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Resgate (Redenção)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
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de redenção, ou, antes, um resgate correspondente. ‘Significa propriamente um preço com o qual se redimem do inimigo os cativos; e aquela espécie de troca em que a vida de um é remida pela vida de outro.’ Por isso, Aristóteles usa o verbo antilytróo para remir vida com vida.” Destarte, Cristo “se entregou como resgate correspondente por todos”. (1 Tim. 2:5, 6) Outras palavras relacionadas são lytróo, livrar ao receber resgate (Tito 2:14; 1 Ped. 1:18, 19), e apoly’trosis, livramento por resgate. (Efé. 1:7, 14; Col. 1:14) É evidente a similaridade do emprego destas palavras com o dos termos hebraicos considerados. Eles descrevem, não uma compra ou livramento comum, mas uma redenção ou um resgate, uma libertação efetuada pelo pagamento de um preço correspondente.
Embora disponível para todos, o sacrifício de resgate de Cristo não é aceito por todos, e “o furor de Deus permanece” sobre os que não o aceitam, assim como também sobrevêm aos que de início aceitam tal provisão, e então se desviam dela. (João 3:36; Heb. 10: 26-29; contraste com Romanos 6:9, 10.) Eles não obtêm nenhum livramento da escravização aos Reis Pecado e Morte. (Rom. 5:21) Sob a Lei, o assassino deliberado não podia ser resgatado. Adão, por seu proceder premeditado, trouxe a morte sobre toda a humanidade, sendo por isso um assassino. (Rom. 5:12) Por isso, a vida de Jesus, oferecida em sacrifício, não é aceitável a Deus como resgate para o pecador Adão.
Mas Deus se agrada de aprovar a aplicação do resgate para remir aqueles que, dentre a descendência de Adão, valem-se de tal livramento. Conforme Paulo expressa: “Assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, do mesmo modo também nela obediência de um só muitos serão constituídos justos.” (Rom. 5:18, 19) Por ocasião do pecado de Adão, e de ser ele sentenciado à morte, a descendência ou raça dele estava toda por nascer, em seus lombos, e, assim, todos morreram junto com ele. (Compare com Hebreus 7:4-10; Romanos 7:9.) Jesus, como homem perfeito, “o último Adão” (1 Cor. 15:45), possuía uma raça ou descendência por nascer em seus lombos, e, quando morreu inocentemente, como perfeito sacrifício humano, esta raça humana em potencial morreu junto com ele. Ele voluntariamente se abstivera de produzir uma família para si mesmo, mediante a procriação natural. Antes, Jesus utiliza a autoridade que Jeová lhe concedeu, à base do seu resgate, para dar vida a todos os que aceitam esta provisão. — 1 Cor. 15:45; compare com Romanos 5:15-17.
Assim, Jesus era, deveras, um “resgate correspondente”, não para a redenção desse pecador, Adão, mas para a redenção de toda a humanidade que descendia de Adão. Ele os resgatou (ou recomprou), de modo que se tornassem a sua família, fazendo isto por apresentar o pleno valor de seu sacrifício de resgate ao Deus de absoluta justiça, no céu. (Heb. 9:24) Desta forma, ele obtém uma Noiva, uma congregação celeste formada de seus seguidores. (Compare com Efésios 5:23-27; Revelação 1:5, 6; 5:9, 10; 14:3, 4.) As profecias messiânicas também mostram que ele terá uma “descendência” como “Pai Eterno”. (Isa. 53:10-12; 9:6, 7) Para ser isto, o seu resgate precisa abranger mais do que aqueles incluídos em sua “Noiva”. Em aditamento aos “comprados dentre a humanidade como primícias” para formar aquela congregação celeste, por conseguinte, outros devem beneficiar-se de seu sacrifício de resgate e obter a vida eterna mediante a remoção de seus pecados e da acompanhante imperfeição. (Rev. 14:4; 1 João 2:1, 2) Uma vez que os da congregação celeste servem junto com Cristo como sacerdotes e ‘reis sobre a terra’, estes outros beneficiários do resgate têm de ser súditos terrestres do reino de Cristo, e, como filhos dum “Pai Eterno”, eles alcançam a vida interminável. (Rev. 5:10; 20:6; 21:2-4, 9, 10; 22:17; compare com Salmo 103:2-5.) Este inteiro arranjo manifesta a sabedoria de Jeová, e sua justiça, ao equilibrar perfeitamente a balança da justiça, enquanto demonstra benignidade imerecida e perdoa os pecados. — Rom. 3:21-26.
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Residente ForasteiroAjuda ao Entendimento da Bíblia
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RESIDENTE FORASTEIRO
[Heb., ger]. Em seu significado geral, o substantivo hebraico ger se refere a qualquer pessoa que resida, como forasteiro, fora de sua terra natal e cujos direitos civis são restritos. Pode ter ou não conexões religiosas com os naturais do país em que reside. Abraão, Isaque, Jacó e seus descendentes foram mencionados como tais, antes de receberem o título de propriedade legal da Terra Prometida. — Gên. 15:13; 17:8; Deut. 23:7.
Quando se refere a uma pessoa de origem não-israelita, em relação com a comunidade israelita, a designação “residente forasteiro”, na Bíblia, às vezes se aplica a uma de tais pessoas, que se tornou prosélito ou adorador pleno de Jeová. Às vezes se refere a um colono da terra da Palestina, que se sentia contente de viver entre os israelitas, obedecendo às leis fundamentais do país, mas que não aceitava de forma plena a adoração de Jeová. O contexto determina a que classe se aplica o termo.
A Septuaginta traduz ger como prosélito (Gr., prosélytos) mais de setenta vezes. Alguns sugerem que amiúde o residente forasteiro se agregava, em busca de proteção, a uma família hebréia, e era como que um dependente, mas ainda assim se diferençava dum escravo. Infere-se isto da expressão “teu residente forasteiro”. (Deut. 5:14; compare com Deuteronômio 1:16; também com Levítico 22:10, onde se usa o termo tohsháv, “colono”.)
Quando o pacto da Lei foi transmitido no monte Sinai, incorporou-se nele uma legislação
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