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AltarAjuda ao Entendimento da Bíblia
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um templo e um altar, segundo o papiro elefantino; e, séculos mais tarde, os judeus perto de Leontópolis fizeram o mesmo. [Josefo, Antiguidades Judaicas, em inglês, Livro XIII, cap. III, par. 1; Guerras Judaicas, em inglês, Livro VII, cap. X, pars. 2 e 3] Este último templo e altar foram construídos pelo sacerdote Onias, na tentativa de cumprir Isaías 19:19, 20.
Na Era Comum, o apóstolo Paulo, ao falar aos atenienses, referiu-se ao altar onde estava inscrito “A um Deus Desconhecido”. (Atos 17:23) Há amplas informações históricas que corroboram isto. Apolônio de Tiana, que visitou Atenas algum tempo depois de Paulo, escreveu: “É muito maior prova de sabedoria e de sobriedade falar bem de todos os deuses, especialmente em Atenas, onde se erguem altares em honra até mesmo de deuses desconhecidos.” O geógrafo Pausânias, em sua Description of Greece (Descrição da Grécia), no segundo século E.C., relatou que, na estrada que vai do porto da baía de Falero até a cidade de Atenas, observara “altares dos deuses chamados Desconhecidos, e de heróis”. Também falou de “um altar de Deuses Desconhecidos” em Olímpia. Similar altar foi descoberto em 1909, em Pérgamo, no recinto do templo de Demétrio. E, em Roma, no monte Palatino, acha-se um altar que data de cerca de 100 A.E.C., com a inscrição “Consagrado a um deus ou a uma deusa”.
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AltéiaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ALTÉIA
O termo hebraico hhallamúth, encontrado somente em Jó 6:6, tem sido traduzido de forma variada como “clara do ovo” (Al, ALA), “malva” (PIB), e, conforme definido num léxico hebraico e aramaico de Koehler e Baumgartner, “altéia” (NM). A altéia é uma planta perene intimamente aparentada à malva-rosa. Seus caules lenhosos medem comumente de 60 cm a 1,20 m de altura. As folhas grandes e amplas da planta são entalhadas e terminam numa ponta aguçada. Tanto os caules como as folhas são recobertas de macia penugem. As flores, de cinco pétalas, de cor rosa-pálida, têm cerca de 2,5 cm de lado a lado. Em épocas de fome, a raiz branca, semelhante à cenoura, da altéia tem sido usada como alimento. A única referência bíblica à “altéia” faz alusão à sua insipidez.
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AltercaçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ALTERCAÇÃO
Uma disputa (Deut. 17:8), controvérsia (Jer. 25:31), ou um processo jurídico. (Jer. 11:20) As Escrituras nos aconselham a não ficarmos envolvidos em altercações ou disputas sem motivo, rotulando isto como ação tomada por alguém néscio. (Pro. 3:30; 18:6; 20:3) Afirma o provérbio: “Como alguém que agarra as orelhas de um cão é aquele que, estando de passagem, fica furioso com uma altercação que não é dele.” (Pro. 26:17) Visto que “premer a ira” resulta em altercação (Pro. 30:33), a vagarosidade em irar-se produz o efeito oposto. — Pro. 15:18.
A altercação destrói uma atmosfera pacífica (Pro. 17:1) e pode até mesmo fazer com que a mais mansa das pessoas perca o domínio de si. À guisa de exemplo: A altercação de Israel por não haver água em Cades moveu Moisés e Arão a agir precipitadamente, destarte perdendo o privilégio de entrarem na Terra Prometida. A altercação injustificada de Israel com os representantes de Jeová constituiu realmente uma altercação com Jeová. (Núm. 20:2, 3, 10-13; 27:14; Sal. 106:32) Aqueles que ficam similarmente envolvidos em altercações ou em controvérsias violentas com os servos de Deus se colocam numa situação muito séria, uma situação que pode levá-los à morte. — Compare com Isaías 41:8, 11, 12; 54:17.
Devido ao efeito prejudicial da altercação, o provérbio aconselha: “Retira-te antes de estourar a altercação.” (Pro. 17:14) Abrão (Abraão) deu bom exemplo neste sentido. Preocupado de que não houvesse disputas entre seus pastores de gado e os de seu sobrinho, Ló, Abrão sugeriu que se separassem. Altruistamente, concedeu a Ló a oportunidade de escolher a área em que poria seus animais a pastar. (Gên. 13:7-11) Por outro lado, os israelitas infiéis no tempo de Isaías não agiram como seu antepassado Abraão. A respeito deles, diz-se: “Jejuáveis para altercação e para rixa.” Jejuavam somente para altercarem mais, depois disso. — Isa. 58:4.
A lei mosaica abrangia casos de altercação que resultassem em danos físicos. Prescrevia uma compensação à parte lesada pelo tempo de trabalho perdido. — Êxo. 21:18, 19.
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AltíssimoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ALTÍSSIMO
A palavra hebraica ‘elyóhn (Altíssimo), usada com referência a Jeová, também é aplicada a outras pessoas ou coisas: ao Rei Davi, como estando acima dos outros reis terrestres (Sal. 89:20, 27), ao lugar acima das nações, prometido a Israel (Deut. 26:18, 19), ao cesto de cima (Gên. 40:17), ao portão superior (2 Reis 15:35), ao reservatório de água superior (2 Reis 18:17), ao pátio superior (Jer 36:10), ao andar superior (Eze. 41:7), aos refeitórios de cima (Eze. 42:5), a Bete-Horom Alta (Jos. 16:5), e à nascente superior das águas do Giom. (2 Crô. 32:30) Tais usos ilustram que ‘elyóhn denota posição ao invés de poder.
Quando aplicado a Jeová, o termo “Altíssimo” sublinha sua posição suprema, acima de todos os demais. (Sal. 83:18) Tal título aparece pela primeira vez em Gênesis 14:18-20, junto com ’El (Deus), onde Melquisedeque é chamado de “sacerdote do Deus Altíssimo”, e, nessa posição, abençoa Abraão, bem como ao Deus Altíssimo. “Altíssimo” é usado em combinação com o nome divino, Jeová (Gên. 14:22; Sal. 7:17), e com o plural de excelência ’Elohím (Deus) (Sal. 78:56), e também aparece isoladamente. — Deut. 32:8; Sal. 9:2; Isa. 14:14.
A forma plural aramaica ‘elyohnín ocorre em Daniel 7:18, 22, 25, 27, onde pode ser traduzida “Supremo” (NM), o plural sendo o plural de excelência, majestade. A forma aramaica no singular, ‘illay (Altíssimo) é usada em Daniel 7:25.
A palavra grega hypsistos (Altíssimo), conforme se aplica a Jeová, é empregada mormente por Lucas em seu Evangelho (duas vezes no anúncio feito por Gabriel a Maria sobre o nascimento de Jesus) e nos Atos. (Luc. 1:32, 35, 76; 6:35; 8:28; Atos 7:48; 16:17) As outras ocorrências acham-se em Marcos 5:7 e Hebreus 7:1.
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FornoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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FORNO
Câmara aquecida para cozer ou assar alimentos. O forno (Heb. , tannúr; gr. , Klíbanos) dos hebreus e de outros era de vários tipos.
Fornos de considerável tamanho, consistindo em um buraco redondo no chão, têm sido usados no Oriente Médio até os tempos modernos, alguns tendo até c. 1, 50 ou 1, 80 m de fundo, e c.1 m de diâmetro. Num forno deste tamanho, era possível assar uma ovelha inteira, por suspendê-la sobre pedras quentes ou brasas.
O forno em forma de tigela era usado nos tempos bíblicos e era provavelmente similar ao empregado pelos campônios palestinos nos tempos modernos. Grande taça ou tigela de barro é colocada em posição invertida sobre pequenas pedras, o pão sendo colocado e assado sobre elas. A taça é aquecida pela combustão de algo ajuntado sobre ela e ao redor dela.
Cada casa hebréia provavelmente possuía um portátil forno de jarra, tipo ainda usado na Palestina. Tratava-se de grande jarra de barro, com c. 90 cm de altura, tendo uma abertura no topo e alargando-se em direção ao fundo. Para aquecê-lo, queimava-se dentro dele algum combustível, tal como lenha ou mato, as cinzas
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