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Um rei que esqueceu a gratidãoA Sentinela — 1980 | 15 de junho
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fazer o povo cair em si, exortando-o a se arrepender. Mas, nem o rei, nem os príncipes prestavam atenção a isso. — 2 Crô. 24:17-19.
Zacarias, filho de Jeoiada, foi divinamente inspirado a proclamar: “Assim disse o verdadeiro Deus: ‘Por que infringis os mandamentos de Jeová, de modo que não vos podeis mostrar bem sucedidos? Visto que abandonastes a Jeová, ele, por sua vez, também vos abandonará.’” — 2 Crô. 24:20.
Reagiu Jeoás com apreço diante da palavra de Jeová por intermédio de seu primo? Ao contrário, ele nem mesmo tomou em consideração a bondade que tivera com ele o pai de seu primo, Jeoiada. Jeoás deu a ordem para que Zacarias fosse apedrejado no pátio do templo até morrer. Prestes a morrer, Zacarias clamou: “Que Jeová o veja e o exija de volta.” — 2 Crô. 24:21, 22.
Séculos mais tarde, Jesus Cristo, evidentemente, referiu-se a este incidente, dizendo: “A sabedoria de Deus também disse: ‘Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão a alguns deles, para que o sangue de todos os profetas, derramado desde a fundação do mundo, seja exigido desta geração, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e a casa.’” — Luc. 11:49-51.
A retribuição sobreveio a Jeoás assim como sobreveio mais tarde à geração infiel dos judeus do primeiro século E. C. Jeová Deus retirou a sua bênção e proteção deste desapreciativo rei. Uma pequena força militar síria, sob o comando de Hazael, invadiu Judá com bom êxito, obrigando Jeoás a entregar-lhe os tesouros do santuário. Quando o exército sírio se retirou, o Rei era um homem doente e alquebrado. Por fim, dois de seus servos o assassinaram. — 2 Reis 12:17-21; 2 Crô. 24:23-27.
Quão diferente teria sido a vida para Jeoás, se ele tivesse continuado como servo apreciativo de Jeová e sentido o favor e a proteção de Deus! A vida também pode ser diferente para nós, desde que mantenhamos o apreço pelos justos requisitos de Deus. O espírito de ingratidão só pode trazer ruína, como aconteceu no caso de Jeoás. Portanto, esforcemo-nos a manter vivo apreço pela orientação divina.
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Será que Moisés faltou à palavra?A Sentinela — 1980 | 15 de junho
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Será que Moisés faltou à palavra?
AO FINAL da nona praga — três dias de total escuridão — Faraó ameaçou Moisés: “Guarda-te! Não tentes ver novamente a minha face, porque no dia em que vires a minha face morrerás.” (Êxo. 10:28) Segundo Êxodo 10:29 Moisés respondeu: “É assim que falaste. Não tentarei mais ver a tua face.”
Porém, no capítulo seguinte de Êxodo 11, versículos 4 a 8, lemos que Moisés anunciou a 10.ª praga a Faraó. Faltou Moisés à palavra? Não, este não parece ser o caso. Evidentemente, Êxodo 11:1-3 deve ser entendido como sendo parentético. Portanto, depois de Moisés dizer: “Não tentarei mais ver a tua face”, ele não parou de falar, mas secundou esta declaração com o anúncio da 10.ª praga. Então, o relato diz que Moisés “saiu de diante de Faraó em ira acesa”. — Êxo. 11:8.
Apenas com o conhecimento de que a 10.ª praga era a última é que Moisés poderia ter falado com Faraó que não tentaria mais ver a face dele. De outra maneira, teria sido presunção dele concordar com algo que talvez não estivesse em harmonia com a vontade de Jeová. As palavras de Êxodo 11:1-3 revelam que Moisés estava cônscio de que a 10.ª praga seria a derradeira, e estas palavras também supriram informação quanto a que os israelitas deviam fazer depois de esta praga sobrevir aos egípcios. — Compare Êxodo 11:2, 3 com Êxodo 12:35, 36.
À medida que as coisas se desenrolaram, Faraó foi forçado a mandar chamar Moisés e Arão. Humilhado pela 10.ª praga, Faraó disse-lhes: “Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os demais filhos de Israel, e ide, servi a Jeová, assim como declarastes. Tomai tanto os vossos rebanhos como as vossas manadas, assim como declarastes, e ide. Também, além disso, tereis de abençoar-me.” (Êxo. 12:31, 32) Que diferença! O Faraó que ameaçou Moisés de morte agora implorava uma bênção. Não queria que Moisés e os outros israelitas deixassem o Egito amaldiçoando-o e desejando que posteriores calamidades ainda lhe sobreviessem.
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