-
ÁrvoresAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
NA LEI
Ao invadir a terra de Canaã, os israelitas receberam instruções de não destruir árvores frutíferas ao atacarem cidades, embora, séculos mais tarde, os reis de Judá e de Israel fossem autorizados por Deus a devastar as ‘árvores boas’ do reino de Moabe. A razão parece ser que Moabe estava fora da Terra Prometida. Tratava-se duma guerra punitiva contra Moabe, e as medidas israelitas visavam a proteção contra a revolta ou a retaliação moabita. (Deut. 20:19, 20; 2 Reis 3:19, 25; compare com Jeremias 6:6.) Ao plantar uma árvore, o seu dono não deveria comer seus frutos durante os primeiros três anos, e, no quarto ano, seus frutos deveriam ser devotados ao uso pelo santuário. (Lev. 19:23-25; compare com Deuteronômio 26:2.) Depois disso, os primeiros frutos maduros anuais deveriam ser semelhantemente dedicados. — Nee. 10:35-37.
USO FIGURADO
No Jardim do Éden, Deus utilizou duas árvores com objetivos simbólicos: a “árvore da vida” e “a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau”. Deixar de respeitar o decreto de Deus a respeito desta última árvore trouxe a queda do homem. — Gên. 2:9, 16, 17; 3:1-24.
O significado da “árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau”, e da restrição baseada em seu fruto, não raro tem sido incorretamente relacionado com o ato sexual entre o primeiro casal humano. Este conceito é contradito pela ordem expressa de Deus a eles, como macho e fêmea: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra.” (Gên. 1:28) Antes, por representar “o conhecimento do que é bom e do que é mau”, e pela declaração de Deus, decretando-a “fora dos limites” para o casal humano, a árvore tornou-se símbolo do direito de Deus de determinar ou estabelecer os padrões do bom e do mau. Constituía, assim, uma prova do respeito do homem pela posição de seu Criador e da disposição do homem de permanecer dentro da área de liberdade decretada por Deus, área que, de forma alguma, era apertada, e que permitia o maior usufruto da vida humana. Por conseguinte, violar os limites da área proibida, por comer da “árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau”, seria invasão do domínio e da autoridade de Deus, ou uma revolta contra os mesmos. — Veja SOBERANIA.
As árvores também eram usadas para simbolizar pessoas, regentes e reinos, como na profecia que assemelhava a queda de Faraó e de sua massa de gente à queda da Assíria, em Ezequiel, capítulo 31, e na profecia de Daniel relativa à poderosa árvore que representava o domínio “no reino da humanidade”. (Dan. 4:10-26) O homem justo é assemelhado a uma árvore plantada junto a correntes de água (Sal. 1:3), cuja folhagem é luxuriante e cujos frutos continuam a nascer até mesmo na seca. — Jer. 17:8.
A promessa de que os dias do povo restaurado de Deus serão como os duma árvore (Isa. 65:22) torna-se mais significativa pelo fato de que algumas árvores da Palestina duram séculos, até mesmo mil anos ou mais. Na visão de Ezequiel, uma corrente que fluía do templo visionário estava perfilada de árvores frutíferas, de folhas curativas, e similar visão é apresentada no livro de Revelação. (Eze. 47:7, 12; Rev. 22:2, 14) A expressão “árvore da vida” é usada com respeito à verdadeira sabedoria, aos frutos do justo, à realização de uma coisa desejada, à calma da língua, e também é ligada à coroa da vida. (Pro. 3:18; 11:30; 13:12; 15:4; Rev. 2:7, 10) Mencionam-se árvores em relação com as condições frutíferas, pacíficas e jubilosas que resultam da realeza de Jeová, e da restauração de Seu povo. — 1 Crô. 16:33; Sal. 96:12; 148:9; Isa. 55:12; Eze. 34:27; 36:30.
Jesus usou árvores em algumas de suas ilustrações, sublinhando a necessidade de frutos em verdadeira justiça, como João Batista fizera antes dele. (Mat. 3:10; 7:15-20) Visto que as árvores frutíferas eram taxadas na Palestina, naquele tempo, uma árvore improdutiva (virtualmente morta) era uma carga indesejável para o proprietário e, por isso, era uma árvore a ser cortada e destruída. (Luc. 13:6-9) Em Judas 12, as pessoas imorais que se infiltram na congregação cristã são comparadas a árvores infrutíferas no outono setentrional, que já morreram duas vezes. Serem descritas como “duas vezes mortas” pode ser um meio enfático de expressar que elas estão completamente mortas. Ou, poderia significar que estão mortas quanto a dois pontos de vista. Elas (1) são estéreis ou infrutíferas e (2) estão literalmente mortas, não possuindo nenhuma vitalidade.
A palavra hebraica para árvore é também usada com relação à estaca ou madeiro em que se pendurava um corpo. (Gên. 40:19; Deut. 21:22, 23; Jos. 8:29; Ester 2:23) Ao aplicar Deuteronômio 21:23, o apóstolo Paulo usou a palavra grega xylon. — Gál. 3:13; veja ESTACA DE TORTURA.
-
-
AsaAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
ASA
[talvez, médico; ou a forma contrata de Jeová tem curado]. O terceiro rei de Judá, depois da divisão daquela nação em dois reinos. Asa era filho de Abijão, e neto de Roboão. Visto que a regência de três anos de seu pai começou no décimo oitavo ano (980 A.E.C.) do reinado de Jeroboão, rei de Israel, e o de Asa começou no vigésimo ano de Jeroboão, aparentemente Abijão morreu antes de completar seu terceiro ano pleno, e Asa completou tal ano como período de ascensão, seguido pela sua regência de 41 anos (977-936 A.E.C.). — 1 Reis 15:1, 2, 9, 10.
ZELO DE ASA PELA ADORAÇÃO PURA
Os vinte anos desde a divisão nacional tinham mergulhado Judá e Benjamim na apostasia. Asa demonstrou zelo pela adoração pura, “igual a Davi, seu antepassado”, e corajosamente passou
-