A norma justa do Deus imutável
“Eu sou Jeová; eu não mudei.” — Mal. 3:6.
1. Qual é a atitude e o propósito de Jeová com respeito a todas as desordens?
SOBERANO Governante de todo o universo é o que Jeová Deus é, e, como tal, é o paladino da paz e da ordem. (1 Cor. 14:33) Nesta posição, é seu inabalável propósito manter a ordem, e, onde surgir a desordem, corrigir a situação e restaurar a paz. Talvez ‘tolere com muita longanimidade’ aqueles que deixam de apreciar o valor da ordem. (Rom. 9:22) Todavia, tais pessoas não terão permissão de bloquear indefinidamente o Seu propósito. Aqueles que se recusam a se ajustar aos Seus arranjos para a boa ordem universal são os que sofrerão de forma irrecuperável.
2, 3. (a) Com o que deveríamos ficar impressionados a respeito das criações sem alma, de Deus, nos céus acima de nós? (b) O que provavelmente aconteceria no caso de se abrandarem as leis controladoras de Jeová?
2 Ao contemplarmos os céus que cercam o nosso planeta, devemos ficar profundamente impressionados com a ordem e a harmonia que se manifestam em toda a parte. Leis maravilhosas, muitas das quais ainda desconhecidas do homem, vinculam incontáveis estrelas em suas galáxias em um vasto sistema em que não há nenhuma nota discordante de independência. Cada estrela mantém seu lugar em sua órbita designada, e, todas juntas, cumprem a vontade do Criador. A cada uma Ele conferiu a tremenda energia para que pudesse girar em seu eixo e, ao mesmo tempo, para que pudesse mover-se velozmente em seu vôo orbital. O profeta Isaías aponta para Jeová como “Aquele que produz o exército delas até mesmo por número, chamando a todas elas até mesmo pelo nome. Devido à abundância de energia dinâmica, sendo ele também vigoroso em poder, não falta nem uma delas”. — Isa. 40:26.
3 Caso Deus abrandasse suas leis que governam os movimentos de suas enormes criações sem alma no céu, pode imaginar o que aconteceria? Sem dúvida trilhariam loucamente trajetórias colidentes que terminariam de modo desastroso. Felizmente para nós que vivemos nesta diminuta esfera, jamais haverá tal contingência, pelo simples motivo de que Jeová é o sustentador da ordem.
4, 5. (a) Por que os corpos celestes são de interesse muito mais do que superficial para nós? (b) Que características em comum têm as criações astrais e humanas?
4 Em sua Palavra escrita, o grande Criador fez que se comparassem as estrelas com as criaturas humanas. Daniel, por exemplo, escreve: “Os sábios resplandecerão como o fulgor do firmamento, e os que tiverem ensinado a muitos para a justiça, serão como estrelas para sempre, eternamente.” (Dan. 12:3, PIB) O bisneto de Abraão, José, teve um sonho-visão de estrelas que representavam a sua própria família. (Gên. 37:9) E a descendência de Abraão, segundo profetizado, tornar-se-ia inumerável como as estrelas. — Gên. 22:17.
5 A comparação é tão apropriada, também! Os humanos, como as estrelas, têm seu próprio lugar ou papel na vida a ocupar. Como as estrelas diversificadas, os humanos diferem uns dos outros em aparência e em características. (1 Cor. 15:41) Os humanos, também, podem refletir com exatidão, se desejarem, a glória do seu Criador, assim como o fazem as estrelas. E, os homens tolos que se recusam obstinadamente a se ajustar à norma justa de Deus para os humanos são descritos de forma apropriada como “estrelas sem rumo fixo, para as quais está reservado para sempre o negrume da escuridão”, longe de qualquer oportunidade de colidirem com as criações úteis de Deus. — Judas 13.
A NECESSIDADE QUE O HOMEM TEM DUMA NORMA CORRETA
6. (a) O que, então, aprendemos do fato de que leis imutáveis governam a criação sem alma? (b) Como isto é apoiado pelo próprio registro de Deus sobre seu propósito?
6 Então, começa a compreender a necessidade de Deus estabelecer sua justa norma para a orientação de todo humano que vive? Não é para privar alguém de algo essencial à verdadeira felicidade. Não é apenas para ser arbitrário ou para mostrar Sua autoridade. Não é por querer negar a alguém a verdadeira liberdade, pois o espírito de Jeová é o espírito de liberdade. (2 Cor. 3:17) Antes, seu grandioso propósito é ter um ajuntamento de perfeitas criaturas no céu e na terra, semelhantes aos bilhões de estrelas no céu, todas cooperando em paz, sem haver sequer um sinal de uma se intrometer nos direitos de outra. Leia a respeito deste propósito de Deus, se quiser, em Efésios, capítulo 1, versículos 8 a 10.
7. O que podemos observar sobre as pessoas que insistem em ter ilimitada liberdade de decisão e de ação?
7 Para as pessoas que se impacientam sob controle, qualquer tipo de exigência talvez pareça torturante. Desejam ser livres para fazer o que bem entenderem. Não desejam ter que responder perante uma autoridade. São como o escritor popular que afirmou, segundo relatado: “Devo poder viver como eu quero ou então não quero viver de jeito nenhum.” Não se trata de quererem ser tratados como todos os outros. Desejam ser tratados quais exceções, como casos especiais. Todavia, sabem muito bem que, se todos insistissem em fazer exatamente o que sentiam vontade de fazer, as condições aqui na terra seriam muito mais caóticas do que são. Recusando-se a levar em conta os limites impostos pelos direitos de suas concriaturas, tais pessoas, com efeito, dedicam-se a agradar a si mesmas.
8. Que atitude dominou desde o início a família humana, e com que resultados?
8 A História primitiva oferece muitos exemplos dos que afirmaram ter direito a delinear o seu próprio proceder. Eva desconsiderou a ordem de Deus, ação esta que arrastou egoistamente o marido dela para dificuldades. Permitiu que seus olhos e seu coração a levassem no caminho do pecado. Adão, também, determinou que preferia antes não viver, se não pudesse viver com sua companheira bela, mas anárquica. Seu primogênito, Caim, também veio a ser um homem que desejava fazer as coisas do seu modo. Embora Deus o avisasse, recusou obstinadamente o conselho e terminou sendo um assassino condenado. Não se tratava de Caim meramente ter herdado a imperfeição. Não, pois Abel também viveu sob tal empecilho, todavia, agradou a Deus. Caim era independente, e essa atitude tem sido tomada por multidões dentre a posteridade de Adão, desde aqueles dias. — 1 João 3:12.
9. Que atitudes contrastantes se evidenciavam pouco antes do grande Dilúvio?
9 Com o correr do tempo, os anjos egoístas “abandonaram a sua própria moradia correta” no céu, materializando-se como homens e se empenhando em degradar a raça humana. (Judas 6; Gên. 6:1-8) Todavia, Noé “se mostrou inculpe entre seus contemporâneos”. Manteve o devido controle de sua família, abrigando-a das corrupções imorais de um mundo perverso. Recusou-se a acompanhar a multidão de criaturas anárquicas que ignoravam a norma de Deus para a conduta correta e pagaram com suas vidas a sua veleidade. — Gên. 6:9.
10. Que ponto de vista especial do Deus imutável foi sublinhado pela destruição de Sodoma e suas cidades similares?
10 Quando o sobrinho de Abraão, Ló, habitava na cidade de Sodoma, ‘afligido grandemente que os que desafiavam a lei se entregavam à conduta desenfreada’, Jeová Deus determinou registrar seu ódio pelas imundas práticas sexuais de forma decisiva. Ao serem Ló e sua família levados às pressas para longe da cena, “Jeová fez chover enxofre e fogo”, completamente destruindo Sodoma e suas cidades vizinhas e extinguindo as vidas de seus habitantes. (2 Ped. 2:7; Gên. 19:1-28) O registro sobre essa terrível punição deve constituir lembrete para todos da insistência de Deus quanto à limpeza sexual e moral dos que hão de ter Seu favor.
11. Como foi que José reputou a norma justa de Deus para a conduta humana, e contra que poderosas influências tomou sua posição?
11 José, filho de Jacó, foi vendido qual escravo em um país em que as mulheres desempenhavam papel proeminente e influencial na sociedade. Quando exposto às sedutoras insistências da esposa de seu patrão, que proceder resolveu seguir? Tinha realmente uma escolha a fazer. Poderia ter concluído não haver mal em fazer o que sua ama requeria, deixando que a inteira responsabilidade caísse sobre ela. Ao invés disso, teve presente uma consideração muito mais importante. Note suas palavras de decisão, ao correr da presença da sedutora: “Como poderia eu cometer esta grande maldade e em realidade pecar contra Deus?” — Gên. 39:9.
12. Como foi que a conduta de Esaú e Jacó demonstrou as suas respectivas atitudes para com os requisitos de Deus?
12 Atitudes contrastantes para com a norma de conduta humana que Deus comunicara aos homens foram demonstradas pelos netos de Abraão, Esaú e Jacó. Esaú cresceu, tornando-se “homem que sabia caçar, homem do campo, mas Jacó era um homem inculpe, que habitava em tendas”. (Gên. 25:27) Subentende-se que Esaú não era inculpe. Será que isso se deu porque seu amor à caça o afastara da supervisão regular de uma família piedosa? Seu proceder subseqüente provou que ele era homem impetuoso e independente, preferindo sua liberdade de agradar a si mesmo à vida quieta e laboriosa do zelador de rebanhos. Como alguém que agradava a si mesmo, tomou esposas dentre as filhas de Hete, para grande aborrecimento de sua mãe. — Gên. 27:46.
13. Que proceder errado poderia Moisés ser tentado a seguir, caso tivesse deixado de lançar sua sorte junto com o povo escolhido de Deus?
13 Moisés, por outro lado, destaca-se como excelente exemplo daqueles que se preocupavam em aderir à excelente norma de Deus para seus servos terrestres. Poderia ter continuado qual príncipe egípcio no regaço do luxo, fazendo e tendo tudo o que desejassem seu coração ou seus olhos. Mas, o relato conta como “negou-se a ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter o usufruto temporário do pecado”. — Heb. 11:24, 25.
FORNECIDA UMA NORMA ESCRITA
14. Como foi Moisés recompensado, e o que forneceu então Jeová para a orientação de sua nação típica?
14 Porque não agradou a si mesmo, mas se voltou para o Deus invisível em busca de orientação e de forças para perseverar, Moisés foi grandemente favorecido por ser designado o mediador por meio do qual Deus forneceu um código escrito à nação que comprou para si mesmo do Egito. Alguns dos estatutos básicos daquele código são os seguintes: “Não deves ter quaisquer outros deuses diante da minha face. Honra teu pai e tua mãe, a fim de que teus dias sejam longos na terra que Jeová, teu Deus, te está dando. Não deves assassinar. Não deves cometer adultério. Não deves furtar. Não deves testificar falsamente como testemunha contra o teu próximo. Não deves desejar cousa alguma que pertença ao teu próximo. — Êxo. 20:3, 12-17.
15. As leis básicas fornecidas a Israel no Monte Sinai incorporavam que profundos princípios de conduta?
15 Vale a pena notar que qualquer israelita que insistisse em ser seu próprio juiz do certo e do errado, com efeito, estaria estabelecendo-se como deus. Exige-se a submissão à autoridade familiar. Privar a concriatura humana do direito de viver, de ter um corpo limpo, de reter sua própria propriedade e ter um bom nome são ações que Deus proíbe. Por fim, indo à fonte de todas as dificuldades, a norma escrita de Deus avisa a respeito de se entreter desejos ilegais e cobiçosos no coração. De modo que nenhum israelita alegasse ignorância destes justos requisitos, os pais deveriam inculcá-los em seus filhos desde a infância. — Deu. 6:6-9.
16. Sobre que proceder errado avisou Jeová especialmente a seu povo, se é que havia de continuar a usufruir o Seu favor?
16 Os ritos imundos e imorais da adoração pagã foram alvo de um aviso: “Pois não te inclinarás diante de outro deus, porque Jeová, cujo nome é Ciumento, é um Deus ciumento; de modo que não podes concluir um pacto com os habitantes da terra, pois eles por certo terão relação imoral com seus deuses e sacrificarão a seus deuses e alguém por certo te convidará e certamente comerás de seu sacrifício. Então terás de aceitar algumas das suas filhas para teus filhos, e suas filhas certamente terão relação imoral com seus deuses e farão com que teus filhos tenham relação imoral com os deuses delas.” — Êxo. 34:14-16.
17. Por que a proscrição de comuns cortesias sociais junto com as pessoas das nações que as cercavam?
17 Jeová bem conhecia a norma das coisas a esperar. Começaria aparentemente com inofensivas cortesias sociais. Simplesmente aceite a hospitalidade de tais pagãos. Daí, antes que a vítima se dê conta, aceitará parte do alimento sagrado oferecido ao ídolo pagão, e se colocará sob a obrigação de cumprir outros requisitos da religião falsa, não importa quão imorais e degradantes possam ser. Nos tempos antigos, comer pão à mesa de um homem impunha à pessoa a obrigação de permanecer em termos amigáveis e pactuados com seu hospedeiro. Comer à mesa de um falso deus semelhantemente colocava o participante em relação amigável com tal deus. Jeová, no entanto, exigia a devoção exclusiva de seus adoradores.
18. De que modo removeu Jeová qualquer base para se fazer o que todos os demais faziam?
18 Sabendo que, com o tempo, seu povo observaria os costumes das nações vizinhas que estabeleceram suas próprias normas independentes, e os grupos majoritários que tentariam precipitá-los na direção errada, Jeová ordenou: “Não seguirás o mau exemplo da multidão. Não deporás em um processo, metendo-te do lado da maioria de maneira a perverter a justiça.” (Êxo. 23:2, CBC) Não lhes forneceu base para agirem errado e então afirmarem, em justificativa: ‘Todo o mundo faz isso.’
19. Como deviam os israelitas evitar qualquer violação da norma justa de Deus, e por que Zimri e outros israelitas falharam?
19 A fim de que seu povo se protegesse da investida do pecado sedutor, Jeová lhes ordenou: “Lembrai-vos de todos os mandamentos de Jeová e os executeis, e não deveis ficar seguindo vossos corações e vossos olhos, que estais seguindo em relação imoral.” (Núm. 15:39) Assim, sua segurança jazia em se lembrarem de contínuo da justa norma de conduta de Deus e harmonizarem suas vidas a ela. Caso Zimri, filho de Salu, e 24.000 outros israelitas tivessem dado ouvidos a este conselho, não teriam tido de sofrer a execução por se entregarem às relações imorais com as mulheres degradadas de Moabe. — Sal. 25:1-9.
NINGUÉM ESTÁ ISENTO DA NORMA DE DEUS
20. Que exemplo bíblico mostra a relação que amiúde existe entre o materialismo e a devassidão moral, e por que agiu rapidamente Jeová naquele caso?
20 A cobiça e a falta de temor piedoso andam de mãos dadas com a devassidão sexual, conforme se pode notar no relato a respeito de Finéias e seu irmão Hofni, filhos do sacerdote Eli, que serviam no tabernáculo de Deus em Silo. Não só tratavam com desrespeito as ofertas sacrificiais do povo de Jeová, mas, tirando proveito de seu cargo de confiança, “dormiam com as mulheres que estavam de serviço à entrada da Tenda de Reunião”. (1 Sam. 2:17, 22, 34, CBC) Deus agiu de forma a apoiar Sua norma. Depois de conceder plena oportunidade a Eli para disciplinar os filhos, um homem de Deus surgiu com a mensagem abaladora: “Morrerão ambos [os seus filhos] no mesmo dia.” Essa sentença foi logo depois executada, quando os filisteus derrotaram os israelitas numa batalha e levaram a sagrada arca do pacto. Nem a posição nem os privilégios eximiram Eli da responsabilidade paternal e a seus filhos do castigo pelo sacrilégio.
21. O que aprendemos da amarga experiência do Rei Davi depois do pecado dele no caso de Bate-Seba?
21 Ninguém pode afirmar perante Deus que ele ou ela é um caso especial que exige o desvio das regras estritas que governam a conduta correta. Nem mesmo a posição real do Rei Davi o podia eximir de ter cobiçado a esposa de outrem e então provocado a morte do marido de forma a satisfazer o seu desejo errado. Embora fosse poupada a sua própria vida, o filho que Bate-Seba deu à luz morreu e ele ficou destinado a sofrer o resto de sua vida devido às constantes aflições e dificuldades fermentadas pelos seus próprios filhos e servos de confiança. Até mesmo suas esposas, suas concubinas, haviam de ser publicamente violadas por um filho rebelde de sua própria casa. — 2 Sam. 2:1-14; 16:21, 22.
22. Como foi que Salomão veio a merecer o anúncio da vindoura calamidade sobre o seu reino?
22 Na última parte do seu reinado, Salomão, o segundo filho de Davi com Bate-Seba, veio a ignorar a norma justa estabelecida por Deus. Multiplicou esposas para si mesmo, tomando mulheres das nações pagãs, mulheres que insistiam em importar a adoração dos seus deuses falsos para a terra de Israel. O registro conta como mimou aquelas mulheres insubordinadas que desprezavam o Deus de seu marido, e como ele construiu templos para seus ídolos. Jeová decretou que uma calamidade sobreviria a seu reino depois de sua morte. Dez tribos se revoltaram do domínio de seu filho e estabeleceram um reino independente. Duas tribos apenas prestaram lealdade ao rei em Jerusalém.
23. (a) Por que predisse e permitiu Jeová a queda miserável dos reis de Israel e de Judá? (b) Que lição ainda não havia sido inculcada nos judeus exilados até o tempo de Esdras?
23 Os reis posteriores de Judá e de Israel, com poucas exceções, também se mostraram infiéis aos requisitos de Deus, imorais em sua relação com os deuses falsos das nações circunvizinhas, sujos em sua prática de lascivos ritos religiosos. Jeová por fim entregou seus reinos aos conquistadores assírio e babilônico, deixando a terra de Judá se tornar uma desolação arruinada durante setenta anos. Daí, misericordiosamente lhes deu livramento e os fez voltar à sua própria terra. Mas, será que então se sujeitaram à sua norma de conduta correta? Não, pois deixaram de manter-se separados dos cananeus e de outros povos mistos ao redor deles. O escriba Esdras ficou perplexo de saber que haviam tomado a mulheres pagãs quais esposas para si mesmos e seus filhos. Não perdeu tempo em soar o aviso do julgamento adverso de Deus contra os malfeitores. Ao ouvirem seu lembrete ajuizado, os judeus concordaram em acabar de forma definida com sua condição impura: “Concluamos um pacto com nosso Deus, de apartarmos todas as esposas [pagãs] e os nascidos delas, segundo o conselho de Jeová.” (Esd. 10:3) A escolha era vital. Evitavam as temíveis conseqüências da ira de Jeová.
JULGADAS AS NAÇÕES SEGUNDO A NORMA DE DEUS
24. Aderindo à sua justa norma, será que Jeová limita sua ação a pessoas que ignoram seus requisitos? Dêem exemplos.
24 Não as pessoas apenas, mas inteiras nações permaneceram ou caíram nos tempos passados conforme honraram ou ignoraram a norma justa do Deus imutável. Moabe, Amom e Edom, todas elas sendo nações semíticas que zombavam de Israel e o odiavam, que cobiçavam a sua terra e assumiam ares de importância contra Jeová, foram levadas à ruína e à desolação por decreto do justo Deus. (Eze. 25:1-14) Os fenícios, dominados pela ganância comercial, violaram o pacto com Israel e começaram a comercializar os judeus cativos, vendendo-os quais escravos. O Deus de Israel trouxe a calamidade sobre eles, primeiro mediante Nabucodonosor, de Babilônia, e depois mediante Alexandre, da Grécia.
25. Como foi que a justiça de Deus operou em relação com as inteiras nações de Judá e Israel, e por quê?
25 Até mesmo os reinos de Judá e de Israel insistiram em agradar a si mesmos e a seguir a vereda das nações pagãs em sua volta. Jeová, pelos seus profetas, repreendeu-os por suas práticas imundas e imorais. Ele as chama de “filhas da prostituição” e as descreve como ‘inflamando-se pelos seus amantes’. No entanto, ignoraram o aviso dele, e fez vir sobre elas o juízo de matança com que as ameaçara: “Farei subir contra elas grande multidão, e as entregarei ao tumulto e ao saque. A multidão as apedrejará e as golpeará com as suas espadas; a seus filhos e suas filhas matarão, e as suas casas queimarão a fogo. Assim farei cessar a luxúria da terra.” (Eze. 23:46-48, ALA) Quão tolo foi aqueles povos altamente favorecidos desprezarem a própria norma que Jeová Deus delineou para seu bem-estar e sua felicidade!
26. Como é que Jeová, mediante seu profeta Malaquias, assegurou a seu povo típico sua imutabilidade com respeito à sua norma justa?
26 Mesmo depois dos dias de Esdras, os judeus de novo se degradaram ao baixo nível moral dos povos pagãos em volta deles. De novo, pelo seu profeta Malaquias, Deus enviou solene aviso de seu perigo: “E me aproximarei de vós para juízo, e me tornarei veloz testemunha contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que agem de forma fraudulenta com os salários do assalariado, com a viúva e com o menino órfão, e os que afastam o residente estrangeiro, ao passo que não me temem. . . . Pois eu sou Jeová; eu não mudei.” (Mal. 3:5, 6) O conceito de Deus a respeito destes erros especificamente mencionados continua sendo o mesmo. Ele não mudou e jamais mudará neste respeito. Não despercebe os voluntários violadores de sua justa norma.
NÃO LEVADOS PELA MULTIDÃO
27. O que se pode dizer a respeito do conceito majoritário das criaturas humanas imperfeitas em todas estas questões?
27 A pessoa ou nação que for indevidamente influenciada pela conduta da maioria das criaturas humanas imperfeitas e pecaminosas será conduzida a um laço. Aqueles que estabeleceram como norma de sua vida o exemplo da maioria nos dias de Noé, por exemplo, demonstraram estar errados e veio sobre eles o juízo adverso de Deus. A segurança não residia nos números. A forma popular e ortodoxa de considerar as coisas raras vezes é a forma que se harmoniza com a vontade de Deus.
28. Que atitude mental correta foi demonstrada por todos os homens fiéis da antiguidade que são elogiados na Palavra escrita de Deus?
28 Por outro lado, aqueles que consideraram com suspeição a vereda fácil da maioria foram aqueles que resolveram manter sua vida em harmonia com a vontade de Deus. Noé, Abraão, Jó, Jacó, Moisés e outros fiéis servos de Jeová seguiram a vereda da minoria. Não se deixaram influenciar pela preponderância dos números. Sabiam que as idéias e os modos de agir do Criador são muito mais altos e de muito maior importância do que as idéias e os modos de agir dos homens. (Isa. 55:9) Preferiram a recompensa de vida futura, eterna, numa limpa Nova Ordem prometida por Deus a ter “o usufruto temporário do pecado” ou a satisfação de agradar a si mesmos. (Heb. 11:25) Dentro em breve, tais fiéis receberão essa rica recompensa.
29. Quais são algumas das conclusões que as pessoas tementes a Deus da atualidade deveriam tirar?
29 É o proceder de sabedoria, atualmente, ver nestes registros seletos da História humana delineada na Bíblia o conselho e a orientação tão urgentemente necessários nestes dias de crise global. Quão sábio é reconhecer que nenhuma pessoa pode pretender legitimamente ter o direito de conduzir sua vida exatamente conforme queira, sem consideração ao interesse e ao bem-estar de suas concriaturas e sem respeitar a correta norma de conduta decretada pelo Criador! Tais pessoas ou nações que presumem agir de forma independente do arranjo de Deus, que violam a norma moral que ele delineou para guiar suas criaturas, caminham para o desastre.
30. Do que podemos estar seguros relativo aos tratos de Deus com as pessoas do passado?
30 Os tratos de Deus com aqueles que, no passado, quer honraram quer desprezaram Sua justa norma de conduta são de vital importância para nós, que vivemos hoje. Por quê? Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, responde: “Todas as coisas escritas outrora foram escritas para a nossa instrução, para que, por intermédio da nossa perseverança e por intermédio do consolo das Escrituras, tivéssemos esperança.” (Rom. 15:4) No ínterim, podemos estar seguros de que a norma de Deus para a conduta humana não muda, pois Jeová é corretamente descrito como o “Pai das luzes celestiais, com quem não há variação da virada da sombra”. (Tia. 1:17) É, deveras, o Deus imutável, eterno.
[Foto na página 430]
José fugiu da sedução.