Encontrando alegria para a vida eterna
“Isto é o que disse o Senhor Jeová: ‘. . . Exultai, vós, povo, e alegrai-vos para sempre com o que eu crio.’” — Isa. 65:13, 18, NM.
1. (a) Oferece a administração do mundo atual qualquer esperança de vida? (b) Que mostra a Bíblia a respeito do atual sistema?
É POSSÍVEL a vida eterna na terra? Quando se observa em que estado se encontra a terra hoje em dia, é desculpável pensar-se que existe a, possibilidade da extinção eterna da raça humana. Enquanto os líderes do mundo viajam de país em país falando sobre a “paz”, seus arsenais continuam a produzir armas secretas cada vez mais horríveis. Foram apanhados pela engrenagem desta era nuclear sem amor, e cada um se esforça a ultrapassar os outros na preparação de instrumentos mortíferos. Todos os que amam a vida com alegria precisam chegar à conclusão de que a administração do mundo atual é mortífera è corruta. A Bíblia mostra que se trata do sistema de coisas de Satanás, controlado por “aquele que tem os meios de causar a morte, isto é, o Diabo”. (Heb. 2:14, NM) O atual sistema mundial encontra-se no seu tempo de julgamento e está prestes a sofrer a execução deste julgamento, a sua “repentina destruição” às mãos de Jeová, Deus. — 1 Tes. 5:2, 3, NM.
2. Que convite faz Jeová aos que amam a vide, e por que podem regozijar-se?
2 Uma vez desaparecida a administração mortífera de Satanás, será então possível a vida eterna nesta terra? A Bíblia responde que sim! Ainda mais, ela mostra que uma nova administração da vida trará indizíveis bênçãos a todos os homens que amam a Justiça. O Deus eterno, Jeová, diz acerca desta nova administração: “Pois, eis que estou criando novos céus e uma nova terra, e as coisas anteriores não serão trazidas à mente, nem subirão ao coração. Mas exultai, vós, povo, é alegrai-vos para sempre com o que eu crio. Pois, eis que estou criando Jerusalém como causa de alegria, e, seu povo como causa de exultação. E eu me alegrarei com Jerusalém e exultarei com o meu povo; e não mais se ouvirá nela o som do choro, nem o som dum lamento.” — Isa. 65:17-19, NM.
3. O que são os “novos céus” e a “nova terra”, e quando se tornam causa de alegria?
3 A Jerusalém típica, da antiga Palestina, já cessou há muito de ser “a alegria de toda a terra”, e Jeová certamente não se alegra com a atual Jerusalém dilacerada pela luta. Mas, Jeová se alegra imensamente com a “Nova Jerusalém”, seus “novos céus” administrativos do novo mundo pacífico, por meio da qual ajunta “todas as coisas novamente . . . , as coisas nos céus e as coisas na terra”, sob as ordens do “reino do Filho do seu amor”. (Efé. 1:7-10; Col. 1:13, NM) Sob as ordens deste reino dos céus, Jeová está agora plantando a organização duma “nova terra”, a sociedade do Novo Mundo das suas testemunhas,, abrangendo os amantes da justiça “de todas as nações, tribos, povos e línguas”. (Apo. 7:9, ARA) Desde 1914 E. C. nos céus, e desde 1919 E. C. na terra, esta gloriosa criação de Deus tem, sido fonte de alegria e revigoramento para todos os que residem dentro das suas fronteiras.
4. Que bênção ordena Jeová, e como a administrara?
4 Os “céus” demoníacos de Satanás, bem como o seu governo terrestre, exercido por políticos corrutos e por ditadores gananciosos, serão em breve eliminados completamente pela “guerra do grande dia do Deus Todo-Poderoso”. (Apo. 16:14-16; 19:11-21) A “Nova Jerusalém” dos “céus” de Deus descerá então à terra no sentido de que derramará inúmeras bênçãos sobre a humanidade obediente. Quão alegre é esta relação do novo mundo entre Deus e o homem! Pois, “vê! A tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles, e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E ele enxugará toda a lágrima dos olhos deles, e não haverá mais morte.” (Apo. 21:1-5, NM) A inexistência eterna da morte para os próprios filhos de Deus! Por meio da administração dos seus “novos céus”, Jeová tem ordenado esta bênção, “a vida para sempre”. — Sal. 133:3.
5. (a) Onde encontram as testemunhas de Jeová alegria? (b) Que contraste há entre a sua condição e a das religiões sectárias?
5 Os adoradores unidos de Jeová, nutridos com estas grandiosas verdades bíblicas, dão alegremente testemunho até os confins da terra, consolando milhões de pessoas com a esperança de vida no novo mundo de Deus. Que alegria encontram em ministrar a mensagem de Deus aos outros! Quão nìtidamente a sua prosperidade espiritual se contrasta com a fome espiritual existente entre as religiões sectárias deste mundo, moderno! É exatamente como o Senhor Jeová predisse: “Vede! Meus próprios servos hão de se regozijar, mas vós sofrereis vergonha: Vede! Meus próprios servos clamarão de alegria, por causa da condição boa do coração, mas vós fareis clamores por causa da dor de coração, e vós uivareis de puro desespero de espírito.” (Isa. 65:13, 14, NM) Quão veraz é isso da atual religião do mundo! Ela não encontra alegria na sua multidão de seitas, e nega-se a sujeitar-se ao domínio unificador do “Deus Feliz” e Soberano Supremo do universo, Jeová. Ela rejeita a religião original do Deus eterno. — 1 Tim. 1:11, 17, NM.
UM EXAME DA MULTIDÃO DE SEITAS
6. (a) Que estudo será agora de interesse? (b) De que ponto de vista se deve agora examinar as religiões do mundo?
6 No entanto, não afirmam algumas das religiões sectárias ter a religião original? Não apontam com escárnio para as testemunhas de Jeová, dizendo: “Vocês são uma nova religião”? Seria, pois, interessante examinar as afirmações delas à luz da história e da verdade bíblica. Logo de início, uma coisa se torna clara: A religião’ original não pode ser uma religião sectária. Não pode ser a religião de uma só família, de uma só comunidade, de uma só tribo ou mesmo de uma só nação. Um homem de Deus declarou corretamente uma verdade fundamental, ao dizer, há 1.900 anos: “Certamente, percebo que Deus não é parcial, mas, em cada nação, o homem que o teme e que obra a justiça é-lhe aceitável.” (Atos 10:34, 35, NM) Para reconhecer a religião original, o homem precisa elevar-se acima de seu ambiente local, despir-se das tradições orgulhosas que dividem a humanidade e procurar o único Deus e Pai, que “fez de um só homem toda nação dos homens, para habitarem sobre a superfície inteira da terra”. (Atos 17:26, 27, NM) Com esta percepção ampliada, examine agora os sistemas religiosos do mundo.
7. (a) Pode o protestantismo afirmar ser a religião original? (b) Pode o catolicismo afirmar isso? (c) Podem as religiões orientais afirmar isso?
7 Primeiro, há o sistema protestante. Este começou com seitas novas, separadas do catolicismo. Muitas vezes, a razão da separação foi política, matrimonial ou de outro interesse secular, de modo que o protestantismo ainda retém grande parte das doutrinas do catolicismo. Embora de pouco mais de quatrocentos anos de idade, o próprio protestantismo já se dividiu em mais de duzentas seitas antagônicas, sendo que várias’, das seitas principais nos Estados Unidos se dividiram novamente por questões doutrinais ou de organização, em tantos quantos vinte grupos ou mais: O Deus eterno, Jeová, não pode ser o autor de tal confusão! (1 Cor. 14:33, 40) Que se pode então dizer do sistema católico? O catolicismo gaba-se de sua grande idade. Contudo, a história mostra que a seita católica, romana remonta, de fato, apenas ao ano 312 E. C., quando o Imperador Constantino a estabeleceu como religião oficial do Império Romano, e a si próprio como Sumo Pontífice (Pontifex Maximus) ou primeiro papa. O catolicismo romano originou-se assim como religião estatal. É apenas uma de várias seitas católicas em conflito, que incluem a Ortodoxa Grega, a Copta, a Católica Armênia, e outras. Além disso, as seitas católicas são jovens em comparação com os sistemas orientais de Confúcio, Brama e Buda, que todos tiveram seu início pelo menos oito séculos antes do catolicismo. São então os sistemas orientais a religião original? Um exame mostra que estas religiões têm um panteão confuso de deuses e que também se dividiram numa multiplicidade de seitas. O budismo do Ceilão, da Birmânia e da Tailândia divergem do budismo da China. Este, por sua vez, é inteiramente diferente do budismo do Japão, que tem uma longa história de divisões em seitas que se guerreavam, e cujo número aumentou a pelo menos 165, no vácuo espiritual deixado pela Segunda Guerra Mundial.a
8. (a) Quais são algumas das razões da confusão sectária? (b) A que origem comum remontam as atuais religiões sectárias?
8 Por que apresenta este mundo tal aspecto triste duma multidão de seitas religiosas e duma multidão de deuses? Uma razão é que a religião mundana não tem firme fundamento na verdade. Não tem nenhuma palavra inspirada, escrita, como base sólida, assim como tem o verdadeiro cristianismo, na Bíblia. Sua base são muitas vezes as areias movediças da superstição ou das filosofias de homens sábios nas coisas do mundo, que desconsideram a Palavra do verdadeiro Deus. Outrossim, a história bíblica e secular, bem como as similaridades de forma e de doutrina, mostram que todos os sistemas da religião do mundo têm uma origem comum, que tem gerado as divisões. Quer se trate do protestantismo ainda novo, do catolicismo de meia-idade ou da velha religião do Oriente — todos eles remontam aos “mistérios” da antiga Babilônia, cidade fundada por Nemrod, há mais de 4.000 anos, pouco depois do grande dilúvio dos dias de Noé. Duvida de que a Babilônia seja a originadora da religião sectária dos dias atuais? Então considere o seguinte exemplo:
9. Quão amplamente difundida é a doutrina da trindade, e por quê?
9 Os “mistérios” de Babilônia proclamavam a unidade do “Único Deus”, composto de três pessoas, e esta unidade numa trindade foi representada por um triângulo eqüilátero.b Admite-se que tal ensino a respeito da Divindade seja misterioso e confuso, e, é lamentável dizer-se, tal confusão babilônica espalhou-se pela terra. Os antigos egípcios adotaram o mesmo ensino, e novamente se usava um triângulo como símbolo da “divindade triforme”.c Até hoje, o hinduísmo honra um deus trino, Trimúrti, cuja imagem de três faces se encontra nas Cavernas de Elefanta; da Índia e há uma maldição sobre todos os que azem distinção entre Brama, Víxenu e Xiva, os três deuses representados pela imagem.d O budismo japonês tem um deus trino, San-Po-Kojin, um deus irado, com três cabeças e seis braços, que guarda os “três tesouros” do abstrato Buda trino, Bu-Po-So.e Também a maioria das seitas católicas e protestantes adoram uma “Santíssima Trindade” de três Deuses em um só Deus, o que foi pela primeira vez adotado como doutrina católica rio Concílio de Nicéia, em 325 E. C. Embora a ”Santíssima Trindade” não seja mencionada em nenhuma parte da Bíblia, a Catholic Encyclopedia a descreve como “doutrina central da religião cristã”. Em apoio da doutrina da trindade, a Igreja Católica também tem usado imagens com três cabeças num só corpo, como no mosteiro dos Trinitários, em Madrid, na Espanha.f
10. Que disse certo destacado porta-voz católico a respeito da origem dos ensinos e das práticas de sua religião?
10 No entanto, a trindade é apenas um exemplo dentre as muitas doutrinas e práticas encontradas tanto na cristandade como nas religiões orientais, que se originaram com os “mistérios” de Babilônia. O Cardeal Newman, porta-voz da religião católica, corroborou este conceito no seu Ensaio Sobre o Desenvolvimento da Doutrina Cristã: “O uso de templos, e estes dedicados a certos santos e enfeitados em ocasiões corra ramos de árvores; incenso, lâmpadas e velas; . . . dias e épocas santificadas, o uso de calendários, procissões, o benzer dos campos; as vestimentas sacerdotais, . . . imagens numa data posterior, talvez o cantochão . . . são todos de origem pagã, e santificados pela sua adoção na Igreja.” A lista do cardeal poderiam ser acrescentados o rosário, as orações repetidas, as auréolas — de fato, o oriental que visita o Ocidente, ou o ocidental que visita o Oriente, não pode deixar de ficar espantado com a similaridade dos dois sistemas de religião. Tudo isso se originou na Babilônia da antiguidade!
11. Em que sentido se assemelha o comunismo á religião de Babilônia?
11 Algum materialista talvez diga agora: “Mas, veja o comunismo — este é um sistema que renunciou à religião.” Contudo, pode-se dizer realmente que os comunistas não têm nenhum deus? Não adotaram eles o culto da adoração dos heróis, tendo por “deuses” a Marx e a Lênine, e não votou a Assembléia do Povo, na Albânia satélite, em 1950, erguer uma estátua da “divindade, José Vissarionovieh Stálin”? Não se celebram os dias festivos da China, Vermelha debaixo de gigantescos retratos de Mão Tsé-tung e de outros ídolos comunistas? Esta é a mesma espécie de adoração que distinguiu a fundação de Babilônia, quando o militarista Nemrod, que ‘se mostrou poderoso caçador em oposição a Jeová’, foi exaltado como “deus” e ditador de Babilônia. (Gên. 10:9, 10, NM) Do mesmo modo, o comunismo moderno, como o “rei do norte” da profecia bíblica, ‘fala coisas maravilhosas contra o Deus dos deuses’ e honra o “deus das fortalezas”, por ajuntar uma terrível quantidade de armas nucleares. (Dan. 11:36, 38, Al) O espírito da orgulhosa Babilônia é perpetuado na religião vermelha do comunismo, que não é tão sem deus.
12. (a) Por que pode a religião de Babilônia sei chamada de religião dos mortos? (b) Que declaração de ruína e de aviso faz o céu quanto a ela?
12 Significa isso que a religião babilônica, cujos ramos se estendem por toda a terra, constitui a religião original da humanidade? Longe disso! A religião de Babilônia foi a religião sectária original da época pós-diluviana, estabelecida em oposição ao Deus Todo-poderoso. É uma religião dos mortos, é não dos vivos. Mesmo até hoje, o principal dever de muitos dos seus sacerdotes é enterrar os mortos e entoar orações a favor dos mortos. Quer no Ocidente, quer no Oriente, quer na Praça Vermelha em Moscou, ela continua a enterrar e a glorificar os “grandes” antepassados, desconsiderando ao mesmo tempo a Jeová, o Deus da vida. Todos os que buscam a vida com alegria precisam dar ouvidos à sentença de ruína contra a Babilônia moderna, por parte do céu: “Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Um forte anjo levantou uma pedra qual uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande cidade, e nunca mais será achada.” — Apo. 18:4, 21, NTR; veja-se também Jeremias 51:6-8.
A RELIGIÃO DA VIDA
13. Quem somente pode escolher a verdadeira religião para a humanidade, e onde se centraliza esta religião?
13 Qual é, então, a religião da vida? Assim como é importante ver hoje a religião mundana no seu verdadeiro aspecto como sistema mundial de confusão sectária, assim é necessário que se tenha a perspectiva correta da verdadeira religião. Primeiro, note-se que esta não é nenhuma religião inventada pelo homem. Não é a religião de sua escolha, mas é a religião que Jeová Deus tem escolhido, não só para a humanidade, mas para todas as criaturas obedientes na Sua vasta criação. Ela é muitíssimo mais antiga do que a religião de Babilônia, de apenas uns curtos 4.000 anos. A verdadeira religião não tem a sua sede num palácio ou templo terreno mas na enaltecida presença de Jeová Deus, o Rei eterno e Fonte de toda a vida e energia no universo. — Isa. 66:1; Sal. 10:16; 36:9.
14. (a) Que registro fidedigno é provido pela Bíblia? (b) A quem criou Jeová primeiro, e em que consistia então a adoração verdadeira?
14 Como sabemos isso? Sabemos porque está escrito na Bíblia, o registro mais antigo e mais fidedigno que há, tanto histórico como profético, sobre a questão vital da religião. A parte inicial da Bíblia é “uma história dos céus e da terra no tempo em que foram criados, no dia em que Jeová Deus fez a terra e o céu”. (Gên. 1:1-2:4, NM) Entretanto; a Bíblia mostra também que Jeová produziu uma gloriosa criação espiritual de “filhos de Deus”, muito antes de colocar o fundamento desta terra. O primeiro destes filhos espirituais é chamado de “o Verbo de Deus”. (Apo. 19:13) Ele é também descrito sob a figura da “sabedoria” e como dizendo, em Provérbios 8:22-31 (NM): “Jeová é quem me produziu como princípio do seu caminho, a primeira de suas consecuções de há muito. Fui instalada desde tempo indefinido, desde o início, desde os tempos anteriores à terra. . . . Então vim a estar ao lado dele como mestre trabalhador e eu vim a tornar-me aquilo de que ele gostava especialmente de dia em dia, alegrando-me perante ele todo o tempo.” O Filho adorava o Pai com alegria de coração, cumprindo obedientemente a vontade divina como mestre de obra.
15. Com que se alegravam jubilosamente os filhos espirituais de Deus?
15 Com o decorrer do tempo foram criados outros filhos espirituais, e estes também encontravam alegria exultante na adoração de Jeová. Estes filhos estavam presentes na criação da terra, conforme Jeová explicou mais tarde ao seu servo humano, Jó: “Onde estavas tu quando eu lançava os fundamentos da terra? . . . Quando juntas cantavam as estrellas da manhã, e jubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:4, 7) É de supor-se que estes filhos de Deus ficassem ociosos, jubilando-se, enquanto Jeová e seu primeiro Filho faziam todo o trabalho? Não, mas antes é certo de que todos os Seus filhos tinham designações de serviço, em harmonia com a vontade e o propósito de Jeová, e que no seu serviço devoto e obediente rendiam adoração a Jeová. Trabalho produtivo, em harmonia com a vontade divina, é o princípio básico da religião original da vida. — João 5:17; 15:8.
16, 17. (a) Quando apareceu a verdadeira religião pela primeira vez na terra, e em que consistia ela? (b) Como podia o homem então ter encontrado a vida eterna na terra?
16 Com a criação do primeiro homem, Adão, a adoração e o serviço prestado a Jeová vieram a ser a religião verdadeira para esta terra. O preciso registro de tempo na Bíblia mostra que isto ocorreu há pouco mais de 5.980 anos. Em que consistia essa religião original da humanidade? Não se podia tratar da adoração de antepassados, pois Adão não tinha antepassados. Ela não tratava de ritos em prol dos mortos, pois não havia mortos. Nem foi o lar original do homem, o jardim do Éden, um lugar de templos, ídolos ou incenso. Foi um “paraíso de prazer”, um lugar de grande beleza natural. Deus deu ali ao homem, não uma religião misteriosa, formalística, mas uma designação de serviço, cuja realização lhe traria ilimitada alegria. Jeová deu ao homem uma bela esposa e companheira de trabalho, para lhe ajudar nesta designação.
17 “E Deus passou a criar o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. Ademais, Deus os abençoou e Deus lhes disse: ‘Sede frutíferos, e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e subjugai-a, e tende em sujeição os peixes do mar, e as criaturas volantes dos céus, e toda criatura vivente que se arrasta sobre a terra.’ Exigiu-se de Adão que cumprisse esta designação de serviço em reconhecimento humilde de sua dependência do seu Criador, e por esta razão deu-se a seguinte ordem adicional: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do bem e do mal, não deves comer dela, pois no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” (Gên. 1:27, 28; 2:16, 17, NM) Pelo serviço obediente e alegre a Jeová Deus, Adão poderia ter encontrado a vida eterna aqui nesta terra.
18. (a) Como se iniciou a religião falsa? (b) Mudou então o propósito de Jeová para com a terra, e se perpetuou então a verdadeira religião na terra?
18 Como foi, então, que se iniciou a religião falsa? Ela começou quando um ambicioso filho espiritual de Deus se rebelou contra Jeová. Ele persuadiu Eva, e por meio dela Adão, a abandonar o serviço de Jeová para a religião sectária que ele, Satanás, o Diabo, estava agora introduzindo na terra. Eles perderam o seu alegre privilégio de serviço no santuário do Éden. Perderam a própria vida, não só pára si mesmos, mas para todos os seus descendentes. (Rom. 5:12-14) Significa isso que a religião original, a religião que apresenta a perspectiva de vida eterna, desapareceu de cima da terra? Não! Jeová ‘dera a terra aos filhos dos homens’, para que ela novo um santuário de beleza, paz e alegria para todo o sempre. Este propósito não mudou. (Sal. 115:16; Isa. 55:11) Além disso, Jeová fez no Éden a promessa de que a sua organização, semelhante a uma esposa, daria à luz uma Semente, o herdeiro do Reino, que eliminaria do céu e da terra toda a adoração sectária e .se, tornaria o Principal nos “novos céus” de Deus, ara a bênção de toda a humanidade. (Gên. 3:15; 2 Ped. 3:13) Desde o Éden e até agora, as verdadeiras testemunhas de Jeová têm testificado esta esperança. Dar testemunho do nome e do propósito de Jeová, e não a ostentação fútil de pompa e de rito, é o que constitui a verdadeira religião da humanidade até o dia de hoje. — Isa. 43:10-12.
19. A respeito de que pregaram as primitivas testemunhas de Jeová na terra, e que esperança indicaram?
19 A sucessão de testemunhas íntegras do Deus verdadeiro começou com Abel, filho de Adão. Daí passou através de Enoc, que profetizou sobre o juízo de Jeová contra os ímpios, e por Noé, “pregoeiro da justiça”, que, junto com a família, foi salvo do grande dilúvio. (Judas 14, 15; 2 Ped. 2:5) Depois foram Abraão, Isaac e Jacó que deram alegremente este testemunho, e Jeová os abençoou, prometendo que o herdeiro do Reino, ou a Semente, descenderia de sua família. “Todos estes morreram na fé, embora não alcançassem o cumprimento das promessas, mas viram-nas de longe e as, aclamaram, e declararam publicamente que eram estrangeiros e residentes temporários no país. . . . Mas agora se esforçam em alcançar um lugar melhor, isto é, um que pertence ao céu. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, pois aprontou para eles uma cidade.” — Heb. 11:4-16, NM.
20. Como se pode dizer que estas Testemunhas praticaram uma religião da vida?
20 Visto que todos estes homens de fé morreram sem alcançar “o cumprimento das promessas”, como se pode dizer que eles tinham uma religião de vida? Isto se dá porque Jeová lhes prometeu uma ressurreição à vida aqui na terra, para que pudessem continuar a servi-lo alegremente por todas as eras futuras. “Mas, que os mortos hão de ser levantados, foi revelado até por Moisés, . . . quando ele chama Jeová de ‘o Deus de Abraão, e o Deus de Isaac, e o Deus de Jacó’. Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois, do seu ponto de vista, todos estes vivem.” (Luc. 20:37, 38, NM) Jeová é também o Deus de Moisés, de Davi, e de todos os que alegremente testemunharam o seu glorioso nome e sua promessa da Semente e do herdeiro do Reino. — Êxo. 3:15; Salmo 145.
21. (a) Que coisa maravilhosa aconteceu então? (b) Como cumpriu o Filho o propósito de Deus pelo qual foi enviado à terra?
21 Aconteceu então uma coisa maravilhosa, depois de 4.000 anos atribulados de história humana! Jeová enviou seu próprio Filho, sua primeira criação e a principal alegria de toda a sua família celestial, a esta terra. “De modo que a Palavra se tornou carne e residiu entre nós, e pudemos ver a sua glória, glória tal como a que pertence a um filho unigênito de um pai, e ele estava cheio de benignidade imerecida e de verdade.” (João 1:14, NM) O próprio Filho declarou: “Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade.” (João 18:37, ALA) Ensinou aos seus seguidores a andar segundo a religião da vida, e a encontrar alegria em fazer a vontade divina. Ele disse acerca destas pessoas mansas, semelhantes a ovelhas: “Eu vim para que tivessem vida e a tivessem em abundância. Eu sou o pastor correto; o pastor correto entrega sua alma em favor das ovelhas.” (João 10:10, 11, NM) Ele deu a sua vida humana perfeita em resgate para todos os homens que amassem a justiça. Embora significasse morte numa estaca de tortura, o Filho, Jesus Cristo, encontrou alegria incomparável em fazer a vontade divina como Testemunha principal de Jeová na terra. — João 4:34; Heb. 12:1, 2.
22. Como praticaram os discípulos de Jesus a sua religião, e com que êxito?
22 Depois da ressurreição de Jesus e sua ascensão ao céu, o alegre testemunho a respeito do reino de Jeová e da esperança de vida eterna ganhou maior ímpeto, quando Jesus derramou o espírito de Deus sobre os seus discípulos, capacitando-os a pregar “até a parte mais distante da terra”. Primeiro foram alguns poucos dentre os judeus e depois homens de todas as nações que aceitaram a mensagem alegre da vida. “Quando os das nações ouviram isto, começaram a alegrar-se e a glorificar a palavra de Jeová, e todos os que estavam corretamente dispostos para a vida eterna tornaram-se crentes. E os discípulos continuaram a encher-se de alegria e de espírito santo.” A religião da vida e a alegria prosperaram na terra, ao passo que os crentes davam “testemunho cabal do reino de Deus”. — Atos 1:8; 8:25; 10:42; 13:48, 52; 28:23, NM.
23. (a) Por que fracassou a cristandade em perpetuar a verdadeira religião? (b) Que indicam a profecia e os fatos quanto à religião das testemunhas de Jeová?
23 Mas, o que se pode dizer deste século vinte, desta era do átomo e do espaço, quando homens maus ameaçam extinguir toda a vida na terra, com as suas bombas de megatoneladas? Pode-se encontrar hoje, na terra, a religião da vida? Apresenta ela esperança de sobrevivência para a humanidade? Certamente, a cristandade hodierna não é quem proclama tal esperança. Ela se tem tornado sectária, e faz parte deste mundo, e ela foi descrita pelo próprio Cristo como “joio”, semeado por um inimigo no verdadeiro campo do testemunho. Este mesmo Filho e Herdeiro, agora entronizado como Rei nos “novos céus” de Jeová, envia seus anjos para ‘ajuntar o joio’ e ‘lançá-lo na fornalha acesa’ da destruição no Armagedon. Mas, o que se pode dizer do verdadeiro cristianismo bíblico? A mesma profecia continua: “Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai.” (Mat. 13:24-30, 36-43, ALA) Quão maravilhosamente se cumpriu esta profecia nas hodiernas testemunhas de Jeová! O restante ungido destas testemunhas cristãs de Jeová já por quarenta anos têm deixado brilhar a sua luz até os confins da terra. Os de boa vontade dentre as nações estão aprendendo com alegria a religião da vida, de modo que também se tornam testemunhas zelosas do nome e do reino de Jeová. Desde alguns milhares em 1919, houve um fenomenal aumento para 851.378 Testemunhas ativas, em 179 países, em todo o mundo, durante 1960. Estas Testemunhas continuam a ensinar de porta em porta, “louvando a Deus e achando aceitação entre todas as pessoas”, e ‘Jeová continua a acrescentar-lhes diariamente os que estão sendo salvos’. Sim, diariamente! Durante os últimos dois anos, mais de 180 novos ministros foram ordenados para este serviço cada dia do ano! — Atos 2:47, NM.
24. Até que ponto estão os homens de boa vontade sendo servidos pela religião da vida, e com que perspectiva?
24 Onde quer que hoje viva na terra, pode ouvir as novas alegres sobre os “novos céus” e a “nova terra” de Jeová. Se morar em qualquer um de quarenta países da África, poderá ouvi-las de uma das 119.409 Testemunhas que difundem a luz naquele continente. Em sessenta e sete países e ilhas das Américas há 353.632 Testemunhas zelosas. Em dezenove países da Europa, 195.295 ministros estão pregando esta mesma mensagem grandiosa, em muitos idiomas. Quarenta e seis países da Ásia e das ilhas do Pacífico são servidos por mais 59.659 ministros. Até mesmo onde o comunismo lança a sua sombra escura, em sete países dominados pelos soviéticos, há 123.383 Testemunhas que não se deixam silenciar em face da cruel perseguição. Homens de boa vontade em toda a terra estão sendo servidos com a religião da vida! Este testemunho global precisa continuar até que todas as pessoas de boa vontade na face da terra tenham sido ajuntadas como ‘a descendência do povo de Deus’, para usufruírem para sempre a alegria da vida eterna no novo mundo de Deus. ‘Pois assim como estão diante de mim os novos céus e a nova terra que eu faço’, é o proferimento de Jeová ‘assim continuarão a estar a descendência de vós, povo, e o nome de vós, povo’.” — Isa. 66:22, NM.
[Nota(s) de rodapé]
a Directory of Buddhist Denominations, publicado por The International Institute for the Study of Religions, Inc., outubro de 1957. (Tóquio, Japão)
b Layard, Babylon and Nineveh, pág. 605.
c Maurice, Indian Antiquities, Vol. iv, pág. 445.
d Kennedy, Hindoo Mythology, pág. 211.
e Niimura, Kojien, pág. 897.
f Hislop, The Two Babylons, pág. 17.