A sociedade patriarcal
“Abraão, o chefe de família, . . . Pela fé ele residiu temporariamente na terra da promessa como numa terra estranha, e morou em tendas com lesse e Jacá, os herdeiros com ele da mesmíssima promessa.” — Heb. 7:4; 11:9, NM.
AS PESSOAS que temem a Deus, em toda a terra, apercebem-se da atual desintegração da sociedade corruta do velho mundo. As profecias bíblicas e os sinais dos tempos provam conclusivamente que este velho sistema de coisas desaparecerá permanentemente numa derrota total no futuro imediato. Felizmente, para a geração dos justos agora na terra, Jeová Deus, na sua grande misericórdia e previsão, preservou um registro das suas revelações divinas, que contém uma multidão de segredos referentes ao nosso bem-estar presente e futuro. Pelo desenrolar dos eventos, muitos destes segredos estão sendo agora revelados pelo próprio Grande Intérprete. (Dan. 2:47) Assim podemos obter uma visão clara dos pormenores que funcionarão na nova ordem de coisas no novo mundo. Em realidade, a nova ordem já está tomando forma e estará em pleno funcionamento por ocasião do Armagedon, para preencher o vácuo deixado pelo desaparecimento cataclísmico da velha ordem. Esta é a razão por que as testemunhas de Deus, hoje na terra, estudam diligentemente as Escrituras Sagradas, a fim de examinar plenamente as numerosas sombras, princípios, métodos, processos e sistemas usados pelas sociedades dos servos de Deus nos tempos bíblicos. Os tratos de Deus com aquelas antigas sociedades prefiguram muitos desenvolvimentos na nova ordem de coisas no novo mundo. — Rom. 15:4.
Nosso objetivo, aqui e no próximo número desta revista, é fazer um exame da sociedade patriarcal. Para começar, devemos saber o significado geral da palavra sociedade. Sociedade refere-se a uma organização de pessoas associadas para vários fins, em que as pessoas individuais, em geral, convivem como membros duma comunidade. Durante 856 anos depois do dilúvio, a forma de sociedade humana com que Jeová Deus teve tratos foi a duma sociedade patriarcal. Entretanto, os últimos 215 anos desta era, patriarcal foram passados pelos israelitas em escravidão, como sociedade patriarcal subserviente ao Egito. O patriarca era o chefe da família. (Atos 7:8, 9) A sociedade patriarcal era por isso uma organização de pessoas relacionadas pelo sangue, por casamento ou por adoção, que viviam e trabalhavam juntas numa comunidade, sob a chefia dum homem como chefe da família. Essa sociedade patriarcal constituía um “governo de família”.a
NOÉ, CHEFE DE FAMÍLIA
O primeiro grande patriarca ou chefe de família da sociedade pós-diluviana foi Noé. Do relato bíblico a respeito das atividades de Noé e de evidências posteriores sobre a sua liderança, observamos que Noé foi um grande organizador de sociedade. Por cerca de 40 ou 50 anos antes do dilúvio, Noé organizou a sua família de três filhos e suas esposas, e de sua própria esposa, para a construção da arca. Tratou-se dum projeto de enormes proporções, exigindo o ajuntamento e a montagem de muita madeira e de outros materiais. Tudo isso exigiu negociações com os povos vizinhos, pagamento em dinheiro pelos materiais e serviços e a celebração de contratos, o que envolveu regras de conduta e de negócios. Do mesmo modo, ajuntar a multidão de animais que mais tarde entraram na arca exigiu planejamento e supervisão ordeira. Noé, o organizador sagaz, de 599 anos de idade, entrou na arca em 2370 A. C., depois de ter cuidado de todos os preliminares, junto com uma sociedade organizada de que era o chefe. Durante um ano e dez dias manteve a ordem e o bem-estar desta comunidade na arca, enquanto as águas do dilúvio prevaleciam sobre a terra. — Gên. 6:13-8:19.
Jeová Deus tinha abençoado e guiado esta sociedade patriarcal antediluviana sob a chefia de Noé. Assim como esta sociedade entrou na arca plenamente organizada, saiu dela também plenamente organizada sob um governo de família. Tendo desembarcado a salvo em terra seca, no ano 2369 A. C., Noé chefiou imediatamente a sua família num gigantesco holocausto de louvor ao seu libertador Jeová. Jeová agradou-se desta evidência de gratidão e passou a dar a Noé instruções para a continuação da sociedade humana. Deus prometeu ao homem que nunca mais amaldiçoaria a terra e que a terra continuaria a usufruir as suas estações. Deu-se também a ordem divina de encher todas as partes da terra com as famílias dos seus descendentes. Deus, por meio de revelação direta, começou a dar ao homem leis divinas por intermédio de Noé. O arco-íris foi posto no céu como sinal do grande pacto que Deus celebrou com a sociedade sobrevivente debaixo da liderança de Noé. Portanto, Jeová Deus, como o grande Superior, tomou medidas para dar ao homem um início justo, numa terra purificada. Deus deu ao homem justo uma lei como base para o desenvolvimento do seu governo pós-diluviano. — Gên. 8:20-9:17.
Visto que Noé teve muitas vezes comunicação direta com Deus e recebeu revelações da vontade divina, ele, como advogado e organizador sagaz, foi uma autoridade para orientar a expansão da sociedade humana depois do dilúvio. E isto ele fez zelosamente durante os 350 anos que viveu depois do dilúvio. Homem de grande sabedoria, perspicácia e longa experiência no modo de proceder teocrático, podia-se confiar nele de prover a chefia correta nos assuntos governamentais após o dilúvio. Ao surgirem novos problemas, ele foi capaz de esclarecer princípios justos, estabelecer precedentes corretos, iniciar costumes sadios e prover julgamento sólido em harmonia com o pensamento do Senhor, que ele conhecia como servo e profeta confidencial de Deus. Quão afortunada foi a sociedade humana depois do dilúvio em ter tal organizador teocrático bem treinado como seu conselheiro! — Gên. 9:28, 29.
Aproveitou-se Noé da oportunidade, depois do dilúvio, para se tornar rei dum supergoverno, para dominar sobre os seus descendentes, que aumentavam rapidamente em número? Não. Noé era homem que temia a Deus, tendo fé na Semente prometida que havia de ser enviada como Rei, para estabelecer o governo dum novo mundo sobre toda a humanidade. (Gên. 3:15; Heb. 11:7) A designação de Noé não foi reinar. Antes, Noé passou a estabelecer o modelo para o desenvolvimento das pequenas unidades dos governos de família ou sociedades patriarcais, sendo que estes grupos de famílias haviam de viver independentemente e emigrar para todas as partes da terra. A unidade neste arranjo não foi o indivíduo, mas a família, o grupo de indivíduos aparentados, governados pelo seu chefe de família, o patriarca. Depois da morte dum chefe de família, o filho mais velho continuava a exercer a chefia sobre essa unidade e permitia que os outros filhos se mudassem para outra parte, assim como, mais tarde na história, fizeram Esaú e Jacó, para iniciar sociedades separadas. Posteriormente, os filhos dum chefe de família mantinham-se unidos após a morte de seu pai, sob a liderança dum irmão destacado, assim como se deu com os doze filhos de Jacó, que assim se tornaram uma “casa” ou clã de doze famílias. Com o tempo, cada família dos israelitas desenvolveu-se numa tribo, e, finalmente, as tribos aparentadas tornaram-se uma nação, sob a chefia de Jeová. — Gên. 46:2, 3; 49:28; 50:24, 25; Êxo. 19:4-6.
Debaixo da supervisão de Noé, a ordem divina, típica, de povoar a terra desenvolveu-se ao ponto em que havia setenta nações em existência, todas elas falando um só idioma, mas emigrando como comunidades nômades em todas as direções. Vinte e seis destas nações descendiam do filho de Noé chamado Sem, quatorze do seu filho mais velho, Jafet, e trinta do seu filho mais jovem, Cam. (Gên. 10:1-32) Noé chegou também a testemunhar o início do câncer da rebelião contra o grande Soberano Superior, Jeová Deus. Tudo começou com um bisneto seu, de nome Nemrod, que não foi honrado como estando entre os setenta chefes de família das setenta nações. Por desafiar o pacto do arco-íris feito por Deus, recorrendo à guerra a fim de amedrontar os homens, e como instrumento de Satanás, Nemrod rebelou-se contra o sistema de governo de Noé. Estabeleceu, antes, o primeiro governo dum reino, com Babilônia por sede. Este adventício procurou fazer-se maior que Noé por se proclamar o primeiro rei humano. Ele iniciou o projeto da construção duma torre religiosa para impedir que as famílias se espalhassem para os quatro cantos da terra, segundo o propósito de Deus. Deus expressou a sua ira contra este movimento rebelde por confundir as línguas dessas tribos debaixo de Nemrod, obrigando-as assim a emigrar, de acordo com a sua vontade original. Depois de uma longa vida como conselheiro entre muitas nações antigas, o organizador Noé morreu por fim, em 2020 A. C., à idade madura de 950 anos. Antes de sua morte, ele testemunhou a execução da ordem divina, apesar dos esforços frustrados de Satanás, de unir os homens debaixo de governos opostos a Jeová Deus. — Gên. 11:1-9.
PARTICULARIDADES INTERESSANTES
Passamos agora a examinar várias particularidades interessantes da sociedade patriarcal. Deve-se entender aqui que, embora muitas das particularidades jurídicas encontradas na Bíblia sejam também encontradas nos antigos sistemas jurídicos não-teocráticos, tais como o Código babilônico de Hamurabi, o Código Hitita e o Código Assírio, três códigos que foram em tempos recentes encontrados pelos arqueólogos, estes não são evidência de que tais particularidades tenham sido copiadas pelos hebreus dos seus vizinhos pagãos. São evidência de que as nações pagãs preservaram muitas leis e costumes antigos do sistema de lei e ordem de Noé, modelo seguido pelos fiéis patriarcas hebreus. — Eze. 14:12-14, 20.
Conforme as antigas tribos e nações caíam cada vez mais sob o controle de Satanás e suas teorias falsas de governo, a primitiva estrutura de lei e ordem, estabelecida por Noé, retrocedeu um pouco para o segundo plano. Não obstante, visto que era um fato de que muitas das suas leis básicas ainda se originavam de Noé, tornou-se possível que os fiéis patriarcas teocráticos tais como Abraão, Isaac e Jacó tratassem com seus vizinhos pagãos segundo os costumes comuns dos processos legais. É também bom declarar neste ponto, em vista do fato de que muitas particularidades legais praticadas pelos fiéis patriarcas teocráticos foram mais tarde incorporadas no pacto da Lei ditado por Deus a Moisés, há forte indício de que eram de origem sancionada por Deus. Pois Deus, certamente, não teria incorporado leis e costumes que se originassem de governos empossados pelos demônios de Satanás. — 2 Cor. 6:14-16.
Conforme já mencionado, a unidade na sociedade patriarcal foi a família, em vez de o indivíduo. De modo geral,, não havia propriedade individual, além de alguns pertences pessoais. Toda a propriedade, tal como rebanhos, bens domésticos, equipamento e terrenos eram bens comuns da família, visto que todos estavam aparentados por nascimento, casamento ou adoção. Isto é confirmado na declaração feita por Raquel e Léia a Jacó, seu marido e chefe de família, na ocasião em que se separaram com todos os seus bens da família tribal de seu pai Labão, para iniciar uma sociedade patriarcal independente. “Então responderam Raquel e Léia [a Jacó, seu marido e chefe] e disseram-lhe: Há ainda para nós parte ou herança na casa de nosso pai? Não nos considera ele [Labão, nosso pai] como estranhas? pois vendeu-nos, e comeu todo o nosso dinheiro. Porque toda a riqueza, que Deus tirou de nosso pai, é nossa e de nossos filhos; agora, pois, faze tudo o que Deus te tem dito.” (Gên. 31:14-16, Al) Assim, por terem os bens em comum, conforme já notamos, o pequeno governo da família formava o que se poderia comparar a uma corporação moderna cujo chefe oficial era o pai ou o filho mais velho na sucessão dum antepassado comum, quando várias famílias viviam juntas como “casa” ou tribo. No caso de Jacó vemos também que o chefe de família servia como sacerdote em comunicação com Deus. Outrossim, sendo representante de Deus, o chefe de família tomava a dianteira no oferecimento de sacrifícios pela família.
O patriarca servia adicionalmente como governante e superintendente paternal. Ele dava as ordens quanto ao trabalho diário da família e superintendia cuidadosamente o treinamento dos seus filhos, pois tinha legalmente toda a responsabilidade por toda a violação da lei por parte deles. Fazia contratos com os vizinhos e também julgava e punia a sua família em qualquer violação da lei e dos costumes. Em realidade, o chefe de família controlava e governava completamente as vidas e a propriedade de todos os membros da organização de sua família. Sendo o porta-voz da família perante Deus e o homem, o patriarca era adicionalmente responsável pela conduta de sua família. Ele e a família como um todo tinham de prestar contas pelas transgressões e ofensas praticadas por ele próprio ou pelos membros de sua família contra outras unidades de família. O chefe de família podia ver-se obrigado a entregar um membro de sua família ou fazer um pagamento em propriedade para a satisfação dos erros praticados. — Jos. 7:24, 25.
Assim como se dá com as corporações modernas, compostas de muitas pessoas, quando a corporação inteira é considerada como pessoa jurídicab que pode ser processada por danos causados a outros, assim a inteira família antiga era considerada como pessoa jurídica’ para a compensação dos danos causados. Assim, desde o início, após o dilúvio, houve o que se chama de “responsabilidade familiar”, que mais tarde ficou ampliada para a “responsabilidade comunal”, sendo todo o grupo responsável pelos erros de qualquer um dos membros. Era assim por que tinham toda a propriedade em comum e suas vidas estavam intimamente ligadas ao chefe da família. Pode-se observar na Bíblia que estas famílias intimamente ligadas e legalmente responsáveis prosperavam grandemente em segurança e viviam em muita felicidade quando seu chefe de família tinha mentalidade teocrática por servir a Jeová. Tais homens governavam suas famílias com amor e sabedoria. — Gên. 24:1.
MODOS DE PROCEDER
Os patriarcas tinham um modo interessante de oferecer e transferir a posse de terrenos. O prospetivo comprador era levado a um ponto elevado donde o vendedor lhe podia descrever os limites exatos e as vantagens do terreno oferecido. Depois de extensas negociações, o vendedor recitava finalmente os quatro limites exatos do terreno a ser transferido. Quando o comprador dizia: “Vejo”, então o negócio estava fechado e o contrato feito.c Fazia-se a transmissão desta maneira perante testemunhas, sem literalmente “entregar” o terreno por meio duma escritura. No entanto, usavam-se também contratos escritos. Com o decorrer do tempo, o processo das negociações chegou a envolver grandes, cerimônias. — Gên. 23:3-16.
O próprio Jeová Deus conformou-se a este costume quando fez a Abraão a oferta legal da Terra Prometida. Dum ponto elevado em Canaã, Deus indicou a Abraão as fronteiras exatas do território oferecido. Mas, Deus não permitiu que Abraão dissesse: “Vejo”, aceitando assim legalmente a transferência, pois não chegara ainda o tempo devido de Deus para conceder a posse legal. (Gên. 13:14, 15) Contudo, a transferência legal foi feita no ano 1473 A. C., uns quatrocentos anos depois, quando Jeová fez que Moisés ‘visse’ ou aceitasse a posse legal dela em nome da nação de Israel, pouco antes de esta cruzar o Jordão para ocupar a Terra Prometida. “Subiu Moysés das planicies de Moab ao monte Nebo, . . . Jehovah mostrou-lhe toda a terra . . . Disse-lhe Jehovah: Esta é a terra que prometti com juramento a Abrahão, a Isaac e a Jacob, . . .eu te fiz vel-a com os teus olhos.” — Deu. 34:1-4; também Deu. 3:27.
Observe que Satanás, o imitador, também se conformou a este método de oferta quando se dirigiu a Jesus no deserto, para o tentar. “Novamente, o Diabo levou-o [a Jesus] a um monte extraordinariamente alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe: ‘Todas estas coisas te darei se te prostrares e me fizeres um ato de adoração.”‘ (Mat. 4:8, 9, NM) Satanás estava realmente fazendo uma genuína oferta legal a Jesus, para este considerar sèriamente a aceitação legal dela. Embora Jesus reconhecesse isso prontamente como oferta legal, não perdeu tempo e a rejeitou completamente por dizer: “Vai-te, Satanás!”
Na decisão de disputas locais entre famílias, os chefes de família serviam como juízes. Para fazerem justiça, era necessário que descobrissem a evidência exata na questão em disputa. Segundo as diversas versões portuguesas, quando a evidência ficou claramente determinada, usavam as expressões “ver”, “reconhecer” ou “conhecer” ao fazerem as suas decisões baseadas nos fatos. Esta linguagem jurídica é similar à dos nossos tempos, quanto à inocência de Jacó. Jacó disse: “acha” um homem culpado dum crime, segundo a evidência apresentada. Quando Labão acusou Jacó de ter roubado os seus terafins, Jacó deu legalmente a Labão o direito de procurar a evidência quanto à inocência de Jacó. Jacó disse: “Reconhece diante de nossos irmãos o que é teu do que está comigo, e toma-o para ti.” — Gên. 31:32, Al.
Outro exemplo temos no caso em que o chefe de família Judá presidiu como juiz ao caso de sua nora Tamar, acusada de estar ilegitimamente grávida. “Então disse Judá: Tirai-a fora para que seja queimada. E tirando-a fora, ela mandou dizer a seu sogro: Do varão de quem são estas cousas eu concebi. E ela disse mais: Conhece, peço-te, de quem é este selo, e estes lenços e este cajado. E conheceu-os Judá, e disse: Mais justa é ela do que eu.” (Gên. 38:24-26, 11-20, Al) O Juiz Judá teve de admitir legalmente que era o pai do filho dela, pela evidência clara apresentada de que ela tinha sido a pretensa meretriz com que Judá teve relações numa ocasião anterior.
Havia muitos outros costumes que envolviam o direito de primogenitura, o direito dos pais de escolher esposas para seus filhos, a responsabilidade quanto à propriedade confiada aos cuidados de alguém, a escravidão, o concubinato, a redenção de escravos e outros, alguns dos quais examinaremos no nosso próximo número. Podemos ver, assim, neste estágio do exame da sociedade patriarcal, que não se tratava duma ordem social rudimentar. Antes, tratava-se dum sistema altamente organizado, ajustado à vida nômade daquelas primitivas unidades de família. Habitavam em tendas e percorriam o país, cuidando de suas grandes manadas e rebanhos. Os fiéis patriarcas teocráticos, Abraão, Isaac e Jacó, bem como outros, contentavam-se em viver na terra da promessa como residentes temporários, aguardando o tempo da vinda do prometido Messias, Cristo Jesus, como Rei, para estabelecer o reino eterno de justiça sobre a terra. “Porque [Abraão] esperava a cidade que tem verdadeiros fundamentos, da qual o edificador e criador é Deus.” (Heb. 11:8-10, NM) Vemos assim que há muito que nos interessa hoje quanto aos tratos de Deus com seus servos sob o sistema patriarcal de organização. Visto que o proceder legal de Deus não muda, suas ações legais naquele tempo forçosamente indicam um proceder similar para o sistema de coisas do novo mundo. Portanto, não desprezemos esses primeiros dias de pequenos inícios. — Mal. 3:6; Zac. 4:10.
[Nota(s) de rodapé]
a Biblical Law, de H. B. Clark, Págs. 53, 125.
b Ancient Law, de H. S. Maine, págs. 178, 179.
c Biblical Law, de D. Daube, 1947. págs. 29-36.