espírito santo. Pedro o censurou fortemente, dizendo a Simão que o coração deste não era reto à vista de Deus, e instou com Simão a que se arrependesse e orasse pedindo perdão. Em resposta, Simão solicitou a tais apóstolos que suplicassem a Jeová em favor dele. — Atos 8:9-24.

SIMEÃO

[ouvir, isto é, com aceitação].

1. O segundo dentre os doze filhos de Jacó; assim chamado porque, como disse sua mãe Léia: “Jeová tem escutado, sendo que eu era odiada, e assim me deu também este.” — Gên. 29:32, 33; 35:23-26; 48:5; Êxo. 1:1-4; 1 Crô. 2:1, 2.

Quando Jacó, o pai dele, estava acampado próximo de Siquém, Simeão, junto com o irmão logo abaixo dele, Levi, demonstraram ira vingativa que se provou desarrazoadamente dura e cruel. De maneira arbitrária, sem o conhecimento ou o consentimento do pai deles, passaram a vingar a honra de sua irmã mais moça, Diná, por matarem os siquemitas, trazendo o ostracismo sobre toda a família. — Gên. 34:1-31.

Simeão ficou mais tarde envolvido no erro, quando ele e seus irmãos planejaram matar José. (Gên. 37:12-28, 36) Não se declara se Simeão, como o segundo mais velho, foi ou não o cabeça deste complô contra a vida de José. Anos depois, quando José, qual administrador de alimentos do Egito, estava testando seus irmãos, Simeão foi escolhido por José para ser amarrado e encarcerado até que os demais irmãos trouxessem Benjamim ao Egito. — Gên. 42:14-24, 34-36; 43:15, 23.

Pouco antes da morte de Jacó, quando abençoava seus filhos, Jacó recordou com desaprovação a violência de Simeão e Levi, relacionada com os siquemitas, muitos anos antes. (Gên. 49:5-7) Jacó assim removeu qualquer esperança que Simeão talvez nutrisse de obter a primogenitura que Rubem, seu irmão mais velho, havia perdido. Simeão tinha seis filhos, um deles sendo de uma cananéia. Conforme profetizado, a consignação tribal de Simeão não estava vinculada com a de Levi, mas estes dois estavam ‘espalhados’; até mesmo em sentido interno, a parte de Simeão achava-se dividida como cidades-enclaves no território de Judá. — Gên. 46:10; Êxo. 6:15; 1 Crô. 4:24; Jos. 19:1.

2. A tribo de Israel que procedeu das famílias dos seis filhos de Simeão: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar e Saul. (Gên. 46:10; Êxo. 6:15) Durante a jornada de Israel pelo deserto, Simeão acampava junto com Rubem e Gade ao S do tabernáculo, esta divisão de três tribos sendo encabeçada por Rubem. Quando em marcha, manteve-se este mesmo arranjo tribal, servindo Selumiel como maioral de Simeão, tanto do acampamento como do exército. — Núm. 1:4, 6; 2:10-15; 10:18-20.

REDUÇÃO DEMOGRÁFICA DA TRIBO

Por ocasião do primeiro recenseamento, feito um ano após o Êxodo do Egito, a tribo de Simeão totalizava 59.300 homens vigorosos de 20 anos de idade, ou mais, aptos para o serviço militar. (Núm. 1:1-3, 22, 23) Em contrapartida, cerca de trinta e nove anos depois, o segundo recenseamento revelou que a tribo tinha sofrido grandes perdas, só havendo 22.200 homens da mesma categoria. Isto equivalia a um decréscimo de mais de 62 por cento, muito maior do que o sofrido por qualquer outra tribo. — Núm. 26:1, 2, 12-14.

Moisés não mencionou nominalmente a Simeão em sua bênção de despedida de Israel. Isto não quer dizer que a tribo não tenha sido abençoada, pois foi incluída no fim, na bênção geral. (Deut. 33:6-24, 29) Quando alcançaram Gerizim, Simeão foi a primeira a ser citada nominalmente dentre as tribos designadas em relação com a bênção proferida daquele monte. — Deut. 27:11, 12.

O tamanho reduzido de Simeão foi, sem dúvida, considerado quando se tratava da designação dos territórios singulares na Terra Prometida; não se deu à tribo uma área à parte, ininterrupta, mas, em vez disso, uma parte inteiramente encravada no território de Judá. Desta maneira, cumpriu-se a profecia proferida por Jacó em seu leito de morte, mais de 200 anos antes. (Núm. 34:16-20; Jos. 19:1-9; compare com Gênesis 49:5-7.) Simeão compartilhou com Judá na captura deste território das mãos dos cananeus. (Juí. 1:1-3, 17) Cidades-enclaves também foram reservadas para a tribo de Levi dentre a herança de Simeão. — Jos. 21:4, 9, 10; 1 Crô. 6:64, 65.

MENÇÃO NA HISTÓRIA BÍBLICA POSTERIOR

Os simeonitas foram mencionados, de tempos a tempos, na história posterior de Israel — no tempo de Davi (1 Crô. 4:24-31; 12:23, 25; 27:16), nos dias de Asa (2 Crô. 15:8, 9) e nos tempos de Josias. (2 Crô. 34:1-3, 6, 7) Esta última referência às reformas de Josias mostra que, embora Simeão estivesse, em sentido geográfico, situada no território de Judá, lançara política e religiosamente sua sorte com o reino setentrional. Parece que, nos dias de Ezequias, 500 simeonitas abateram um restante dos amalequitas e passaram a morar em seu lugar. — 1 Crô. 4:41-43.

Nos livros proféticos de Ezequiel e de Revelação (Apocalipse), o nome de Simeão ocorre junto com os demais das tribos de Israel. A faixa de território designada a Simeão, no esboço da Terra Prometida observada em visão por Ezequiel, situava-se entre os de Benjamim e de Issacar, ao S da “contribuição sagrada”. Mas o portão designado a Simeão ao S da cidade santa era contíguo aos chamados pelos nomes de Issacar e Zebulão. (Eze. 48:21-25, 28, 33) Na visão dos 144.000 selados, em Revelação, capítulo 7, Simeão é a sétima tribo alistada. — Rev. 7:7.

3. O justo e reverente homem idoso que en-