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Merodaque-baladãAjuda ao Entendimento da Bíblia
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DERROTADO PELA ASSÍRIA
Perto do fim de seu reinado de aproximadamente doze anos sobre a cidade de Babilônia, Merodaque-Baladã viu ser cortado seu principal apoio por parte do Elão, devido a uma vitória assíria sobre tal reino, e, depois disso, foi atacado e se viu obrigado a fugir da cidade de Babilônia. Apesar de perder a cidade de Babilônia para os assírios, Merodaque-Baladã parece ter conseguido reter sua posição como governante sobre Bit Yakin. A Lista dos Reis babilônios mostra um segundo reinado de nove meses (Polyhistor afirma que foram seis meses) por “Mardukaplaiddin”, como rei da cidade de Babilônia durante o segundo ano depois da morte de Sargão. Aceita-se isto, em geral, como se referindo ao mesmo rei, que fazia um segundo esforço de estabelecer-se no trono da cidade de Babilônia. Deve-se notar, contudo, que as inscrições babilônias neste caso se referem a ele como “Mardukaplaiddin, natural de Ha-bi”, em contraste com “Mardukaplaiddin, [da] dinastia do País do Mar”, no caso do reinado anterior. Alguns encaram isto como dando a entender dois indivíduos diferentes e, assim, The Encyclopædia Britannica (Ed. 1946, Vol. V, p. 655) os alista como “Merodaquebaladã II” e “Merodaquebaladã III”. Seja qual for o caso, este segundo reinado foi brevíssimo, uma vez que o rei assírio, Senaqueribe, ocupou rapidamente a cidade de Babilônia e Merodaque- Baladã teve de refugiar-se no Elão, onde parece ter concluído sua ambiciosa carreira. Apesar dos fracassos de Merodaque-Baladã, os caldeus, em épocas posteriores, tornaram-se realmente o grupo étnico dominante do Império Babilônico.
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MesaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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MESA
[Heb., Meishá’, libertação]. Rei de Moabe na época dos reis Jeosafá, de Judá, e Acabe, Acazias e Jeorão, de Israel. Os moabitas, subjugados pelo reino setentrional de Israel, pagaram ao Rei Acabe um tributo de 100.000 cordeiros e 100.000 carneiros não-tosquiados, pelo que parece, duma raça famosa pela qualidade de sua lã. Depois da morte de Acabe, Mesa se rebelou contra o Rei Acazias, de Israel. Acazias, porém, morreu depois de breve regência e teve como sucessor a seu irmão, Jeorão, que firmou uma aliança com Jeosafá, de Judá, e com um rei não-identificado de Edom, a fim de subjugar novamente a Mesa. Palmilhando uma difícil rota ao S do mar Morto, suas forças ficaram sem água. Mas Eliseu, o profeta, garantiu-lhes que, se cavassem valas no seco vale da torrente, Jeová as encheria de água. — 2 Reis 1:1; 3:4-19.
Isto se deu, e o reflexo do dealbante sol matutino sobre a água fez com que parecesse ser sangue aos olhos dos moabitas, possivelmente devido ao barro vermelho nas valas recém-cavadas. Tal ilusão os levou a pensar erroneamente que os exércitos aliados de Israel, Judá e Edom tinham-se voltado uns contra os outros. Não era desarrazoado que assim pensassem, em vista de que eles sabiam do ciúme existente entre Israel e Judá. Também, os edomitas não nutriam nenhum amor pelos homens de Judá, que se aliavam com Israel nesta oportunidade. — Compare com 2 Crônicas 20:10, 11, 24, 25.
Imaginando que seus inimigos se tinham matado uns aos outros, os moabitas bradaram: “Agora, pois, ao despojo, ó Moabe!”, e entraram no acampamento de Israel, apenas para serem postos em debandada. Israel deu seguimento a isto por destruir as cidades moabitas, tapando suas fontes e enchendo de pedra seus terrenos, até chegarem à cidade de Quir-Haresete (Quir de Moabe). — 2 Reis 3:20-25.
Quando o Rei Mesa notou que caíra numa armadilha, tomou 700 espadachins e tentou lançar um contra-ataque para tentar chegar até o rei de Edom (talvez julgando que ali enfrentaria a menor resistência), mas não teve êxito. “Por fim tomou seu filho primogênito que ia reinar em seu lugar e o ofereceu como sacrifício queimado sobre a muralha.” — 2 Reis 3:26, 27.
A maioria dos comentaristas concorda que Mesa ofereceu seu próprio filho como sacrifício a Quemós, seu deus. Os poucos que julgam não ter sido assim, dizem que o sacrificado era um filho capturado do rei de Edom, citando como evidência Amós 2:1, onde se faz referência a Moabe “queimar os ossos do rei de Edom para cal”. Embora, gramaticalmente, o hebraico permita tal interpretação, esta última sugestão parece ser contrária a outros fatos conhecidos. À guisa de exemplo, não se ouvia dizer que os moabitas e os amonitas, vizinhos de Israel, oferecessem seus inimigos como sacrifícios a seus deuses, mas era uma prática conhecida de sua religião oferecer seus próprios filhos como holocaustos, a fim de apaziguar a ira de seus deuses. (Deut. 12:30, 31; Miq. 6:6, 7) Por conseguinte, é compreensível que este adorador de Quemós, Mesa, confrontado com iminente perigo de derrota, tivesse recorrido a tais medidas drásticas.
A PEDRA MOABITA
A “Pedra Moabita” foi descoberta em Dhiban (Dibon), em 1868, e mede 112 cm de altura por 71 cm de largura e 36 cm de espessura. É geralmente atribuída a Mesa, e seu conteúdo é usualmente consignado ao período abrangido pelos eventos registrados no terceiro capítulo de Segundo Reis. Nesta famosa inscrição, Mesa comemora o seu irrompimento do domínio de Israel, que ele afirma ter durado 40 anos. Há também vários comentários feitos nela sobre os lugares que Mesa capturou (Medeba, Atarote, Nebo, Jaaz). Ao jactar-se de ter construído cidades e uma estrada, e de ser mui religioso,
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