Capítulo 1
Nações antigas tinham de saber quem Ele é
1. Qual tem sido a atitude das nações para com o maior nome no universo, e o que terão de saber sobre Aquele que o leva?
ASSIM como nações antigas não gostavam dele, também as nações da atualidade não gostam dele. Nem gostam do seu nome. Por não mencionarem seu nome, procuram desconsiderar sua existência, para que se torne alguém desconhecido e para que a lembrança de seu nome se desvaneça. É estranho, porém, que as nações não puderam eliminar o nome dele da história humana. Não impediram que seu nome fosse proclamado amplamente em toda a terra, em nosso século vinte. É evidente que o Portador deste nome deve ser maior do que todas as nações. Seu nome é o maior em todo o universo. É o nome mais antigo de que há registro. É imortal! Adorna o Maior Ser em todo o céu e a terra. É tão imperecível como seu Portador. Nações do passado chegaram a conhecê-lo. Nações atuais, como organizações políticas, também chegarão a conhecer este Nome incomparável. Dentro em breve, elas perecerão, mas não o Nome! Antes de perecerem, terão de conhecer a superioridade Daquele que leva esse Nome.
2. O que significará a vindicação deste nome e para quem é isso do maior interesse agora?
2 Neste respeito, a história terá de repetir-se, mas em escala muito maior. A história registrada do passado justifica-nos em esperarmos que o nome venha a ocupar seu lugar legítimo entre todos os que habitam a terra. A vindicação dele como nome Daquele que realmente vive, que é Todo-poderoso e supremo, deixará espantadas as nações. Elas, embora involuntariamente, terão de reconhecer Aquele cujo nome foi injustamente vituperado e desprezado entre os homens. Saberão que ele existe e que ele falou, e que aquilo que falou nunca deixou de acontecer. O significado disso, para todas as nações, é do maior interesse para cada membro desta atual geração da humanidade, no presente.
3. Por que é para o Portador deste Nome aquilo que aconteceu em 1513 A. E. C. apenas como se tivesse passado meia semana?
3 Para nós, os que vivemos hoje, qualquer acontecimento que ocorreu no ano 1513 antes de nossa Era Comum, foi algo que ocorreu há muito tempo atrás. Há quase três mil e quinhentos anos atrás! Mas, para o Eterno, cujo nome precisa ser vindicado, tal período de tempo não é calculado segundo a rotação diária da terra sobre o seu eixo, nem segundo o seu movimento anual em torno do sol. Estes três milênios e meio são considerados apenas como três dias e meio nossos. E o que representa só meia semana de tempo para Ele? Para Ele, foi apenas há meia semana atrás, que ele confrontou a potência política de primeira classe do século dezesseis antes de nossa Era Comum. Por isso, não foi apenas uma proclamação poética quando um cancionista inspirado daqueles dias Lhe disse: “Mil anos aos teus olhos são apenas como o ontem que passou e como uma vigília durante a noite.”a
4. O que importava a Ele quanto àquela primeira potência mundial?
4 Não lhe importava que aquela primeira potência mundial tivesse o mais recente equipamento militar em grande quantidade e pudesse dominar a terra então habitada. A altamente prezada sabedoria e o elevado grau de civilização dela eram-lhe indiferentes. O grande número de seus deuses e de suas deusas religiosos não O intimidavam, mas apenas demonstravam quão ignorante e enganada aquela potência mundial altamente civilizada era em questões religiosas. O que lhe importava então era que esta potência mundial entrara em dificuldades com ele. Como?
5. Na questão da opressão, o que ameaçava a certas pessoas inocentes de um ramo da família humana enquanto moravam como estrangeiros na terra de outra raça?
5 Já presenciou alguma vez um povo inofensivo ser oprimido por um governo político poderoso, militarista e nacionalista, neste século vinte? Esta pergunta traz à nossa memória diversos povos e grupos raciais oprimidos. Por isso podemos avaliar a opressão tirânica que se exercera por dezenas de anos contra um povo inocente, numa terra em que eram estrangeiros residentes. Segundo os três grandes ramos em que se divide nossa família humana, estes estrangeiros residentes eram do ramo semítico e moravam numa terra camítica. A opressão deles tornou-se finalmente tão extrema, que se tentou o que hoje se chama de “genocídio”, para causar a extinção desta família específica de semitas, que então havia aumentado ao ponto de ser um povo de destaque, uma nação realmente populosa, mas sem ter parte ativa no governo daquele país camítico.
6. Assim, que espécie de questão atribulante era, e como?
6 Tratava-se evidentemente de uma questão racial que atribulava aquele país camítico, pois um grupo tão grande de estrangeiros residentes de outra raça poderia constituir até mesmo uma ameaça militar para aquela potência mundial de primeira classe. Mas, ao estudarmos a situação mais a fundo, podemos verificar que havia uma questão de importância ainda maior do que a questão racial. Tratava-se duma questão religiosa. Os registros da história antiga provam além de refutação, por parte de nossos modernistas irreligiosos de educação científica, que a religião desempenhava um papel dominante na vida das nações, mesmo dos governantes. Aquele povo estrangeiro que morava naquela mundialmente famosa terra camítica identificava-se com uma religião notavelmente diferente. Este era o motivo pelo qual o grosso daquele povo se negava a participar na adoração dos muitos deuses do país. Portanto, a extirpação deste povo de estirpe semítica significaria a eliminação desta religião. Esta era a coisa mais desejável, segundo os sacerdotes dos deuses daquele país.
7. Que questões suscitaram os opressores camíticos a respeito do Deus dos estrangeiros residentes, e que ação exigiram tais questões?
7 Assim como se dá com centenas de milhões de indianos neste século vinte, parecia estranho àqueles adoradores antigos dos muitos deuses camíticos que este povo estrangeiro no seu meio adorasse apenas um só Deus, de quem se cria que era o Único Criador de todo o céu e terra. Mas, para aqueles adoradores dos muitos deuses e deusas antigos, este Único Deus daquele povo estrangeiro residente não podia ser o verdadeiro Deus vivente e Todo-poderoso. Senão, por que permitiria que fossem oprimidos como escravos por mais de cem anos? Por que permitiria que seus opressores prosseguissem com o plano nacionalista de extinguir os adoradores dele e a sua religião de cima da terra? Por que já não havia ele liberto seus adoradores da mão dos seus opressores politeístas e escravizadores? Estas eram boas perguntas. Se ele fosse um Deus assim como o adoravam estas pessoas oprimidas, então deveria responder a tais perguntas. Deveria dar-se a conhecer àquela nação camítica! Por fazer isso, ele também se daria a conhecer a todas as nações!
8. Era próprio que este Deus se desse a conhecer também aos seus próprios adoradores oprimidos, e em que base?
8 Neste respeito, que dizer de ele se dar a conhecer aos Seus próprios adoradores? Até mesmo para muitos destes Ele talvez parecesse ser um Deus desconhecido.b Nas circunstâncias aflitivas daquele século dezesseis antes de nossa Era Comum, precisavam saber que Ele existia, que tinha um nome diferente dos nomes de todos os deuses e deusas de seus opressores, e que ele era seu Deus, que os reconhecia como seu povo? Sim! Não havia sido um Deus desconhecido aos antepassados deles, de séculos anteriores. Estes até mesmo conheciam seu nome pessoal, mas vieram a reconhecê-lo especialmente como “Deus Todo-poderoso”, por causa daquilo que fez a seu favor. Então, por que não deveriam adorar este Deus de seus antepassados?
9. Por que marcava este Deus o tempo da aflição deles, e o que era oportuno que fizesse para com seu nome?
9 Ele fizera aos antepassados deles promessas maravilhosas, promessas não só de interesse e importância para eles, como descendentes, mas do maior interesse e importância para toda a humanidade. Ele predisse a aflição que lhes sobreveio naquela terra camítica. Será que não se apercebia da aflição que realmente lhes sobreveio? Era evidente que não podia ser assim! Antes, ele marcava o tempo desta aflição, porque havia predeterminado e predito quando acabaria e deveria acabar tal aflição.c Eles possuíam os registros da duração da vida de seus antepassados sucessivos e das gerações envolvidas. Se os tivessem consultado e se tivessem feito cálculos corretos, teriam sabido que chegara o tempo de sua libertação. Era o tempo marcado pelo seu Deus, para se dar a conhecer a eles como seu Libertador e para coroar seu nome com glória imarcescível. Era o tempo de Ele provar com atos que não fazia nenhuma declaração juramentada que lhe fosse impossível de executar. Ainda era o Deus Todo-poderoso apesar de terem passado séculos. Tendo chegado seu tempo, podia esperar-se que desse ao seu nome um lugar na história humana, acima de todos os outros nomes.
COMO O FARIA?
10. Portanto, que perguntas fizeram os adoradores que tinham fé Nele, e qual seria o modo próprio de ele, como Deus, agir em resposta?
10 A questão que se apresentava aos que ainda tinham fé nas promessas inquebrantáveis de Deus era: Como o faria? Como provaria que não era um deus mítico? Como vindicaria a sua própria existência? Como faria com que seu nome fosse respeitado, de fato, temido por todas as nações da terra? Não por meios comuns, que pudessem ser explicados por nossos cientistas modernos. Não, mas por meio de algo que nem mesmo os cientistas do século vinte podem explicar, apesar de todas as suas experiências de laboratório, por meio de coisas humanamente tão incríveis, que os duvidosos as chamariam apenas de mitos e lendas. Mas de que outro modo, senão por tal demonstração de seu poder superior e de sua inteligência científica poderia provar-se, mesmo para esta geração da humanidade, como único Deus Todo-poderoso? Aquele que é Deus devia poder fazer coisas que homens comuns de qualquer século não pudessem fazer. Senão, como poderia ser classificado como Deus? Era razoável esperar-se que fizesse coisas que os sacerdotes-magos de todos os deuses falsos nunca pudessem fazer. Ele se distinguiria por fazer coisas inexplicáveis, milagres!
11. Como seria identificada a Fonte destes milagres, e que consideração teria esta Fonte para com os humanos na terra?
11 No entanto, como seriam tais façanhas milagrosas relacionadas com este único Deus vivente e verdadeiro, para serem inconfundivelmente atribuídas a ele como sua Fonte verdadeira? Especialmente, visto que ele é invisível e não possui nenhum ídolo, ou imagem, visível e material para representá-lo aos olhos e ao toque dos homens? Simplesmente por anunciar de antemão estas realizações milagrosas e fazê-las realizar em seu nome, e isto por meio dum representante, porta-voz ou profeta humano, vivo, a quem enviaria a falar e a agir em Seu nome. Não era necessário que este Deus invisível e Todo-poderoso se apresentasse em pessoa às criaturas humanas, carnais, frágeis demais na vista e na constituição física para suportar um confronto direto com o Criador celestial do sol e de todos os bilhões de galáxias de estrelas e fontes de raios cósmicos. Em cumprimento das predições feitas em seu nome por porta-vozes humanos, podia realizar os milagres específicos por controle remoto, sendo isto mais seguro para as pequenas criaturas humanas de capacidades limitadas quanto ao que podem suportar sem serem destruídas. Tudo isto mostraria consideração divina para com as meras criaturas humanas de nossa pequeníssima terra!
12. A quem usou este Deus não-idólatra para falar e agir em Seu nome, e como obteve este nome pessoal?
12 Os deuses-ídolos daquela antiga terra camítica tinham seus sacerdotes-magos e outros representantes oficiais, entre os quais se encontravam os homens ilustres Janes e Jambres.d Então, quem era a figura histórica, a quem o Deus não-idólatra enviou para falar e agir em seu nome pessoal? Não era nenhum desconhecido no país. De fato, havia nascido naquela terra camítica, sulina, oitenta anos antes. De modo que já era homem idoso, provavelmente idoso demais para ser reconhecido como alguém que fugira do país quarenta anos antes, homem a quem talvez se sentissem justificados a matar como homicida. Quiseram matá-lo já quando era menino recém-nascido, por lançá-lo no seu rio sagrado, ao qual adoravam como deus. Mas, enquanto ele flutuava numa área feita de juncos, nas águas perto da margem, foi resgatado pela filha compassiva do então governante do país. Ela foi induzida a adotar este belo menino e deu-lhe apropriadamente o nome que significa “Tirado” ou “Salvo da Água”, quer dizer, Moxê, ou como nós pronunciamos hoje o nome, Moisés. Isto constituía uma derrota para o rio-deus, a quem não se permitiu que o tragasse.e
13. Portanto, como foi Moisés criado e o que o fez fugir do país?
13 Aparentemente sem saber que ela estava sendo manobrada, a filha do governante entregou o bebê à sua própria mãe, Joquebede, para amamentá-lo e criá-lo até que o menino tivesse idade suficiente para ser levado ao palácio do governante. Ela agiu assim, com coração magnânimo, contrário à política cruel de genocídio de seu pai, aplicada aos estrangeiros residentes, escravizados, de sua terra. O menino ameaçado ficou assim protegido contra a morte às mãos dos opressores de seu povo e foi instruído, não na adoração dos muitos deuses falsos do país, mas na do Deus de seu pai Anrão.f O forte apego familiar e religioso ao seu povo arraigou-se profundamente neste menino, evidentemente marcado para desempenhar um papel importante na história, até ele atingir os quarenta anos de idade, mesmo apesar de ter passado a maioria destes anos na corte do rei e de ter sido instruído em toda a sua sabedoria mundana. Daí, por ter ficado muito indignado em vista do tratamento duro aplicado ao seu povo escravizado, ele tentou liderar um movimento de libertação. Houve derramamento de sangue, e ele teve de fugir para salvar a vida.g
14. Ao retornar para ser líder de seu povo oprimido, que perguntas estaria este inclinado a fazer-lhe para ter certeza?
14 O que ou quem podia tê-lo induzido então, já homem idoso de oitenta anos, a deixar a terra em que morava como fugitivo e a retornar ao país dos opressores de seu povo, que haviam procurado tirar-lhe a vida? Não fracassara já uma vez como libertador? Sim! Mas agora seria seu Deus quem agiria como Libertador daqueles que adoravam a Ele apesar de sua aflição de longa duração. Já era então quase desconhecido ao seu próprio povo, mas a sua irmã mais velha Miriã e seu irmão Arão ainda viviam lá na terra da escravidão. Em grande parte, teria de identificar-se a eles. Eles lhe perguntariam: “O que te fez voltar? Quem te enviou?” De nada lhe adiantaria apresentar-se a eles em seu próprio nome como seu libertador, assim como de nada adiantou da primeira vez. Só estariam inclinados a aceitá-lo como seu líder visível se viesse no nome de seu Deus como Libertador. Mas, qual era o nome deste Deus que o enviara? Como poderia provar que este Deus o enviara para levá-los à liberdade? Havia este Deus mudado de nome?
15. Onde e de que maneira deu Deus ordens a Moisés para voltar à terra dos escravizadores opressivos?
15 O Mandante divino de Moisés sabia que seu povo duvidoso se perguntava por que o Deus de seus antepassados havia permitido por tanto tempo que se praticasse tal iniqüidade contra eles, e ele sabia que fariam tais perguntas a Moisés. Por meio de uma manifestação milagrosa, não em algum país mítico, mas ao sopé do monte Horebe, no ermo de Sinai, da Península arábica, Deus deu ordens verbais a Moisés, para que voltasse à terra dos escravizadores opressivos. O que devia dizer ao se apresentar pela primeira vez ao seu próprio povo? Deus disse-lhe o que dizer, por meio dum anjo invisível, junto a um espinheiro que ardia milagrosamente no ermo. Segundo a Nova Bíblia Inglesa (The New English Bible), publicada numa terra muito ao oeste da Península Sinaítica, 3.482 anos depois (em 1970 E. C.), Moisés devia dizer em explicação de sua missão:
16. O que se mandou que Moisés dissesse ao seu povo para explicar a sua volta?
16 “Tens de dizer aos israelitas o seguinte, que é JEOVÁ, o Deus de seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, quem te envia a eles. Este é meu nome para sempre; este é meu título em toda geração. Vai e reúne os anciãos de Israel e diz-lhes que JEOVÁ, o Deus de seus antepassados, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, apareceu-te e disse: Voltei deveras meus olhos para vós; notei tudo o que se tem feito a vós no Egito, e estou resolvido a fazer-vos sair de vossa miséria no Egito, para a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos perizeus, dos hivitas e dos jebuseus, uma terra que mana leite e mel.’ Eles te escutarão, e então tu e os anciãos de Israel tereis de ir ao rei do Egito.” — Êxodo 3:15-18; veja também VB; PIB.
17. Qual foi a reação de Faraó à demanda de libertar os israelitas, e, por isso, o que restava apenas para Deus fazer a ele?
17 Moisés obedeceu corajosamente a este Deus de seus antepassados, Jeová. Por meio de sinais milagrosos que Jeová mandara Moisés fazer, este provou que Jeová, o Deus da libertação, deveras o enviara para guiá-los à liberdade. Sua libertação poderia ter acontecido de modo fácil para os egípcios, se estes, à demanda de Jeová, tivessem deixado de oprimir os israelitas e os tivessem deixado ir livres para a sua Terra da Promessa de leite e mel. Mas o que se podia fazer, quando o rei, Faraó do Egito, zombava da demanda feita a ele em nome do Deus vivente e verdadeiro e respondia de modo desafiador: “Quem é Jeová, que eu deva obedecer à sua voz para mandar Israel embora?” Para apoiar seu desafio a Jeová, como se este fosse apenas um joão-ninguém, o Faraó idólatra do Egito acrescentou: “Não conheço Jeová, e ainda mais, não vou mandar Israel embora.” E quando Faraó, comandante das mais excelentes forças militares daquele mundo antigo, apegou-se à sua decisão, que mais se podia fazer senão fazê-lo conhecer a Jeová, obrigá-lo a saber que o Deus que demandava que soltasse Seu povo era Jeová? Faraó é que criou esta situação!
18. Que declaração do propósito divino exigiu a situação nacional que se desenvolveu lá naquele tempo, e o que farão bem em considerar nações poderosas de hoje quanto a si mesmas?
18 Adotam alguns dos governantes políticos deste século vinte a atitude daquele Faraó de 1514/1513 A. E. C., conforme registrada em Êxodo 5:1, 2? A situação nacional que se desenvolveu lá naquele tempo exigiu pela primeira vez a declaração divina que avisava as nações políticas dos tempos bíblicos a respeito do propósito de Deus de tornar conhecido quem ele é. Mas as nações deste mundo moderno precisam acatar esta declaração antiga do propósito de Deus, visto que se aplica também a elas. Farão bem em considerar seriamente se foram tipificadas ou prefiguradas pela antiga terra dos faraós, quando Jeová disse a Moisés: “Os egípcios hão de saber que eu sou Jeová quando eu estender a mão contra o Egito, e deveras farei os filhos de Israel sair do seu meio.” — Êxodo 7:1-5.
19. Por meio de que, como a primeira de dez pragas, foi Faraó obrigado a saber que Jeová é Deus?
19 Ordenou-se também a Moisés que dissesse ao desobediente Faraó do Egito: “Por meio disso saberás que eu sou Jeová. Eis que com o bastão que está na minha mão estou golpeando a água que há no rio Nilo e ela se há de transformar em sangue.” E assim aconteceu. Esta mostrou ser a primeira de dez pragas por meio das quais os egípcios empedernidos e resistentes ficaram sabendo de modo desastroso para eles que o verdadeiro Deus é Jeová. — Êxodo 7:17-20.
20. Como passou o povo de Moisés nas primeiras duas pragas, e que dúvida, portanto, poderá ter tido Faraó a respeito de Jeová?
20 Aquela primeira praga, a de transformar o rio Nilo e seus canais em sangue, não visava diretamente o povo de Moisés, que morava separado na parte nordeste do Egito, conhecida como Gósen. Mas eles sentiram os efeitos desta praga que afligiu o país inteiro do Egito durante sete dias. No entanto, sabiam que Jeová não pretendia puni-los com esta praga, e, por padecerem junto com os egípcios, puderam sentir quão real era o golpe para os egípcios opressivos. O mesmo se dava com a segunda praga, a das rãs inundando a terra do Egito, não se poupando nem mesmo a terra de Gósen. (Êxodo 7:19 a 8:15) Faraó talvez se consolasse de que o próprio povo de Moisés se via obrigado a sofrer por causa destas pragas, do mesmo modo como os egípcios. Talvez duvidasse que Jeová pudesse proteger seu próprio povo, os israelitas, contra estas pragas que os sacerdotes-magos do Egito pareciam poder imitar. De modo que esta situação constituía um desafio para Jeová. Podia ele enfrentá-lo?
21. O que se viram obrigados a admitir os sacerdotes do Egito em vista da terceira praga, e por quê?
21 As primeiras duas pragas não abrandaram suficientemente o coração de Faraó. De fato, ceder Jeová aos clamores de alívio por parte de Faraó realmente endureceu aquele governante desafiador. Cabia então uma terceira praga sobre o Egito. Esta produziu enxames de borrachudos em todo o Egito. Os sacerdotes-magos não puderam duplicá-la. Não puderam atribuir a praga a nenhum dos seus deuses demoníacos. Por isso se viram obrigados a dizer a Faraó: “É o dedo de Deus!” É digno de nota que não disseram: ‘É o dedo de Jeová!’ Omitiram deliberadamente proferir o nome verdadeiro de Deus? De qualquer modo, desconsiderarem o nome do verdadeiro Deus não escondeu os fatos nem os salvou. — Êxodo 8:16-19.
PROTEÇÃO PELA ADORAÇÃO DO VERDADEIRO DEUS
22. Que pergunta surge quanto à capacidade do verdadeiro Deus de proteger seus adoradores, e como foi isto respondido pela maneira em que se deu a quarta praga?
22 Há qualquer proteção possível por meio da adoração do verdadeiro Deus, mesmo deste Deus com um nome não estimado? A maneira em que se manobrou a quarta praga sobre o Egito responde a esta pergunta de modo positivo. Ouça o registro histórico em Êxodo 8:20-24:
23. O que se mandou que Moisés dissesse ao anunciar a quarta praga, e com que resultado?
23 “Jeová disse então a Moisés: ‘Levanta-te de manhã cedo e toma posição diante de Faraó. Eis que ele está saindo à água! E tens de dizer-lhe: “Assim disse Jeová: ‘Manda embora meu povo, para que me sirvam. Mas se não mandares embora meu povo, eis que enviarei o moscão sobre ti, e sobre os teus servos, e sobre o teu povo, e às tuas casas; e as casas do Egito estarão simplesmente cheias de moscões, e também o solo em que estão. E naquele dia certamente farei ficar à parte a terra de Gósen em que está meu povo, para que não haja ali nenhum moscão; a fim de que saibas de que eu sou Jeová no meio da terra. E deveras porei uma demarcação entre meu povo e teu povo. Amanhã ocorrerá este sinal.”” E Jeová passou a fazer isso; e densos enxames de moscões começaram a invadir a casa de Faraó e as casas dos seus servos, e toda a terra do Egito. O país ficou arruinado por causa dos moscões.”
24. Daí em diante, por que dois motivos se fez Faraó saber que Jeová é Deus, e depois de sofrer o que permitiu Faraó que o povo de Jeová partisse?
24 Fez-se assim saber ainda mais, de duas maneiras, ao empedernido Faraó, que o verdadeiro Deus é Jeová, pela própria praga dos moscões, da qual também se podia dizer que era “o dedo de Deus”, e pela separação milagrosa do povo de Jeová, os israelitas, e sua proteção contra a praga dos moscões. Se Faraó tivesse mandado alguém à terra de Gósen, teria verificado que era assim, do modo como fez com relação à próxima praga, que atacou toda espécie de gado dos egípcios com uma pestilência, de modo que morreu. Lemos a respeito da verificação que Faraó mandou fazer para ver se Jeová realmente havia feito uma distinção entre o gado dos israelitas e o gado dos egípcios: ‘Faraó mandou então ver, e eis que nem mesmo um do gado de Israel tinha morrido.” (Êxodo 9:7) Mas nem mesmo este conhecimento a respeito de Jeová bastava ao refratário Faraó. Foi só depois da décima e última praga, que matou seu filho primogênito e os primogênitos de todos os seus súditos egípcios, que ele cedeu o bastante para deixar ir o povo de Jeová. A culpa foi dele, de ter de aprender a conhecer a Jeová apenas de modo difícil para o Egito.
25. De que maneira obteria Deus glória adicional para si mesmo por meio de Faraó, conforme ele declarou a Moisés, e, assim, o que viriam os egípcios a saber com certeza?
25 Apesar de tudo isso, o Deus de Milagres ainda não tinha acabado de obrigar Faraó e seus súditos a saber que ele é Jeová. Alguns dias depois de os israelitas partirem com todos os seus primogênitos de homem e de animal, acamparam-se junto ao Mar Vermelho, na margem ocidental dele, perto da cabeceira do Golfo de Suez, “à vista de Baal-Zefom (“Senhor do Norte, ou, da Torre de Vigia”)”. Jeová tomou o propósito de dar-se a conhecer ainda mais aos seus inimigos perto deste lugar geográfico. Foi assim como Jeová dissera a Moisés: “Faraó certamente dirá então com respeito aos filhos de Israel: ‘Estão vagueando em confusão pelo país. O ermo os encerrou.’ Assim, hei de deixar o coração de Faraó ficar obstinado e ele certamente irá no encalço deles, e eu obterei glória para mim por meio de Faraó e todas as suas forças militares; e os egípcios saberão certamente que eu sou Jeová.” — Êxodo 14:1-4.
26. Como decidira Jeová então ajustar contas com os egípcios, e o que disse ele a Moisés sobre o objetivo disso?
26 Portanto, não eram realmente os israelitas que estavam presos junto ao Mar Vermelho, com as forças militares egípcias avançando depressa contra eles, mas eram os próprios egípcios que caíam numa armadilha, para a sua destruição. Assim se daria uma lição final aos egípcios para conhecerem a Jeová. Assim ajustaria as contas com eles. Quando Jeová disse então a Moisés que ele abriria um corredor através do leito do Mar Vermelho, para os israelitas avançarem até a margem oriental e ficarem libertos, ele revelou a Moisés o objetivo disso, dizendo: “Quanto a mim, eis que deixo os corações dos egípcios ficar obstinados para que entrem atrás deles e a fim de que eu obtenha glória para mim por meio de Faraó e todas as suas forças militares, seus carros de guerra e seus cavalarianos.” — Êxodo 14:15-18.
27. Em vista de que apuros em que se encontravam viram-se as forças egípcias finalmente obrigadas a reconhecer a Deus por nome, mas fizeram isso em tempo?
27 Naquela noite, sob o luar da lua da Páscoa, as centenas de milhares de israelitas atravessaram o leito do Mar Vermelho, tendo em ambos os lados as águas milagrosamente partidas. Perto do amanhecer, Jeová permitiu que as forças militares egípcias entrassem no leito seco do mar em perseguição dos israelitas. Quando o Deus de Israel começou a estorvar o progresso dos perseguidores, as forças militares egípcias sentiram o perigo e começaram a achar que estavam lutando contra Jeová. Reconhecendo-o finalmente por nome, disseram uns aos outros: “Fujamos de qualquer contato com Israel, porque Jeová certamente está lutando por eles contra os egípcios.” Mas já era tarde demais para fugir, pois Jeová fechara a armadilha sobre eles. Lemos:
28. Como salvou Jeová a Israel das mãos dos egípcios naquele dia?
28 “Nesse ínterim, os egípcios fugiam do seu encontro com [o mar], mas Jeová desembaraçou-se dos egípcios no meio do mar. E as águas voltavam. Por fim cobriam os carros de guerra e os cavalarianos, pertencentes a todas as forças militares de Faraó e que haviam entrado no mar atrás deles. Nem mesmo um só deles se deixou sobrar. Quanto aos filhos de Israel, andaram em terra seca no meio do leito do mar, e as águas foram para eles como muralha à sua direita e à sua esquerda. Assim, naquele dia, Jeová salvou Israel da mão dos egípcios e Israel chegou a ver os egípcios mortos à beira do mar.” — Êxodo 14:21-30.
[Nota(s) de rodapé]
a Citação das palavras do profeta Moisés, no Salmo 90:4. Veja também 2 Pedro 3:8.
b Veja a profecia de Ezequiel, capítulo vinte, versículos 6-10.
c Veja o primeiro livro de Moisés, Gênesis, capítulo quinze, versículos 12-14.
d Veja a Segunda Carta a Timóteo, 2 Tim. capítulo três, versículo oito.
e Veja o livro de Êxodo 1:22-2:10, capítulo um, versículo vinte e dois, até o capítulo dois, versículo dez.