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Alho-porroAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ALHO-PORRO
Um dos itens da dieta ansiada pela multidão mista e pelos israelitas enquanto estavam no deserto. (Núm. 11:4, 5) A palavra hebraica hhatsír, traduzida “alhos-porros” neste texto, é traduzida geralmente, em outras partes, “relva” ou “relva verde”. No entanto, existe uma base válida para se fazer uma exceção em Números 11:5, a tradução “alhos-porros”, neste caso, sendo apoiada por versões antigas, tais como a Septuaginta, a Pesito e a Vulgata. Este item da dieta é alistado junto com as cebolas e o alho comum, alimentos vegetais específicos muito semelhantes aos alhos-porros, tem presente uma hortaliça definida, ao invés de relva em geral. Também, desde priscas eras, os alhos-porros gozam de grande popularidade no Egito e ainda são ingeridos comumente ali, bem como na Palestina.
O alho-porro é bem parecido à cebola, mas se distingue desta por seu sabor mais brando, seu delgado bulbo cilíndrico e suas folhas suculentas e herbáceas, medindo cerca de 2, 5 cm de largura. A haste floral, terminando numa umbela compacta de flores, pode atingir uma altura de cerca de 60 cm. Os bulbos e as folhas desta planta bienal são cozidos como hortaliça e usados como tempero; são também comidos crus.
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AliançaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ALIANÇA
Uma união de diferentes partes, famílias, pessoas ou estados, quer pelo casamento, por acordo mútuo, quer por ajuste legal. Uma aliança usualmente subentende o benefício mútuo ou a busca unida de um propósito desejado.
Abraão parece ter feito uma aliança inicial com Manre, Escol e Aner, dos amorreus. Não se declara a natureza da confederação, mas eles se juntaram a Abraão em sua marcha para livrar seu sobrinho Ló dos reis invasores. (Gên. 14:13-24) Abraão morava então como estrangeiro numa terra controlada por diminutos reinos e, neste caso, alguma declaração formal, em forma dum pacto, pode ter sido exigida dele como pré-requisito para que residisse pacificamente entre eles. No entanto, Abraão evitava obrigar-se desnecessariamente com tais regentes políticos, como se manifesta por sua declaração ao rei de Sodoma, em Gênesis 14:21-24. Mais tarde, em Gerar, o rei filisteu, Abimeleque, relembrou a Abraão a sua condição de forasteiro, em que residia na terra da Filístia por consentimento de Abimeleque, e solicitou-lhe que fizesse um juramento que garantisse sua conduta fiel. Abraão aquiesceu e, mais tarde, em seguida a uma disputa por direitos à água, fez um pacto com Abimeleque. — 20:1, 15; 21:22-34.
O filho de Abraão, Isaque, também veio a morar em Gerar, embora Abimeleque lhe pedisse posteriormente que se mudasse daquela vizinhança imediata, e ele obedeceu voluntariamente. Ocorreram novamente disputas quanto aos direitos à água, mas, depois disso, Abimeleque e seus principais associados se dirigiram a Isaque, solicitando um juramento de obrigação e um pacto, sem dúvida como renovação do feito com Abraão. Ambas as partes fizeram declarações juramentadas que garantiam a conduta pacifica recíproca. (Gên. 26:16, 19-22, 26-31; compare com Gênesis 31:48-53.) O apóstolo Paulo relata que estes primitivos patriarcas declararam, de modo público, ser estranhos e residentes temporários que moravam em tendas no país, e que esperavam uma cidade com verdadeiros alicerces, cujo construtor e criador é Deus. — Heb. 11:8-10, 13-16.
Diferente situação prevalecia após a entrada da nação de Israel em Canaã, a Terra da Promessa. O Soberano Deus concedera a Israel o pleno direito à terra, em cumprimento de sua promessa aos antepassados deles. Portanto, não entravam como residentes forasteiros, e Jeová proibiu que fizessem alianças com as nações pagãs da terra (Êxo. 23:31-33; 34:11-16) Deviam ficar sujeitos apenas às leis e aos estatutos de Deus, e não aos das nações que se destinavam a ser expulsas dela. (Lev. 18:3, 4; 20:22-24) Avisou-se-lhes, de modo especial, que não formassem alianças matrimoniais com tais nações. Tais alianças os envolveriam intimamente, não só com esposas pagãs, mas também com parentes pagãos e suas práticas e costumes da religião, falsa, e isto resultaria em apostasia e em laço. — Deut. 7:2-4; Êxo. 34:16; Jos. 23:12, 13.
ALIANÇAS MATRIMONIAIS
Muito antes disso, Abraão insistira que a esposa de Isaque não fosse escolhida entre as cananéias. (Gên. 24:3, 4) Isaque deu instruções similares a Jacó. (Gên. 28:1) Na ocasião em que Siquém, o heveu, violou Diná, instou Hamor com a família de Jacó a que formasse alianças matrimoniais com tal tribo. Embora os filhos de Jacó não mantivessem sua aparente aceitação disso, realmente tomaram cativos as mulheres e os filhos dos heveus, depois de vingarem a honra de Diná. (Gên. 34:1-11, 29) Judá mais tarde se casou com uma cananéia (Gên. 38:2), e a esposa de José era egípcia. (Gên. 41:50) Moisés casou-se com Zípora, midianita (evidentemente chamada “cusita” em Números 12:1). Tais casamentos, contudo, foram contraídos antes de ser dada a Lei, e, por isso, não podiam ser considerados uma violação de seus requisitos. — Êxo. 2:16, 21; Núm. 12:1.
Na batalha contra Midiã, os israelitas só preservaram as virgens entre as mulheres e as jovens. (Núm. 31:3, 18, 35) A Lei permitia que se tomasse uma esposa entre tais cativas de guerra que não tivessem genitores. (Deut. 21:10-14) Na própria Terra Prometida, era amiúde ignorado o aviso de Deus a respeito das alianças matrimoniais com os pagãos, com resultantes problemas e apostasia. — Juí. 3:5, 6.
Às vezes as alianças matrimoniais eram feitas com vistas a certos fins, como no caso em que o Rei Saul convidou Davi a formar uma aliança matrimonial com ele por receber como esposa a Mical, filha dele. ( 1 Sam. 18:21-27) Uma das seis esposas que mais tarde deram filhos a Davi em Hébron era a filha do rei de Gesur ( 2 Sam. 3:3), e alguns consideram isto como uma aliança matrimonial feita por Davi, visando enfraquecer a posição do rival, Is-Bosete, visto que Gesur era diminuto reino que jazia do outro lado da capital de Is-Bosete, Maanaim. No início de seu reinado, o Rei Salomão formou uma aliança matrimonial com Faraó, aceitando a filha dele como esposa. ( 1 Reis 3:1; 9:16) Este casamento, junto com outros com mulheres moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hititas, por fim fizeram com que Salomão sucumbisse à crassa idolatria. ( 1 Reis 11:1-6) A aliança de casamento do Rei Acabe com o rei de Sídon, casando-se com sua filha Jezabel, trouxe resultados desastrosos similares para o reino setentrional de Israel. ( 1 Reis 16:31-33) Depois disso, o Rei Jeosafá formou uma insensata aliança matrimonial com a idólatra casa de Acabe, com duradouras conseqüências más para o reino de Judá. — 2 Crô. 18:1; 21:4-6; 22:2-4.
Depois do exílio, Esdras ficou chocado de verificar que até mesmo os sacerdotes e os levitas tinham feito alianças matrimoniais com os cananeus e outros, situação que foi prontamente eliminada. (Esd. 9:1-3, 12-14; 10:1-5, 10-14, 44) Todavia, nos dias de Neemias, o amonita Tobias novamente utilizou alianças matrimoniais para criar fortes relações com a família sacerdotal em Jerusalém, e promoveu forte facção de aliados entre os nobres de Judá, ao ponto que, em desafio à Lei (Deut. 23:3), o sacerdote Eliasibe fez para este amonita um refeitório no pátio do templo. Neemias, contudo, lançou fora, com indignação, toda a mobília de Tobias. — Nee. 6:18; 13:4-9, 25-27.
PACTOS
Outras alianças, além das matrimoniais, foram feitas, e estas em geral tinham a forma de pacto. O pacto feito com os gibeonitas, naturalmente, foi feito por Israel graças a um engodo. (Jos. 9:3-15) Todavia, uma vez feito, o pacto foi dali em diante respeitado, de modo que Israel se dispôs a lutar a fim de proteger os gibeonitas. (Jos. 9:19-21; 10:6, 7) Uma aliança pessoal, por meio de pacto, existia entre Jonatã e Davi ( 1 Sam. 18:3; 20:11-17), relação que Saul condenou como sendo conspiração. ( 1 Sam. 22:8) O Rei Hirão, de Tiro, mostrou amizade para com Davi quando este sucedeu como rei a Saul, e Hirão tornou-se “um que amava a Davi”. ( 2 Sam. 5:11; 1 Reis 5:1) As relações amigáveis continuaram, e, quando Salomão ascendeu ao trono, formou-se uma liga, com o Rei Hirão, que contratava o fornecimento de grande parte dos materiais necessários para a construção do templo. ( 1 Reis 5:2-18) Sob tal contrato, permitiu-se que milhares de trabalhadores israelitas entrassem no Líbano e em suas florestas. Hirão até mesmo se dirigia a Salomão como “meu irmão”. ( 1 Reis 9:13) Tiro forneceu os marujos para a frota de navios de Salomão, que operava com base em Eziom-Géber. ( 1 Reis 9:26, 27) Quando o reino de Tiro mais tarde se voltou contra Israel, e entregou os exilados israelitas a Edom, foi acusado de ter violado o “pacto de irmãos”. — Amós 1:9.
ALIANÇAS INSENSATAS COM OUTRAS NAÇÕES
Embora os profetas de Deus dessem fortes avisos sobre a formação de alianças com outras nações, em tempos de perigo, ou sob a pressão da ambição, os reis de Judá e de Israel com freqüência ignoravam tais avisos. (Isa. 30:2-7; Jer. 2:16-19, 36, 37; Osé. 5:13; 8:8-10; 12:1) Os resultados finais nunca eram bons. O Rei Asa, de Judá, usou os tesouros reais para comprar o Rei Ben-Hadade, da Síria, fazendo-o romper um pacto com o Rei Baasa, de Israel. ( 1 Reis 15:18-20) Como resultado deste ‘estribar-se na Síria’, ao invés de em Jeová, o profeta Hanani censurou Asa com as seguintes palavras: “Agiste nesciamente no que toca a isto, pois doravante haverá guerras contra ti.” ( 2 Crô. 16:7-9) O Rei Acabe, de Israel, mais tarde fez um pacto com o derrotado Ben-Hadade e recebeu uma condenação similar da parte dum profeta de Deus. ( 1 Reis 20:34, 42) Jeosafá aliou-se com Acabe num ataque mal sucedido contra a Síria, e, posteriormente, o profeta Jeú lhe indagou: “É ao iníquo que se deve dar ajuda e é aos que odeiam a Jeová que deves amar? E por isso há indignação contra ti da parte da pessoa de Jeová.” ( 2 Crô. 18:2, 3; 19:2) Mais tarde, Jeosafá adotou uma associação comercial de construção de navios com o iníquo Rei Acazias, de Israel, mas a condenação profética se cumpriu quando os navios sofreram naufrágio. ( 2 Crô. 20:35-37) Obedecendo ao conselho divino, Amazias, de Judá, decidiu sabiamente não usar tropas mercenárias de Israel, embora isso significasse a perda de cem talentos de prata que lhes foram pagos como gratificação. — 2 Crô. 25:6-10.
À medida que a Assíria começou a ascender qual potência mundial dominante, no oitavo século A.E.C., sua sombra ameaçadora moveu os reinos menores a fazer muitas alianças e conluios. (Compare com Isaías 8:9-13.) O acúmulo de novas armas de guerra entre as nações também causou crescente temor. (Compare com 2 Crônicas 26:14, 15.) Menaém, de Israel, subornou o atacante Pul (Tiglate-Pileser III), da Assíria. ( 2 Reis 15:17-20) Rezim, da Síria, e Peca, de Israel, formaram uma aliança conspiradora contra Acaz, de Judá, que, por sua vez, usou os tesouros reais e os do templo para comprar a proteção do assírio Tiglate-Pileser III, resultando na queda da Damasco síria. ( 2 Reis 16:5-9; 2 Crô. 28:16) Oséias, de Israel, fez uma aliança conspiratória com o Rei Sô, do Egito, na esperança falsa de lançar fora o jugo assírio, imposto por Salmaneser, com a queda conseqüente de Israel em 740 A.E.C. ( 2 Reis 17:3-6) Contudo, o fiel Ezequias, de Judá, embora acusado falsamente de confiar no Egito, estribava-se só em Jeová, e foi salvo do ataque do assírio Senaqueribe. — 2 Reis 18:19-22, 32-35; 19:14-19, 28, 32-36; compare com Isaías 31:1-3.
Em seus derradeiros anos, o reino de Judá flutuou entre o Egito e Babilônia, ‘prostituindo-se’ com ambos os poderes. (Eze. 16:26-29; 23:14) Veio a ficar sob o domínio do Egito no reinado de Jeoiaquim ( 2 Reis 23:34), mas logo ficou sujeito a Babilônia. ( 2 Reis 24:1, 7, 12-17) O último rei, Zedequias, fez uma tentativa fútil de livrar Judá de Babilônia por meio duma aliança vã com o Egito. O resultado foi a destruição de Jerusalém. ( 2 Reis 24:20; Eze. 17:1-15) Eles falharam em aceitar o conselho inspirado de Isaias: “Por retornardes e descansardes, sereis salvos. Vossa potência se mostrará em simplesmente ficardes sossegados e confiantes.” — Isa. 30:15-17.
Durante o período macabeu foram feitos muitos tratados e alianças com os sírios e os romanos, por vantagens políticas, mas a libertação da servidão não foi alcançada por Israel. Num período posterior, os religiosos saduceus tinham destaque especial em favorecer a colaboração política como meio de alcançar por fim a independência nacional. Nem eles nem os fariseus aceitaram a mensagem do Reino proclamada por Cristo Jesus, mas aliaram-se a Roma, declarando: “Não temos rei senão César.” (João 19:12-15) Sua aliança religioso-política com Roma, contudo, terminou na desastrosa destruição de Jerusalém em 70 E.C. — Luc. 19:41-44; 21:20-24.
Alianças políticas e religiosas são indicadas nos simbolismos de Revelação 17:1, 2, 10-18; 18:3. (Compare com Tiago 4:1-4.) Assim, por todo o registro bíblico, sublinha-se o princípio declarado por Paulo: “Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos. Pois, que associação tem a justiça com o que é contra a lei? Ou que parceria tem a luz com a escuridão?. . . saí do meio deles e separai-vos.” — 2 Cor. 6:14-18.
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Enterro, SepulturasAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ENTERRO, SEPULTURAS
O sepultamento do corpo duma pessoa morta era uma medida de considerável importância para as pessoas no período bíblico. Nas Escrituras Hebraicas, as palavras qéver e qevuráh são usadas para referir-se a sepulturas, e têm significado diferente do hebraico she’óhl, que se refere, não a uma única sepultura ou a sepulturas, mas à sepultura comum de toda a humanidade, o domínio da sepultura. (Gên. 23:4; 35:20; 47:30; 49:30) Semelhantemente, nas Escrituras Gregas Cristãs, a palavra grega táphos, a palavra comum para o lugar de sepultamento ou túmulo, e as palavras mnéma e mnemeíon, significando “túmulo” e “túmulo memorial”, são distintas da palavra haídes, o equivalente grego de sh&óhl. — Mat. 27:66; Mar. 6:29; Atos 2:29. Veja HADES; SEOL; TÚMULO MEMORIAL.
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