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PazAjuda ao Entendimento da Bíblia
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especialmente em relação com Israel, durante o reinado de Salomão, apontam para a paz que predominará durante o governo de Jesus como Rei. A respeito do reinado de Salomão, a Bíblia relata: “A própria paz veio a ser sua em cada região dele, em toda a volta. E Judá e Israel continuaram a morar em segurança, cada um debaixo da sua própria videira e debaixo da sua própria figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão.” (1 Reis 4:24, 25; 1 Crô. 22:9) Como se evidencia de outros textos (compare com Salmo 72:7, 8; Miquéias 4:4; Zacarias 9:9, 10; Mateus 21:4, 5), isto servia como padrão do que ocorreria sob a administração de Cristo Jesus, o Maior do que Salomão (cujo nome significa “pacífico”). — Mat. 12:42.
A PAZ ENTRE O HOMEM E A CRIAÇÃO ANIMAL
Jeová Deus prometeu aos israelitas, se obedientes: “Vou colocar a paz no país, e deveras vos deitareis sem que alguém vos faça tremer; e vou fazer cessar no país a fera nociva.” (Lev. 26:6) Isto significava que os animais selvagens ficariam dentro dos limites de seu habitat, e não causariam dano aos israelitas e aos seus animais domésticos. Por outro lado, se os israelitas se mostrassem desobedientes, Jeová permitiria que sua terra fosse invadida e devastada por exércitos estrangeiros. Uma vez que isto resultaria na redução da população, os animais selvagens se multiplicariam, penetrando em áreas anteriormente habitadas e causando danos aos sobreviventes e a seus animais domésticos. — Compare com Êxodo 23:29; Levítico 26:22; 2 Reis 17:5, 6, 24-26.
A paz prometida aos israelitas em relação com os animais selvagens diferia da usufruída pelo primeiro homem e pela primeira mulher no jardim do Éden, pois Adão e Eva gozavam do pleno domínio sobre a criação animal. (Gên. 1:28) Em contraste, nas profecias, um domínio similar é somente atribuído a Cristo Jesus. (Sal. 8:4-8; Heb. 2:5-9) Por conseguinte, é sob a administração governamental de Jesus Cristo, o “toco de Jessé”, ou o “servo [de Deus,] Davi”, que a paz novamente prevalecerá entre os homens e os animais. (Isa. 11:1, 6-9; 65:25; Eze. 34:23-25) Estes textos citados por último fornecem basicamente uma aplicação figurada, pois é óbvio que a paz ali descrita entre animais, tais como o lobo e o cordeiro, não teve cumprimento literal no antigo Israel. Predisse-se assim que pessoas de disposição prejudicial, feroz, abandonariam seus modos malévolos de agir e viveriam em paz com seus vizinhos mais dóceis. No entanto, o emprego profético dos animais para representar, de forma figurada, as condições pacíficas que predominarão entre o povo de Deus, dá a entender que também haverá paz entre os animais literais sob o governo do “toco de Jessé”, Cristo Jesus, assim como evidentemente existia no Éden.
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PéAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PÉ
Nos tempos antigos, como em muitas partes da terra, hoje em dia, os pés eram o principal meio de transporte. Alguns dentre o povo comum andavam descalços, mas sandálias, que consistiam em pouco mais que uma sola de couro, eram comumente usadas. (Veja SANDÁLIA.) Ao se entrar numa casa, removiam-se as sandálias. Um marco essencial, virtualmente obrigatório, de hospitalidade, era lavar os pés dum hóspede ou conviva, tal serviço sendo efetuado, quer pelo dono da casa, quer por um serviçal; ou, pelo menos, fornecia-se água para tal fim. — Gên. 18:4; 24:32; 1 Sam. 25:41; Luc. 7:37, 38, 44.
CRISTO LAVA OS PÉS DOS DISCÍPULOS
Jesus Cristo deu a seus discípulos uma lição de humildade e de serviço prestado uns aos outros quando ele, o Mestre deles, lavou-lhes os pés. (João 13:5-14; compare com 1 Timóteo 5:9, 10.) Nesta ocasião, Jesus disse: “Quem se banhou, não precisa lavar senão os seus pés, mas está inteiramente limpo”, sem dúvida se referindo a que, até quando alguém se tinha banhado, seus pés ficariam empoeirados, mesmo numa caminhada curta, e precisariam ser freqüentemente lavados. Nos dias do ministério terrestre de Jesus, não se exigia que os sacerdotes e os levitas que estavam de guarda no templo, depois de se imergirem na água bem cedo de manhã, se lavassem de novo naquele dia, exceto a lavagem das mãos e dos pés. (Veja também Êxodo 30:19-21.) Por afirmar: “Vós estais limpos, mas não todos [referindo-se a Judas]”, Jesus evidentemente atribuiu às suas ações, nesta oportunidade, um significado espiritual adicional. (João 13:10, 11) Em Efésios 5:25, 26, mostra-se Jesus como purificando a congregação cristã com o “banho de água por meio da palavra” da verdade. É lógico que os fiéis seguidores de Jesus deviam igualmente demonstrar interesse humilde, não só pelas necessidades materiais de seus irmãos, mas ainda mais por suas necessidades espirituais. Desta forma, ajudar-se-iam mutuamente a se manter isentos das tentações e dos laços diários que poderiam contaminar um cristão enquanto andava por este mundo. — Heb. 10: 22; Gál. 6:1; Heb. 12:13.
EMPREGOS FIGURADOS
As palavras “pé” e “pés” são usadas com frequência para indicar a inclinação ou o curso duma pessoa, seja ele bom ou mau. (Sal. 119:59, 101; Pro. 1:16; 4:26; 5:5; 19:2; Rom. 3:15) Outras expressões figuradas são ‘pouso para a planta do pé’, isto é, um lugar de morada ou de posse (Gên. 8:9; Deut. 28:65); a “largura de um pé”, para indicar o menor quinhão de terra que a pessoa poderia possuir (Atos 7:5; Deut. 2:5; compare com Josué 1:3); ’erguer o pé’, assumir ou iniciar um proceder (Gên. 41:44); ‘fazer raro o pé na casa de seu próximo’, não tirar proveito indevido de sua hospitalidade (Pro. 25:17); ‘andar descalço’, em humilhação ou pesar (os cativos sendo
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