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PrisãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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modelado como uma cisterna, onde alguns presos eram mantidos. — Gên. 40:15; 41:14; compare com Isaías 24:22. A Lei mosaica não continha provisões para prisões como forma de punição. Uma vez que a justiça devia ser executada prontamente (Jos. 7:20, 22-25), somente nos casos que exigiam esclarecimento divino é que lemos no Pentateuco sobre pessoas ficarem sob custódia. (Lev. 24:12; Núm. 15:34) Com o tempo, contudo, os israelitas passaram a empregar locais de encarceramento. O profeta Jeremias, por exemplo, foi detido na “casa dos grilhões, na casa de Jeonatã”. Este local de confinamento tinha “compartimentos abobadados”, talvez masmorras. As condições ali eram tão ruins que Jeremias temia por sua vida. (Jer. 37:15-20) Subsequentemente, ele foi transferido para o “Pátio da Guarda”, onde obtinha uma ração diária de pão, podia receber visitantes e conseguia realizar transações comerciais. — Jer. 32:2, 8, 12; 37:21; veja também 1 Reis 22:27 ; 2 Crônicas 16: 10; Hebreus 11:36.
No primeiro século EC, segundo o costume romano, os carcereiros ou guardas eram considerados pessoalmente responsáveis pelos presos. (Atos 12:19) Assim, o carcereiro em Filipos, crendo que seus detentos tinham escapado, estava prestes a cometer suicídio. (Atos 16:27) Por medida de segurança, amiúde se posicionavam guardas nas portas das prisões, e talvez se prendessem os pés dos presos no tronco ou se lhes acorrentassem as mãos aos que os guardavam. (Atos 5:23; 12:6-10; 16: 22-24) Permitia-se que alguns presos recebessem visitas. — Mat. 25:36; Atos 23:35; 24:23, 27; 28:16-31; veja Cadeia (Laço; Vínculo); Carcereiro. Conforme Cristo Jesus predisse, muitos de seus seguidores provariam o encarceramento. (Luc. 21:12; Atos 26:10; Rom. 16:7; Col. 4:10; Heb. 10:34; 13:3) O apóstolo João, que era ele mesmo um prisioneiro na ilha de Patmos, escreveu que a prisão continuaria sendo uma forma de perseguição contra os cristãos. — Rev. 2:10.
EMPREGO FIGURADO
Em sentido figurado, “prisão” pode referir-se a uma terra de exílio (como era Babilônia), ou a uma condição de escravização ou confinamento espirituais. (Isa. 42:6, 7; 48: 20; 49:5, 8, 9; 61:1; Mat. 12:15-21; Luc. 4:17-21; 2 Cor. 6:1, 2) Embora as criaturas espirituais que eram desobedientes nos dias de Noé não dispunham de corpos físicos que possam ser limitados por restrições materiais, elas têm sido circunscritas em suas atividades, e acham-se numa condição de densa escuridão com referência a Jeová Deus, como se estivessem numa prisão. (1 Ped. 3:19; Judas 6; veja Tártaro.) Também, o abismo em que Satanás será encerrado por mil anos é uma “prisão”, um lugar de restrição ou confinamento semelhante à morte. — Rev. 20:1-3, 7.
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PriscaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PRISCA
[mulher idosa]; PRISCILA [mulherzinha idosa]
A forma mais curta desse nome é encontrada nos escritos de Paulo, e a forma mais extensa nos de Lucas. Tal variação era comum nos nomes romanos.
Priscila era a esposa de Áquila, com o qual ela é sempre mencionada. Os dois demonstraram excelentes obras e hospitalidade cristãs, não só para com indivíduos, mas também por serem as reuniões cristãs realizadas em sua casa, tanto em Roma como em Éfeso.
Devido ao decreto do imperador Cláudio, Áquila e sua esposa deixaram Roma e foram para Corinto, em 50 EC. Não muito depois de sua chegada, Paulo se juntou a eles na fabricação de tendas. (Atos 18:2, 3) Eles viajaram junto com Paulo até Éfeso, permanecendo ali por algum tempo, e contribuíram para ‘expor mais corretamente o caminho de Deus’ ao eloquente Apoio. (Atos 18:18, 19, 24-28; 1 Cor. 16:19) Retornando a Roma por certo tempo (Rom. 16:3-5), mais tarde voltaram a Éfeso. (2 Tim. 4:19; 1 Tim. 1:3) Seu contato pessoal com Paulo se estendeu de c. 50 EC até a morte de Paulo, cerca de quinze anos ou mais, posteriormente, e durante tal associação eles “arriscaram os seus próprios pescoços” pela alma do apóstolo. — Rom. 16:3, 4; veja ÁQUILA.
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ProcáviaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PROCÁVIA
Este termo traduz a palavra hebraica shaphán, também traduzida “coelho” (AL; BJ). O procávia se assemelha um tanto a um coelho grande, mas possui orelhas curtas e redondas, patas curtas, e virtualmente não tem cauda. Seus pés são providos de almofadas que podem ser puxadas no centro para formar ventosas, habilitando assim o animal a subir por superfícies quase verticais. O procávia habita áreas rochosas, onde encontra cavidades e fendas para os quais pode recolher-se instantaneamente ao mínimo sinal de perigo. Embora seja de natureza muito acanhada, esta criatura pode infligir selvagens mordidas, com seus incisivos, quando encurralado numa cavidade. A dieta desse animal é vegetariana.
Alguns têm questionado a classificação do procávia, na Escritura, como sendo uma criatura que rumina, mas que não tem casco partido. (Lev. 11:5; Deut. 14:7) No entanto, o zoólogo Hubert Hendrichs, ao observar procávias no Jardim Zoológico de Hellabrunn, perto de Munique, Alemanha, notou que tais criaturas apresentavam movimentos de mastigação e de deglutição peculiares. Constatou que os procávias realmente ruminam de vinte e cinco a cinqüenta minutos por dia, geralmente à noite. O jornal alemão Stuttgarter Zeitung (Jornal de Stuttgart), de 12 de março de 1966, comentou tal descoberta: “Embora este fato fosse desconhecido da zoologia consagrada, não
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