Afligindo os “egípcios” modernos com a verdade
‘Proclamai . . . o dia da vingança da parte de nosso Deus.’ — Isa. 61:2
1, 2. (a) A quem se aplica e a quem não se aplica 2 Timóteo 4:3, 4, e por quê? (b) Que fato despercebem os que acham falta nas mensagens assoladoras proferidas pelos ministros de Jeová?
A RESPEITO dos dias em que vivemos, profetizou o apóstolo Paulo: “Haverá um período de tempo em que não suportarão o ensino salutar, porém, de acordo com os seus próprios desejos, acumularão para si instrutores para lhes fazerem cócegas nos ouvidos; e desviarão os seus ouvidos da verdade.” Aplicáveis como sejam essas palavras aos modernos líderes religiosos e seus rebanhos, conforme indicado vez após vez nas páginas deste periódico, elas não se devem aplicar e não se aplicam aos dedicados ministros cristãos de Jeová. Estes têm de acolher a verdade e realmente a acolhem, mesmo que ela doa às vezes. — 2 Tim. 4:3, 4.
2 Os que acham falta na mensagem direta e admoestadora que estes ministros de Jeová levam, e que os acusam de pregar um Deus desamoroso e uma mensagem de ódio, despercebem inteiramente que tais ministros, primeiro de tudo, aplicam a si mesmos as mensagens admoestadoras de Deus a respeito de sua vingança. Assim, as três primeiras pragas sobre o antigo Egito, consideradas no número anterior deste periódico, segundo vimos, atingiram não só os “egípcios”, mas também os “israelitas” escravizados, o povo de Jeová. Entretanto por tirar proveito do cumprimento moderno destas pragas, por ser como que corrigido por elas, o hodierno povo de Jeová é poupado dos efeitos das sete pragas restantes, que ele tem também parte em derramar. No derramamento moderno das pragas, o restante de Jeová atualmente na terra foi representado por Aarão, irmão de Moisés, ao lasso que o próprio Moisés representa a Jesus Cristo, reinando na glória e no poder celestes. (Êxo. 6:5, 6, 20; 9:8) Aarão agiu como porta-voz de Moisés e usou a vara de Moisés.
A QUARTA PRAGA — MUTUCAS
3. Em que consistia a quarta praga, e qual foi o seu efeito?
3 A quarta praga sobre o antigo Egito foi a primeira das dez em que Jeová fez clara distinção entre o seu povo de Israel e os egípcios. Consistiu em mutucas e acha-se registrada para nós em Êxodo 8:21-24. A mutuca parece ter sido certa mosca maior do que a costumeira mosca doméstica, sendo mais parecida ao moscardo ou tavão. Certas espécies desta mosca atacaram os homens e os animais; outras apenas à vegetação. Também encheram a terra de suas larvas. Espalharam-se por todas as casas do Egito e o dano que causaram foi tamanho que “a terra ficou arruinada como resultado das mutucas”, diz-se-nos. Talvez se fosse dizer que tal praga lançou desprezo sobre a deusa da mosca icnêumon, Wadjet.a Fez com que Faraó cedesse, mas só até que ela terminou. — Êxo. 8:28-32.
4. Como se identifica a “terra” do Israel espiritual?
4 Visto que se disse que tal praga arruinou a terra do Egito, representaria adequadamente a mensagem assoladora da parte de Jeová que expõe o estado arrumado do “Egito” moderno, a organização de Satanás. E qual é ela? Dá-se um indício nas profecias encontradas em Isaías 62:4 e 66:8, que rezam, em parte: “Tua terra terá um esposo.” (CBC) “Poder-se-ia fazer nascer [com dores de parto, NM] uma terra num só dia?” (Al) Estas profecias se referem à condição restaurada do Israel espiritual, em nossos dias. A expressão “terra” se refere à posição ou situação terrestre ocupada pelo restante restaurado da nação espiritual de Deus; a sua condição legal, por assim dizer. Durante a Primeira Guerra Mundial de 1914-1918, pareciam ter sido repudiados por Deus. Mas, em 1919, conforme mostra a história, a sua condição favorecida perante Deus foi renovada, renasceu, ‘nasceu com dores de parto’, subitamente, “num só dia”. Isto envolveu suas doutrinas, sua organização e sua forma de adoração.
5, 6. Como é que o “Egito” moderno procura obter condição legal com Deus, mas o que revelou a quarta praga, e por que meio?
5 Isto posto, pode-se dizer que para ter condição legal perante Deus, os religiosos fanáticos do Egito moderno dependem de suas doutrinas, organização e práticas feitas pelos homens. Incluídas nelas estariam doutrinas tais como o Deus trinitário, o tormento eterno após a morte do corpo, o purgatório, a imortalidade da alma humana, o direito divino dos reis, e assim por diante. Têm também procurado a condição legal perante Deus por meio de práticas religiosas tais como o ascetismo, o celibato clerical, os monges, as freiras, ir à igreja aos domingos, a confissão aos sacerdotes, o uso da cruz, a água benta, as imagens, não esquecendo os ícones das Igrejas Ortodoxas Orientais, a adoração de Maria e dos “santos”, a veneração das relíquias, e assim por diante. E também esperam obter condição legal perante Deus pelas suas ‘obras poderosas’, tais como a construção de caríssimas igrejas e templos, a cura pela fé, a comunhão de fés de católicos, protestantes e judeus, a reforma moral, a influência sobre a legislação, a caridade, inclusive as cozinhas de sopas para os pobres nos Estados Unidos e arroz para os pobres no Oriente.
6 A quarta praga da verdade revela qual é a condição verdadeira dos religiosos fanáticos do Egito moderno aos olhos de Deus e aos olhos das pessoas esclarecidas pela verdade de Deus. Esta praga tem exposto como não sendo bíblicos os ensinos da cristandade, a sua organização e suas formas de adoração e suas obras. Exemplo notável desta praga ocorreu em relação com o congresso de 1924, em Columbus (Ohio, E. U. A.), das testemunhas de Jeová, onde se lançou uma Denúncia que mostrava a falsidade das principais doutrinas e práticas religiosas da cristandade. Naquele tempo, mais de treze milhões de exemplares foram impressos para distribuição. Uma publicação mais recente que tem feito isto, já por dezenove anos agora, é o compêndio bíblico, o livro “Seja Deus Verdadeiro”, tendo sido impressos do mesmo mais de dezenove milhões de exemplares, em cinqüenta e quatro idiomas. Uma mensagem especialmente assoladora, neste mesmo sentido, foi o folheto “O Verbo” — Quem É Ele Segundo João?, que foi enviado a praticamente todos os clérigos na cristandade. Mais de nove milhões de exemplares, em muitos idiomas, foram impressos para serem distribuídos ao redor do mundo. Prova de que os afligiu podia ser vista nas muitas cartas iradas que escreveram aos editores daquele folheto. Outro exemplo desta praga foi o exemplar especial de Despertai! de 8 de outubro de 1964, intitulado “Um Exame dos Fundamentos da Religião dos Dias Modernos”, sendo impressos 6.196.655 exemplares. Sim, em muitíssimas publicações da Torre de Vigia, a “terra” do moderno “Egito” tem sido exposta como arruinada, não tendo categoria perante Deus, não pertencendo a ele. Esta exposição feita pelas testemunhas de Jeová, sob o Moisés Maior, Jesus Cristo, tem verdadeiramente servido como praga.
A QUINTA PRAGA — A PESTE
7. Em que consistia a quinta praga?
7 Atendendo ao rogo de Faraó, Moisés intercedeu perante Jeová a favor do Egito, e a quarta praga foi terminada. Mas, de novo, Faraó tornou insensível o coração, e assim Jeová enviou a quinta praga, que visava o rebanho do Egito. Disse Moisés: “A mão do Senhor [Jeová] vai pesar sobre os teus animais que estão nos campos.” A praga incluiu todos eles. “Sobre os cavalos, os jumentos? os camelos, os bois e as ovelhas: haverá uma peste terrível.” “O Senhor [Jeová] cumpriu sua palavra: todos os animais dos egípcios pereceram, mas não morreu um animal sequer dos rebanhos dos israelitas.” — Êxo. 9:3, 6, CBC.
8-11. Como está sendo cumprida a quinta praga dos tempos modernos?
8 O que é representado por esta praga? Nas Escrituras, o rebanho, os animais domésticos, e, em especial, as ovelhas e os bois, são com freqüência usados para representar as criaturas humanas, que são como animais de carga. No sentido de que todo o rebanho do Egito apoiava o Egito, isso bem representaria os apoiadores do Egito antitípico da atualidade, a organização de Satanás. E, assim como morreu toda sorte de animais do rebanho, mas não literalmente todo o rebanho, assim verificamos que toda sorte de homens, apoiadores do Egito antitípico, de alta e de baixa posição, ricos e pobres, idosos e jovens, homens e mulheres, de diferentes nacionalidades e raças, estão morrendo figuradamente no que toca a seu apoio dado à organização de Satanás, por causa da mensagem de julgamento assolador levada pelo povo de Deus. Em especial, esta praga representaria as mensagens que são dirigidas às pessoas de coração honesto, as que amam a justiça mas ignoradamente apóiam a organização de Satanás, e que instam com elas para que saiam dela e tomem sua posição a favor de Jeová e de seu reino.
9 Ao passo que todas as sete mensagens anuais proclamadas pelas testemunhas de Jeová, de 1922 a 1928, concluíam com tais apelos, foi especialmente a Resolução de 1927, adotada pela sua assembléia internacional em Toronto, Canadá, que destacava esta modalidade do ministério do restante de Jeová, representado por Aarão, irmão de Moisés. (Êxo. 9:27) Note quão pertinente é a sua linguagem. Entre outras coisas, a Resolução dizia: “Não há razão de dar apoio adicional àquele . . . sistema. Nesta hora de perplexidade, Jeová Deus insta com as pessoas a que abandonem e deixem para sempre a ‘cristandade’ ou o ‘cristianismo organizado’ e se voltem completamente para longe dele, porque é a organização do Diabo, e para que não lhe dêem apoio algum; e para que as pessoas dêem a devoção e a lealdade de seu coração inteiramente a Jeová Deus e ao seu Rei e Reino, e recebam plena liberdade e as bênçãos que Deus tem reservado para elas.” Mais de 3.900.000 de exemplares desta Resolução, em forma de folheto, foram distribuídos em muitos idiomas.
10 Similares apelos têm sido feitos desde então, tais como o categórico, contido na Resolução adotada pelas testemunhas de Jeová, em seu congresso de 1958 no Estádio Ianque e no Campo de Pólo, na cidade de Nova Iorque. Em sua conclusão, convocava “todos os que amam a vida em felicidade debaixo dum governo justo, a cuja atenção possa vir esta Resolução, a tomar a sério seu significado e a honrar o nome do Criador do céu e da terra, voltando-se para o Seu reino por Cristo como o governo legítimo do novo mundo”. Esta Resolução teve a circulação de 70.000.000 de exemplares, em cinqüenta idiomas do mundo. Esta mensagem assoladora continua sobre o Egito antitípico no tempo atual, conclamando o povo a dar ouvidos à ordem de Revelação 18:4: “Saí dela [Babilônia, a Grande], povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” Não que Babilônia, a Grande, e o simbólico Egito hodierno sejam a mesma coisa; antes, Babilônia, a Grande, é a parte religiosa do Egito simbólico, a visível organização de Satanás. Portanto, por fugir da moderna Babilônia, a Grande, ou por morrer quanto a dar-lhe apoio, a pessoa morre figuradamente no que toca a dar apoio ao “Egito” moderno, assim como os animais domésticos do antigo Egito.
11 Cada relatório anual das testemunhas de Jeová, conforme publicado em cada exemplar de 1.° de janeiro de A Sentinela, em inglês, e no Anuário das Testemunhas de Jeová em diversas línguas atualmente, relata a extensão desta praga. Como assim? No sentido de que relata quantas pessoas se afastaram do moderno “Egito” por se dedicarem a Jeová e por serem batizadas em água. Durante o ano de serviço de 1963, o total foi 62.798, e durante 1964, o total foi 68.236. Por certo, a própria divulgação destas informações, em tais publicações, serve como praga para o “Egito” moderno.
A SEXTA PRAGA — TUMORES E ÚLCERAS
12, 13. Em que consistia a sexta praga?
12 Embora toda sorte de gado dos antigos egípcios perecesse na quinta praga, “o coração de Faraó ficou endurecido, e ele não deixou ir o povo”. Assim, Jeová avisou da sexta praga, e, em obediência às instruções de Jeová, Moisés tomou cinza dum forno e “atirou-a para o céu e produziram-se, sobre os homens e sobre os animais, tumores que se arrebentavam em úlceras. Os [sacerdotes] mágicos não puderam aparecer diante de Moisés por causa das úlceras, porque foram atingidos como todos os egípcios”. — Êxo. 9:7-11, CBC.
13 Esta praga envergonhou Imhotep, o deus egípcio da medicina, pois nenhum dos médicos egípcios pôde extingui-Ia. Em especial, humilhou os sacerdotes praticantes de magia do Egito. Anteriormente, haviam parecido imitar as duas primeiras pragas trazidas por Moisés, e, na terceira praga, a dos mosquitos tiveram de admitir que era o “dedo de Deus”. (Êxo. 8:1-19) Mas, a sexta praga realmente os envergonhou ao ponto de não poderem aparecer diante de Faraó. Alguns comentaristas bíblicos sustentam que esta praga era a lepra negra ou furúnculo do Egito, conhecido como elefantíase, moléstia que bem provavelmente afligiu a Jó, anos antes disso. (Jó 2:6-12) Seja o que for, era uma doença da pele assinalada de tumores, inchações, úlceras e erupções da pele, e sem dúvida era extremamente dolorosa, como se pode deduzir de seu efeito sobre os sacerdotes do Egito.
14-16. Por meio do que tem sido assolado o “Egito” moderno até agora, pela sexta praga?
14 Como é que esta praga tem seu cumprimento nos tempos modernos? Revelação 16:2 nos dá indício, pois conta que, como resultado do derramamento da taça da ira de Deus, úlceras nocivas e malignas vieram sobre os que tinham a marca da fera e que adoravam a imagem dela. O livro intitulado “Caiu Babilônia, a Grande!” O Reino de Deus Já Domina! (em inglês) mostra que esta praga começou em 1919, quando foi predito o fracasso da Liga das Nações. Foi no ano de 1921 que A Sentinela, pela primeira vez identificou a simbólica fera do mar, de Revelação capítulo 13, como sendo a organização política visível de Satanás, antes que um sistema eclesiástico, e a idolatrada “imagem” da besta como sendo a Liga das ações. Esta praga, assim como as demais pragas, pode-se dizer, têm dois aspectos nos tempos modernos. Um dos aspectos é o uso da Bíblia para mostrar a forma que os “egípcios” modernos, os adoradores da “imagem” da besta, se apresentam aos olhos de Jeová, e o outro é a dor que esta exposição lhes causa. Visto que o Egito equivale à inteira organização visível de Satanás, esta praga atinge os líderes religiosos e os guias tanto da cristandade como do paganismo.
15 Um ponto alto inicial nesta praga veio em 1922, quando, no congresso de 8 de setembro, em Cedar Point, Ohio, E. U. A., das testemunhas de Jeová, Joseph F. Rutherford, como presidente da Sociedade Torre de Vigia, trouxe à atenção o Rei Uzias se tornar leproso por causa de sua presunção em misturar a religião com a política em Jerusalém, no sentido de que ele, como rei, presumiu oferecer incenso no templo, privilégio este reservado apenas aos sacerdotes da tribo de Levi; e em tal presunção e na sua punição, o Rei Uzias foi protótipo da cristandade. (2 Crô. 26:1, 16-23) Então, referindo-se ao endosso dado pela cristandade à Liga das Nações como substituto feito pelo homem para o reino de Deus, o Juiz Rutherford disse: “Assim, rejeitaram a vinda do Senhor e o seu Reino”, e, imediatamente, diante de Jeová aparentavam ser leprosos ou cheios de tumores e úlceras, e, portanto, impuros. E, assim como a sexta praga sobre o Egito foi expressão da ira de Jeová e causou dor, igualmente a causaram as proclamações feitas peio seu povo dedicado no tocante a estas coisas. Tal expressão de sua ira para com os homens que tinham a “marca” da besta e que adoravam a imagem dela, a Liga das Nações, causou dores aos egípcios antitípicos do nosso século vinte.
16 Desde então, a Sociedade Torre de Vigia, como editora das testemunhas cristãs de Jeová, tem publicado e feito que sejam distribuídas muitas publicações que mostram que a Liga das Nações e sua sucessora, as Nações Unidas, são substitutos fúteis, feitos pelos homens, para o reino de Deus. Exemplo recente, especialmente destacado, foi o exemplar especial de Despertai! de 22 de abril de 1963, intitulado “As Nações Unidas ou o Reino de Deus?” A Sociedade Torre de Vigia imprimiu para distribuição 5.269.268 exemplares do número de Despertai! de 22 de abril de 1963. Toda esta publicação e distribuição da mensagem de julgamento de Deus tem mostrado quão infelizes, impuros, miseráveis e espiritualmente enfermos devem aparentar ser os apoiadores destes planos dos homens aos olhos de Deus. Tal divulgação tem sido dolorosíssima para os apoiadores destes instrumentos políticos a favor da paz e segurança mundiais, tanto dentro como fora da cristandade, e faz parte da sexta praga.
A SÉTIMA PRAGA — SARAIVA, FOGO E TROVÕES
17, 18. (a) Por que agiu Jeová para com Faraó da forma como agiu? (b) Em que consistiu a sétima praga, lá naquele tempo?
17 Seis pragas foram enviadas sobre Faraó e sua nação, da parte de Jeová Deus, e ainda assim o coração de Faraó continuava obstinado. Por que será que Jeová, o Onipotente, tratava com este homem teimoso, orgulhoso, ainda que insignificante, dessa maneira? O próprio Jeová, neste ponto, disse-lhe: “Eu poderia, num instante estendendo a minha mão, ferir-te de peste, tu e o teu povo; e tu serias cortado da terra. Mas, se te deixo em pé, é para que vejas o meu poder, e que o meu nome seja glorificado por toda a terra.” Sim, por agir dessa forma, Jeová fazia um nome para si mesmo, bem como mostrava a Faraó quão grande e variado é Seu poder divino. Tendo dito a Faraó qual a Sua razão de agir com ele da forma que agia, Jeová a seguir o avisou da sétima praga: “Se te obstinas em .impedir a partida de meu povo, amanhã, a esta mesma hora, farei cair uma chuva de pedras tão violenta como nunca houve outra igual no Egito, desde sua origem até o dia de hoje.” — Êxo. 9:15-19, CBC.
18 Recusando-se Faraó a dar ouvidos a este aviso, Jeová Deus fez com que Moisés estendesse a mão para os céus, “e o Senhor [Jeová] enviou trovões e chuva de pedras, e o fogo do céu caiu sobre a terra. O Senhor fez chover o granizo sobre o Egito. Caiu o granizo misturado com o fogo; . . . Só a terra de Gessem, onde se encontravam os israelitas, foi poupada.” — Êxo. 9:22-26, CBC.
19-21. (a) Contra o que se dirigiu a sétima praga? (b) O que é representado pelos trovões, pela saraiva e pelos relâmpagos?
19 Tal praga, por motivo de seus trovões, fogo e saraiva procederem dos céus, pode-se dizer, atingiu os céus, o ar e a terra. Traz à lembrança a sétima praga de Revelação 16:17-20, que foi derramada sobre o ar, que o povo respira. Reza: “E o sétimo derramou a sua tigela no ar. Saiu então uma voz alta do santuário, desde o trono, dizendo: ‘Está feito!’ E houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e houve um grande terremoto, tal como nunca tinha havido desde que os homens vieram a estar na terra, tão extensivo era o terremoto, tão grande. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e caíram as cidades das nações; e Babilônia, a grande, foi lembrada à vista de Deus, para dar-lhe o copo de vinho da ira de seu furor. Também toda ilha fugiu e não se acharam montes.” Tal praga de Revelação foi expressão da ira de Deus contra o espírito que as pessoas do mundo inalam. É o espírito do Diabo e produz seus frutos entre os homens. Uma das mensagens que trazia isto à atenção foi proferida em Detroit, Michigan, E. U. A., em 1928, intitulada “Declaração Contra Satanás e a Favor de Jeová”. Pôs a culpa inteiramente sobre Satanás, o Diabo, por todos os males da humanidade e avisava da rápida aproximação do Armagedom. Tudo que tem sido escrito, expondo o papel de Satanás nos assuntos mundiais, é parte desta praga sobre o “Egito” e seu Faraó dos dias modernos. Incluídos estão, por conseguinte, os artigos de A Sentinela, “O Cântico de Escárnio Contra Satanás, o Diabo”b e “Entregando o Aviso da Morte de Satanás”,c bem como tudo o mais que foi escrito, expondo a influência invisível de Satanás nos assuntos mundiais, inclusive a exposição do que é “o espírito do mundo”, em A Sentinela de 1.° de julho de 1964.
20 Lá no Egito antigo, a sétima praga foi também acompanhada de trovões e fogo ou relâmpagos. Assim, esta praga, nos tempos modernos também consiste em avisos trovejantes de julgamentos divinos sobre o Egito antitípico, a organização visível de Satanás, a serem executados na batalha do Armagedom. Aqueles trovões simbólicos eram, por sua vez, causados por relâmpagos espirituais, lampejos de verdade que emanavam do templo celeste de Jeová. Esta praga avisa de que não há segurança no “Egito” moderno e que todos os que não derem ouvidos a este aviso e que morrerem no Armagedom serão como aqueles egípcios antigos que deixaram de dar ouvidos ao aviso naquele tempo e que morreram por causa da saraiva.
21 Sim, houve também saraiva em relação com esta sétima praga, assim como houve em relação com a sétima taça derramada, conforme registrado em Revelação, capítulo 16, e, depois de soar a sétima trombeta, conforme registrado em Revelação 11:15-19. Com respeito ao antigo Egito, o fogo e a saraiva esmagadora desta sétima praga trazem à lembrança as palavras de Jeremias 23:29 (CBC): “Não se assemelha ao fogo minha palavra [quando executada] . . . qual martelo que fende a rocha” A saraiva é composta de água congelada; e, em conformidade com isso, os livros encadernados, publicados pela Sociedade Torre de Vigia, representam verdades bíblicas duras e esmagadoras. Os compêndios bíblicos, tais como os livros Inimigos e Religião, continuaram a saraiva espiritual, assim como o discurso público: “A Cristandade Falhou a Deus! Depois do Seu Fim, O Quê?”, proferido ao redor do mundo, em 1962. E, atualmente, uma praga de saraiva espiritual está caindo pela. apresentação de mensagens encontradas no compêndio bíblico, de 704 páginas, o livro “Caiu Babilônia, a Grande!” O Reino de Deus Já Domina! (em inglês), e o filme, de duas horas de duração, “Proclamando as ‘Boas Novas Eternas’ ao Redor do Mundo”.
22. Em que ainda consistirá a praga da saraiva?
22 Com respeito à praga de saraiva, as verdades espirituais congeladas, duras, junto com os trovejantes avisos dados aos egípcios antitípicos de hoje em dia, parece que o clímax desta praga ainda está no futuro. Diz o livro “Caiu Babilônia, a Grande!” O Reino de Deus Já Domina!, nas páginas 574, 575: “A mensagem dura e intransigente da vingança de Deus contra a organização visível de Satanás finalmente apedrejará os homens. Pressagiará a destruição deles. A simbólica saraiva não tinha por fim e nem se esperava que convertesse a humanidade nesse último estágio dos assuntos mundiais . . . Ser ‘a praga descomunalmente grande’ prefigura que, por fim, haverá uma proclamação descomunalmente grande da vingança de Deus, feita pelas testemunhas de Jeová.” Baseados nesse comentário, suscitamos a pergunta: Visto que esta mensagem assoladora, semelhante à saraiva, não converterá os homens, por que será proferida? De modo que os iníquos saibam com certeza quem é que lhes causa, a destruição e por quê.
A OITAVA PRAGA — GAFANHOTOS
23, 24. Que fatos interessantes são observados a respeito da oitava praga?
23 Quando o antigo Faraó viu a extensão do dano causado pela saraiva e pelo fogo, professou arrependimento, mas só durou tanto quanto a praga. Logo que cessou a saraiva, mudou de idéia, e, assim, Jeová enviou então Moisés e seu porta-voz, Aarão, a Faraó, levando o aviso da oitava praga, a dos gafanhotos. A respeito dela, lemos, em Êxodo 10:13-15 (CBC): “Chegando a manhã, o vento do oriente tinha trazido os gafanhotos. Espalharam-se eles sobre todo o Egito, e invadiram todo o território egípcio . . . devoraram toda verdura da terra e todos os frutos das árvores que tinha poupado o granizo. Nada de verde ficou nas árvores, nem nas plantas do campo, em toda a extensão do Egito.”
24 Os gafanhotos egípcios chegam a atingir sete centímetros e meio de comprimento. Sob a lei de Deus, dada mediante Moisés, os gafanhotos eram considerados insetos limpos e apropriados para alimentação; em realidade, ainda são comidos no Oriente. Esta praga foi a maior que o antigo Egito já vira de gafanhotos, enxames deles escurecendo os céus. O próprio aviso, conforme dado por Moisés e Aarão, bastava para fazer com que os servos de Faraó se insurgissem contra a diretriz de seu governante. Assim, ele chamou a Moisés e Aarão, depois de se ter negado a vê-los. Mas, quando Moisés e Aarão insistiram que todo o Israel, e não apenas os homens robustos, tivessem permissão de ir ao deserto para adorar a Jeová, Faraó os lançou de sua ]presença, com raiva. Assim, veio esta praga, e não só despojou o país do que restava das pragas anteriores, infligindo catastrófica desolação, mas, ao mesmo tempo, era vitória extraordinária sobre os deuses egípcios, a quem se dava crédito pela fertilidade e pela colheita. Apressadamente, Faraó convocou Moisés e Aarão e professou arrependimento, mas, depois disso, de novo permitiu que seu coração se obstinasse. A pessoa jamais aprende pela experiência, a menos que seu coração seja correto.
25, 26. Que destruição tem causado até agora a moderna praga dos gafanhotos, e por meio de quê?
25 O que foi representado por esta praga? A praga literal atingiu devastadoramente os restantes estoques alimentícios do Egito, produzindo a fome, mas não ferindo o povo de Jeová, na terra de Gósen. Jeová Deus enviou aqueles gafanhotos; e o cumprimento antitípico seria a exposição feita pelas suas testemunhas hodiernas a respeito do alimento religioso do Egito antitípico, provando que tal “Egito” era desprovido de alimento espiritual vitalizador.
26 Esta praga mostra a forma que o Egito antitípico se apresenta perante Jeová Deus no que toca ao alimento espiritual. As verdades bíblicas publicadas pelo seu restante espiritual, prefigurado por Aarão, sob a direção do Moisés Maior, Jesus Cristo, provam que as doutrinas e as práticas religiosas do Egito antitípico são falsas, não tendo vida. O comércio, a política, os cientistas, os filósofos, e todos os fanáticos da religião falsa, inclusive o clero católico, os protestantes, os fundamentalistas e os modernistas, com sua teoria da evolução, não têm podido aliviar a situação. Os egípcios antitípicos foram expostos como estando desprovidos de qualquer alimento espiritual que tenha algum valor. Esta exposição da fome espiritual no “Egito” moderno foi uma praga para os “egípcios”. O assunto da fome espiritual do mundo tem sido tratado em A Sentinela, bem como na revista Despertai!, e nos discursos públicos proferidos pelas testemunhas de Jeová. Mais recentes expressões desta praga simbólica têm sido as publicações tais como Que Tem Feito a Religião Pela Humanidade? e “Caiu Babilônia, a Grande!” O Reino de Deus Já Domina! Todas estas mensagens, que englobam toda a religião falsa e expõem a fome espiritual do “Egito” moderno, mostram que não resta nem sequer uma coisa verde de nutrição espiritual, e que os que estão cônscios de sua necessidade espiritual têm de procurá-la em outra parte.
A NONA PRAGA — TREVAS
27, 28. (a) Qual foi a nona praga, e por que foi a praga mais notável até então contra os deuses do Egito? (b) Como correspondeu Faraó, depois de ela terminar?
27 Recusando-se o Faraó do antigo Egito a aprender da oitava praga, Jeová Deus enviou a nona praga, as trevas. Êxodo 10:21-29 conta-nos que foram trevas tão densas que podiam ser sentidas, como se fossem grossa neblina. Em realidade, as trevas eram tão densas que nenhum egípcio se levantou de seu lugar durante os três dias e noites em que duraram. Os israelitas, contudo, tinham luz em suas moradas, sendo preservados desta nona praga, assim como o foram das anteriores cinco pragas. Esta praga lançou desprezo sobre o deus-sol Amon-Ra e sobre Tote, que era conselheiro de Osíris e era deus da lua, bem como o chamado sistematizador do sol, da lua e das estrelas. Pode-se dizer que foi o golpe mais duro que fora dado até então contra os deuses do Egito. Como assim? No sentido de que os egípcios, mais do que todos, estavam especialmente devotados à adoração do sol e da luz.
28 No fim da praga de trevas desnaturais, Faraó concordou em deixar que todos os israelitas saíssem para adorar a Jeová, no deserto. Mas, quando Moisés e Aarão insistiram que os israelitas levassem consigo seu gado, para oferecer sacrifícios, Faraó bradou: “Fora de minha casa! Guarda-te de me rever: porque o dia em que vires o meu rosto, morrerás!” A isto, Moisés replicou calmamente: “Tu o disseste, . . . não verei mais o teu rosto.” — Êxo. 10:28, 29, CBC.
29. O que marca o cumprimento da nona praga em nossos dias?
29 Quanto ao correspondente moderno desta nona praga: Atualmente a cristandade não reconhece a Jeová Deus como sendo a luz do universo, nem a Jesus Cristo como sendo o Salvador do mundo e sua Luz, assim como não o reconhece o restante do Egito antitípico. Muitos confiam que a evolução salvará o homem; outros, a ciência materialista; muitas religiões pagãs apresentam seus remédios particulares; os judeus afirmam que o judaísmo é a luz do mundo e a única esperança do homem. A nona praga revela a tolice de todas estas supostas luzes, e mostra que aqueles que confiam nelas ou que as apresentam estão, realmente, em profundas trevas, sim, não só em trevas mentais, mas também nas trevas do desfavor de Deus. Marcante expressão desta praga foi primeiramente fornecida no congresso de 1926, em Londres, Inglaterra, das testemunhas de Jeová, em relação com o discurso público “Por Que as Potências Mundiais Vacilam — o Remédio”, proferido em apoio da Resolução adotada pelos congressistas, naquela ocasião. Essa Resolução mostrava que a Liga das Nações era um completo fracasso, que, por motivo da “influência cegante de Satanás, a mente dos governantes e dos governados se desvia do verdadeiro Deus” e que apenas o reino de Deus poderia remover “a ignorância cegante” com que o povo há muito é afligido. (Rev. 16:10, 11) Semelhantemente, a recente Resolução da Assembléia de 1963, conforme foi adotada ao redor de todo o globo, indicava que as trevas do desfavor de Deus pairam sobre o “Egito” moderno. Muita coisa tem sido publicada pelo povo de Jeová, mostrando que os pretensos salvadores dos homens, criaturas, movimentos ou organizações, tais como a Liga das Nações que foi saudada como sendo “a única Luz existente!”, não são luzes nenhumas, nem salvadores. O discurso público e a Resolução do congresso de 1926, em Londres, Inglaterra, foram englobados, em forma impressa, num tratado, e cinqüenta milhões de exemplares dele foram distribuídos. Adicionalmente, a Sociedade Torre de Vigia pagou um anúncio de página inteira, para apresentar esta mesma mensagem, num jornal londrino, o Daily News, jornal disponível a 800.000 leitores. Toda esta divulgação, que mostrava quão densas eram as trevas sobre o Egito antitípico, constitui parte desta nona praga simbólica, e tais mensagens anunciadas pelas testemunhas de Jeová por certo afligem aqueles que consideram como luzes a tais coisas mundanas.
[Nota(s) de rodapé]
a Compare-se com Dead Men Tell Tales, de H. Rimmer, pág. 106.
b A Sentinela, de maio de 1950.
c Ibid., 1.° de agosto de 1957.