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À guisa de exemplo, por se mudar o eixo para mais perto da traseira, conseguiu-se maior maneabilidade e estabilidade. A substituição das rodas sólidas por rodas com raios reduziu seu peso e aumentou sua velocidade. (1 Reis 7:33) A roda de seis raios se tornou a mais comum, embora algumas rodas fossem projetadas com quatro, oito ou mais raios. O uso de madeiras mais leves, tendo apenas os encaixes de couro, bronze ou ferro, tornou os carros suficientemente leves para que um ou dois homens pudessem transportá-los por terreno acidentado ou pequenos riachos.
Em Israel, não se criou nenhuma força nacional de carros de tamanho apreciável senão na época de Salomão. Isto se devia, em grande parte, ao aviso de Deus, de que o rei não deveria multiplicar cavalos, como se a segurança daquela nação dependesse deles. Esta restrição limitava o uso de carros, visto que, naquele tempo, usavam-se cavalos para movimentar tais veículos. (Deut. 17:16) Entretanto, quando Samuel avisou sobre a carga que os reis humanos infligiriam ao povo, ele lhes disse: “Tomará os vossos filhos e os porá como seus nos seus carros . . . e alguns terão de correr na frente dos seus carros.” (1 Sam. 8:11) Tanto Absalão como Adonias, ao tentarem usurpar a realeza, mandaram fazer carros para si mesmos e colocaram 50 homens para correr na frente de cada carro. (2 Sam. 15:1; 1 Reis 1:5) Quando Davi derrotou o rei de Zobá, preservou 100 cavalos de tiro. — 2 Sam. 8:3, 4; 10:18.
O Rei Salomão, ao reforçar o exército de Israel, aumentou o número de carros para 1.400. (1 Reis 10:26, 29; 2 Crô. 1:14, 17) Além de Jerusalém, outras cidades conhecidas como “cidades para os carros” dispunham de instalações especiais para se cuidar de todo esse equipamento mecanizado de guerra. — 1 Reis 9:19, 22; 2 Crô. 8:6, 9; 9:25.
Após a morte de Salomão, eram comuns os carros tanto no reino setentrional como no meridional. O reino setentrional possuía um “chefe da metade dos carros”, indicando que havia duas divisões principais dos carros. (1 Reis 16:9) Os arqueólogos crêem que encontraram os remanescentes de grandes estábulos em Megido, alguns possivelmente do tempo de Salomão, outros que se sugere terem sido do reinado de Acabe.
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CARROÇA
[Heb. , ‘aghaláh, de ‘aghál, que significa rolar]. A carroça ou coche dos tempos antigos era um veículo simples, geralmente de madeira, tendo rodas com raios ou do tipo maciço. (1 Sam. 6:14) Algumas eram pouco mais do que simples tablados abertos, de duas rodas, equipados com um timão horizontal na frente. Outras possuíam laterais, e algumas eram cobertas, tais como as seis carroças cobertas (puxadas por dois touros cada uma), usadas para o transporte dos artigos do tabernáculo. (Núm. 7:2-9) Os “carros” de Revelação 18:13 podem indicar carroças ou carruagens de quatro rodas.
Em Israel, especialmente nos primeiros tempos, a carroça era geralmente puxada por bois, ao invés de por cavalos, estes sendo usados especialmente para carros e na guerra (2 Sam. 6:3, 6; 15:1; 1 Crô. 13:7, 9; Pro. 21:31: Empregavam-se carroças para transportar pessoas (Gên. 45:19, 21, 27; 46:5), cereais, e outras cargas. (1 Sam. 6:7-14; Amós 2:13) As usadas na guerra (como as mencionadas no Salmo 46:9) podem ter sido carroças bagageiras militares. No tempo de Isaías, quando os israelitas possuíam muitos cavalos (Isa. 2:7) usavam-se para trilhar cereais as carroças puxadas por cavalos. — Isa. 28:27, 28.
O profeta Isaías declarou ai sobre as pessoas ‘que puxavam o erro como que com cordas de carroça’, indicando possivelmente que tais pessoas estavam tão ligadas ao pecado como os animais estavam presos com cordas às carroças que puxavam. — Isa. 5:18.
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CARTAS
A escrita e o envio de cartas, quer de natureza oficial ou comercial, quer pessoal era um meio de comunicação largamente utilizado nos tempos antigos. (2 Sam. 11:14; 2 Rei; 5:5-7; 10:1, 2; 2 Crô. 30:1; Esd. 4:7; Isa. 37:14 Jer. 29:1; Atos 9:1, 2; 28:21; 2 Tes. 2:2; Heb. 13:22) As cartas confidenciais geralmente levavam um selo lacrador. (1 Reis 21:8) Em adição ao papiro, os materiais empregados para se escrever cartas, nos tempos antigos, incluíam óstracos (pequenos pedaços de cerâmica ou de vasos quebrados) e tabuinhas de argila. Em Babilônia, e em outras regiões, foram encontradas milhares de tabuinhas de argila. Uma vez lavada e limpa, a argila macia era moldada numa tabuinha e, enquanto ainda estava úmida recebia impressões com um estilo, formandos caracteres em forma de cunha (cuneiformes). Não raro essas tabuinhas eram encerradas em envelopes de argila. No caso de contratos, o texto era às vezes repetido no envelope. Os envelopes recebiam um selo lacrador e eram então cozidos num forno, ou secados ao sol para torná-los endurecidos e duráveis.
A escrita de cartas era amiúde feita por escribas profissionais. Como se dava na corte da Pérsia, tais escribas estavam geralmente a postos para anotar a correspondência oficial do governo. (Ester 8:9; Esd. 4:8) Nos mercados, perto das portas das cidades, também se podia encontrar escribas, pois ali podiam ser contratados pelo povo para escrever carta e registrar transações comerciais.
As cartas eram às vezes entregues por mensageiros (2 Reis 19:14), ou correios. (2 Crô. 30:6; Ester 3:13; 8:14) O próprio serviço postal parece ter-se restringido à correspondência oficial até os tempos dos romanos. Assim, a pessoas medianas tinham de depender de conhecidos ou de comerciantes que viajassem para entregar suas cartas.
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