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IniquidadeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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que o moveram a manifestar-se como sendo iníquo e merecedor da morte. O propósito de Jeová em fazer isto é revelado em Êxodo 9:16: “Por esta razão te deixei em existência; para mostrar-te meu poder e para que meu nome seja declarado em toda a terra.”
As dez pragas lançadas sobre o Egito, culminando com a destruição do Faraó e de suas forças militares no mar Vermelho, foram impressionante demonstração do poder de Jeová. (Êxo. 7:14 a 12:30; Sal. 78:43-51; 136:15) Durante anos depois disso, as nações ao redor ainda falavam no assunto, e o nome de Deus estava, assim, sendo declarado em toda a terra. (Jos. 2:10, 11; 1 Sam. 4:8) Caso Jeová tivesse matado imediatamente a Faraó, esta grande demonstração do poder de Deus, para sua glória e para a libertação de seu povo, não teria sido possível.
As Escrituras nos asseguram de que virá o tempo em que não mais existirá a iniqüidade, uma vez que todos os que se colocam em oposição ao Criador serão destruídos, quando a permissão de Deus para que exista iniqüidade tiver cumprido cabalmente seu propósito. — 2 Ped. 3:9-13; Rev. 18:20-24; 19:11 a 20:3, 7-10.
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InjúriaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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INJÚRIA
Os termos gregos loidoréo e kakologéo transmitem basicamente a idéia de sujeitar uma pessoa à linguagem insultante, cobrindo-a de insultos.
Para os israelitas, injuriar ou invocar o mal sobre os pais era uma ofensa punível com a morte. (Êxo. 21:17; Mat. 15:4; Mar. 7:10) Como os abusos verbais, os abusos físicos contra os pais originavam-se da mesma disposição perversa e, por conseguinte, incorriam na mesma pena. (Êxo. 21:15) Visto que os pais eram os representantes de Jeová perante seus filhos, quem injuriasse seus pais, efetivamente estava injuriando a Deus. — Compare com Êxodo 20:12.
Devia-se mostrar também o devido respeito para com aqueles que eram governantes em Israel. É por isso que o apóstolo Paulo, embora tratado injustamente, pediu desculpas por ter, sem se dar conta, se dirigido ao sumo sacerdote com palavras consideradas injuriosas por outros. — Êxo. 22:28; Atos 23:1-5.
Entre os cristãos do primeiro século não havia lugar para a injúria deliberada. (1 Cor. 6:9, 10; 1 Ped. 3:8, 9) Alguém que fosse culpado de vituperar habitual e intencionalmente a outros devia ser expulso da congregação. — 1 Cor. 5:11-13.
Os seguidores de Jesus Cristo, sendo aparentemente insignificantes e impopulares no mundo, por causa de sua atividade e de sua mensagem, eram muitas vezes objeto de injúria. (Compare com João 9:28, 29; 17:14; 1 Coríntios 1:18; 4:11-13.) Mas, não deviam retaliar por injuriar os opositores. Neste sentido, Jesus Cristo estabelecera-lhes o exemplo. (1 Ped. 2:21, 23) Acusado de ser um homem dado ao vinho, glutão, agente do Diabo, violador do sábado e blasfemador contra Deus, Cristo Jesus não retaliou por injuriar seus acusadores. (Mat. 11:19; 26:65; Luc. 11:15; João 9:16) Quando acusações falsas foram lançadas contra ele na presença de Pilatos, Jesus conservou-se calado. (Mat. 27:12-14) Imitar um cristão o exemplo de Jesus podia ter um bom efeito sobre alguns opositores, fazendo-os reconhecer que suas palavras injuriosas não tinham nenhuma base. Compreenderem isto podia até mesmo levá-los a se tornarem glorificadores de Deus. — Compare com Romanos 12:17-21; 1 Ped. 2:12.
Os cristãos tinham de exercer cuidado para se portarem de modo excelente, a fim de não fornecerem motivos desnecessários para que os oponentes os injuriassem. Este é o ponto frisado pelo apóstolo Paulo em relação com as viúvas jovens da congregação. Visto que estavam inclinadas a tagarelar e a meter-se na vida dos outros, ele as incentivou a se casarem e ficarem ocupadas em criar filhos e cuidar duma casa. Sendo esposas atarefadas, não dariam motivos para que qualquer opositor injuriasse os cristãos de serem tagarelas e intrometidos na vida alheia. — 1 Tim. 5:13, 14.
Alguns que não acompanharam Jesus Cristo quando ele estava na terra mostraram que, por suas ações, estavam do ‘lado dele’, e não se juntariam prontamente aos opositores em injuriá-lo. Esta era a situação de certo homem que expulsava demônios à base do nome de Jesus, evidentemente recebendo de Deus o poder para fazê-lo. João e outros deduziram que tal homem devia ser impedido de agir, pois não os estava acompanhando. Mas Jesus disse: “Não tenteis impedi-lo, porque ninguém há que faça uma obra poderosa à base do meu nome que logo possa injuriar-me.” (Mar. 9:38-40) Na ocasião em que Jesus fez esta declaração, a congregação judaica ainda gozava do reconhecimento divino, e o estabelecimento da congregação cristã ainda era algo futuro. (Compare com Mateus 16:18; 18:15-17.) Também, Jesus não exigia que todos os crentes o seguissem em pessoa. (Mar. 5:18-20) Por conseguinte, a realização de obras poderosas, por parte dum judeu, alguém que fazia parte do povo pactuado de Deus, à base do nome de Jesus, teria sido prova de que tal pessoa tinha o favor divino. Não obstante, logo que a congregação cristã foi estabelecida, as pessoas desejosas de ter o favor de Deus tinham de associar-se com ela como fiéis seguidores de Jesus Cristo. (Compare com Atos 2:40, 41.) A mera realização de obras poderosas à base do nome de Jesus não mais constituiria evidência de uma pessoa estar do lado de Jesus Cristo, nem seria garantia de que tal pessoa não seria culpada de injuriar o Filho de Deus. — Mat. 7:21-23.
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