Preste atenção à “palavra profética”
“Fazeis bem em prestar atenção a ela como a uma lâmpada que brilha em lugar escuro.” — 2 Ped. 1:19.
1. De que modo são as predições hodiernas dos homens bem descritas pela Palavra profética de Deus?
TREVAS profundas se abatem sobre a humanidade. É verdade que tem havido muitas predições de tempos melhores, de ‘um mundo feito seguro para a democracia’ e de ‘quatro liberdades’, e profecias luminosas sobre o que a Liga das Nações e depois as Nações Unidas iriam realizar. Mas, todas estas profecias, de algum modo, passaram sem cumprimento. A situação é semelhante àquela que induziu Deus a declarar, num outro tempo de crise: “E tentam sarar superficialmente o quebrantamento do meu povo, dizendo: ‘Há paz! Há paz!’ quando não há paz.” (Jer. 6:14) Quão veraz isto é a respeito do mundo de hoje!
2. Por que falham tantas das previsões humanas? Como se contrastam elas com as declarações proféticas de Jeová?
2 Por que falham todas as previsões humanas de tempos melhores e de paz? Em primeiro lugar, elas costumam basear-se mais no desejo do que nos fatos. Muitas delas são feitas com fins de propaganda. E o que é mais importante, estas predições humanas são contrárias à Palavra inspirada de Deus, a Bíblia. Não se harmonizam com os propósitos declarados de Deus para com esta terra. A declaração de Jeová Deus a estes pretensos profetas é: “Pois os vossos pensamentos não são os meus pensamentos, nem os meus caminhos, os vossos caminhos.” Ele acrescenta, a respeito de sua própria Palavra: “Não voltará a mim sem resultados, mas certamente fará aquilo em que me agradei e terá êxito certo naquilo para que a enviei.” (Isa. 55:8, 11) Poderá também ter êxito certo se der urgentemente atenção a esta Palavra!
“DESCENDENTE” DE VINDICAÇÃO
3. (a) Contra quem se dirigiu a primeira profecia falada de Deus, e o que predisse? (b) Que base há para se crer que se restabelecerão a paz e a liberdade na terra?
3 Viremos as páginas da Bíblia para a primeira profecia inspirada por Deus, há quase seis mil anos atrás. Escute o Seu julgamento proferido no Éden. Dirige-se contra o renegado Satanás, sedutor de nossos primeiros pais. Jeová declara: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar.” (Gên. 3:15) Prediz-se o esmagamento da cabeça de Satanás. E note como o apóstolo Paulo aplica este texto ao escrever a verdadeiros amantes de Deus e da justiça: “O Deus que dá paz, por sua parte, esmagará em breve a Satanás debaixo dos vossos pés.” (Rom. 16:20) É pelo esmagamento de Satanás e de seu “descendente” que Jeová traz verdadeira paz a esta terra, devolvendo à criação gemente “a liberdade gloriosa dos filhos de Deus”. A profecia de Jeová, no Éden, provê a base para esta esperança. — Rom. 8:20, 21.
4. (a) Quem foi primeiro chamado de “profeta” na Bíblia? (b) Que dois milagres notáveis se realizaram com relação a Isaque?
4 Mas, quem é o “descendente” da mulher — o “descendente” de vindicação, que defende o lado de Jeová na questão contra Satanás? Foi dois mil anos depois do Éden que Jeová lançou muita luz sobre esta questão, mediante seus tratos com seu “amigo” Abraão — primeiro homem a ser chamado “profeta” no registro bíblico. (Tia. 2:23; Gên. 20:7) Jeová realizou dois milagres notáveis com relação ao fiel Abraão. O primeiro deles foi o de capacitar Abraão e a esposa dele, Sara, por muito tempo estéril, a terem seu único filho, Isaque, já na velhice deles. (Gên. 21:1-7) Anos depois, quando Isaque já atingira a varonilidade, Jeová ordenou que Abraão matasse a Isaque em sacrifício, no monte Moriá. Abraão obedeceu. Mas, quando estava para usar o cutelo em Isaque, ocorreu outro milagre! Um anjo clamou a Abraão a fim de que parasse. E havia lá um carneiro à disposição para substituir Isaque como sacrifício queimado. Isaque foi devolvido a Abraão como que por meio duma ressurreição.
5. Que promessa juramentada fez Jeová a Abraão, e como podemos participar no seu cumprimento?
5 Como Abraão deve ter ficado emocionado pelo que ouviu a seguir! — A declaração juramentada duma profecia de Jeová, conforme transmitida pelo anjo: “Pelo fato de que fizeste esta coisa e não me negaste teu filho, teu único, seguramente te abençoarei e seguramente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como os grãos de areia que há à beira do mar; e teu descendente tomará posse do portão dos seus inimigos. E todas as nações da terra hão de abençoar a si mesmas por meio de tua descendência, pelo fato de que escutaste a minha voz: “Esta promessa jurada já teve um cumprimento extraordinário. Se cultivar uma fé semelhante à de Abraão, poderá ter a alegria de participar nos seus cumprimentos adicionais. — Gên. 22:1-18; Heb. 11:8-19.
6. (a) Quais são algumas das coisas profetizadas a respeito do “descendente”? (b) Que objetivo importante alcançaram estas profecias?
6 Durante os próximos dois mil anos, os profetas de Jeová, até Malaquias e João Batista, continuaram a focalizar a atenção no “descendente” prometido. O próprio filho de Isaque, Jacó, profetizou que o “descendente” seria um regente chamado Siló, ou “Aquele a Quem Pertence”, de Judá. (Gên. 49:10) Isaías predisse que ele nasceria duma virgem, da casa de Davi, sua humilhação, rejeição e morte sacrificial. (Isa. 7:14; 9:6, 7; 28:16; 50:6; 53:5-12) Daniel o descreveu como “Messias, o Líder”, e predisse as datas exatas de seu aparecimento e de ele ser decepado na morte. (Dan. 9:24-27) Outros profetas acrescentaram pormenores minuciosos a respeito da vida e do ministério, da morte e da ressurreição dele. (Miq. 5:2; Osé. 11:1; Zac. 9:9; 11:12; Sal. 22:16-18; 34:20; 16:10; 110:1) Serviram estas centenas de profecias para identificar o “descendente” quando este finalmente apareceu? Certamente que sim, conforme os fiéis discípulos do Messias repetidas vezes atestaram sob inspiração! — Mat. 1:22, 23; 2:15, 17, 18; 12:40; 21:4, 5; 27:9; Luc. 2:11; João 19:23, 24, 31-37; Atos 2:29-36.
7. (a) Como foi o “descendente” identificado positivamente pelos apóstolos de Jesus? (b) Que glorioso cumprimento tiveram quatro mil anos de profecia?
7 Não é de se admirar, então, que Pedro, quando interrogado, pudesse dizer de modo tão positivo Àquele: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente”! (Mat. 16:16) A isto Paulo acrescenta o seu testemunho: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a seu descendente. Não diz: ‘E a descendentes’, como no caso de muitos, mas como no caso de um só: ‘E a teu descendente’, que é Cristo.” (Gál. 3:16) Portanto, ali estava o “descendente” de vindicação prometido no Éden — e o “descendente” de Abraão. Por certo, quatro mil anos de profecia não tinham sido em vão! Quão maravilhosamente as promessas edênicas e abraâmicas se fundiram no seu cumprimento! Pois o nascimento milagroso de Isaque, na velhice de Abraão e de Sara, representara bem como Deus enviou o prometido “descendente” de sua organização celestial, semelhante a uma esposa, composta de santos anjos, depois de quatro milênios de espera. E as circunstâncias do sacrifício de Isaque se relacionavam com o ‘descendente’ edênico ter o ‘calcanhar machucado’, ferimento do qual se restabeleceria, pois se representava com isso o grande sacrifício de Jesus na terra e seu retorno à presença celestial de seu Pai por meio de uma ressurreição. Nisto há, portanto, a grandiosa garantia de que todas as profecias de Jeová se cumpririam gloriosamente.
8. Como foi multiplicada a “descendência” de Abraão, e o que se pode dizer do seu número?
8 O apóstolo Paulo foi também inspirado a explicar a multiplicação da “descendência” de Abraão — “como as estrelas dos céus e como os grãos de areia que há à beira do mar”. Ele descreveu os seguidores ungidos de Jesus como todos tornando-se “um só em união com Cristo Jesus. . . . realmente descendente de Abraão, herdeiros com referência a uma promessa”. Hão de herdar o reino celestial com Cristo. Mas, não foi para sempre que seu número permaneceu indeterminado ‘como as estrelas e os grãos de areia’, pois Deus revelou mais tarde que este Israel espiritual se compõe de 144.000 remidos da terra. — Gál. 3:28, 29; Rev. 7:4; 14:1, 3.
9. De que modo foi Israel usado por Jeová, e o que foi indicado pelo modelo do tabernáculo?
9 Numa representação maravilhosa do serviço glorioso realizado pelo “descendente” prometido, Jeová usou a descendência carnal de Abraão, o antigo Israel, para estabelecer modelos proféticos. Seguindo a “planta” inspirada de Jeová, artífices peritos, cheios do “espírito de Deus”, construíram o tabernáculo, com a sua tenda e a sua mobília. (Êxo. 35:30-36:3) Ali, durante cerca de quinhentos anos, e por mais uns quatrocentos anos no templo construído por Salomão, o sacerdócio de Israel era obrigado a oferecer os sacrifícios ordenados por Jeová. É provável que milhões de sacrifícios tenham sido oferecidos no decorrer dos séculos, e todos estes ‘deram testemunho de Jesus’, indicando seu perfeito sacrifício humano e sua obra como Sumo Sacerdote ressuscitado em ministrar àqueles da humanidade “que seriamente o procuram para a sua salvação”. — Heb. 7:26-28; 9:23-28; Rev. 19:10.
10. (a) De que modo mostrou Jesus ser ele o “descendente” de vindicação, e como foi recompensado? (b) Que profecias nos faz lembrar Hebreus 10:12, 13?
10 Jesus mostrou ser “descendente” de vindicação por manter imaculada a sua integridade a Jeová e por magnificar a Jeová, mesmo quando foi dolorosamente ‘machucado no calcanhar’, na estaca de tortura. Neste respeito, Jeová Deus era bendito, como Aquele a quem Abraão tipificou. (Gên. 22:17) Mas, outra bênção ainda havia de vir! Mostrando o cumprimento do Salmo 110, Paulo declara a respeito de Jesus: “Este homem ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpetuamente, e se assentou à direita de Deus, daí em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.” (Heb. 10:12, 13) Ah! “seus inimigos”. Esta expressão nos faz voltar logo a Gênesis 3:15, onde lemos a respeito da “inimizade’, entre os dois ‘descendentes’. Faz lembrar, também, a promessa juramentada de Deus a Abraão, de que seu “descendente tomará posse do portão dos seus inimigos”. Quem é este “descendente” inimigo e como é humilhado pelo “descendente” da mulher de Deus?
A SERPENTE E SUA PROLE
11. Como descreve João os “filhos do Diabo”?
11 O apóstolo João escreveu a respeito do “descendente” do arquiinimigo, Satanás: “Os filhos de Deus e os filhos do Diabo evidenciam-se pelo seguinte fato: ‘Todo aquele que não está praticando a justiça não se origina de Deus, nem aquele que não ama seu irmão. Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio, que devemos ter amor uns pelos outros, não como Caim, que se originou do iníquo e que matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas próprias obras eram iníquas, mas as de seu irmão eram justas.” — 1 João 3:10-12.
12, 13. (a) Com que se identificou sempre o ‘descendente da Serpente’? (b) Quais são as diversas partes do “descendente” de Satanás?
12 Foi o modo errado de adoração, junto com o ódio ao seu irmão, que fez de Caim um filho do Diabo. (Gên. 4:3-8) E até o dia de hoje, o ‘descendente da serpente’ se tem identificado com a adoração falsa e tem perseguido e matado os verdadeiros adoradores de Deus. Depois do dilúvio dos dias de Noé, desenvolveu-se um império mundial de religião falsa, baseado nos mistérios de Babilônia. (Gên. 10:9) Este império de religião falsa é tão repreensível aos olhos de Deus, que a profecia concludente da Bíblia o descreve como “Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra”. — Rev. 17:5.
13 Precisamos prevenir-nos contra este “descendente” religioso de Satanás e também contra os “céus” satânicos, que também fazem parte deste “descendente”. (Efé. 6:12) Satanás organizou este “descendente” espiritual dentre os anjos que se mostraram desobedientes nos dias de Noé, e sobre os quais ele se tornou “Belzebu, o governante dos demônios”. (Mat. 12:24; 2 Ped. 2:4) Satanás trouxe também “todos os reinos do mundo” sob o seu controle, usando seus demônios como ‘príncipes’ sobre eles. (Mat. 4:8, 9; Dan. 10:13, 20) O “descendente” de Satanás se tornou assim uma poderosa organização no céu e na terra. É seu instrumento pelo qual procura devorar os amantes da justiça, e precisamos cuidar-nos para nunca sermos escravizados por ela. — 1 Ped. 5:8, 9.
14. Como chamou Jesus os clérigos religiosos dos seus dias, e por quê?
14 Os clérigos religiosos dos dias de Jesus faziam parte do “descendente” de Satanás. Ensinavam tradições, em vez de a Palavra de Deus, e derramavam o sangue justo dos profetas de Deus. Jesus os chamou na sua face de “serpentes, descendência de víboras”. (Mat. 23:33-36; 15:6) Afirmavam ser o “descendente” de Abraão, mas Jesus disse-lhes: “Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão. Mas agora buscais matar a mim, um homem que vos disse a verdade que eu ouvi de Deus. Abraão não fez isso. Vós fazeis a obra de vosso pai. . . . Vós sois de vosso pai, o Diabo, e quereis fazer os desejos de vosso pai. Esse foi homicida quando começou, e não permaneceu firme na verdade, porque não há nele verdade.” — João 8:39-41, 44.
15, 16. (a) São boas todas as religiões? Por que responde assim? (b) Qual é a posição da cristandade com respeito a Mateus 7:15, 16?
15 A qual dos ‘descendentes’ pertencem as religiões hodiernas deste mundo? Devemos acautelar-nos contra declarações tais como: “Todas as religiões são boas.” Nem todas as religiões são boas, e especialmente não as que se envolvem profundamente na política do mundo. Paulo advertiu os cristãos do primeiro século a respeito do corrompimento da religião verdadeira, dizendo: “Mas, tenho medo de que, de algum modo, assim como a serpente seduziu Eva pela sua astúcia, vossas mentes sejam corrompidas, afastando-se da sinceridade e da castidade que se devem ao Cristo.” (2 Cor. 11:3) Ocorreu tal corrupção? A história prova que sim, exatamente como predito pelos apóstolos. (Atos 20:29, 30; 2 Tes. 2:3-12; 1 João 2:18, 19) Jesus também profetizou a respeito disso, quando disse: “Vigiai-vos dos falsos profetas que se chegam a vós em pele de ovelha, mas que por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos os reconhecereis.” — Mat. 7:15, 16.
16 Que frutos, por exemplo, produziu a cristandade? Tendo substituído o puro ensino bíblico por tradições babilônicas tanto o catolicismo como o protestantismo se encontram hoje num estado de confusão doutrinal. Considere, também, os seus “frutos” na forma de inquisições, cruzadas, “guerras santas” e as duas guerras mundiais, que irromperam dentro da cristandade e que receberam apoio voluntário da parte dos clérigos e dos capelães de ambos os lados. Pode a cristandade reivindicar ser identificada com o “descendente” descrito na Palavra de profecia de Jeová como “Príncipe da Paz”? — Isa. 9:6, 7; 2:4.
CLÍMAX DA QUESTÃO
17. De que modo tem a questão atingido um clímax desde 1914, e por quê?
17 Conforme se explicou em pormenores no livro Está Próximo o Tempo, publicado em inglês pela Sociedade Torre de Vigia, em 1899, a profecia bíblica, inclusive a de Daniel, capítulo 4, apontava para o ano de 1914 como data marcada.a Este havia de ser o fim dos “sete tempos”, ou 2.520 anos, da dominação ininterrupta da terra pelas nações sob o controle de Satanás. Seria o tempo em que o “descendente” prometido assumiria o poder do reino no céu. E, de fato, a guerra mundial que veio em 1914 como início das “dores de aflição” foi prova clara de que o sistema de coisas de Satanás entrou então nos seus últimos dias. A aflição na terra tem continuado a aumentar, em cumprimento notável da profecia de Jesus em Mateus, capítulos 24 e 25, a respeito da “terminação do sistema de coisas”. A inimizade entre os dois ‘descendentes’ também chegou a um auge, conforme Jesus advertiu de antemão os seus seguidores: “Então vos entregarão a tribulação e vos matarão, e sereis pessoas odiadas por todas as nações por causa do meu nome. . . . E surgirão muitos falsos profetas, e desencaminharão a muitos; e, por causa do aumento do que e contra a lei, o amor da maioria se esfriará. Mas, quem tiver perseverado até o fim é o que será salvo.” (Mat. 24:3, 9-13) Fiel à profecia, a cristandade é afligida por aquilo que é contra a lei. E onde, na cristandade, se pode encontrar genuíno amor a Jeová Deus e à Sua justiça? Mas, felizes são os que saíram do sistema religioso, babilônico, da cristandade, e que perseveram na esperança de salvação por meio de Cristo, o “descendente”. — Heb. 9:28; Luc. 21:34-36.
18, 19. (a) Por que ataca o “descendente” inimigo os verdadeiros cristãos? (b) Que exemplos de Deus proteger seu povo se fornecem, e o que podemos aprender deles?
18 Os cristãos baseados na Bíblia se ocupam em obedecer à ordem profética de Jesus para os dias atuais: “E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mat. 24:14) Por causa disso, o “descendente” inimigo os tem às vezes perseguido implacavelmente. Por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial, o católico Hitler, da Alemanha, declarou a respeito destas testemunhas cristãs de Jeová: “Esta raça será exterminada na Alemanha!” Para os campos de concentração com eles! Mas, por fim foi Hitler quem pereceu, ao passo que as testemunhas de Jeová foram libertas para continuar a sua pregação organizada. O seguinte é um bom exemplo de como Jeová preserva seu povo em tempos dificultosos:
19 Em abril de 1945, a aproximação do exército russo compeliu os nazistas a evacuar o Campo de Concentração de Sachsenhausen. Um grupo de testemunhas de Jeová teve de sair marchando com os demais. Viam-se cercadas de saque, pânico e tiroteios, e o trovejar dos bombardeios de guerra se aproximava cada vez mais. Que fizeram? Mantiveram-se juntas. Mantiveram-se achegadas a Jeová em oração. Mantiveram a ordem teocrática no seu acampamento. Testemunharam a respeito do reino de Deus aos que encontraram ao longo do caminho. O povo ouvia-as de bom grado e lhes provia alimento e abrigo para a noite, ao passo que milhares de outros morriam em volta delas. Jeová acompanhava seu povo de integridade, conforme mostra a seguinte narrativa de um daquele grupo:
“Da nossa tropa de cerca de 230 irmãos e irmãs, nenhum, nem mesmo o mais fraco, jazia na estrada; ainda que tínhamos conosco alguns irmãos de 65 a 72 anos de idade. Todos estavam fielmente de pé. De novo podia ver-se o espírito e arranjo teocrático e como o anjo do Senhor nos protegia. Quão maravilhosamente cumpria Jeová neste dia as promessas de Isaías 40:29-31.”
Jeová, deveras, “faz abundar a plena força” entre aqueles que lealmente apóiam o seu lado na questão entre os dois ‘descendentes’.
20. (a) Que exemplos recentes mostram a força de Jeová a favor do seu povo? (b) A que está Satanás decidido, e o que se pode esperar?
20 E como Jeová tem maravilhosamente fortalecido os seus servos leais, em dias mais recentes, para se apegarem à adoração verdadeira em face de oposição demoníaca, em Cuba, na Espanha e em Portugal, bem como em Malaui, Zâmbia e na República Árabe Unida! Satanás, na sua fúria contra a organização de Deus, que é semelhante a uma mulher, está decidido, até o fim amargo, a “travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus”. Satanás reúne toda a sua organização “descendente”, no céu e na terra, para o derradeiro ataque total contra as aparentemente indefesas Testemunhas que proclamam os propósitos do Reino de Jeová, por Cristo. — Rev. 12:17; Ezequiel, cap. 38.
21. (a) Por que já é tempo de se ficar “desperto”? (b) O que aguarda a “Babilônia, a Grande”, e de que depende a sobrevivência?
21 O confronto decisivo se aproxima! Satanás procura confundir as pessoas com propaganda, ao passo que “expressões inspiradas por demônios” ajuntam as nações “para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso, . . . Har-Magedon”. Agora é que é o tempo para o próprio povo de Deus se manter “desperto”! (Rev. 16:13-16) Aquilo que é contra a lei, a violência e a aflição estão aumentando na terra. Mas, antes de se proclamar liberdade em toda a terra, a toda a humanidade, o “descendente” de Satanás, inclusive “Babilônia, a Grande”, precisa ser eliminado. A sorte da Babilônia religiosa é bem merecida, pois ela é descrita como estando “embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”. Esta desolação do império mundial da religião falsa vem com surpreendente rapidez, “numa só hora”, conforme Revelação enfatiza três vezes. É agora vitalmente urgente que todos os que desejam ser identificados com o verdadeiro “descendente” da promessa dêem ouvidos à ordem do anjo: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” A sua própria sobrevivência depende de que se livre de todo o envolvimento com a religião falsa! — Rev. 17:6; 18:4, 10, 17, 19.
22. Como descreve a Palavra profética a vitória sobre Satanás e seu descendente”?
22 A Palavra profética avisa, em muitos lugares, a respeito de Deus executar julgamento em Satanás e no seu “descendente”. Por exemplo, há o texto de Jeremias 25:31-38, que nos diz que “os mortos por Jeová certamente virão a estar naquele dia de uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra”. Na vanguarda há os “pastores” religiosos, que ‘uivarão’ e ‘clamarão’, e com eles se revolverão os “majestosos do rebanho”, inclusive os seguidores proeminentes, favoritos, que os seguem à destruição. Por fim, a própria Serpente original, junto com os seus demônios, será encarcerada por mil anos. Revelação 19:11 a 20:3 descreve como Cristo Jesus e os santos anjos do céu lutarão em prol de tal vitória, em vindicação do nome de Jeová. O triunfo sobre a Serpente e seu “descendente” será completo!
BÊNÇÃO POR MEIO DO “DESCENDENTE”
23, 24. (a) Como se cumprirá a parte final da promessa a Abraão? (b) Por que podemos ter a certeza disso, e, por isso, como devemos agir?
23 É assim que o “descendente” tomará posse do “portão dos seus inimigos”. Mas, vem ainda mais. Pois a declaração juramentada de Jeová a Abraão conclui com as palavras: “E todas as nações da terra hão de abençoar a si mesmas por meio de tua descendência, pelo fato de que escutaste a minha voz.” (Gên. 22:18) A fim de se ‘abençoarem a si mesmas’, tais “nações” terão de obedecer, assim como Abraão obedeceu. Quer se trate daqueles da humanidade que atravessarão vivos o Har-Magedon, quer sejam “os mortos, os grandes e os pequenos”, que novamente estarão de pé nesta terra, por meio duma ressurreição, todos precisam exercer fé no “descendente” sacerdotal e no seu sacrifício de resgate, e todos precisam vir a estar sob a regência régia dos “novos céus”, compostos de Cristo e de seus 144.000 associados. E quão grandiosas são as bênçãos que aguardam a todos os que ‘abençoarem a si mesmos’ em obediência! Pois, tornar-se-ão uma “nova terra” — uma sociedade feliz, pacífica e amorosa de homens de todas as raças. Restabelecer-se-lhes-ão a saúde radiante e a juventude, com a perspectiva de vida eterna na “liberdade gloriosa dos filhos de Deus”. Depois que o apóstolo João teve uma visão magnífica do grandioso arranjo de Deus para aquele tempo, o próprio Jeová acrescentou o seu selo àquela descrição dessas bênçãos que aguardam a humanidade, dizendo: “Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” — Rev. 21:1-5; 20:11-13; Rom. 5:12, 18; 8:21.
24 Novamente, lemos em Revelação 22:6: “Estas palavras são fiéis e verdadeiras; sim, Jeová, o Deus das expressões inspiradas dos profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus escravos as coisas que têm de ocorrer em breve.” E a profecia acrescenta, com tom de urgência: “Eis que eu venho depressa. Feliz é todo aquele que observa as palavras da profecia deste rolo.” “Eis que venho depressa, e a recompensa que dou está comigo, para dar a cada um conforme a sua obra.” Esforcemo-nos por aquela recompensa, trabalhando em apoio leal ao “descendente” que vindica o santo nome de Jeová! — Rev. 22:7, 12.
[Nota(s) de rodapé]
a Estudo IV, “Os Tempos dos Gentios”, págs. 73-102.
[Foto na página 204]
Jesus disse aos líderes religiosos dos seus dias: “Vós sois de vosso pai, o Diabo.” À luz desta verdade, devemos acautelar-nos contra declarações tais como: “Todas as religiões são boas.”