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NabonidoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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CRÔNICA DE NABONIDO
Também chamada de “Crônica de Ciro-Nabonido”, e de “A Tábua Analística de Ciro”, trata-se dum fragmento duma tábua de argila agora conservado no Museu Britânico. Representa, primariamente, os eventos principais do reinado de Nabonido, o último monarca supremo de Babilônia, incluindo um relato sucinto da queda da cidade de Babilônia diante das tropas de Ciro. Embora, sem dúvida, proviesse da cidade de Babilônia e fosse redigida na forma de escrita cuneiforme babilônica, os peritos que examinaram seu estilo de escrita afirmam que pode datar de algum tempo do período selêucida (312-65 AEC), assim sendo, de dois séculos ou mais de distância dos dias de Nabonido. É considerada quase que com certeza como uma cópia dum documento anterior. O tom desta crônica glorifica tão fortemente a Ciro, ao passo que apresenta Nabonido numa luz desfavorável, que se julga ter sido obra dum escriba persa, e, com efeito, tem sido mencionada como sendo “propaganda persa”. No entanto, ao passo que este talvez seja o caso, as autoridades consideram que, apesar de tudo, os “dados circunstanciais” que ela contém são fidedignos.
Mesmo levando-se em conta a brevidade da Crônica de Nabonido — a tábua mede c. 14 cm de largura em seu ponto mais amplo, e tem cerca do mesmo comprimento — ela continua sendo o registro disponível mais completo, em cuneiforme, da queda da cidade de Babilônia. Na terceira de suas quatro colunas, começando na linha 5, seções pertinentes rezam: “[Décimo sétimo ano:] . . . No mês de tasritu, quando Ciro atacou o exército de Acade, em Ópis sobre o Tigre, os habitantes de Acabe se revoltaram, mas ele (Nabonido) massacrou os habitantes confusos. No 14° dia, Sipar foi capturada sem batalha. Nabonido fugiu. No 16° dia, Gobrias (Ugbaru), governador de Gutium, e o exército de Ciro, entraram em Babilônia sem batalha. Depois, Nabonido foi preso em Babilônia, ao voltar (para lá). . . . No mês de arasamnu, no 3° dia, Ciro entrou em Babilônia, raminhos verdes foram espalhados em frente dele — impôs-se à cidade o estado de ‘Paz’ (sulmu).” — Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament (Textos Antigos do Oriente Próximo Relacionados com o Velho Testamento; 1955), de James B. Pritchard, p. 306.
Pode-se observar que a frase “Décimo sétimo ano” não aparece na tábua, essa parte do texto estando danificada. Esta frase é inserida pelos tradutores porque não encontraram quaisquer outras tábuas cuneiformes datadas de além do décimo sétimo ano de Nabonido. Assim, presumem que a queda da cidade de Babilônia se deu naquele ano de seu reinado e que, se a tábua não estivesse danificada, tais palavras apareceriam no espaço agora danificado. Mesmo que o reinado de Nabonido durasse muito mais do que geralmente se supõe, isto não alteraria a data aceita de 539 AEC como o ano da queda da cidade de Babilônia, pois existem outras fontes que apontam para aquele ano. (Veja CIRO.) Este fator, contudo, reduz deveras a certo ponto o valor da Crônica de Nabonido.
Ao passo que não se menciona o ano — o mês e o dia da queda da cidade, todavia, acham-se no texto restante. Empregando-os, os cronologistas seculares calculam o dia dezesseis de tasritu (tisri) como caindo em 11/12 de outubro, calendário juliano, e em 5/6 de outubro, calendário gregoriano, do ano 539 AEC. Visto que esta data é uma data que goza de aceitação geral, não havendo evidência ao contrário, é empregada como “data fundamental” para a coordenação da história secular com a história bíblica.
É interessante que a Crônica diz sobre a noite da queda da cidade de Babilônia: ‘O exército de Ciro entrou em Babilônia sem batalha.’ Isto provavelmente significa sem um conflito geral, e concorda com a profecia de Jeremias que ‘os poderosos de Babilônia deixariam de lutar’. — Jer. 51:30.
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NaboteAjuda ao Entendimento da Bíblia
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NABOTE
[talvez, um rebento]. O dono jezreelita dum vinhedo e uma vítima dum complô iníquo tramado pela rainha Jezabel. O vinhedo de Nabote em Jezreel ficava ao alcance da vista do palácio do Rei Acabe. Nabote rejeitou a oferta de Acabe de comprar o vinhedo, ou de trocá-lo por um vinhedo melhor em outra parte, porque Jeová havia proibido a venda em caráter perpétuo da herança duma família. (1 Reis 21:1-4; Lev. 25:23-28) Entretanto, a rainha Jezabel, esposa de Acabe, tramou fazer com que duas testemunhas acusassem falsamente a Nabote de blasfemar contra Deus e o rei. Por causa disso, Nabote e seus filhos foram mortos (2 Reis 9:26), possibilitando a Acabe apossar-se do vinhedo. Devido a este assassínio, Elias predisse que os cães não só comeriam Jezabel, mas também lamberiam o sangue de Acabe, no mesmo lugar em que lamberam o sangue de Nabote. A descendência deles seria igualmente extirpada. (1 Reis 21:5-23) Esta declaração divina foi levada a termo. — 1 Reis 22:34, 38; 2 Reis 9:21, 24-26, 35, 36; 10:1-11.
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Nabucodonosor, NabucodorosorAjuda ao Entendimento da Bíblia
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NABUCODONOSOR, NABUCODOROSOR
[Nebo, defende a fronteira]. Segundo governante do Império Neobabilônico; filho de Nabopolassar e pai de Evil-Merodaque (Amel-Marduque), que o sucedeu no trono. Nabucodonosor governou como rei por quarenta e três anos (624-581 AEC), este período incluindo os “sete tempos” durante os quais comeu vegetação, como um touro. (Dan. 4:31-33) Para diferençar este monarca do governante babilônico que tinha o mesmo nome, mas que era dum período bem anterior
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