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Assembléia de Distrito de 1985A Sentinela — 1985 | 1.° de abril
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Assembléia de Distrito de 1985
ANO após ano, as Testemunhas de Jeová têm feito de aspectos básicos de suas crenças e atividades temas para sua assembléia de distrito anual. Entre estes estiveram “Fé Vitoriosa”, “Trabalhadores Jubilosos”, “Amor Divino”, “Lealdade ao Reino”, e “Unidade do Reino”. O tema escolhido para a assembléia de distrito de 1985 do mesmo modo tem muito que ver com suas atividades, a saber, Assembléia “Mantenedores da Integridade”.
Quão importante é manter a integridade! É tão importante que Jeová aceitou o desafio do Diabo quanto a essa questão, tendo Jeová plena confiança de que entre as criaturas inteligentes da terra haveria aquelas que manteriam a integridade, provariam Jeová Deus veraz e o Diabo um mentiroso vil e consumado.
Manter a integridade de modo algum é algo fácil e simples. É tudo menos seguir a lei do menor esforço, ou de fazer o que é natural. Satanás, o Diabo, ciente do que está envolvido, faz tudo ao seu alcance para induzir os servos de Jeová a violar sua integridade. Não só enfrentamos a oposição de Satanás e seus demônios aos nossos esforços de manter a integridade, mas também temos de contender com o seu mundo iníquo que nos aflige com todo o tipo de tentações e de pressões. Ademais, temos de resistir às nossas próprias tendências decaídas, herdadas.
Para mantermos a integridade por resistirmos com êxito a esses três inimigos, necessitamos de toda a ajuda que pudermos obter. A Assembléia “Mantenedores da Integridade” destina-se a dar a maior ajuda possível a todos os que estão preocupados em manter sua integridade para com Jeová Deus e em provar o Diabo mentiroso. Assim como em outros anos, a assembléia começará na sexta-feira e terá a duração de três dias. Planeje agora assistir a todos os três dias, e prepare-se para tirar pleno proveito do programa, bem como para participar em outras atividades da assembléia.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1985 | 1.° de abril
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Perguntas dos Leitores
◼ Quando Abraão (e mais tarde Isaque) apresentaram sua esposa como sua irmã, foi isso exemplo da relação esposa-irmã antigamente existente no Oriente Médio?
A erudição moderna tem sugerido essa teoria, mas parece haver mais envolvido na conduta de Abraão e Isaque.
O professor E. A. Speiser apresentou a idéia da relação esposa-irmã em The Anchor Bible. Ele mencionou descobertas a respeito dos antigos hurritas (ou hurrianos), que parecem ter vivido na Mesopotâmia setentrional, inclusive em Harã, onde Abraão morou por algum tempo e onde Rebeca talvez tenha morado. Speiser escreveu:
“Na sociedade hurrita, os laços maritais eram os mais fortes e mais solenes quando a esposa tinha simultaneamente a condição jurídica de irmã, sem consideração dos laços sangüíneos propriamente ditos. Este era o motivo de um homem às vezes casar-se com uma moça e ao mesmo tempo adotá-la como sua irmã, em dois passos separados registrados em documentos legais independentes. As violações de tais arranjos de adoção como irmã eram punidas com mais severidade do que as violações dos contratos maritais . . . Atesta-se a relação esposa-irmã como existente primariamente na classe superior da sociedade hurrita . . . Rebeca não somente era nativa de Ha(r)ã, dominada pelos hurritas, mas foi realmente dada a Isaque como esposa através dum intermediário, por seu irmão Labão . . . Há assim motivos suficientes para colocar os dois casamentos, o de Abraão com Sara, e o de Isaque com Rebeca, nesta categoria de esposa-irmã.”
A história de Gênesis nos conta que Abraão apresentou duas vezes sua esposa Sara (que realmente era sua meia-irmã) como sua irmã, não como sua esposa. Isto aconteceu quando estavam no Egito, e novamente quando na Filístia. (Gênesis 12:10-20; 20:1-7) Isaque adotou um proceder similar com Rebeca. Visto que Isaque e Rebeca eram aparentados, ele podia chamá-la de sua irmã. — Gênesis 26:6-11.
Nestes casos, Abraão e Isaque queriam que suas esposas fossem consideradas como irmã por causa dum evidente perigo para os maridos, se ficasse conhecido que essas belas mulheres eram casadas. (Gênesis 12:12; 26:9) Portanto, não parece que esses homens recorreram à suposta condição de esposa-irmã como meio de proteção; o objetivo era ocultar a condição de casada, de Sara e de Rebeca.
Abraão casou-se com a sua meia-irmã antes de Deus dar a Israel as leis contra uniões entre parentes tão chegados. Ainda assim, muitos têm criticado que ele (e Isaque) apresentaram sua esposa como sua irmã. Naturalmente, não devemos esquecer que a Bíblia às vezes relata eventos sem que ela aprove a conduta envolvida. (Gênesis 9:20, 21; 19:30-38) No entanto, há maneiras de se encarar o que Abraão/Sara e Isaque/Rebeca fizeram como estando em harmonia com sua condição exemplar perante Deus.
Antes de acontecerem esses eventos, Deus dissera a Abraão: “Farei de ti uma grande nação e te abençoarei, e hei de engrandecer o teu nome; mostra-te uma bênção. E hei de abençoar os que te abençoarem e amaldiçoarei aquele que invocar o mal sobre ti, e todas as famílias do solo certamente abençoarão a si mesmas por meio de ti.” (Gênesis 12:2, 3) Jeová indicara também que a bênção dependia do descendente de Abraão. (Gênesis 12:7; veja Gênesis 15:4, 5; 17:4-8; 22:15-18.) Portanto, Abraão (e mais tarde Isaque) precisavam ficar vivos para ter descendentes.
Isto talvez tivesse induzido Abraão e Isaque a apresentar suas fiéis esposas como suas irmãs. Se ficasse conhecido que Abraão era marido legal da desejável Sara, e Isaque era marido da linda Rebeca, e isso pusesse em perigo a linhagem do descendente, esses homens de fé talvez achassem que era prudente não divulgar tal relação enquanto estavam em território perigoso .
Sara é destacada como exemplo de fé e como mulher que ‘esperava em Deus’. (1 Pedro 3:5, 6; Hebreus 11:11) Ela preferiu aceitar a atitude tomada pelo chefe de sua família, e por algum tempo não tornou pública sua condição de mulher casada. É bondoso encarar isso como expressão de altruísmo, suprimindo-se sentimentos e interesses pessoais para que toda a humanidade pudesse ter uma bênção. E visto que Jeová a protegeu contra Faraó e mais tarde contra Abimeleque, rei de Gerar, não deve surpreender que Rebeca confiantemente adotou um proceder similar de cooperação com Isaque, que também era homem de notável fé. — Hebreus 11:20.
Portanto, quer o povo do Egito e de Canaã soubesse da relação esposa-irmã que parece ter existido em Harã, quer não, o proceder de Abraão/Sara e de Isaque/Rebeca, segundo o que estava envolvido, foi motivado por elevados princípios e objetivos.
◼ Uma vez que alguém se torne Testemunha de Jeová, é sempre contado como tal?
Não, as Testemunhas de Jeová não são como as religiões que dizem: ‘Uma vez membro, sempre membro.’ Uma pequena porcentagem de pessoas escolhem dissociar-se da congregação cristã ou são expulsas devido a serem transgressores impenitentes.
Em determinada ocasião, muitos discípulos abandonaram Jesus e “não andavam mais com ele”. (João 6:66) A Bíblia também explica que, se um cristão praticar crasso pecado, impenitentemente, a congregação deve ‘remover o homem iníquo dentre ela’ e ‘cessar de manter convivência com ele’. — 1 Coríntios 5:9-13.
Assim, hoje, quando um cristão cai num proceder de pecado, uma comissão de anciãos espiritualmente qualificados se reúne com ele. Desejam constatar que ele está arrependido e pode ser reajustado. (Gálatas 6:1) Do contrário, os anciãos obedecem à orientação bíblica de desassociar o pecador para que a congregação fique ‘livre do levedo’. — 1 Coríntios 5:7.
Ou, conforme mencionado em João 6:66, vez por outra uma Testemunha decide de sua livre vontade deixar o caminho da verdade. Talvez até mesmo torne conhecida sua decisão depois de a comissão começar a investigar sua transgressão. A pessoa talvez os informe por escrito ou declare perante testemunhas que deseja dissociar-se da congregação e não mais ser reconhecida como Testemunha. Neste caso, não mais será necessário que os anciãos continuem a investigação. Contudo, os anciãos farão então um breve anúncio da dissociação, a fim de que a congregação saiba que tal pessoa ‘saiu do nosso meio’. (1 João 2:19) A congregação aderirá então à injunção inspirada de ‘não receber a tal nos seus lares, nem o cumprimentar, para que não se torne partícipe das suas obras iníquas’. — 2 João 10, 11.
Portanto, as pessoas não são compelidas a permanecerem como parte da congregação. Mas, a vasta maioria das Testemunhas de Jeová têm a atitude dos apóstolos, que voluntariamente se apegaram a Jesus, recebendo a ajuda espiritual dele e desfrutando o caloroso companheirismo da congregação de Deus. — Lucas 22:28.
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