviventes terrestres daquela guerra universal, conforme prefigurado por Noé e a sua família que saíram da arca de salvação depois do dilúvio. (Gên. 9:1, 7) Casais sobreviveram àquele dilúvio e seus filhos, quando na idade, casaram-se entre si. Semelhantemente, a batalha do Har-Magedon não dissolverá os laços maritais dos que sobreviverem a ela, e é lógico crer e esperar que o casamento entre os solteiros que sobreviverem ao Har-Magedon seja autorizado pelo Rei Jesus Cristo e que o casamento dêles seja frutífero em filhos. Embora os filhos nascidos então dos ainda imperfeitos sobreviventes do Har-Magedon nasçam imperfeitos, não haverá natimortos ou abortos nem filhos deformados. Nascerão em justiça, de pais justos, na nova ordem justa de Deus, e não haverá então necessidade de contrôle artificial da natalidade.
A VOLTA DOS MORTOS
51. Que outra grande provisão fêz o rei universal para povoar a terra e como assegurou êle ao homem que isto acontecerá?
51 Entretanto, o casamento não será a única coisa que contribuirá para encher a terra com súditos justos do reino de Deus. A geração de filhos em casamento honroso pelos sobreviventes do HarMagedon e, depois, pelos filhos do pós-Har-Magedon, será aprovada pelo Rei por um evidentemente limitado período de tempo — por quantas gerações, não sabemos. Por quê? Porque há que se tomar em consideração uma maravilhosa profecia escrita na Palavra de Deus. Que profecia? A da ressurreição dos mortos, a ressurreição dos cujos nomes Deus não apagou de sua memória, como sendo demasiadamente ímpios para se reformarem. Ressuscitar Deus o seu próprio Filho dentre os mortos foi uma garantia da ressurreição da humanidade em geral. Jesus, prevendo o seu reino, disse: “Vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, . . . para uma ressurreição.” (João 5:28, 29) Que governador na terra hoje poderia trazer de volta os mortos?
52. Como sabemos que com todos os filhos dos sobreviventes do Armagedon e com as pessoas ressuscitadas dentre os mortos a terra não ficará superpovoada?
52 Pense nos bilhões de mortos que serão trazidos à vida sôbre a terra para desfrutar os benefícios do reino de Deus e para se aproveitar da oportunidade que lhes será oferecida, para ganhar a vida eterna na terra! Isto não resultará em encher demais a terra. Não criará problema de alimentação nem de falta de emprêgo. A agricultura será então promovida em bases inteligentes, sob a supervisão do Rei Jesus Cristo, e tôda a terra será cultivada e cuidada até que se torne tôda um paraíso. Será o Paraíso por tôda a terra que Deus, o Criador, apresentou como alvo perante Adão e Eva, dizendo: “Enchei a terra, e subjugai-a.” Não se permitirá nenhum arruinador da terra, nem nenhum contaminador do ar, do solo ou da água. Bom e salutar alimento será produzido em abundância, o que contribuirá para a adquisição da perfeita saúde física e mental.
53. Por que será importante o alimento espiritual?
53 Além do alimento material, o alimento espiritual também lhes será servido, pois sem êle a vida eterna no Paraíso sôbre a terra jamais poderia ser obtida. É como o próprio Rei Jesus Cristo disse, citando a Palavra de Deus: “Está escrito: ‘O homem tem de viver, não sòmente de pão, mas de cada pronunciação procedente da bôca de Jeová.’” (Mat. 4:4; Deu. 8:3) O Rei quer que seus súditos vivam para sempre no Paraíso.
54. Quais são algumas das muitas bênçãos reservadas para os que viverem sob o reino de Deus?
54 Dentro dos mil anos do seu reino o Rei terá a terra cheia com uma raça justa da humanidade, segundo a vontade de Deus. Quando os últimos dos mortos forem ressuscitados será a destruição da sepultura, sim, do cemitério. Quando a condenação que Adão e Eva trouxeram à humanidade tiver sido retirada por causa do sacrifício redentor do Rei Jesus Cristo, e quando o último traço da imperfeição e da tendência para o mal herdada de Adão tiver sido dominado e destruído, então não mais existirá na terra a morte herdada dêle. Segundo declara a profecia no último livro da Bíblia: “O próprio Deus estará com êles. E enxugará dos seus olhos tôda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” (Apo. 21:3, 4; 20:4-6) Isto significará um povo feliz. Mas isto é exatamente a coisa desejada, pois o êxito de um govêrno é medido pela justiça e pela felicidade do seu povo, e também pela multidão de súditos que escolhem viver sob êle. O sábio Rei Salomão, filho de Davi, apresentou as medidas de um rei bem sucedido, quando disse: “Na multidão do povo está a glória do rei, mas na falta de povo a ruína do príncipe.” (Pro. 14:28, ALA) O bom êxito do reinado de mil anos de Cristo será visto no Paraíso terrestre cheio de súditos justos e felizes, por todos os quais êle morreu.
55. Por que não haverá falta de emprêgo no nôvo mundo?
55 Não surgirá problema sôbre a questão de emprêgo como há hoje por causa de máquinas que dispensam trabalhadores nem por causa da chamada automação. O Rei manterá plenamente ocupados a todos os seus súditos e êles se tornarão perfeitos trabalhadores. O trabalho será apropriadamente distribuído entre todos e jamais haverá causa de falta de emprêgo. Será então aplicada a regra divina: “Se alguém não quiser trabalhar, tampouco coma.” (2 Tes. 3:10) O maior empreendimento será o de fazer a vontade de Deus, procurando-se piedosamente ver que a vontade de Deus seja feita na terra como é feita no céu. (Mat. 6:9, 10) De fato, só será por fazer a vontade de Deus para sempre com um coração amoroso é que os homens e as mulheres, então perfeitos, serão recompensados com a vida eterna sob o govêrno teocrático de Jeová.
56. O que devemos fazer em esperança do tempo quando Deus fôr “rei sôbre tôda a terra”?
56 Aí então haverá a desejada melhoria no govêrno em sentido perfeito. Será um govêrno que jamais passará, pois Deus, o Soberano Universal, jamais deixará de existir. Ele é imortal, todo-poderoso, supremo. (Dan. 2:44; Sal. 145:10-13) É nosso privilégio agora, não simplesmente orar de modo formal pelo reino de Deus, mas tomar posição ao lado dêle e proclamar em tôda a parte as boas novas eternas acêrca dêle. Que a nossa determinação seja daqui em diante viver na esperança do tempo glorioso quando Deus fôr “rei sôbre tôda a terra”.
[Nota(s) de rodapé]
a Veja o livro de Jó, capítulos 38-41.
[Foto na página 230]
‘Darás à luz um filho, Jesus, Filho do Altíssimo’
[Foto na página 235]
Davi, no trono real em Jerusalém, assentava-se no “trono de Jeová”
[Foto na página 236]
”Bendito é Aquêle que vem como Rei em nome de Jeová!”
[Fotos nas páginas 240, 241]
À DIREITA: O clímax da primeira Assembléia ao Redor do Mundo, em Milwaukee, com 57.055 ouvindo o discurso público no County Stadium Ball Park.
À ESQUERDA: N. H. Knorr, à meia volta ao redor do mundo, profere o mesmo discurso mediante um intérprete thai a 961 pessoas.
EM BAIXO: Manila — 37.806 ouvem o presidente em três idiomas.
À DIREITA: Munique atrai 107.164 para ouvir a Knorr falar sôbre “Quando Deus Fôr Rei Sôbre Tôda a Terra”.
EM BAIXO: O vice-presidente F. W. Franz profere o discurso público a 25.160 pessoas em Estocolmo mediante intérpretes em sueco, dinamarquês, norueguês e finlandês.
[Foto na página 242]
Filhos serão gerados em justiça