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AcoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Cesaréia. Aco era inferior aos portos fenícios ao N, e não fornecia senão abrigo deficiente dos ventos marinhos. No entanto, estava estrategicamente situada para se ter acesso à rica planície de Esdrelom, e várias rotas comerciais ligavam este porto com a Galiléia, o vale do Jordão, e outros pontos a E. Madeira, itens artísticos e cereais eram exportados através de Aco.
Aco pertencia à divisão territorial de Aser na Terra Prometida, mas Aser deixou de expulsar os cananeus que então viviam ali. (Juí. 1:31, 32) Mencionada apenas uma vez nas Escrituras Hebraicas, a cidade é, com mais freqüência, citada em registros não-bíblicos. Seu nome ocorre várias vezes nas Cartas de el-Amarna. Outros registros mostram que foi subjugada pelos reis assírios, Salmaneser, Senaqueribe e Assurbanipal. A cidade é mencionada nos Apócrifos como centro de oposição durante a regência dos Macabeus. (1 Macabeus 5:15, 22, 55; 12: 45-48; 13:12) Já então seu nome fora mudado para Ptolemaida, nome atribuído a certos Ptolomeus que regiam o Egito.
Sob o imperador Cláudio, a cidade de Ptolemaida (Aco) tornou-se uma colonia romana, e, nos tempos apostólicos, havia ali um grupo de cristãos. Quando voltava de sua terceira excursão missionária, Paulo aportou em Aco e passou o dia visitando os irmãos ali, antes de viajar para Cesaréia e Jerusalém. — Atos 21:7.
Atualmente, Aco é eclipsada em importância pela moderna cidade de Haifa, localizada bem do outro lado da baía.
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AcorAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ACOR
[ostracismo; dificuldade]. Um vale ou baixada que faz parte da fronteira NE do território tribal de Judá. (Jos. 15:7) O nome do vale, significando “dificuldade”, resultou de ser o local em que Acã e sua família foram apedrejados até morrerem. Acã, por roubar e ocultar certos despojos da captura de Jericó, trouxera dificuldades sobre a nação de Israel, inclusive a derrota no primeiro ataque contra Ai. — Jos. 7:5-26.
Alguns identificam o vale de Acor com o uádi Qilt, um vale de torrente parecido a uma ravina, que passa próximo de Jericó. No entanto, a descrição de sua posição, segundo fornecida em Josué 15:7, parece situá-lo mais ao S, e a declaração em Isaías 65:10 indicaria uma área mais ampla, mais espaçosa. Em vista disto, identifica-se o mesmo, de forma experimental, com o “Baca” (el-Buqe‘ah), um platô ou bacia baixa, árida, que se estende do N ao S através do uádi Qumran, próximo do canto noroeste do mar Morto. A investigação arqueológica feita ali revelou sítios de antigos povoados ou fortes, bem como sistemas de represas.
Em Oséias 2:15, Jeová relembra a juventude de Israel no tempo do êxodo, e, numa profecia de restauração do futuro cativeiro, promete que a “baixada de Acor”, outrora local de ostracismo ou de dificuldade, tornar-se-á de novo “como entrada à esperança”. E, embora a área seja desértica, numa profecia similar de restauração, Deus prediz que a baixada de Acor se tornará “um lugar de repouso para o gado vacum”. — Isa. 65:10.
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AdãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ADÃO
[homem terreno, humanidade; duma raiz que significa “vermelho” ou “rosado”].
A palavra hebraica ocorre como “homem”, “humanidade” ou “homem terreno” cerca de 560 vezes nas Escrituras, e é aplicada a pessoas e à humanidade em geral. Também é usada como nome próprio.
1. Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem.” (Gên. 1:26) Que declaração histórica! E que posição ímpar na história detém “Adão, filho de Deus” — a primeira criatura humana! (Luc. 3:38) Adão foi a glória coroadora das obras criativas terrestres de Jeová, não só por causa de situar-se perto do fim das seis épocas criativas, porém, o que é mais importante, porque “à imagem de Deus [este] o criou”. (Gên. 1:27) É por isso que o homem perfeito, Adão, e sua descendência degenerada em grau muito menor, possuíam faculdades e habilidades mentais muito superiores a todas as outras criaturas terrestres.
Feito à semelhança de seu Grandioso Criador, Adão possuía os atributos divinos de amor, sabedoria, justiça e poder; por isso, tinha um senso moral que envolvia uma consciência, algo inteiramente novo na esfera da vida terrestre. À imagem de Deus, Adão deveria ser um administrador global e ter em sujeição as criaturas marinhas e terrestres e as aves do ar. Por conseguinte, não era necessário que Adão fosse uma criatura espiritual, no todo ou em parte, a fim de possuir qualidades semelhantes às de Deus. Jeová formou o homem das partículas de pó do solo, colocou nele a força de vida, de modo que ele se tornou uma alma vivente, e lhe deu a capacidade de refletir a imagem e a semelhança de seu Criador. “O primeiro homem é da terra e feito de pó.” “O primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente.” (Gên. 2:7; 1 Cor. 15:45, 47) Isso se deu no ano 4026 A.E.C. Foi provavelmente no outono setentrional do ano, pois os calendários mais antigos da humanidade começavam a contagem do tempo no outono setentrional, por volta de 1.° de outubro, ou na primeira lua nova do ano lunar civil. — Veja ANO.
O lar de Adão era um paraíso especialíssimo, verdadeiro jardim de perfeição e prazer, chamado Éden, fornecendo-lhe todas as coisas físicas necessárias à vida, pois havia ali “toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento”, para seu sustento perpétuo. (Gên. 2:9) Por toda a volta de Adão havia animais pacíficos, de toda espécie e tipo. Mas, Adão estava sozinho. Não havia nenhuma outra criatura “segundo a sua espécie” com a qual conversar. Jeová reconheceu que “não é bom que o homem continue só”. Assim, por cirurgia divina,
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