A paz de mil anos que se avizinha
“Reinarão com ele por mil anos.” — Rev. 20:6.
1. Paz planetária na lua ou paz aqui na terra — o que preferem as pessoas, e por quê?
QUANDO os três astronautas, no seu veículo espacial de fabricação humana, giraram dez vezes em órbita em volta da lua, na época do Natal do ano 1968, observaram que era muito pacífico na lua que distava apenas uns 112 quilômetros. Quando retornaram a salvo à nossa terra, eles reentraram num mundo em que se travavam guerras e se expressava o grande temor do irrompimento de uma terceira guerra mundial, uma guerra nuclear. Todavia, sentiam-se muito felizes de voltar à nossa terra conturbada. E por que não? Quem é que gostaria de ir para a lua, a fim de gozar de paz planetária? O que o povo comum deseja é a paz mundial aqui mesmo na terra, que é o nosso lugar. Este desejo de seu coração não é inoportuno, pois é aqui mesmo, na terra, que as pessoas usufruirão uma paz de mil anos, e isto dentro em breve. Que diria se vivesse para vê-la começar? Considerar-se-ia muito favorecido.
2, 3. (a) Por que perderam as pessoas a confiança na capacidade dos governantes do mundo, de estabelecer duradoura paz mundial? (b) Que se pode dizer da explosão demográfica, e como afeta ela a paz?
2 A situação mundial, atualmente, sem dúvida, o induzirá a perguntar: “Quem introduzirá e manterá esta paz de mil anos?” Depois de toda aquela exibição que os homens envolvidos nos negócios do mundo fizeram de si mesmos como pacificadores e mantenedores da paz, por certo deve ter perdido a confiança na capacidade humana de realizar tal coisa colossal. Os obstáculos que se interpõem no caminho duma paz mundial duradoura parecem-lhe intransponíveis para os homens. Apercebe-se do aumento explosivo da população humana da terra e talvez tenha lido no jornal um anúncio de página inteira, com a manchete: “A Bomba Demográfica Ameaça a Paz do Mundo”, visto que tal tipo de anúncio está sendo repetidamente publicado pela “Campanha Para Debelar a Explosão da População”. (Times de Nova Iorque, de 9 de fevereiro de 1969) Também, talvez tenha lido, sob o cabeçalho chocante: “Britânico Prevê Inferno na Terra”, a declaração feita em Londres, na Inglaterra, em 23 de novembro de 1968, pelo Lord Ritchie-Calder, presidente da Sociedade de Conservação, na qual ele disse, em parte:
3 “Fico sempre estarrecido quando ouço pessoas falar complacentemente sobre a explosão da população como se fosse coisa do futuro, ou sobre a fome mundial, como se fosse ameaça futura, quando centenas de milhões de pessoas podem atestar que já está presente — juram que é assim, com fôlego ofegante. . . . Preocupo-me em preservar o espírito humano, não do inferno do porvir, mas do inferno sobre a terra.” — Times de Nova Iorque, de 24 de novembro de 1968.
4. O que salientou Huxley como o problema mais premente do mundo, e que pergunta tira agora a paz mental?
4 Isto apenas confirma o que foi dito por Julian Huxley, ex-diretor geral da Organização das Nações Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura, na mesma cidade, quatorze anos antes (em 7 de setembro de 1954), perante a conferência dos Parlamentares por um Governo Mundial, a saber, que “o problema mais premente do mundo era o aumento da população, que ameaça ultrapassar os suprimentos de alimentos”. (Times de Nova Iorque, 8 de setembro de 1954) A pessoa de reflexão, portanto, pergunta: Qual será a situação da população e dos alimentos daqui a quatorze anos? Aquilo que podemos razoavelmente esperar não nos dá paz mental.
5. Por que não muda o quadro geral com a solução de guerras menores, e que desenvolvimento perturbador há no Extremo Oriente?
5 A solução de guerras menores, tais como no Vietname e no Oriente Médio, não pode mudar o quadro geral. Continua ainda a hostilidade dos dois grandes grupos políticos. Tratando dos “Negócios da Nação” norte-americana, o Times de Nova Iorque, de 6 de dezembro de 1968 (Página 96, parágrafos 4, 5), dizia: . . . a guerra fria, embora grandemente mudada, está longe de seu fim. Seus perigos não diminuem. Antes, estão aumentando.” Expressava o temor de que a contínua desintegração do bloco soviético de nações possa servir de tentação para os russos tomarem medidas novas e desesperadas. Isto nos faz lembrar que a própria vizinha da União Soviética, a China comunista, constitui um grande problema para ela, e, sim, para grande parte do resto do mundo. Acrescente à enormidade de sua grande população o fato inquietante de que a China comunista é agora uma potência nuclear, com a capacidade de lançar mísseis de longo alcance. Continuando a ser bem sucedidos no campo dos mísseis e começando a armazenar as suas armas no ano de 1972, e prosseguindo com isso, os comunistas chineses “devem estar em condições de desenvolver 15 ou 20 Mísseis Balísticos Intercontinentais por volta de 1975”. — Times de Nova Iorque, de 3 de fevereiro de 1969.
6, 7. Quem se ofereceu, em 20 de janeiro de 1969, para solucionar os problemas da paz mundial, e com que palavras?
6 São deveras enormes os problemas que precisam ser solucionados para haver paz mundial por meios humanos, e, ainda assim, há homens que se oferecem para atacar tais problemas. Um deles parece ser o trigésimo sétimo presidente dos Estados Unidos da América. No discurso que proferiu logo após a sua posse, em 20 de janeiro de 1969, ele disse:
7 “Prestei hoje juramento na presença de Deus e dos meus patrícios, de sustentar e defender a Constituição dos Estados Unidos. A este juramento acrescento agora o seguinte compromisso sagrado: Consagrarei meu cargo, minhas energias e toda a sabedoria que posso comandar à causa da paz. . . . A maior honra que a história pode conceder é o título de pacificador. Esta honra acena agora à América — a oportunidade de ajudar a conduzir o mundo, por fim, para fora do vale de turbulência e para aquele terreno elevado da paz, com que o homem tem sonhado desde a aurora da civilização. Se formos bem sucedidos, as gerações vindouras dirão a respeito de nós, os que vivemos agora, que obtivemos o domínio sobre o nosso momento, que ajudamos a fazer o mundo seguro para a humanidade. . . . Nosso destino não nos oferece a taça do desespero, mas o cálice da oportunidade. Portanto, aproveitemo-la, não em temor, mas com prazer — e, ‘cavaleiros na terra, juntos’, avancemos, firmes na nossa fé, constantes no nosso propósito, cautelosos com os perigos, mas sustentados pela nossa confiança na vontade de Deus e na promessa do homem.” — Times de Nova Iorque, 21 de janeiro de 1969.
8. Em que beatitude de Cristo talvez pensasse o presidente que acabava de prestar juramento, mas em que profecia bíblica pensou ele definitivamente?
8 É possível que o presidente pensasse nas famosas palavras do Homem de que professa ser seguidor, conforme registradas pelo biógrafo de Jesus, Mateus Levi: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” (Mat. 5:9, Al) Mas, o presidente pensava pelo menos numa profecia antiga do oitavo século antes de nossa Era Comum. Como podemos ter a certeza disso? Porque, ao prestar juramento com a mão direita erguida, deixou a mão esquerda pousar em duas Bíblias de família, seguradas uma por cima da outra por sua esposa e abertas na profecia de Isaías, capítulo dois, versículo quatro que reza, segundo a versão Rei Jaime, em inglês: “E ele julgará entre as nações, e repreenderá muito povo: e forjarão das suas espadas relhas de arados, e das suas lanças, podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. (Times de Nova Iorque, 20 de janeiro de 1969, primeira página, última coluna.) Ter ele a mão esquerda sobre aquele versículo da Bíblia não foi acidental, mas de propósito. Naquele versículo da Bíblia estava expressa a “vontade de Deus” de há mais de dois milênios, e, nessa ocasião, o presidente lhe acrescentava a “promessa do homem”.
DEPENDENTE DE REGENTES POLÍTICOS?
9. Depende de alguma condição a realização desta profecia bíblica, e o que se pode dizer, então, de um mundo sem guerra?
9 Certamente, se as palavras proféticas de Isaías, capítulo dois, versículo quatro, expressam a vontade do Deus Todo-poderoso, não deixarão de se tornar realidade, e virá o dia em que haverá paz universal. Mas, exige a realização derradeira destas palavras proféticas alguma condição? Depende a sua realização da “promessa do homem”? Depende a sua realização da “promessa” dos regentes políticos das nações e dos povos? Neste caso, haveria então alguma vez um mundo sem guerra na terra?
10, 11. (a) Para introduzir a condição final do mundo, conforme é da vontade de Deus como pensam os homens do mundo em produzi-la? (b) Que comparação faz Deus entre o seu caminho e o caminho deles?
10 Homens de destaque e influência do mundo talvez possam compreender a condição final do mundo segundo a vontade de Deus. Movidos por emoções religiosas, talvez prometam com toda a sinceridade usar seu cargo político, suas energias e toda a sabedoria de que são capazes para trabalhar em prol da realização da condição mundial segundo a vontade de Deus. Mas, o que se dá quando tais homens, ao fazerem as suas promessas, pensam em executá-las do seu próprio modo, segundo a sabedoria deste mundo, e não do modo de Deus, segundo a Sua sabedoria, conforme especificado na Sua Palavra escrita, a Bíblia Sagrada? Temos razões para crer que Deus fará prosperar os seus esforços de cumprir tal “promessa” do modo que eles mesmos decidem? Ou, será que tais homens de “promessa” estão realmente trabalhando contra a “vontade de Deus”? Foi o modo do homem, até agora, de introduzir duradoura paz universal, o modo de Deus? A aparente falta da bênção de Deus sobre o modo em que o homem procura fazer isso responde com um Não! Mas o próprio Deus, através do mesmo profeta Isaías, responde a esta pergunta vital, dizendo:
11 “Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. Porque . . . assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.” — Isa. 55:8-11, Al.
12, 13. (a) Após a Primeira Guerra Mundial, qual era o modo do homem para impedir outra guerra mundial? (b) De que modo endossou o Conselho Federal das Igrejas de Cristo na América este modo como sendo da vontade de Deus?
12 A palavra falada e escrita de Deus nunca falhará. Mas, que dizer da palavra de “promessa” feita por homens com poder político? No fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, tais homens estavam decididos a impedir a ocorrência de outro conflito mundial. De que modo decidiram impedi-lo os políticos que tinham que ver com o tratado de paz? Por incorporarem no tratado de paz o chamado Pacto da Liga das Nações. Quando o tratado de paz entrou em vigor, o mesmo se deu com a Liga das Nações. Por meio desta Liga das Nações, os homens que a apoiavam prometiam muita coisa. Parecia que a Liga das Nações era segundo a vontade de Deus, porque os clérigos religiosos da cristandade apoiavam a Liga. O Conselho Federal das Igrejas de Cristo na América dizia, como se fosse porta-voz de Deus:
13 “Tal Liga não é apenas uma conveniência política; é antes a expressão política do Reino de Deus na terra. . . . A Igreja pode contribuir o espírito de boa vontade, sem o qual nenhuma Liga das Nações pode perdurar. . . . A Liga das Nações está arraigada no Evangelho. Igual ao Evangelho, seu objetivo é ‘paz na terra, boa vontade para com os homens’.” — Federal Council Bulletin, Vol. II, N.° 1, de janeiro de 1919, páginas 12-14.
14. (a) O que provou que as igrejas estavam erradas com respeito à Liga das Nações? (b) Que atitude adotam os religiosos agora para com as Nações Unidas, e constitui isso qualquer garantia de que perdurem?
14 É evidente que tais igrejas da cristandade estavam erradas neste respeito, pois aquela Liga das Nações não durou. A própria coisa que devia impedir, segundo foi projetada pela sabedoria do homem, a pôs fora de ação, a saber, a Segunda Guerra Mundial. A Liga entregou os seus efetivos às Nações Unidas, a organização de paz mundial que veio à existência em 24 de outubro de 1945. Novamente, esta organização para a paz e segurança mundiais parecia ser segundo a “vontade de Deus”, visto que foi apoiada piamente pelo clero da cristandade. Até mesmo os papas da Cidade do Vaticano se expressaram em apoio dela, sendo que o Papa Paulo VI se dirigiu pessoalmente a ela, em certa ocasião, na sua sede em Nova Iorque. Atualmente, cento e vinte e seis nações são membros dela, inclusive a nação que recentemente empossou seu trigésimo sétimo presidente. O novo presidente indicou de que modo cumprirá a “promessa do homem”, e este é por cooperar com as Nações Unidas e em conjunto com outras alianças internacionais menores. Mas a bênção do clero da cristandade não oferece maior garantia de que estas Nações Unidas perdurem, do que ofereceu com respeito a Liga das Nações.
15. Há alguma base para que a História conceda o título de pacificador à Liga das Nações e às Nações Unidas, e cumpre-se nas Nações Unidas a profecia bíblica esculpida numa praça?
15 A História não pode conceder à Liga das Nações a honra de levar o título de Pacificador. Não há base para a História conceder às Nações Unidas o título de Pacificador. Ao passo que as Nações Unidas expressam grandes palavras de paz e travam negociações para restabelecer ou manter a paz nas diversas regiões da terra, suas nações membros se preparam para a guerra. Os membros mais fortes do seu Conselho de Segurança são as nações mais poderosamente armadas em toda a história humana. A paz mundial, hoje em dia, tal como é, é uma paz de terror, uma paz mantida apenas por causa do medo aterrorizante duma guerra nuclear, bacteriológica e radiológica, que significaria a ruína da civilização moderna. Onde é que está, então, o cumprimento das palavras esculpidas em lugar de destaque num muro na Rua 42, defronte da praça das Nações Unidas, no centro da cidade de Nova Iorque? Que palavras? As seguintes: “Forjarão das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.”
NÃO DEPENDE DA “PROMESSA DO HOMEM”
16. Que requisito preliminar predito em Isaías 2:4 não está sendo cumprido pelas nações que presumem ser pacificadores?
16 Não importa o que a história humana, conforme escrita por homens não inspirados, faça quanto a honrar homens e nações com títulos, o próprio Deus não tem o propósito de conferir a “maior honra” do título de Pacificador a qualquer político desta última metade do século vinte. Esta honra, da Sua parte, não acena agora a qualquer membro das Nações Unidas ou a qualquer nação fora delas. Nem uma única destas nações e dos povos do mundo aceita da boca de Deus aquilo que a profecia de Isaías 2:4 diz que precederia a se forjarem das espadas relhas de arados e das lanças podadeiras, e as nações não aprenderem mais a guerra. Essas palavras iniciais deste versículo profético rezam: “E ele julgará entre as nações, e repreenderá muito povo.”
17, 18. (a) Que profecia correspondente repete este requisito? (b) Como agem as nações para com este requisito, e que título não lhes dará a história divina?
17 Uma profecia daquele mesmo tempo antigo, que corresponde à de Isaías 2:4, a profecia de Miquéias 4:3, reza: “Ele julgará entre muitos povos, e corrigirá nações poderosas e longínquas; estes converterão as suas espadas em relhas de arados, e suas lanças em podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.” — ALA.
18 As nações não se deixam ser julgadas pelo Senhor Deus. Apresentam seus problemas à Assembléia Geral ou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, ou à sua Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda. Não se orientam pelos julgamentos assentados na Palavra escrita de Deus, a Bíblia Sagrada. As nações, mesmo as “nações poderosas”, que se acham ‘longe’ do lugar onde viviam os profetas Isaías e Miquéias, não aceitam nenhuma repreensão do Senhor Deus, conforme especificada na Sua Palavra escrita ou citada desta Palavra escrita pelos Seus porta-vozes. Se aceitassem e acatassem o Seu julgamento e a Sua repreensão, forjariam das suas espadas relhas de arados e das suas lanças, podadeiras, e não levantariam a espada em guerra umas contra as outras, nem aprenderiam mais a guerra. Mas, todos sabem que não o fazem. Por isso, não importa qual a “promessa do homem”, não se pode esperar nenhuma duradoura paz mundial da parte das nações, quer dentro dum organismo unido, quer isoladamente. Nenhum regente político e nenhuma nação se apresentará para ser aquele a quem a história divina dará a grande honra do título de Pacificador.
19. Depende Isaías 2:4 da “promessa do homem”, e que fato pode servir de consolo aos que anseiam pela paz?
19 Não se pode esperar que resulte um mundo desarmado, que aprende a paz, da “promessa do homem” que segue o modo e a sabedoria do homem, não o modo e a sabedoria de Deus, que são altos como os céus acima dos do homem. O Deus Todo-poderoso, o Criador do céu e da terra, não depende da “promessa do homem”. Sua predição do futuro não depende dela. Suas palavras em Isaías 2:4 são profecia incondicional. Embora as pessoas e as nações fortes da atualidade planejem e ajam contrárias a ela, esta profecia gloriosa se cumprirá. Deus cuidará disso, pois, qual é o homem, qual o povo, qual a nação poderosa, que conseguiria ser bem sucedido contra Ele? Que este fato seguro sirva de consolo para todos os que anseiam a paz universal, eterna, conforme predita na Palavra de Deus.
20, 21. (a) Por que não mudou Deus com respeito ao seu propósito declarado? (b) Com que palavras de Isaías 9:6, 7 predisse Jeová o seu Pacificador?
20 Deus não muda com respeito ao seu propósito declarado. Este já tem agora por quase dois milênios aquele a quem ungiu ou consagrou para servir como Pacificador para toda a humanidade. Deus predisse, por meio do profeta Isaías, o desarmamento dos habitantes da terra e de não aprenderem mais a guerra. Deus predisse este Pacificador por intermédio do mesmo profeta. Já consideramos Isaías, capítulo dois, versículo quatro. Agora veja o capítulo nove, versículos seis e sete, e leia a respeito do nascimento e da obra deste Pacificador:
21 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado [governo, ALA] está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz. Do incremento deste principado [seu governo, ALA] e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.” — Al.
22. Como indica esta profecia aquele para quem temos de olhar com respeito a um reinado pacífico de mil anos?
22 Ouça novamente estas palavras proféticas: “Do incremento deste principado e da paz não haverá fim.” Estas palavras contêm a promessa inquebrantável de Deus de haver um governo infindável de paz infindável. É o governo dum menino nascido na família do Rei Davi, filho que havia de ser chamado de “Príncipe da paz”. Sua vida terá de ser tão longa como seu governo pacífico — infindável, imortal. Isto é também corroborado pelo fato de que havia de ser chamado também de “Pai da eternidade”. Resultaria em ele ser o Herdeiro Permanente do Rei Davi, visto que a profecia divina diz que este governo pacífico, infindável estaria “sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora para sempre”. Temos de olhar para o reinado deste Herdeiro Permanente do Rei Davi como o Príncipe da Paz em busca da paz de mil anos que se avizinha. A ele é que o Senhor Deus honra com o título de Pacificador, não a algum político ou a alguma nação deste século vinte.
23. Por que não devemos perder a fé no cumprimento da profecia de Isaías, embora tenha sido dada há tanto tempo?
23 É verdade que já se passaram mais de dois milênios e meio desde que se proferiu aquela profecia e ela foi assentada por escrito pelo profeta de Deus, Isaías, e vivemos num tempo em que as nações procuram evitar a guerra mundial que seria a maior e pior de toda a história humana. Mas, não devemos perder a fé na realização da profecia de Isaías, a respeito do Pacificador e da paz eterna na terra. O zelo do Senhor dos exércitos está atrás desta profecia, que ele mesmo inspirou pelo seu espírito santo. A profecia termina dizendo: “O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso.” Seu zelo não se apagou para com a profecia, pois o seu próprio nome e a sua própria reputação estão em jogo com relação a ela. Ele nunca mentiu em coisa alguma; tampouco se mostrará mentiroso com respeito a esta profecia. Ele é o “Deus, que não pode mentir”. — Tito 1:2; Heb. 6:18, Al.
ALGUÉM MAIOR DO QUE O REI SALOMÃO
24. O que mostra a história quanto a se qualquer dos reis de Jerusalém, desde o tempo de Isaías em diante, mostrou ser o prometido Príncipe da Paz?
24 o porta-voz de Deus, o profeta Isaías, continuou a profetizar no reinado do Rei Ezequias, de Jerusalém, mas Ezequias não se mostrou ser o prometido “menino” ou “filho” que seria honrado com o título de Pacificador, o Príncipe da Paz. Tampouco os sete reis que sucederam a Ezequias no “trono de Davi” em Jerusalém, até o último rei, Zedequias, mostraram ser o prometido Príncipe da Paz. De fato, no décimo primeiro ano do reinado do Rei Zedequias, a cidade santa de Jerusalém e seu templo, construído pelo rei anterior Salomão, foram destruídos pelos exércitos da Babilônia pagã, e o povo vencido foi deportado como exilados para a longínqua Babilônia. Somente setenta anos depois é que a cidade de Jerusalém e um templo para a adoração de Deus começaram a ser construídos por exilados libertos.
25. Quando e onde começou a cumprir-se a profecia de Isaías com o nascimento do “menino”, do “filho”, do Herdeiro Permanente de Davi?
25 Pois bem, frustrou-se e apagou-se o “zelo do Senhor dos Exércitos”? De modo algum! Apesar deste aparente fracasso da profecia de Isaías, o zelo de Deus estava tão aceso como sempre para com a realização da profecia. O “trono de Davi” nunca mais foi estabelecido em Jerusalém, mas isso não importava. A linhagem da família real do Rei Davi não se extinguiu, mas continuou. Daí, quinhentos e trinta e cinco anos depois de se ter iniciado a reconstrução de Jerusalém, a profecia de Isaías começou a cumprir-se com o nascimento do prometido “menino”, o “filho” que havia de ser o Herdeiro Permanente do Rei Davi. Isto se deu no segundo ano antes do começo de nossa Era Comum; em outras palavras, no ano 2 A. E. C. Ocorreu na cidade natal do Rei Davi, a saber, em Belém Judá, em cumprimento da profecia de Miquéias (5:2).
26, 27. Segundo Lucas, a quem fez Deus testemunhas na noite em que o menino nasceu?
26 Para provar que a sua antiga profecia se cumprira, o zeloso Senhor dos Exércitos certamente faria que houvesse testemunhas do nascimento do prometido Príncipe da Paz. Em primeiro lugar, fez que anjos testemunhassem o nascimento do menino. Depois fez que pastores de Belém testemunhassem o evento. Em princípios do outono do ano 2 A. E. C., o anjo do Senhor Deus apareceu à noite àqueles pastores que vigiavam suas ovelhas no campo perto de Belém. Um investigador dos fatos deste nascimento, o doutor de medicina chamado Lucas, embora ele mesmo não tivesse auxiliado no parto, relata: “Apareceu-lhes um anjo do Senhor, e a glória do Senhor os envolveu de luz; e ficaram cheios de terror. ‘Não tenhais medo’, disse o anjo, ‘eis que vos anuncio uma boa-nova, uma grande alegria para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor. Eis o que vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em faixas, deitado numa manjedoura.’ E juntou-se subitamente ao anjo uma multidão da milícia celeste, que louvava a Deus, dizendo: Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz sobre a terra aos homens a quem ele quer bem!” — Luc. 2:8-14, LEB, margem.
27 O Doutor Lucas nos conta que os pastores foram e encontraram o recém-nascido, tornando-se assim testemunhas oculares do nascimento do “Messias Senhor”, junto com os anjos celestes. O Doutor Lucas termina, dizendo: “E regressaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham ouvido e visto, de acordo com o que lhes fora anunciado.” — Luc. 2:15-20, LEB.
28. Quarenta dias depois, quem se tornou testemunha do nascimento do menino?
28 Quarenta dias depois, Simeão, homem temente a Deus, e depois a profetisa Ana viram e identificaram o menino, quando ele foi levado ao templo de Jerusalém. Deste modo se tornaram também testemunhas do cumprimento da profecia de Isaías a respeito do Príncipe da Paz. — Luc. 2:22-38.
29. Que nome e títulos se deram a este, e o que significa o seu nome?
29 O anjo falou do menino como sendo “Messias Senhor”. Os judeus de língua grega, naqueles dias, teriam dito “Cristo Senhor”, pois, “Messias” e “Cristo” significam a mesma coisa: “Ungido”. Quer dizer, o ungido de Deus. Segundo as instruções de Deus, sua virgem mãe lhe devia dar o nome pessoal de Jesua; mas os judeus de língua grega, tais como o Doutor Lucas, chamavam-no de Jesus. Portanto, com o seu título, chamava-se Jesua Messias ou Jesus Cristo. (Luc. 1:26-33; Mat. 1:1, 20-25) Visto que era descendente do Rei Davi, foi também chamado de “filho de Davi”. Por que recebeu o nome pessoal de Jesus? O Dicionário da Bíblia do Dr. William Smith (em inglês; página 1346), edição de 1894, diz que o nome Jesua ou Jesus significa “Ajuda de Jeová” ou “Salvador”. Isto corresponde ao que o anjo de Deus dissera ao pai adotivo dele, o carpinteiro José, em Nazaré: “Terás de dar-lhe o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.” — Mat. 1:18-25.
30. (a) Por que não foi o Rei Salomão quem introduziu o reinado de mil anos de paz? (b) De quem era então tipo, enquanto fiel?
30 Entre os seus antepassados régios encontrava-se o homem mais sábio dos tempos antigos, o Rei Salomão, filho de Davi. Seu nome significa “Pacífico” ou “Paz”. Bem apropriadamente, ele reinou em Jerusalém, nome que significa “Possessão de Dupla Paz”. Apesar desta combinação de nomes, o reinado de Salomão não introduziu um milênio de paz. Introduziu, no máximo, uma paz de quarenta anos. Apesar de seu início sábio como rei de Jerusalém, tornou-se mau na sua velhice. Tornou-se opressivo para o povo de Israel. Cedeu à pressão de suas muitas esposas estrangeiras e juntou-se a elas na adoração de deuses diferentes de Jeová Deus. Perdeu assim a paz que tinha com o único Deus vivente e verdadeiro, que expressou sua indignação por arrancar dez das doze tribos de Israel do reino dos sucessores de Salomão. (1 Reis 11:7-12:24; Nee. 13:26, 27) Mas, durante mais da metade do seu reinado de quarenta anos em que Salomão foi fiel a Jeová como Deus e escreveu três livros da Bíblia Sagrada, Salomão foi usado como figura profética do verdadeiro Messias ou Cristo.
31. (a) Por que podia Jesus falar de si mesmo como “algo maior do que Salomão”? (b) Por que não obteve o trono de Davi na terra?
31 Dessemelhante de Salomão, Jesus Cristo, como homem perfeito na terra, nunca se mostrou infiel a Deus. Levava dignamente o nome Jesua ou Jesus, que significa “Ajuda de Jeová” ou “Salvação de Jeová”. Salomão, seu antepassado, havia sido ungido com óleo sagrado para ser rei sobre todo o Israel, mas Jesus foi ungido com espírito santo, desde o céu, por ocasião de seu batismo em água, no Rio Jordão, João Batista ouvindo a voz de Deus dizer: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” (Mat. 3:13-17, Al) Jesus tornou-se assim o Ungido ou Cristo de Deus em sentido superior a Salomão. Jesus, sem egotismo ou exagero, podia falar de si mesmo como sendo “algo maior do que Salomão”. (Mat. 12:42) Por causa de sua fidelidade, ele conservou seu direito ao “trono de Davi” ou à regência régia sobre todo o Israel, simbolizada por tal trono. Mas, Deus nunca deu ao ungido Jesus aquele “trono de Davi” na terra. (Luc. 1:32, 33) Deus provou primeiro a fidelidade de Jesus até o limite, deixando-o morrer como sacrifício humano perfeito numa estaca de execução, para que Jesus, assim, ‘salvasse o seu povo dos pecados deles’. — Mat. 1:21.
32. (a) O que indica se Jesus guardou, ou não, a paz com Deus até mesmo na noite em que foi traído? (b) Por que não aceitou Jesus o reinado nem do Diabo nem do homem?
32 O ungido Jesus conservou a sua paz com Jeová Deus até o fim de sua vida terrena. Pouco antes de ser traído e entregue aos executores, ele disse aos onze fiéis de seus doze apóstolos: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não a dou a vós do modo como o mundo a dá.” (João 14:27) Horas depois, quando comparecia perante o juiz, o governador romano Pôncio Pilatos, o pacífico Jesus lhe disse: “Meu reino não faz parte deste mundo. . . . o meu reino não é desta fonte.” Não foi a pedido de Jesus que Pôncio Pilatos afixou por cima da cabeça de Jesus, na estaca de execução, o aviso que rezava: “Jesus, o Nazareno, o Rei dos Judeus.” (João 18:36; 19:16-22) Jesus negou-se a aceitar o reinado das mãos do Diabo ou do homem. Morreu na estaca de execução, aguardando que seu Deus Jeová lhe desse “o trono de Davi, seu pai”, do qual era Herdeiro Permanente. (Mat. 4:8-11; Luc. 1:32, 33; João 6:14, 15) Morreu fiel e leal ao que havia pregado, a saber: “O reino de Deus se tem aproximado.” — Mar. 1:14, 15; Mat. 4:12-17.
33. Dessemelhante de Salomão, por que vive Jesus Cristo agora, e como pode ele introduzir a paz de mil anos?
33 Hoje em dia, depois de quase três milênios, o infiel Salomão ainda dorme com os seus antepassados na morte. (1 Reis 11:41-43) Atualmente, depois de mais de mil e novecentos anos após a sua morte sacrificial na estaca de execução, fora dos muros de Jerusalém, Jesus Cristo vive! No terceiro dia da sua morte, o Deus Todo-poderoso, Jeová, o ressuscitou dentre os mortos para a vida como seu Filho espiritual no céu, revestindo-o de imortalidade e incorrução. Ao passo que Jesus Cristo se manifestava aos seus discípulos, após a sua ressurreição dentre os mortos, durante os quarenta dias antes de sua ascensão para o céu, veio a haver mais de quinhentas testemunhas oculares da existência do ressuscitado Jesus Cristo. (Atos 1:1-5; 2:22-36; 1 Cor. 15:3-9) Ele vive agora para todo o sempre e pode deveras tornar-se “Pai da eternidade” para o mundo morredouro da humanidade. Tampouco precisa haver fim do seu governo pacífico sobre a humanidade e “não haverá fim” dele. (Isa. 9:6, 7, Al) Ele é o Regente celestial que é capaz de introduzir na humanidade dilacerada pela guerra a paz de mil anos. As Nações Unidas é que não podem fazer isso!
A PAZ MILENAR QUE SE AVIZINHA
34. (a) Por que parece a época atual ser a mais apropriada para ele começar o seu governo pacífico? (b) Quem, em especial, precisa primeiro ser removido, e por quê?
34 Quando, porém, começa o Príncipe da Paz o seu governo de paz infindável? Hoje em dia, os de disposição justa clamam por tal governo. Não assinala a própria situação mundial a época atual como aquela em que seria bem apropriado que Jeová Deus introduzisse tal governo, segundo a sua promessa inquebrantável em Isaías 9:6, 7? Evidentemente que sim. Mas, primeiro é preciso eliminar os obstrutores da paz. O maior obstrutor é alguém sobre quem nem as Nações Unidas, nem nação ou povo algum tem controle, pois é sobre-humano. É aquele que ofereceu a Jesus todos os reinos deste mundo, se ele se desviasse da adoração de Jeová, como Deus, e adorasse em vez disso o grande Tentador. Este maior obstrutor da paz se chama Satanás, o Diabo. Ele é príncipe de legiões de diabos ou demônios. (Mat. 4:8-11; 12:24-28, Al) Jesus Cristo chamou-o de “governante deste mundo”, ao passo que o apóstolo cristão Paulo o chamou de “deus deste sistema de coisas”. O apóstolo João diz: “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” — João 12:31; 14:30; 2 Cor. 4:4; 1 João 5:19.
35. (a) Segundo que título profético pode Cristo tirar Satanás do poder? (b) Quem se mostra na terra ser obstrutor da paz, e quando e como precisa Cristo eliminá-los?
35 Requererá mais do que todos os homens juntos para tirar do poder sobre a humanidade este maior dos obstrutores da paz. Será feito pelo celestial Jesus Cristo, pois, segundo os diversos nomes pelos quais havia de ser chamado, ele é “Deus forte”. Fará isso depois de primeiro eliminar os obstrutores visíveis da paz aqui na terra. (Rev. 19:11 a 20:3) Exige que primeiro seja Rei Guerreiro, regendo no meio de seus inimigos terrestres e finalmente subjugando-os completamente, conforme predito pelo Rei Davi no Salmo 110:1-6. Tem de fazer isso porque, desde o fim dos “tempos dos gentios” no ano de 1914, as nações e os impérios deste mundo se negaram a entregar-lhe pacificamente seus reinados terrestres, sendo que até mesmo a cristandade se recusa a fazer isso. (Luc. 21:24; Sal. 2:1-6) Até o ano em curso, após mais de meio século, as nações se negaram a fazer isso. O que significará isso em breve para toda a humanidade? O seguinte: o irrompimento da “guerra do grande dia de Deus o Todo-poderoso”, na situação mundial chamada de Har-Magedon ou Armagedom. (Rev. 16:14, 16) Esta guerra removerá todos os obstrutores humanos da paz.
36. Depois da eliminação destes obstrutores da paz, que período se inicia, e como nos lembrou disso o presidente norte-americano no seu discurso de posse?
36 Depois de se eliminarem assim todos os obstrutores humanos e demoníacos da paz mundial, virá a haver o reinado do Príncipe da Paz sobre toda a terra. O tempo fixado por Deus para isso se avizinha, e junto com ele a paz de mil anos. Mil anos são um milênio. Isto nos faz lembrar de algo que foi dito no já mencionado discurso de posse do presidente norte-americano, em 20 de janeiro de 1969. Ele fez observações sobre aproximação de coisas de interesse para os norte-americanos e para toda a cristandade. No oitavo parágrafo de seu discurso, o recém-empossado presidente disse: “Daqui a oito anos a América celebrará seu 200.° aniversário como nação. E, durante a vida da maioria das pessoas agora vivas, a humanidade celebrará aquele grandioso ano novo que só ocorre uma vez em mil anos — o começo do terceiro milênio.” O presidente se referia a A. D. 2001.a
37. Em que milênio se interessam mais os estudantes da Bíblia que temem a Deus, e a partir de quando se conta este milênio?
37 As próximas observações do presidente mostraram que esperava que a América existisse no primeiro ano daquele terceiro milênio. Mas, para os estudantes, tementes a Deus, da Bíblia Sagrada que contém tanto as antigas Escrituras Hebraicas como as Escrituras Gregas Cristãs, existe um milênio mais importante que exige atenção. Trata-se do sétimo milênio! Não, não se trata do sétimo milênio contado a partir de A. D. 1, ou 1 E. C., mas o sétimo milênio da existência do homem aqui na terra, o sétimo milênio contado a partir da criação do homem e da mulher perfeitos, por Deus, no jardim do Éden. Este costuma ser contado segundo a regra do calendário do Anno Mundi ou “Ano do Mundo”, referindo-se neste caso ao mundo da humanidade.
38. (a) Segundo o calendário ortodoxo judeu, qual era o tempo da posse do presidente norte-americano? (b) Segundo a cronologia de Ussher, quando terminam os seis milênios da existência do homem?
38 Tem este fato alguma coisa que ver com a aproximação da paz de mil anos ou de um milênio? É bem evidente que sim! Segundo o calendário dos judeus ortodoxos, o novo presidente estadunidense proferiu seu discurso de posse no início do quinto mês lunar do ano 5729 A. M., data que se baseia só nas antigas Escrituras Hebraicas. Mas, segundo os cronologistas ou verificadores do tempo que tomam em consideração também as inspiradas Escrituras Gregas Cristãs, o calendário judaico está mais de duzentos anos atrasado no tempo. Em certas edições da Bíblia Sagrada, tanto católicas como protestantes, têm sido publicadas datas segundo a cronologia do famoso prelado anglicano, irlandês, o Arcebispo James Ussher (1581-1656 E. C.). A data de Ussher para a criação do homem é 4004 A. E. C. Segundo este cálculo, seis mil anos ou seis milênios da existência do homem terminariam no outono do vindouro ano de 1996 E. C., iniciando-se depois o sétimo milênio da existência do homem.
39. Segundo uma pesquisa mais recente da cronologia bíblica, quando terminariam os seis milênios?
39 Mais recentemente, pesquisadores sérios da Bíblia Sagrada verificaram novamente a sua cronologia. Segundo os seus cálculos, os seis milênios da vida da humanidade na terra terminariam nos meados da década de mil novecentos e setenta. Portanto, o sétimo milênio a partir da criação do homem por Jeová Deus começaria em menos de dez anos.b
40. Em comemoração do seu repouso no sétimo dia criativo, que lei a respeito dum sábado deu Deus ao seu povo escolhido?
40 À parte da mudança global, que as atuais condições do mundo indicam aproximar-se rapidamente, a chegada do sétimo milênio da existência do homem, na terra, sugere uma mudança agradável para a humanidade afligida pela guerra. Segundo os primeiros dois capítulos da Bíblia Sagrada, o homem e a mulher foram criados perto do fim do sexto dia criativo. Vivemos agora no sétimo dia criativo, e neste sétimo dia Jeová Deus tem repousado de sua criação terrena. Paralelo com este repouso de Deus no seu sétimo dia criativo, ele deu ao seu profeta Moisés os Dez Mandamentos, sendo que no quarto mandamento Deus ordenou que seu povo escolhido repousasse no sétimo dia da semana. (Êxo. 20:8-11) Este dia era por isso o sábado semanal, o dia em que cessava toda a labuta humana.
41. (a) Num certo dia de sábado, para que sábado maior apontou Jesus? (b) Segundo o modo de Deus medir o tempo, com que corresponde a regência de mil anos de Cristo?
41 O Senhor Jesus Cristo, o prospectado Príncipe da Paz, apontou para um Sábado maior. Apontando para este, ele disse em certo sábado semanal, quando foi criticado: “Senhor do sábado é o que é o Filho do homem.” (Mat. 12:1-8) Referia-se ao seu reinado pacífico de mil anos. Jeová Deus mede os assuntos humanos segundo uma regra de mil anos de duração. Inspirou o profeta Moisés a escrever, no Salmo 90:4: “Mil anos aos teus olhos são apenas como o ontem que passou.” Inspirou também o apóstolo cristão Pedro a escrever: ‘Um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.” (2 Ped. 3:8, Al) Numa visão profética, o apóstolo João viu Satanás, o Diabo, e seus demônios amarrados e num abismo por mil anos, durante os quais Jesus Cristo reinava com os seus discípulos vitoriosos sobre toda a humanidade. (Rev. 5:9, 10; 20:1-7) Portanto, segundo o ponto de vista de Deus sobre o tempo, esses mil anos de seu Filho Jesus Cristo corresponderiam a apenas “um dia”.
42. (a) Para Jesus ser o ‘Senhor do sábado’, em que período teria de se dar o seu reinado milenar? (b) Por que seria o fim dos seis mil anos da escravização do homem por Satanás um tempo apropriado para um descanso sabático?
42 A fim de que o Senhor Jesus Cristo seja ‘Senhor até do sábado’, seu reinado de mil anos terá de ser o sétimo de uma série de períodos de mil anos ou milênios. (Mat. 12:8, Al) Seria assim um reinado sabático. Desde cedo na existência da humanidade, Satanás, o Diabo, tem estado solto, fazendo a família humana labutar arduamente em escravidão e causando que a terra se enchesse de violência antes do dilúvio global dos dias de Noé, e fazendo que a mesma terra antiga se enchesse de violência ainda maior hoje em dia. Dentro em breve terminarão assim seis milênios de sua exploração iníqua da humanidade, como seus escravos, ainda durante o período de vida da geração que presenciou os eventos mundiais desde o fim dos Tempos dos Gentios, em 1914, e até agora, segundo as palavras proféticas de Jesus, em Mateus 24:34. Não seria, então, o término dos seis milênios da escravização laboriosa da humanidade, sob Satanás, o Diabo, o tempo apropriado para Jeová Deus introduzir um milênio sabático para todas as suas criaturas humanas? Deveras, seria! E seu Rei Jesus Cristo será o Senhor daquele sábado.
43. (a) Que espécie de dia foi o antigo sábado semanal quanto à atividade? (b) Ficarão ociosos Cristo e seus súditos na terra durante o seu reinado sabático?
43 Nos tempos antigos, quando o povo escolhido de Deus estava sob os Dez Mandamentos dados por intermédio do seu profeta Moisés, o sábado semanal era um dia pacífico. Em concordância com a desistência do próprio Deus do trabalho terreno, no seu sétimo dia criativo, seu povo estava sob a ordem divina de desistir do trabalho árduo dos seis dias precedentes, o mesmo se aplicando aos seus animais domésticos. (Êxo. 20:1-11) De maneira similar, o reinado sabático de Cristo, de mil anos, será um período pacífico para esta terra e seus habitantes. Será um tempo de repouso de toda a guerra e violência dos seis milênios prévios. As espadas, simbólicas de guerra assassina, terão sido convertidas em relhas de arados e as lanças em podadeiras, para as vinhas. A vida não será monótona naquele sábado milenar pacífico. Não será um período de ociosidade. O Senhor do Sábado, Jesus Cristo, o Rei, não será ocioso, nem deixará seus súditos terrestres ficar ociosos.
44. (a) Por que realizou Jesus, na terra muitas das suas obras milagrosas no sábado semanal? (b) Como concorda isso com a declaração de Paulo em Hebreus 10:1?
44 Por que se deu que Jesus Cristo, quando na terra, como judeu, sob os Dez Mandamentos, fez tantas de suas obras milagrosas no sábado semanal, curando os doentes e os aleijados? Não só para mostrar que era direito fazer o bem no sábado. Prefigurava também que, durante seu reinado sabático, ele livrará a humanidade da escravidão a Satanás, o Diabo, e aos seus demônios, e a aliviará dos efeitos mortíferos do pecado e da imperfeição herdados de nossos primeiros pais humanos, Adão e Eva. A guerra e a violência, durante os seis milênios passados, resultaram na morte prematura de milhões de humanos e na sepultura para eles; mas o Senhor do Sábado, Jesus Cristo, trará para fora das sepulturas os bilhões de mortos da humanidade, exatamente como profetizou que faria. (João 5:28, 29) Não foi apenas uma frase sem conseqüência quando seu apóstolo veraz, Paulo, escreveu que a lei sabática de Deus continha uma “sombra das boas coisas vindouras”. — Heb. 10:1; Col. 2:16, 17.
RELHAS DE ARADOS, PODADEIRAS PARA O PARAÍSO
45. (a) Como já se harmonizaram as testemunhas de Jeová com Isaías 2:4? (b) Como continuará a aplicar-se esta fase da profecia após o Armagedom e o lançamento de Satanás no abismo?
45 Mesmo já durante estes tempos ameaçados pela guerra, as testemunhas cristãs de Jeová se harmonizaram com a profecia de Isaías 2:4 e forjaram das espadas relhas de arados e das lanças, podadeiras. Esta profecia continuará a se aplicar após a guerra universal do Har-Magedon e depois de Satanás e seus demônios terem sido amarrados e lançados no abismo. Por quê? Para que os sobreviventes humanos da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, possam usar suas relhas de arados e suas podadeiras na transformação desta terra marcada pela guerra no glorioso Paraíso em que o homem a devia ter transformado originalmente, segundo lhe dissera Jeová Deus. (Gên. 1:26-28; 2:8-14) A palavra de Deus não voltará vazia a ele, sem se cumprir. Não, mas sob o reinado de mil anos de seu Filho Jesus Cristo, esta terra inteira será cultivada para se tornar um Paraíso eterno, cheio de criaturas humanas libertas, aperfeiçoadas. Dentro deste sétimo milênio sabático, o Rei e Senhor do sábado desfará toda a obra do maior de todos os perturbadores da paz, Satanás, o Diabo. — Luc. 23:43.
46. O que foi prefigurado pelo tratamento dos violadores da antiga lei sabática com respeito aos pretensos perturbadores durante o milênio sabático e no fim dele?
46 Assim como se deu sob a operação dos Dez Mandamentos entre o antigo povo escolhido de Deus, quando todos os violadores do sábado eram mortos, assim também os que não forem obedientes ao Senhor do vindouro milênio sabático e que perturbarem a paz, serão destruídos. (Núm. 15:32-36; Êxo. 31:13-17) Depois de Satanás, o Diabo, e seus demônios terem sido soltos do abismo e novamente tentarem perturbar a paz de nossa terra, eles serão destruídos, e junto com eles todos os que tentarem novamente transformar esta terra em campo de batalha, em arena de guerra. (Rev. 20:7-10, 15) Os que mantiveram a paz com Deus permanecerão na terra paradísica como seus guardiães eternos.
47. Segundo o Salmo 72:7, com referência ao Salomão Maior, quanto tempo durará a paz terrestre?
47 Não se precisará então tomar um foguete para ir à lua, a fim de achar um planeta pacífico, pois então se cumprirá a oração a favor do Salomão Maior, Jesus Cristo, o Rei, conforme registrada no Salmo 72:7: “Nos seus dias florescerá o justo e a abundância de paz até que não haja mais lua.” Esta paz nunca findará, como tampouco acabará a lua. A paz terrena, assim estabelecida e mantida durante o sábado de mil anos do Messias, continuará para sempre.
48. Quem se apronta agora para este milênio pacífico, e quem é convidado a se juntar a elas em fazer isso?
48 As testemunhas cristãs de Jeová, da atualidade, preparam-se alegremente para esta paz de mil anos que se avizinha. Todos os que anseiam esta predita “paz sobre a terra aos homens a quem [Deus] quer bem” são cordialmente convidados a se juntarem a elas em se preparar para este bendito milênio de paz.
[Nota(s) de rodapé]
a A cristandade mede o tempo pelo calendário do Anno Domini, a era do Ano do Senhor, que começou com o chamado A.D. 1, ou 1 E.C.
b Veja o livro Aid to Bible Understanding, página 333, sob “Cronologia”. Também o livro Vida Eterna — na Liberdade dos filhos de Deus, páginas 26-35, sob o subtítulo “Terminam Seis Mil Anos de Existência Humana”, publicado em 1966. Em comemoração do seu repouso no sétimo dia criativo, que lei a respeito dum sábado deu Deus ao seu povo escolhido?
[Gravura de página inteira na página 229]
[Quadro na página 231]
A mensagem oportuna e animadora contida neste artigo foi apresentada como discurso público a uma assistência total de 810.572 em cidades importantes da América do Norte e da Europa, em 1969; e posteriormente na Ásia, na África e na América do Sul.